O-Guardião-Das-Chaves.

Todos dentro da casa estavam amedrontados com a sombra de tal gigante, não era possível ver sua face e muito menos suas vestes.

Válter, que havia corrido momentos antes, rapidamente desceu do segundo andar empunhando um comprido rifle, todos na casa agora entendiam o que era tal pacote suspeito que o homem havia trago.

- Quem está aí? Eu estou armado! - Válter gritou em alerta enquanto apontava a arma para o enorme ser porta afora, em meio a tempestade.

O gigante, que antes estava parado encarando a todos, simplesmente espremeu-se para entrar no casebre, curvando-se de modo que a cabeça apenas roçou o teto. Abaixou-se, apanhou a porta e tornou a encaixá-la sem esforço no portal. O ruído da tempestade lá fora diminuiu um pouco. Ele se virou e passou novamente a encarar todos.

- Não poderia preparar uma xícara de chá para nós, poderia? Não foi uma viagem fácil... - O gigante disse enquanto se dirigia ao sofá onde Duda estava paralisado de medo. - Sabe, a última vez que vi você era apenas um bebê, lógico que está um pouco mais enxuto, porém nada que um treino o faça entrar em forma! - Continuara o homem se sentando de frente para Duda, no qual rapidamente soltou um guincho e correu para se esconder atrás da mãe, que estava aterrorizada logo atrás de Valter.

- Exijo que saia imediatamente, o senhor invadiu minha casa, eu deveria levá-lo preso! - Válter exasperou-se apontando ameaçadoramente o rifle para o invasor. Porém, para surpresa de todos, o invasor simplesmente entortou a ponta do rifle levemente para cima usando suas enormes mãos, fazendo a bala da arma estourar ainda no cano quando Válter puxara o gatilho.

- Enfim, creio que isso é para você, caro Harry. - O homem disse tentando entregar a carta para Duda enquanto ao mesmo momento indicava também uma caixa de presente amassada na qual ele tirara de seu grande casaco.

- D-Desculpe, mas, eu não sou Harry. - Duda disse completamente amedrontado, sem coragem alguma para sair de trás da mãe.

- Como assim não é ele, e cadê o garoto? - O gigante perguntou tendo um mau pressentimento.

- O garoto fugiu e volto a lhe dizer, saia da minha casa e nunca mais incomode minha família! - Válter respondeu irritado onde quando notara a arma ser agora inútil. Visou se prostrar defensiva de frente a esposa e filho.

- Fugiu... que história é essa de fugiu? Ele estava sobre sua guarda como o deixou fugir!? - O invasor exasperou-se agora enquanto se levantava abruptamente e dava um passo em direção à família.

- Não importa, ele já é grande o suficiente para se cuidar sozinho e ele mesmo que teve a decisão de sair de casa... não importa o que for fazer com o moleque, apenas caia fora da minha casa! - Válter respondeu um pouco receoso pelo tom irado do gigante e a imagem opressora de seu enorme tamanho, mesmo que Válter era um belo exemplo de altura, banha e músculo.

- É melhor que nada de mal tenha ocorrido com ele, pois do contrário eu mesmo irei voltar aqui e farei você pagar! - O invasor respondeu notando ele estar amedrontando a família, e assim sabendo que teria de visar outras maneiras de busca, isso enquanto derrubava novamente a porta com brutalidade e saia do casebre.

- Acha que ele voltará? - Petúnia perguntou relutantemente ao marido que agora levantava a porta e visava realizar uma gambiarra mal feita para mantê-la no lugar.

- Espero que não, logo cedo iremos voltar para nossa casa e as decisões do garoto não irão ser nossas responsabilidades mais - Válter respondeu enquanto arrastava uma mesa e um sofá a fim de manter a porta lacrada.

E foi assim que os dias e noites dos Dursley ocorreram, após tudo isso eles voltaram para casa e tentaram de tudo para não falar de Harry e nem pensar nas cartas, algo que realmente deu certo, pois as cartas haviam finalmente parado de chegar.

