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Caçadores Da Lua

"Eu entendo que ainda não tenho experiência. Eu sou apenas um companheiro de equipe incapaz que não conseguiu ir até o fim com meus camaradas. No entanto, a lealdade que foi gravada no meu coração, pelo menos isso eu posso garantir que é genuíno. É a minha verdade depois de tudo..." Em um futuro alternativo do seu: "21/12/2012" a data de um evento que abalou todo o planeta terra. Nesse dia, criaturas mitológicas, que até então só existiam em livros e filmes fictícios desceram de portais mágicos nos céus do nosso 'pacifico' planeta. Contra essas criaturas, várias guerras foram travadas, depois de 10 longos anos, bilhões de humanos foram mortos no processo, restando uma população de um pouco menos de 50 mil vivos. 50 anos se passaram desde aquele evento que hoje chamamos de "A invasão". Nesses anos todos muitos países caíram com as inúmeras guerras, um dos poucos que não se renderam foi o japão, onde vive a nossa protagonista com sangue europeu, ela sonha em fazer parte da maior força existente entre os humanos, "os caçadores da lua", eles são os únicos que podem salvar nosso lar. Seu maior sonho é trazer o fim da guerra dos humanos contra os monstros, para que as crianças possam viver num mundo em que sangue não precise ser derramado para que as coisas sejam resolvidas.

Donoghan · Fantasy
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25 Chs

#20 - Escapismo.

Um olhar penetrante, capaz de fazer um iniciante se borrar nas calças usando esse olhar. Minhas mãos tremiam e eu podia sentir um leve, porém, um tanto incomodo, frio na barriga.

A criatura estava na nossa frente, através daquele vidro aprova de grandes explosões.

[Emilia: Espera um minuto, ele não deveria estar dormindo?]

[Eleanor: Eu não sei, talvez o cálculo de hibernação da criatura estivesse errado, ou talvez…]

[Emília: "Ou talvez" o quê?]

[Eleanor: O cérebro! Recentemente fui informada que essa criatura possui um cérebro, um cérebro muito parecido com o cérebro humano. Se ele evoluiu seu próprio cérebro ao ponto de se tornar um ser inteligente, então talvez ele estivesse engatalvez ele estivesse enganando todo mundo o tempo todo. posso estar errada, mas não é uma teoria descartável.

[Rika: Ah— Acho melhor sairmos daqui, pessoal.]

[Eleanor: Ela está certa, é melhor irmos...]

Corremos desesperadamente em direção a porta, mas o Sr. Kagami apareceu bem na hora e parando bem em frente a porta, meio que nos impedindo de continuar.

[Sr. kagami: Oh! Olá de novo, garotas... Posso saber o por que da pressa?]

[Rika: Bom— É que, nós já vimos tudo por aqui e decidimos, todas as três, que era melhor nós todas partirmos. Sinto muito, mas recusamos a oferta de colaborar com o avanço de Leviathan. Adeus.]

[Sr. kagami: Esperem, por favo! Nós ainda nem tomamos o chá…

[Emilia: Eu acho que o chá pode esperar, tchau.]

Enquanto tento passar por ele, o Sr. Kagami me segura pelo braço, e o aperta de uma forma intencional para deixar marca.

[Sr. kagami: Eu mandei esperar.]

[Emília: Mas o quê—]

No instante em que ele disse essas palavras, vários homens vestidos de preto saíram de todas as entradas que davam nesse pequeno quarto escuro, iluminado pela luz da grande sala do monstro. Os mesmos estavam armados até os dentes com armas de fogo de última geração.

Todas ficamos hesitantes, não queríamos entrar em encrenca, então nos afastamos caminhando de costas para trás até bater na parede.

[Sr. Kagami: Os caçadores subestimam demais a inteligência política. Já era estranho o vice-presidente da base norte abandonar seu cargo para se juntar a nós, isso já era o suficiente para eu colocar ela em vigia, e agora duas impostoras de araque se passando por membros importantes da política mundial.]

[Emilia: Impostoras? Como assim, presidente ...? Do que você ta falando?]

