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capitulo 3 o começo parte 3

— É isso, temos que fazer viagens para outros lugares sempre, festa quase todos os dias, disse Lily enquanto passava pela porta giratória.

Após os três saírem do enorme prédio em que trabalhava, começaram a caminhar.

A calçada até a pista tinha em torno de cinco metros e era feita de concreto liso. O concreto era de cor cinza claro e estava impecavelmente limpo. A calçada era reta e tinha um leve declive para facilitar o escoamento da água.

Nas laterais da calçada, parando a mais ou menos 1 metro de distância do vibro, havia duas paredes feitas de plantas de diversas cores.

As plantas eram cuidadosamente podadas e tinham um aspecto saudável. Havia uma variedade de plantas, incluindo flores, arbustos e árvores. As flores eram de cores vibrantes, como vermelho, amarelo e azul. Os arbustos eram verdes e floridos. As árvores eram de porte médio e tinham folhas verdes escuras.

A placa estava bem fixada na parede de plantas. As letras eram de cor prata e tinham um tamanho de 2 cm. A frase era escrita em um tipo de letra moderna e legível.

"Acreditamos no potencial de nossos clientes e trabalhamos duro para ajudá-los a alcançar seus objetivos financeiros."

A calçada, as paredes de plantas e a placa criavam um ambiente convidativo e agradável. A calçada era um espaço seguro para os clientes caminharem até a pista.

As paredes de plantas eram um elemento decorativo que adicionava cor e vida ao ambiente. A placa era uma mensagem de boas-vindas e de compromisso com o cliente.

— Precisamos marcar um ponto de encontro, disse Victor ajeitando os óculos.

Seus dois melhores amigos o encararam ao mesmo tempo e, em seguida, trocaram olhares.

— Vamos sair do trabalho e ir direto para a loja onde o jogo será distribuído, respondeu Carlos, olhando para ele.

— Não sei como sua esposa o deixará sair às uma da tarde para comprar um mero jogo. Da última vez que saímos juntos, ela quase o matou. Olha que estou sendo amigável, respondeu Lily, olhando para ele.

— Eu lembro. Tudo por causa de uma hora de atraso. Aquele olhar que ela faz quando está com raiva me dá calafrios, respondeu Victor.

— Se me lembro bem, a culpa daquilo ter acontecido foi você, disse Carlos, lançando um olhar para ele.

A Companhia Blu estava localizada no centro da cidade, junto a outros imponentes prédios.

Para chegar em casa, Victor tinha que pegar dois ônibus, enquanto Carlos pegava apenas um.

Já Lily era diferente: ela nunca revelou o motivo de ir a pé todos os dias para casa, mesmo tendo à sua disposição todos os tipos de carro.

Carlos e Lily moravam perto do trabalho porque tinham uma condição financeira mais confortável.

Os pais de Victor sempre foram humildes, mas não ao ponto de passar fome. Eles simplesmente não tinham condições de pagar por coisas como colégios melhores ou um plano de saúde básico.

Com isso, Victor desenvolveu uma nova habilidade fora dos jogos: a habilidade de economizar até o último centavo.

Eles estavam caminhando pela calçada, enquanto as ruas estavam cheias de pessoas e as pistas, de veículos de todos os tipos.

O trânsito era caótico e o barulho era ensurdecedor. O ar era irrespirável pelo mau cheiro que emanava dos escapamentos dos veículos.

A lua gradualmente surgiu, mas seu brilho foi ofuscado pelos enormes edifícios de concreto e vidro. As pessoas caminhavam devagar, tentando se proteger do calor e do odor.

Conversando sobre os mais variados assuntos, eles chegaram ao ponto de ônibus mais próximo.

Havia uma multidão de pessoas esperando o próximo ônibus, algumas com uniforme escolar e outras com vestimentas sociais de trabalho.

Os três ficaram lado a lado, Carlos à direita, Lily à esquerda e Victor no meio.

Ele parecia uma criança no meio de dois colossos.

Após alguns momentos, o ônibus chegou e todos entraram.

Os três sentaram no fundo do veículo, pois Victor não conseguia ficar em um lugar com muita gente.

Ir para casa todos os dias em um ônibus lotado era como ser torturado.

Nos primeiros dias foram difíceis, mas agora ele tinha duas pessoas com quem conversar, o tempo passava tão rápido que ele nem percebia.

Lily esticou o corpo sentada no banco e disse, bocejando:

— Vamos montar a nossa formação agora, não podemos perder tempo porque amanhã é o rush no trabalho.

Os dois que estavam em silêncio olharam para ela francamente, não é nenhum mistério que dos três Lily era fanática por videogames.