Por outro lado, o gigante invasor agora se encontrava em uma caçada extremamente difícil, nunca pensou que pudesse ser tão complicado encontrar um garotinho com uma cicatriz de raio na testa, as semanas se passaram rapidamente para o mesmo e ele já havia notificado seu superior sobre o sumiço do Potter, no qual recebeu um notificado direto de sua presença no caldeirão furado, ou algo próximo de tal área.

O gigante estava um pouco desanimado, esperava poder ter encontrado o garoto com os tios onde poderia dar um bolo e jantar decente para o garoto, iriam comemorar o décimo primeiro aniversário dele e depois disso comprar todos os materiais escolares no beco diagonal, seguido dele partir para Hogwarts onde iria aprender diversos feitiços, assim se tornando um grande bruxo da luz.

Porém, a vida é um pouco injusta para deixar tudo ocorrer como planejamos, o gigante ainda não encontrará o garoto e faltavam dois dias para o início do ano letivo em Hogwarts, algo que o desanimava muito, mas que depositava a toda sua esperança no local em que seu superior indicara, o levando ao momento atual:

Sentado em um banco de madeira na praça central perto da entrada do caldeirão furado. O gigante podia ver diversas crianças brincando com seus amigos, pais comprando sorvetes, um garoto do outro lado da praça extremamente semelhante a James Potter, alguns cachorros brincando com outros animais e aves voando suavemente pelos céus...

Demorou alguns segundos para a mente de Hagrid trabalhar decentemente e como se fosse um pequeno estalo em seu cérebro, ele encarou rapidamente o garoto do outro lado da rua. Decidindo chegar mais perto, ele simplesmente se escondeu atrás de uma árvore, porém de nada adiantara já que ele era três vezes mais largo que o tronco.

Deixando esses pensamentos de lado, ele estava completamente surpreso com a aparência de tal garoto, nem sábia se o que via era real, porém a sua frente estava uma pessoa extremamente semelhante com alguém muito querido para o gigante, tal garoto era devidamente alto com um corpo atlético, trajava um estilo de terno preto com detalhes prata, uma katana preta situava-se em sua cintura e por fim, a cicatriz que criou esperanças em todo o mundo mágico, tal cicatriz em forma de relâmpago que se situava na testa do garoto, era só possível enxergar isso devido aos cabelos dele estarem puxados para trás, com um aspecto levemente arrumado e arrepiado.

Hagrid não sabia o que estava ocorrendo, mas sem sombra de dúvidas aquele homem era Harry Potter e se não fosse, seria uma cópia extremamente semelhante à de James Potter. Por esse motivo, o gigante decidiu se mantiver neutro de sua própria maneira e continuou "escondido" atrás da árvore.

Já Harry, que acabara de sair da barbearia, pode sentir que alguém o seguia e sem querer arranjar problema com alguém, ele simplesmente partiu em direção ao caldeirão furado, onde poderia enfim almoçar e descansar.

Sabia que daqui a alguns dias suas aulas iriam se iniciar em Godric's Hollow, e teria ainda que comprar todo o material necessário.

Perdido em seus pensamentos, Harry caminhou inconscientemente para o caldeirão furado, só pode realmente perceber onde estava ao dar de cara com Martha Abbott, que demonstrava uma expressão de completa surpresa e admiração.

- Nossa, essa roupa realmente caiu bem em você. - Martha disse secando Harry sem nenhum pudor, causando certa ruborização no rosto dele, que riu em resposta.

- O-Obrigado! - Harry respondeu levemente corado enquanto entrava rapidamente no caldeirão furado, ato repetido por Martha e pelo suposto perseguidor de Harry que estava metros atrás. Tal perseguidor era nada menos do que um homem extremamente grande comparado ao normal, porém tal homem detinha de uma túnica preta e escura que o escondia de tudo e todos, era lógico que ele chamava atenção das pessoas no local, mas que Harry nem deu bola, já via coisas consideravelmente estranhas e não iria se surpreender por alguém ser muito grande.