[Sr. kagami: Mentir não funciona comigo, meninas. Eu já sabia de tudo, sei muito bem quem são vocês, e agora também sei seus nomes. Eleanor Castillon Hartmann, caçadora patente Esmeralda 2, a serviço da base norte a quase 10 anos, uma verdadeira arma de guerra. Emília Arsenalt Baldric & Ichida Rika, filha de Ichida Seichii & Ichida Naoko, ambas as duas são novatas de feitos duvidosos entre os caçadores, essas são vocês. Desde o começo eu soube que não eram nossos aliados políticos, mesmo assim, eu fui até o fim para saber suas reais intenções. E o que vocês querem é o Leviathan, mas saibam que não irei permitir que o levem, eu matarei para mantê-lo sobre a minha posse.]

[Emília: Tsk! Você não tem ideia do perigo que é manter essa coisa viva! Você tem noção do que pode acontecer se esse monstro continuar vivo?!]

[Sr. Kagami: Isso é óbvio. Manter ele vivo será o mesmo que a salvação certa da humanidade.]

[Eleanor: Senhor, por favor entenda! Isso não é comum, essa coisa está fora de controle, da pra ver em seus olhos de que ela matará pessoas inocentes a qualquer custo. O senhor mesmo não tem total garantia de que essa coisa possa um dia ser controlada com maestria.]

[Sr. kagami: Compreendam, meninas, isso é para nosso próprio bem. Vocês deveriam me agradecer pelo que estou fazendo, também estou fazendo isso por vocês, caçadores. Centenas de caçadores morrem em vão por ano, o Leviathan trará paz e sossego para todos vocês. Isso eu posso garantir.]

[Eleanore: Perdoe-me novamente, Sr. Kagami. Mas teremos que matar o leviathan, mesmo que isso signifique que tenhamos que matar todos aqui nessa sala.]

[Sr. kagami: Ah… Eu não queria ter que fazer isso, mas vocês não me deixam outra escolha. Eu sinto muito, mas… Matem todas elas.]

Todos aqueles homens armados que surgiram do nada naquele quarto começaram a atirar sem dó nem piedade contra nós três, porém, num piscar de olhos, a situação virou ao nosso favor quando Eleanor botou a mão no bolso e dele tirou uma pedra que mais parecia uma "pedra preciosa", assim que a mesma retirou a pedra foi bolso, a pedra começou a brilhar, então a recitou as seguintes palavras;

[Eleanore: <<Kaze no tekunikku: Harikēn no me…>>] (Técnica de Vento: Olho do furacão.)

Finalmente pude ver Eleanore, minha Sensei, em ação usando seu "Moon Light" do estilo vento.

A técnica que ela usou naquele momento era algo que lembrava bastante um forte muro de vento, algo como um furacão. O poder que Eleanor ativou repeliu perfeitamente as balas dos atiradores que estava indo na nossa direção para aqueles que apertaram os gatilhos. Aniquilando todos aqueles vestidos de preto, inclusive, o senhor Kagami foi atingido no ombro e na perna, fazendo o mesmo ser obrigado a ficar se contorcendo de dor no chão.

[Sr. Kagami: Aaaaaahhh!!! O que você— Arrrhg!! O que você fez comigo?!! Aaahn!! Ah- ah- merda! Eu estou sangrando! Ugh!]

Por ser já um idoso fraco, ele sentiu de verdade a dor de terra sido atingindo. Ele começou arrastar pelo corredor o qual ele tinha desabado no chão como um fracassado, enquanto ele se arrastava sofridamente, ele deixava um rastro de sangue, enquanto chorava e gemia de dor bem baixinho para manter um pouco do orgulho que lhe restava.

Pela maneira de como ele tava reagindo ao tiro, ele parecia ter sido uma daquelas pessoas que nunca se machucaram durante a juventude, sendo um fraco pela vida toda.

[Eleanor: Caramba, eu cometi um erro de cálculos, eu deveria ter acertado na cabeça. Ah~ tanto faz! Vamos meninas, precisamos acabar com isso.]