Ela encolheu os ombros como uma resposta de forma desinteressada olhando para os dois.

— Vocês sabem que eu prefiro ser ladino, e isso eu não mudo por nada, respondeu Carlos com um olhar de orgulho.

Em todos os jogos, ele sempre preferiu ser o ladino, pois era evidente que os seus dois amigos preferiam outras classes.

— Minha classe é de lutador. Alguém desse time precisa levar os danos, não é mesmo?, respondeu Victor.

— Oh! Como toda a minha magia, eu seria maga. Espero que seja de batalha, respondeu a fanática por videogames.

— Eu vi que cada classe tem sua subclasse. Então, não tem essa de ser um mago e lançar qualquer coisa. Também vi que a sua subclasse é escolhida de forma aleatória, continuou ela com a voz um pouco animada.

— Sim, sim, Carlos acenou com a cabeça em concordância.

Após isso continuou levando o dedo indicador como se fosse um professor.

— Espero que minha subclasse não me decepcione.

Victor estava completamente alienado nessa conversa porque ele só havia visto um trecho do trailer que falava sobre o jogo.

Ele nem sabia que havia especialização nesse novo jogo, porque todos os jogos que havia jogado anteriormente podia adquirir qualquer habilidade sem essa de especializações.

Quando estava prestes a interferir sobre isso, o ônibus parou onde Carlos e Lily iam ficar.

— Até amanhã, vejo você no mesmo lugar de sempre, disse ela com um sorriso no rosto.

Seu outro amigo apenas esboçou um aceno com a mão.

Dava para distinguir suas vozes conversando do lado de fora, mas o assunto era sobre o jogo.

— Nos últimos dias, eles só falavam disso. Eu Odeio jogos, murmurou Victor, olhando para o teto do ônibus.

Novamente o veículo foi gradualmente ganhando velocidade.

∆∆∆∆

Ele desembarcou do ônibus e começou a se deslocar a pé até o próximo ponto.

Aquele bairro era um tanto distinto dos demais.

No início, ele tinha muito receio de transitar por aquelas ruas, mas agora era como qualquer outra

As ruas estavam limpas, mas a iluminação era pouca, com apenas um poste de luz em cada esquina. A luz dos postes tremeluzia, criando sombras estranhas nas paredes das casas.

As casas eram bastante humildes, havia algumas que nem pintura tinha e as cercas de proteção eram feitas de arame farpado. As janelas das casas estavam fechadas, e as cortinas estavam fechadas.

Cachorros latindo por toda a parte e vários gatos à solta nas ruas. Os gatos se esgueiravam pelos bueiros e por baixo dos carros.

Toda a noite na esquina havia um grupo de jovens parado. Eles estavam todos vestidos de vermelho, com casacos vermelhos e calças também. Eles estavam conversando e rindo, e fumando cigarros.

Victor já tinha planos de se mudar, ele até foi atrás de imóveis em locais mais agradáveis e, por incrível que pareça, ele até encontrou um apartamento que cabia perfeitamente em seu orçamento.

Mas, a preguiça o manteve preso naquele bairro, que era considerado o segundo mais perigoso.

Em pouco tempo, ele chegou ao seu segundo ponto. O ponto de ônibus ficava no meio de uma rua deserta, em uma área afastada do bairro.

Não havia nenhuma placa ou sinalização indicando que aquele era um local de parada de ônibus.

Apenas um pequeno buraco perto da borda da calça indicava onde ficava a antiga placa. Ele olhou para o lugar e suspirou profundamente.

—A nova placa foi colocada hoje e já foi roubada. Pelo menos o prefeito está dando dinheiro para alguém.

Não é a primeira nem a última vez que isso acontece, desde o primeiro dia dele naquele lugar, sempre foi assim.

Tudo que era feito de metal ou outras matérias que eram facilmente comercializadas em ferros velhos sumiam em menos de seis horas.

Ou até mesmo na frente dos trabalhadores que advertiram que era um lugar perigoso, nenhum trabalhador tinha coragem suficiente para tentar impedir.

Até porque ninguém queria ser notícia do portal Zacarias.

Outra vez ele olhou para seu relógio querendo saber o horário

19:10.

— realmente o tempo est… quando estava murmurando para si mesmo um par de luzes apareceu de repente.

Logo lhe ocorreu que era sua carona. Após alguns instantes ele entrou no ônibus, pagou sua passagem e se sentou no fundo.

Quase ninguém se dirigia para aquela rota, no máximo havia cinco pessoas deixando o lugar com um silêncio assombroso.