- Harry, agora que percebi... Onde conseguiu essa cicatriz? - Martha perguntou enquanto se sentava de frente para Harry após lhe servir uma bebida, era notável sua expressão de seriedade. Ato que foi digno de atenção no bar, nos quais sempre estavam prontos para uma fofoca, assim já iniciando os murmúrios.

- Meus tios disseram que foi em um acidente de carro aonde meus pais faleceram anos atrás. - Harry respondeu tocando a cicatriz com o dedo indicador. - Mas não sei... parece meio papo furado, já que por mais que eu era muito jovem, ainda consigo me lembrar de gritos e um clarão verde... bom, vai saber. - Finalizou ele bebendo ao que olhe foi servido.

- Se não for incomodo, poderia saber quem foram seus pais? - Martha perguntou, recebendo um pouco de atenção de outros clientes que ainda mais se interessavam no assunto.

- Nem eu sei, sempre que tento me lembrar... acabo por ter uma rápida dor excruciante em minha cicatriz. Por esse motivo evito pensar no que ouve onze anos atrás. - Harry respondeu deixando todos perdidos em seus próprios pensamentos, pois está data foi marcada como a mudança de uma era.

- Onze anos atrás... Não era para você se lembrar de algo ao menos? - Martha disse com certa suspeita.

- Como? Se onze anos atrás eu era somente um bebê? - Harry respondeu seriamente enquanto fazia uma careta de dor e massageava seguidamente a cicatriz. Porém, ele nem tinha reparado que havia tirado diversos olhares de espanto, tanto dos clientes quanto da própria Martha. - Enfim, mais alguma pergunta? ... Ainda tenho que organizar minha lista de materiais para as aulas, e essa cicatriz está começando a incomodar novamente. - Harry disse enquanto se levantava e seguia lentamente para as escadas.

- Espere... Eu só tenho mais uma pergunta! - Martha disse abruptamente enquanto corria para perto dele, ato que se tornou atenção de todos no estabelecimento, e foi respondido com um leve movimento único de sobrancelha do garoto, no qual não entendia toda essa euforia dela.

- Pode perguntar, eu não mordo. - Harry disse com um sorriso irônico no rosto ao ver que ela estava levemente indecisa sobre perguntar.

- Qual seu nome completo? - Martha perguntou tendo atenção de todos, deixando Harry um pouco desconfortável, algo que ele não entendia bem…, mas pensando bem, realmente somente dissera a ela que seu nome era Harry.

- Qual seu nome completo? - Martha perguntou tendo atenção de todos, deixando Harry um pouco desconfortável, algo que ele não entendia bem pelo leve inclinar de sua cabeça…, mas..., pensando bem, realmente somente dissera a ela que seu nome era Harry.

- Só isso? - Harry disse de forma irônica, porém percebeu a seriedade nela e decidiu responder cordialmente. - Muito prazer, sou Harry Potter. - Harry respondeu enquanto puxava suavemente a mão direita dela e depositava um beijo nas costas de tal mão, assim prontamente subindo as escadas em direção a seu quarto. Pouco percebendo ele o espanto e surpresa que deixou a todos do bar.

Todos no estabelecimento se mostravam petrificados com tal afirmação, sem reação alguma, logicamente que poderia ser um absurdo alguém alegar ser tal pessoa, porém a dúvida martelava na mente de todos, pois tal aparência, tal cicatriz, e tal sinceridade como se realmente dissesse algo natural numa apresentação e foi embora sem dar importância, era isso que fazia a mente de todos teorizar a mil por hora.

Martha detinha de uma expressão razoavelmente chocada, o gigante que até o momento estava disfarçado, também se mostrou surpreso, ato que era expresso por todos os clientes que conheciam tal nome e sobrenome famoso.

- O-Oque? - Martha saiu finalmente de seus devaneios e tentou perguntar, porém, Harry não estava mais ali e uma das políticas do bar era que ninguém incomodasse tal cliente ao entrar em seu quarto.