Incrível! Nos dois anos em que estivemos juntas ela nunca nem sequer me mostrou seu verdadeiro poder com o Moon Light, é o senhor Colossus disse "nem mesmo os melhores estão aqui no sul". - eu pensei deixando transparecer para todos a minha reação de empolgação para todos verem.

[Rika: E como faremos para matar o Leviathan?]

[Eleanor: Não faço ideia. Mas é isso que tornará essa batalha mais divertida. He! He! He!]

[Emilia: Eleanor, é você? Eu não conhecia esse lado radical de você. Hahaha!]

[Eleanor: Ainda temos muito o que conversar, mocinha. Mas agora nosso objetivo é o Leviathan.]

Saímos do corredor e voltamos pra sala do Leviathan, porém, pra nossa surpresa e nosso total desespero, ele não estava mais lá, o mesmo subitamente sumiu sem deixar rastros.

[Eleanore: Não... Não, não, não, NÃO!!…]

[Emilia: Como poderia um monstro gigante como aquele desaparecer tão assim?]

[Rika: Talvez tenha sido o—]

[Eleanor: O governador...! Era ele, não há como outra pessoa ter libertado esse demônio. Rika, traga o Kagami até nós, eu e a Emilia estaremos aqui para descobrir como o Leviathan fugiu.]

[Rika: Certo.]

Assim que Rika sai, Eleanor começa a se preocupar, ficava andando de um lado para o outro, roendo as unhas e olhando atentamente para o chão, com um olhar de uma pessoa extremamente preocupada.

[Emilia: Eleanor… Você está bem?]

[Eleanor: Emilia, nós vamos morrer... Estamos toda mortas.]

[Emilia: O que você quer dizer com isso? Do que você ta falando?]

[Eleanor: Eu venho me mantendo como "aliada" infiltrada no governo, vim pra cá a mando do "Departamento De Detetives Do Norte", nesse tempo em que me mantive infiltrada descobri muitas coisas, tanto sobre o Leviathan, tanto sobre esse palácio em que estamos. Uma dessas coisas que eu descobri é que se caso o leviathan tentasse escapar ou se o libertassem por vontade própria, o prédio entraria no modo de autodestruição, uma forma de impedir que o leviathan saia vivo daqui, ou para destruir todas as provas que poderiam incriminar o Governador, mas isso custaria muitas vidas humanas.]

[Emilia: Acalme-se, se o prédio vai entrar em auto-destruição, isso significa que nós—

[Eleanor: Estamos presas aqui dentro, Emília.]

[Emília: Mas— não, isso não pode ser possível! Não basta apenas escapar usando janelas ou portas?]]

[Eleanor: Eu queria poder dizer que sim, que existe uma forma de sair daqui naturalmente, mas não existe. Pois, assim que o palácio entra no estado de autodestruição, todo o palácio é cercado por uma magia avançada do estilo escudo, essa magia cerca todo o palácio, impedindo que o raio da explosão se alastre por toda a cidade. E também, mesmo que tentássemos quebrar alguma coisa para podermos partir, o tempo de explosão acelera. Eu sei disso porque eu já olhei a planta do palácio, nela mostrava que cada peça do palácio era ligado a bomba, ou seja, se quebramos alguma coisa essencial do palácio como paredes e vigas, todo o prédio vai abaixo, levando nós junto. E eu não posso deixar essa explosão consumir toda a área em volta, caso contrário, o escudo mágico não vai aguentar e então vai se quebrar, permitindo que a explosão consuma tudo, sabendo disso, eu desenvolvi duas maneiras de conter que tudo vá pelos ares. A primeira alternativa é conter a explosão dentro de uma enorme barreira de vento feita por mim para cobrir todo o palácio, estando nós, de alguma forma milagrosa, do lado de fora do palácio; a Segunda seria basicamente a primeira alternativa, a diferença de uma pra outra é que nós estaríamos dentro da palácio, pois não iríamos conseguir sair do palácio, e eu vou ter o dobro de trabalho para fazer essa técnica da barreira de vento daqui de dentro, ou seja, nós consequentemente iríamos morrer no processo.]