O silêncio era uma coisa que ele gostava muito, se pudesse escolher trabalhar onde ele estava atualmente trabalhando que, por sinal, era um lugar super ruidoso ou ficar exilado para sempre em uma ilha, sem dúvidas ele escolheria a ilha.

Gradualmente o ônibus foi ganhando velocidade e, após alguns instantes, estava tão rápido que tudo do lado de fora parecia uma tela de pintura com manchas

∆∆∆∆

Em pouco tempo o ônibus parou e esse também era o destino final dele.

Ele saiu rapidamente e começou a caminhar pelas ruas.

Não havia polícia ou qualquer tipo de segurança dentro daquele bairro.

Os únicos que tinham permissão para entrar eram aqueles que faziam trabalhos como trocar as lâmpadas dos postes, entre outros.

O bairro era enorme e óbvio que o governo não iria permitir. Afinal, se o governo deixasse, as facções tomariam a cidade.

O apartamento dele ficava a cerca de três ruas depois, no ponto de ônibus.

As paredes eram feitas de tijolos e tinha uma tonalidade avermelhada, mas com manchas de mofo e umidade.

Logo na entrada também havia cinco degraus, mas estavam rachados e com alguns tijolos faltando. Ao invés de serem corrimões haviam duas paredes nas laterais que mais se pareciam uma tampa de skate..

Haviam janelas quadras por toda a parte do prédio, nas laterais, na frente e também no fundo. Todas estavam com grandes grades de proteção, algumas com o verniz descascando e outras até enferrujadas.

O prédio era de três andares, com um pequeno terraço no último andar. O telhado era de telhas de barro, algumas quebradas e outras com musgo.

Não era o lugar mais agradável para viver, isso chegava a ser insuportável em tantos aspectos.

Mas, ele não dava bola até porque ia mudar de endereço em breve.

Ele subiu apressadamente o primeiro degrau.

A porta era de um tom de marrom escuro, com algumas rachaduras e buracos causados pelos cupins. A madeira estava macia e podre em alguns lugares, e era possível ver o interior da casa através dos buracos.

O vidro da porta estava quebrado em vários pedaços, e havia papelão colado sobre ele para impedir que as pessoas entrassem no apartamento. O papelão estava rasgado e amassado, e era possível ver os pedaços de vidro por baixo.

Havia uma placa de metal que estava enferrujada e desgastada, com os pontões soltos e os nomes dos moradores apagados. Era possível ver apenas alguns nomes, incluindo "Victor Sterling", que estava escrito no décimo terceiro pontão.

Sem perder tempo, ele destrancou a porta que rangeu assim foi aberta.

As paredes e teto da recepção eram cobertos por uma camada grossa de capetas quadriculadas de um verde escuro.

Algumas partes das capetas estavam rasgadas e soltas, deixando a parede e o teto expostos. No canto inferior do teto, havia uma mancha de mofo de um tom de verde mais escuro que o da capeta.

O ar estava abafado e úmido. Um cheiro de bolor pairava no ar, fazendo com que o visitante se sentisse mal.

Na parte inferior da recepção do prédio, havia uma escadaria de madeira que levava para os quartos na parte superior. A escadaria estava desgastada e alguns degraus estavam quebrados.

∆∆∆∆

Ele abriu a porta do seu quarto e entrou desprendendo seus sapatos e afrouxando a gravata borboleta.

—Finalmente em casa, todos os papéis daquele investidor já foram analisados e estão prontos para serem entregues ao Bill. Ele murmurou com um suspiro de alívio.

Ele suspirou de alívio, não por ter finalizado suas tarefas, mas sim por ter conseguido um cliente importante.

Ele chegou a considerar as companhias mais renomadas, mas acabou optando pela Blu. No entanto, Bill não ficou muito satisfeito com isso, pois Victor, o responsável por fechar o negócio, era seu rival.

O motivo de sua insatisfação era o valor do investimento: seis dígitos.

Era evidente que a comissão seria alta, mesmo com o percentual de 35%.

No entanto, se o negócio desse errado, a Blu perderia um cliente potencial, com muito dinheiro para investir e que não se importava em investir grandes quantias de uma só vez.

O quarto dele era pequeno, mas bem organizado. As paredes eram brancas na parte inferior do quarto, estava à janela logo abaixo havia uma cama de solteiro de madeira clara e estava encostada na mesma parede que a janela. Ao lado da cama, havia uma pequena escrivaninha com um aparelho de realidade virtual. Ela era feita de madeira e tinha uma porta de vidro.

O guarda-roupa ficava no lado esquerdo do quarto, de frente para a escrivaninha. O guarda-roupa era de madeira branca e tinha duas portas grandes.