- Martha, me responda, é isso mesmo? - O gigante perguntou enquanto retirava a capa, deixando-o com sua roupa básica.

- Hagrid? - A mulher perguntou ainda tentando entender tardiamente. - Ah, eu preciso de uma bebida ou algo forte. - Martha disse enquanto seguia para o balcão rapidamente e procurava algo forte para fazê-la se acalmar sob que até o momento estava hospedando Harry Potter, e só agora foi descobrir.

As coisas seguiram em silêncio por vários minutos, tais minutos onde Martha insistia em tomar sua bebida e encontrar algo lógico para o garoto que salvou todos eles há onze anos, ter uma aparência quase adulta.

Hagrid não era diferente, não sabia se enviava uma carta a seu superior, pois tudo isso poderia ser alguma mentira ou pegadinha, lembrando que o sobrenome Potter era bem comum em famílias trouxa de certos países. Os clientes tentavam acreditar na afirmação tanto pela sinceridade e simplicidade que o garoto demostrava nas últimas semanas, porém era difícil, um garoto de onze anos com aparência de dezessete a vinte dizer que detinha do nome/sobrenome do Herói que salvou a todos da era das trevas.

- Precisamos conversar com ele, Martha, estive procurando-o há semanas. Os tios disseram que ele fugiu e que saberia se virar. Por Merlin, como irei explicar a Dumbledore uma coisa dessas? - Hagrid disse bebendo um pouco de whisky para acalmar seus ânimos.

- Vamos organizar nossos pensamentos para assim confirmar que é a pessoa correta, não quero contrariar o Harry, mas isso está difícil de aceitar. - Martha disse rapidamente enquanto se ajeitava na cadeira.

- Diga qualquer informação que tem, não posso perder mais tempo. - Hagrid disse.

- Não sei muita coisa, apenas que ele fugiu de casa há algumas semanas por conta de uma briga com os tios e após isso ele disse que encontrou esse lugar após vagar por um tempo, porém ele não detém de qualquer conhecimento mágico ou coisa parecida, agora ele vem dizer que se chama Harry Potter, tendo aparência de vinte anos e ainda com aquela cicatriz... Algo está muito errado aqui. - Martha respondeu enquanto novamente recebia a atenção de todos no estabelecimento.

- Talvez não seja tão estranho, digo... Os tios dele me afirmaram há alguns dias que Harry havia fugido, entendo que ele não tem conhecimento de nada sobre o mundo bruxo, até porque aquela família é que tem mais de ruim na terra..., mas essa aparência que deixa a duvidar. - Hagrid disse enquanto começava a escrever uma carta e colocava na pena de uma coruja cinza do estabelecimento.

- O que está fazendo? - Martha perguntou levemente curiosa.

- Pedindo a Dumbledore enviar uma nova carta de admissão em Hogwarts, se ele for mesmo o "Potter" que conhecemos, com certeza receberá uma carta destinada a ele neste estabelecimento, pois até o momento encontrava desaparecido. - Hagrid disse enquanto soltava a coruja.

- Quanto tempo para ter uma resposta? - Martha perguntou.

- Do jeito que eu disse que o assunto é de extrema importância, com certeza receberemos uma resposta em torno de uma ou duas horas. - Hagrid respondeu enquanto era servido por um copão de cerveja amanteigada e algumas doses de whisky de fogo.

[ ... ]

As horas foram se passando, Hagrid se mantinha entediado por ter que esperar alguma resposta. Por esse motivo ele decidiu subir para o quarto de Harry, onde poderia conversar com o garoto, o mesmo ocorreu com Martha que não conseguia deixar a curiosidade de lado e simplesmente o seguiu.

Chegando ao quarto do garoto, Hagrid deu leves batidas, porém ninguém atendeu, repetindo o ato com um pouco mais de força, o gigante bateu na porta e como ela estava destrancada, acabou por se abrir "lentamente" quando a tranca se rompeu.