Ao ouvir essas palavras saírem da boca de Eleanor, imediatamente minhas pernas ficaram bambas e os batimentos do meu coração aceleraram, até eu desabar de joelhos no chão.

[Emilia: Não… Isso não pode estar acontecendo… Porquê essas coisas só acontecem comigo…? Deve haver alguma forma de nós…]

[Eleanor: Não, Emilia... Desta vez não.]

Confesso ter ficado um chateada e decepcionada com Eleanor naquele momento, até porque foi ela quem me dizia para nunca desistir, se não houver maneiras para continuar avançando então crie uma, mesmo que pareça impossível, faça ser possível. Era isso que ela sempre dizia, então porque ela é a mais desmotivada aqui—

Foi quando Rika entrou na sala arrastando o governador pela perna por aquele chão manchado de sangue enquanto ele gemia de dor, ela o arremessa com raiva o mesmo contra a parede.

[Rika: Vamos…!! Fale em voz alta tudo o que você me disse no corredor!! Agora!]

[Sr. Kagami: Si— sim, senhora... Todas vocês... Todos dentro desse edifício... Incluindo eu, morrerão aqui por uma bomba que vai destruir grande parte da área em volta.]

[Rika: Eu nunca pensei que diria isso, mas...]

Rika se agachou frente ao Sr. Kagami, ela olhou fixamente em seus olhos, enquanto ele tremia de medo, os olhos dela se enchem de ódio, até que a mesma prensou fortemente a mão sobre a ferida no Governador, a apertando e o fazendo sangrar ainda mais.

[Sr. Kagami: Aaaargh!!! Uhn!! Uh…!]

O mesmo, como reação, voltou a se contorcer de dor.

[Rika: Ouça o que eu tenho a dizer, atenda a todas as minhas EXIGÊNCIAS, quem sabe assim eu pense em te dar um morte indolor. Você nos botou nessa enrascada, nos diga ONDE fica a saída de emergência desse lugar ou então eu terei que chamar a estúpida da minha para arrancar e trazer para mim as CABEÇAS podre de suas duas FILHAS, e pendurar as cabeças em árvores no CENTRO DA CIDADE!!!]

[Eleanor: Uau…]

[Emília: Err… Rika. Você não acha que ta pegando um pouco pesado?]

[Rika: Fique fora disso, Emília!]

[Emilia:—]

[Sr. Kagami: Vo- você não seria capaz de— Ouff, ouff!— …tamanha crueldade!]

Rika desviou o olhar, franziu a testa enquanto olhava para o chão. Sr. Kagami parecia estar se sentindo melhor, achando que havia tocado numa ferida de Rika, só que—

"Kuuuim!~"

O som de algo metálico cortando o vento, o som de uma espada, foi ouvido por todos ali presentes. Tanto eu, tanto Eleanor estávamos confusas. Mesmo o Sr. Kagami parecia confuso após ouvir esse som e não saber de onde vinha, se estava longe ou perto. Foi quando o mesmo sentiu um leve formigamento na área dos dedos da mão. Ele olhou para a própria mão, por um breve segundo estava normal, até uma fina linha vermelha aparecer subitamente em seu dedo, dando a volta no mesmo. A linha vermelha parecia estar se estendendo pelo seu dedo como algo líquido pós o segundo confuso, foi então que seu dedo simplesmente se desprendeu da mão e caiu numa pequena poça de sangue que havia acabado de se formar.

[Sr. Kagami: Raaaarg!!! Uunh!! Ah…! Ah…! Ah…! Meu— meu dedo!! Aargh!]

Rika se aproximou dele, pressionou os dedos sobre a ferida do tiro no ombro dele até seu dedo atravessar a carne e sua unha perfurar um pouco do interior do corpo daquele homem. Ele gritou mais ainda, chegou a lagrimar perante aquela situação vergonhosa pra ele.

[Sr. Kagami: Por favor… As minhas filhas não! Ugh— Goff, Goff! Ah… Faça qualquer coisa, mas eu te peço, não faça nada com… Uhn… Ouff! Nada… Não faça nada com elas! Eu imploro! Elas são tudo o que me restam, elas são… Ah, o meu mundo~]

Satisfeita com o que ouviu, Rika tirou o dedo de dentro da ferida do mesmo, então retomou a compostura.

