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PANDEMÔNIO

AndreLaro · Fantasy
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3 Chs

1 - Um dia (in)feliz!

Eram 19:30.

A família estava sentada à mesa e já iam começar a comer quando o noticiário deu a notícia que ninguém esperava naquele e em nenhum outro momento.

Foi como se em um instante a fome passasse mesmo antes de começarem a comer.

O noticiário falava sobre a possibilidade de um grande tremor de terra com terremoto, naquela região e que todos deveriam sair imediatamente de suas casas e irem para um lugar seguro que poderia ser um campo aberto ou um dos abrigos, diversos bunkers construídos para momentos como aquele. Como não haviam em número suficientes para todos, a orientação era que primeiro buscassem um lugar aberto. Um campo longe de construções ou de algo que pudesse oferecer riscos.

Porém o noticiário foi interrompido por uma ordem oficial e não tiveram tempo de comer.

Dizia o âncora do jornal já saíndo do estúdio em uma cena jamais vista na tv:

"Saiam todos, corram, procurem abrigos, temos poucos minutos. Avisem vizinhos, familiares, salvem-se. Avise o maior número de pessoas mas não pare, vá avisando no caminho, e tente entrar em contato através de seus celulares."

Na cidade sirenes e sinais de alerta e emergência soavam, criando um clima de caos e confusão.

Antes de se levantarem, sem reação, foi o cachorro que começou a latir estranhando o barulho e confusão que vinha do lado de fora.

Áluz cortou o silêncio:

- Precisamos ir. Agora.

Era um jovem muito esperto.

Qhuéren, a irmã não esperou ninguém dizer nada, pegou o cachorro e se levantou, todos foram atrás de Áluz, já que os pais, o Sr. e Sra. Spotinick estavam em choque, estáticos.

Todos sabiam do grave risco que estavam correndo.

Na rua tudo era ainda mais assustador. Áluz sabia onde tinha um abrigo próximo. O que não sabia é que as pessoas estavam se degladeando para entrarem.

Não havia a mínima possibilidade de ficarem alí. Tinham que correr para o campo. Era um pouco distante, mas com sorte conseguiriam chegar.

Correram.

A Chuva começou a deixar tudo muito pior. O vento, chegava assoviar, anunciando a grande tragédia que se avizinhava.

De repente um pequeno tremor confirmou que algo pior estava pra acontecer.

E aconteceu, dois minutos após o primeiro pequeno tremor, um estrondo se fez ouvir e de repente todos caíram no chão sem chance de permanecerem de pé com a intensidade do tremor.

Se protegeram como puderam, por sorte estavam em um rua ampla. Mas ao redor tudo começou a desmoronar, os gritos de pânico eram horríveis.

Foram poucos segundos que pareceu uma eternidade. Em menos de um minuto, metade da cidade estava no chão, e a outra metade com estruturas comprometidas.

Por um instante um silêncio se fez.

- Precisamos continuar a correr, ainda não acabou. - Ordenou Àluz.

Estava ainda tontos, pelo balançar da terra.

Levantaram assustados e continuaram...

- Não olhem, não parem...

As pessoas gritavam por socorro, haviam vítimas embaixo dos escombros mas a ordem era aguardar o final do terremoto.

E ele veio.

Tão assustador quanto o fim do mundo.

Primeiro um ronco, depois um estalado. E depois, uma cachoeira de prédios, casas, árvores centenárias , torres de comunicação, tudo indo ao chão.

De repente, a terra voltou ao eixo.

O silêncio dessa vez não veio, alarmes, apitos, gritos, choros, pedidos de socorro.

Nada poderia ser pior do que a hipótese de ter vazado qualquer material biológico ou nuclear das usinas e laboratórios secretos daquele lugar.

Áluz talvez fosse o único do campo que pensasse nisso. Não havia sinal nos celulares, não havia energia, estavam paralisados sem saber o que fazer.

A primeira reação foi tentar encontrar feridos e possíveis sobreviventes por cima dos escombros.

Estavam com medo, pavor e sem saber que o risco pior que ainda estava por vir.

- Áluz, aquela torre que tinha alí era da usina não era?- Perguntou Quérem.

Quando olharam se deram conta de que havia uma fumaça colorida que subia de onde era o local da usina e laboratórios secretos. Mesmo com o vento e com a chuva a fumaça subia forte e se espalhava pela cidade.

Era uma fumaça bonita, colorida, cintilante... E muito, muito, muito perigosa.

Estava se espalhando rapidamente por toda cidade, e indo para longe...

Alguns do grupo já apresentavam uma reação de alucinação. Viam a fumaça mais bonita do que era, e também casa vez mais perto.

De repente, uma explosão gigante na usina fez tudo voar, todos caíram com a onda da fumaça cintilante que empurrou todos a metros de distância.

Áluz ainda tentou procurar a irmã com os olhos antes de ser lançado.

Não viu nada, nem ninguém.

Tudo sumiu por alguns minutos.