- Bom, não é invasão se a própria porta me dá tal permissão. - Hagrid disse enquanto entrava no quarto, ato que foi levemente repreendido por Martha.

- Não devíamos invadir assim, desculpe Harry. - Martha tentou se desculpar enquanto encostava a porta, porém o quarto se encontrava vazio e a janela levemente escancarada.

- Será que ele fugiu novamente? - Martha perguntou de forma irônica. Porém, ao chegar à janela, ela pode ter a visão de Harry treinando uma mistura de luta corporal com habilidades na katana.

O garoto detinha apenas de uma calça preta e um tênis esportivo, era incrível os golpes precisos que ele acertava na enorme pilastra de madeira e mais incrível como ele mal suava com tantos golpes consecutivos.

Os dois permaneceram centrados no treinamento de Harry e por conta do enorme foco e concentração exercida, eles optaram por não o interromper e esperar pela carta ali mesmo.

Ato que não demorou muito, devido ao assistirem o treinamento físico do garoto. Mesmo Martha sendo mais velha que ele, ela não podia deixar de negar que o garoto detinha de um corpo esplendidamente trabalhado, coisa que era um pouco difícil de encontrar, já que muitos homens relaxavam com seus corpos achando que sua magia interior era suficiente, e acabavam ou sendo muito fracos, ou muito gordos.

Era notável que Harry era ótimo com a katana, ele a utilizava perfeitamente como uma extensão de seu braço e quando utilizava diversos golpes consecutivos, optava por trocar de mão e utilizar técnicas completamente diferentes, deixando seus golpes imprevisíveis e mortais.

Ambos não sabiam quanto tempo tinha passado e nem o motivo de Harry treinar técnicas mortais e de defesa própria com a katana, porém com tantas loucuras ocorrendo, com certeza isso era o de menos.

- Escute, eu não ligo de ficarem me secando, mas durante uma hora e meia, aí já e demais... Até para pervertidos, não acham? - Harry disse retirando os dois de seus devaneios e deixando-os surpresos por estar agachado e muito perto de cada um. - Heheh, estou brincando, só me deem licença que tem alguém batendo na porta. - Harry disse enquanto pulava janela adentro quando eles se afastaram, e seguia em direção à porta.

Os dois, que antes se mantinham levemente surpresos, rapidamente foram em direção a Harry que conversava com a camareira:

- Chegou essa carta endereçado para o Sr. Harry James Potter... Situado no quarto N°07 - Caldeirão Furado / Rua Charing Cross - Londres. - A camareira disse enquanto segurava a quarta e lia tal informação de forma espantada por conta do nome e sobrenome.

- James? - Harry perguntou para si enquanto abria a carta. O que ele não percebia eram as expressões surpresas tanto da camareira quanto de Hagrid e Martha.

-- Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts --

------------------------------------------------------------------------------------------

Caro Harry James Potter, temos o prazer de informar que sua matrícula na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts foi efetuada onze anos atrás, por meio dessa carta lhe parabenizamos, por enfim poder iniciar seu ano letivo.

O 1° Ano Letivo se dará início no dia 01 de setembro às 20:00.

Endereço: Embarcar no Expresso de Hogwarts situado na plataforma 9¾ da estação King's Cross em Londres.

Aguardamos uma coruja confirmando sua ilustre presença.

Atenciosamente: Minerva McGonagall.

Professora de Transfiguração, Chefe Gryffindor e Vice-Diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Harry leu, porém logo um bilhete extra se mostrou dentro do envelope, em tal bilhete dizia:

- Não se esqueça de comunicar a seu guardião que deverá conter os seguintes materiais para poder comparecer às aulas, eles são:

-- Uniforme --

 - Mínimo três conjuntos de vestes comuns de trabalho ou sete de sua preferência personalizável. (Preto ou marrom)

 - Um chapéu pontudo ou cartola para uso diário em classe. (Preto ou marrom)

- Um par de luvas protetoras. (Couro de dragão ou similar)

- Uma capa de inverno (Preto com fechos prateados)

Obs. As roupas dos alunos primeiranistas devem ter etiquetas pequenas com seu nome.