Rika: Nos conte onde podemos encontrar a saída de emergência.

"Ordem do sistema: este prédio vai auto-explodir em 5 minutos."

Era uma voz robótica que vinha de todos os cantos do palácio, indicando que era uma IA (Inteligência Artificial) que estava fazendo seu último trabalho antes do prédio explodir.

[Sr. Kagami: Ah… A porta dos fundos… Né? Ugh!… Se me lembro bem, vocês devem, hã… Seguir essa segunda porta aqui na sala, vai dar em um corredor, a terceira porta do corredor dará em um pequeno armazém cheio de caixas, não me lembro em que canto está, mas tem um alçapão nessa sala; uma passagem para o subsolo que os levará ao esgoto da cidade. Se vocês seguirem pela direita, esquerda e direto vocês encontraram uma escada, que dará bem no meio de uma rua, o palácio vai estar cerca de uns 30 metros de distância d onde vocês estariam se estivessem paradas, por isso vocês vão precisar correr.]

[Rika: Ótimo.]

[Eleanor: Perfeito! Temos menos de 4 minutos para sair daqui antes que esse prédio exploda com a gente dentro, corram o mais rápido possível! Vamos!!]

Elas não pensaram duas vezes então começaram a correr seguindo as instruções do senhor Kagami, menos eu. Eu fiquei parada observando o Sr. Kagami, o mesmo parecia estar demasiadamente perturbado psicologicamente, os olhos, pernas, mãos e voz estavam trêmulos, sua respiração ofegante e lágrimas que escorriam do seu olho faziam parecer cada vez mais um miserável, mesmo assim, mesmo depois dele ter arriscado no máximo com um plano louco e sacrificado vida inocentes no processo, mesmo depois de saber de tudo isso, eu não sentia ódio, porém não chegava ao ponto de ter afeição pelo mesmo, só que meu senso de justiça martelava meu cérebro sem parar com as seguintes perguntas:

"Se ele morrer, quem vai estar ao lado das filhas dele? Porque ele tem que morrer? Eu estaria sendo igual a ele se o deixasse morrer? Eu me sentiria melhor se ele morresse? Ele é uma pessoa má?"

Estava tudo confuso, eu não conseguia responder uma pergunta sequer, caso tentasse, eu fazia outra pergunta por cima, entrando num loop infinito de dúvidas sem resposta.

Paro para prestar um pouco de atenção no que ele estava murmurando, e era algo que lembrava uma prece, uma oração a um ser mais forte antes de seu inevitável fim agonizante de dor e arrependimentos.

[Sr Kagami: Proteja-as! Não permita que nenhum mal as faça mal… É tudo o que eu peço! Por favor… Por favor… Por fa—]

Eu sentia que talvez fosse me arrepender mais tarde pela ação que faria a seguir, mesmo assim, eu fiz.

[Sr. Kagami: O que você ta—]

[Emília: Não posso deixar o senhor morrer aqui, vamos, venha comigo.]

Eu o puxei pelo braço e o apoio no meu ombro, fazendo assim o mesmo ter menos dificuldade em andar, ao fazer isso, começamos a correr seguindo as instruções do mesmo anteriormente.

[Sr. Kagami: Muito… Ugh! Muito obrigado! Se não fosse por você, eu… Eu… Eu… Eu não sei! Obrigado… Se eu não resistir, tudo o que eu quero é poder ver o rosto de minhas pequenas filhas. Muito obrigado! Argh— goorf!]

Enquanto ele me agradecia genuinamente, de todo o coração, ele chegava a vomitar sangue e chorar, na esperança de poder ver suas filhas novamente.

[Emília: Está tudo bem, eu sei que lá no fundo a sua real intenção era pregar a paz, só que… Na prática, acho que daria meio errado.]

[Sr. Kagami:—]

Ele se calou. Aproveitei de seu momento de fragilidade para tirar algumas dúvidas que estavam cravadas na minha mente a algum tempo

[Emília: Oi, senhor Kagami, você sabia que aquela coisa ia escapar?]

[Sr. Kagami: O que? Não!— eu não podia imaginar que algo assim aconteceria, isso está fora dos cálculos, de alguma forma…, Ouff! Essa criatura passou a perna na gente, só não sei dizer como.]

Ele havia dado apenas alguns passos para chegar até a porta, mas já parecia bastante exausto, as feridas estavam matando ele aos poucos, e eu não podia fazer nada, pelo menos não naquele momento.

[Emília: Certo. Vou acreditar no senhor.]

Já havíamos passado pelo corredor, entramos no tal quarto mencionado por ele mesmo como a saída dalí, o que nos levou de fato para os esgotos da cidade, segui as instruções dele, ele foi me guiando por aquele lugar fedido e nojento, até encontrarmos a escada que nos levaria para o subsolo, já subindo, a tampa do esgoto abre por alguém que eu não conseguia ver o rosto.

[???: Vamos! Mais rápido, garota!! Precisamos sair daqui agora!!]

[Emília: Sim! Me ajuda aqui com ele, Rika. Ele não consegue andar direito e não para de sangrar!]

[Rika: Aaah! Ok, mas vamos deixar isso pra depois, precisamos nos proteger do que estar por vir!]

Aceleramos mais ainda o passo, até as pernas começarem a doer de tanto correr e de tanto passo pesado no chão enquanto corríamos como se não houvesse amanhã. Corremos ambas nós duas com o Sr. Kagami apoiado em nossos ombros, facilitando a nossa corrida em busca de sobrevivência.

Enquanto fazíamos de tudo para não cair com o senhor Kagami apoiado na gente, nós corremos até passar por uma pessoa que estava com os braços cruzados observando de longe o palácio.

[???: Agora é a minha vez…]

O que nós tanto temia acontecer, de fato aconteceu.

Booooomm!!!

O palácio explodiu, uma explosão iria devastar uma área enorme em volta e consumir em chamas, iria se não fosse por uma pessoa, apenas aquela pessoa.

[???: Kaze gijutsu: Kaze no tsuyoi keimusho.] (Técnica de vento: prisão ventania)

Baaaaaam!

O forte som de um trovão veio dos céus, então, algo começou a descer da nuvens, algo realmente assustador. Um imenso e forte tornado desceu dos céus e caiu sobre a palácio, essa enorme barreira de vento cobriu o palácio antes de o raio da explosão se expandisse mais ainda. Aquela técnica de vento não só conteve que as explosão matasse vários inocentes, mas também empurrou mais pra dentro as chamas, fazendo todos ali ter mais confiança na pessoa dominando o vento.

[???: Agora… Se despedace em mil pedaços nos céus de Valhalla.]

O fogo sobe o tornado e, como um feixe de luz, aquele raio de fogo cortou os céus, o tornado continuou expelindo para cima as chamas para os céus até não sobrar mais nada.

[???:— …Ah! Vocês estão bem?]

O tornado já não estava mais em chamas, então aquela forte barreira de vento se dissipou em pleno céu. Se não fosse por isso, várias famílias teriam tido, infelizmente, um fim trágico e agonizante por alguns segundos, os piores segredos de suas vidas.

Sem querer tivéssemos notado seu chamado, continuamos correndo até a onda de choque da explosão pelo nosso corpo, causando um breve e fraco choque no nosso interior.

Ao sentir isso, me virei para trás e vi Eleanor exausta com a respiração falha, fazer acontecer perfeitamente aquela técnica e a fazer durar deve ter acabado ou sugado bastante de sua barra de poder mágico.

Deixo o senhor Kagami nas mãos de Rika, e corro em direção a minha velha amiga, apoio ela em mim para ela não cair no chão de cansaço, feito isso, nós quatro caminhamos até um complexo de casas mais próximo, pois o palácio costumava ser distante de tudo e todos, cercado pelo verde sem fim da floresta.

A rua que tínhamos pegado estava deserta, não havia ninguém na ruas, só daria de se ouvir o som de corvos ao longe.