-- Livros --

- Livro Padrão de Feitiços para Integração. (Miranda Goshwak)

- História da Magia. (Batilda Bagshot)

- Teoria da Magia. (Adalberto Waffling)

- Guia de Transfiguração para Iniciantes. (Emerico Switch)

- Mil Ervas e Fungos Mágicos. (Fílida Spore)

- Bebidas e Poções Mágicas. (Arsênio Jigger)

- Animais Fantásticos e onde Habitam. (Newton Scamander)

- As Forças das Trevas: Um Guia de Autoproteção. (Quintino Trimble)

-- Outros equipamentos --

- Varinha mágica.

- Caldeirão (Estanho, tamanho 2).

- Conjunto de frascos básico.

- Telescópio.

- Balança de latão.

Obs: Os alunos podem ter uma coruja, gato, cachorro ou um rato, mas também são permitidos animais derivados desde que se enquadrem na classe familiar.

Ao fim do ano letivo, com sua conclusão, irá receber uma nova lista de matérias extras e maiores disponibilidades para o ano seguinte de estudos.

As coisas citadas na carta explodiam como fogos de artifício na cabeça de Harry, ele não entendia quem havia criado isso, mas com certeza tinha uma criatividade sem igual:

- É muita criatividade para uma mente só. Deve ser LSD? - Harry disse de forma irônica para o homem enorme e Martha. Porém, estranhou o clima devido à expressão de seriedade que os dois mantinham.

Harry até pensou em perguntar o porquê dessa reação, porém o gigante rapidamente disse quando seus olhos pareciam brilhar em alegria.

- Gárgulas galopantes. É você mesmo! - Hagrid disse enquanto estrangulava Harry com um abraço de urso. Harry até estranhara isso de início, mas não sentira problema em logo retribuir, já que nunca tivera algum contato do tipo e era uma sensação nova a ele.

- Hm... Martha? - Harry perguntou não entendo nada que ocorria ali, dando leve tapinhas nas costas do gigante homem.

- Hagrid, é melhor explicar tudo. - Martha disse enquanto chamava a atenção do gigante que em momento algum aparentava abandonar sua euforia.

[ ... ]

Os próximos minutos se passaram com Hagrid explicando a Harry tudo o que ele precisava saber sobre Hogwarts, magia, o caldeirão furado, beco diagonal, explicou que os pais dele infelizmente foram assassinados por um bruxo das trevas e que Hagrid o entregou para seus tios.

- É isso é tudo, eu sinto muito pelo que seus tios fizeram, eu não sabia que você passava por isso e que eles haviam escondido tudo sobre seus pais e sobre seu parentesco. - Hagrid disse por fim vendo a expressão de espanto que o garoto mantinha em sua face.

- Por mais que isso pareça uma loucura, já é uma ótima explicação a respeito de tudo estranho que ocorre a minha volta, certo? - Harry perguntou ainda tentando formular tudo em sua cabeça.

- Se chama magia acidental, devido a você não ter controle algum, ela reage a suas emoções descontroladas, tipo raiva, felicidade, medo. Podem fazer coisas sumirem, flutuarem e coisas relacionadas, nada muito perigosas devido a não ter conhecimento algum sobre magia. - Hagrid respondeu sob afirmação do Potter que minimamente se identificava nisso.

- Então... Meus pais eram bruxos, isso é incrível! - Harry disse com um sorriso aberto.

- Não simples bruxos, mas sim um dos melhores, sua mãe era brilhante e perita em magia, já seu pai um dos melhores no esporte mais famoso entre os bruxos, você é a cara dele exceto pelos olhos, tem os olhos da mãe. - Hagrid respondeu.