Não sabíamos o porque de estar tão quieto, pois essa área costumava ser bem movimentada, foi então que uma chuva pesada começou a cair sobre as nossas cabeças.

Essa chuva tinha cheiro, era o cheiro de destruição, aquela chuva… Cheirava a sangue.

Emilia: Começou a chover... Espere, o que são esses sons?

Eram vozes…

[???: Mãe! Por favor acorda, mamãe! Não me deixa mamãe—]

[???: Socorro!!! O meu filho não ta respirando!! Me ajudem, por favor!!]

[???: Alguém… Por favor!!

[???: Socorro!!! Eu não sinto minhas pernas!! Aaaaahn! Aaahh!

Estávamos diante de um antigo complexo de casas, ou era para ser um, pois o mesmo estava mergulhado em chamas, casas haviam caído e florestas verdes haviam se tornando uma mistura aterrorizante das cores vermelha, laranja e amarelo; as chamas as consumia.

Haviam vários feridos, e muitos mortos. Algumas haviam sido soterradas pelos escombros, outras não conseguiam se levantar. Alguns estavam aos prantos com algum ente querido em seus braços, e outros só não sabiam como reagir, não conseguiam acreditar de que haviam acabado de perder tudo, tudo o que um dia eles chamaram de lar e família.

Bem no centro do complexo em ruínas estava ele, o possível e mais provável responsável por essa calamidade, Leviathan.

Através da sala com a janela de vidro eu não tinha uma total imersão do seu real tamanho em relação a um humano de estatura física comum, mas agora eu tenho.

[Emília: Ei… Ele é realmente grande…]

Zuuuóiiim!!~ Booooomp!

Um forte feixe de luz saiu do seu olho, aquele feixe(laser) cortou o chão e o chão, como reação, explodiu.

Rika trazia consigo nossas espadas, as quais deixamos guardadas um pouco distantes do palácio, e num ponto de referência para não perdê-las. Rika me entregou a minha espada e desembainhou a sua, estando preparada tanto fisicamente tanto psicologicamente para a batalha que estar por vir.

Prestamos mais atenção naquela enorme criatura descontrolada que era Leviathan, notamos que ele parecia furioso e enraivecido enquanto nos encarava friamente com aquele olho sombrio.

Desembainho minha espada e espero. Poucos segundos depois ele parou de fazer aquela chacina em série, uma destruição em massa e passou a prestar mais atenção em nós quatro que estávamos a sua espera e, por algum motivo, parecia que até ele estava nos esperando.

Ele então abriu a boca, como se quisesse dizer algo.

[Leviathan: O seu fim eminente da humanidade chegou, nunca mais aqueles que derramaram tanto sangue em vão jamais irão acordar de um sono profundo que irei os colocar, o sono eterno.]

Ele falou.

Enquanto ele nos encarava e dizia aquelas palavras, várias pessoas se aproveitaram dessa abertura para partirem dali pra bem longe, fora do perigo.

[Emília: Ótimo, agora ele fala!]

[Rika: Não é surpresa, afinal ele tem um cérebro, ele é um ser inteligente.]

Olho para trás e Eleanor passa direto por nós duas, parando logo em seguida segurando firme no cabo de sua espada.

[Eleanor: Façam o melhor que vocês puderem parar matá-lo, não permitam-no jamais machucar mais uma alma humana. Lutem de todo o coração, sacrifique sua alma e entregue para aquele que pode guardar de todo o coração, e lutem até o fim, e jamais desistam.]

[Rika: Ah— sim! Faremos isso, pode apostar! De todo o coração…]

[Emília: Oh, mãe lua, abundante em piedade. Nos abençoe com forças além de nossa compreensão—]

[Eleanor: Não desistam. Não desistam. Jamais desistam. Siga em frente com um pé atrás do outro— …certo! Vamos fazer esse ciclope de merda se arrepender de ter fugido daquela maldita jaula onde estava sendo mantido preso.]

[Emília & Rika: Sim!]

Uma batalha de vida ou morte contra aquele monstro criado em laboratório, estava prestes a começar.

Muito sangue será derramado.

Continua…