- Qual era o nome deles? - Harry perguntou deixando Hagrid incrédulo pelos tios do garoto nem terem dito o nome dos pais.

- Lily Evans e James Potter. - Hagrid respondeu deixando Harry contente por conhecer novas coisas sobre seus pais.

- Enfim, quer dizer que bruxos e bruxas existem, meus pais foram assassinados por Voldemort e estou sendo requisitado para estudar em Hogwarts? - Harry disse diretamente sob estremecimento de ambos os adultos.

- Resumidamente, sim, e não fique dizendo esse nome! - Hagrid respondeu.

- Não estou assustado com o nome, até porque é apenas um título de alguém morto... - Harry disse sob olhar duvidoso e temeroso de ambos adultos. - A qual é... que tipo de mãe tem um filho, ergue ele nos braços e diz: Você será Lorde Voldemort... ninguém é assim, com certeza esse cara deve ter algum nome que mantém oculto.

- Mas enfim, o que me deixa irritado é o fato de meus tios terem escondido de mim quem foram meus pais. - Harry disse tendo compreensão dos dois que estavam no quarto. - De qualquer forma, eu sei me cuidar sozinho e não irei ser dependente daqueles idiotas. - Harry finalizou em um suspiro.

- Você é ainda jovem, caro Harry, independente do que for o ministério da magia não aceitará que fique longe de seus guardiões. - Hagrid disse deixando Harry desconfortável.

- Não me importo para o que esse ministério diz, nunca dependi de ninguém e aprendi a me sustentar sozinho aos sete anos, estão enganados se acham que alguém que mal me conhece pode me obrigar a viver com aqueles trastes. - Harry respondeu levemente incomodado.

- Isso aí, se eles tentarem obrigar o Harry a viver com aqueles malditos, eu irei conceder um quarto aqui onde ele poderá viver perto de bruxos e bruxas. - Martha disse deixando Harry levemente contente.

- Obrigado, mas... E agora? Eu tenho uma matrícula feita em uma escola de Godric's Hollow, tinha em mente ir para lá a fim de descobrir sobre meus pais, desde que é lá que minha tia disse sobre a morte deles... como procedemos a partir daqui - Harry perguntou a Hagrid que dera um tapinha amigável em seu ombro.

- Cancele-a, amanhã iremos comprar suas vestes, materiais e todos os apetrechos necessários para Hogwarts. Teremos um dia corrido, pois é amanhã à noite que o ano letivo irá se dar início e estamos bem em cima da hora para enrolações. - Hagrid disse enquanto pegava uma carta e começava a escrever todas as notícias a Dumbledore.

- Então esse colar não representa um simples time de futebol antigo? - Harry indagou de forma irônica para Martha, enquanto demonstrava o colar que detinha de um brasão composto por quatro símbolos e um 'H' situado no centro. Símbolo idêntico ao lacre da carta que recebera, assim notando ela sorrir e começar a explicar muitas coisas sobre Hogwarts e como sua filha Hannah, também iniciaria o ano letivo no dia seguinte.

Uma forma que animou ambos os adultos pela curiosidade do herói deles, mal notando sua verdadeira intenção de obter todas as informações que podia, a fim de poder burlar esse suposto ministério ao qual Hagrid mencionara.

Pois não importava quem seja, Harry jamais permitiria que forçassem ele a conviver com alguém contra a sua vontade.

E com isso dou fim ao quinto capítulo da Changed Prophecy.

Espero que estejam gostando e não se esqueçam de comentar.

A entrada de Harry ao mundo mágico está ocorrendo calmamente, enfim, espero que a obra esteja mesmo agradando, aguardo a todos na seção de comentários logo abaixo.

Vocês são foda! Até a próxima meu povo. XD

Rúbeus Hagrid: https://i.pinimg.com/736x/eb/00/3f/eb003f3d26a699a6cb1e16768c395733.jpg

Martha Abbot: https://i.pinimg.com/originals/ea/80/b7/ea80b79a936c7b19cd16d8ef336b29b1.jpg