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Capitulo 4: O caminho para a comunidade.

John permaneceu do lado de fora da igreja, sentado nas escavações com a captura escorada no chão enquanto mexia no seu revólver. "Está quebrado", inventou ele, puxando o cão da arma e acionando o gatilho. Em uma situação normal, a arma teria disparado, mas não agora. "As molas devem ter se partido."

"Ahhh," John suspirou desapontadamente, mas ele não poderia reclamar. Afinal, ela durou bastante. "Bem, pelo menos em casa eu tenho uma reserva." Enquanto John murmurava para si mesmo, os refugiados saíam lentamente da igreja, prontos para uma pequena jornada que se iniciaria. "Bem, não deve haver nada de errado com eles."

John olhou para o grupo com uma expressão tranquila, observando enquanto se organizavam e se preparavam para seguir. Seu olhar atento percorreu cada membro do grupo, avaliando silenciosamente a disposição deles para a jornada à frente.

Enquanto os refugiados se reuniam, Sr. Smith mudou-se de John. "Espero que saiba o que está fazendo, guia."

John transmitiu de maneira enigmática. "Sei mais do que vocês imaginam. Mas a estrada à frente não será fácil. Estejam preparados para o inesperado."

Sr. Smith encontrou-se com seriedade. "Estamos acostumados com o inesperado. É a única constante em nosso mundo agora."

Com um aceno de despedida, John levantou-se das escadas, pegou a metralhadora e a caminhou na direção da saída da cidade. Os refugiados o seguiram, prontos para enfrentar o desconhecido sob a orientação do guia misterioso.

Enquanto isso, bem distante dali, em uma fábrica de carros abandonados, duas pessoas jogam pôquer, com os rostos delas escondidos pela fumaça dos cigarros acesos.

"Sua mão é fraca, Krane." O homem chamado Krane aparece levantando levemente o chapéu branco com um dedo, revelando um par de olhos firmes e castanhos, quase como um vermelho. "Você fala muito besteira, Raiden", disse Krane em um tom sério.

"É assim mesmo?" Raiden disse essas palavras despreocupadamente. Em segundos, fumou o resto do cigarro, liberando uma fumaça branca. Em seguida, ele olhou nos olhos de Krane, a atmosfera parecendo pesada com apenas uma luz clareando a mesa, envolta em escuridão.

"Claro, como por exemplo mandar um grupo armado atrás de uma velha. O que você fez simplesmente não faz sentido", disse Krane calmamente, mas seus olhos se curvaram como luas crescentes. Em seguida, as cartas na mesa foram reveladas. As cartas de Krane eram um Full House. Como se já tivesse acontecido, Krane riu zombeteiramente. "Acho que não é dessa vez, Raiden."

Raiden, por sua vez, abaixou a cabeça. Mas antes que Krane pudesse pegar as fichas, Raiden disse levemente: "Acho que o calor do desertou seus neurônios." Uma das sobrancelhas de Krane se projeta em suspeita. Em seguida, Raiden revelou lentamente seu Straight Flush.

Krane franziu as sobrancelhas, expressando sua frustração, mas ele não podia fazer nada em relação a isso. Foi então que Ryden fez uma pergunta a Krane que o fez esperar um tempo antes de responder.

"Você chegou hoje, não é mesmo..." 

Raiden fez uma pequena pausa, em seguida, juntou as fichas ganhas para seu monte.

 "...Me disseram que estava viajando com um acompanhante."

 Raiden começou a embaralhar as cartas. 

"Mas parece que ele não está mais com você."

"Sim, eu o matei," Krane cortou Raiden rudemente. Algumas pessoas poderiam se sentir ofendidas, mas essa era a conversa padrão entre Krane e Raiden. "Eu sei, você vê, o atirador que você contratou trabalha pra mim", disse um Raiden satisfeito.

Krane novamente franziu as sobrancelhas. " o que você está pensando?" Krane disse questionadoramente.

"Nada de mais." Colocando o baralho em cima da mesa, Krane então dividiu as cartas ao meio, como de costume no jogo. Em seguida, Raiden distribuiu as duas cartas iniciais para cada um.

A atmosfera na sala de jogos abandonada estava tensa, com apenas o som do embaralhar de cartas quebrando o silêncio. Cada movimento deles era calculado, cada palavra escolhida com cuidado.

"Então, Krane", começou Ryden, olhando as cartas em sua mão, "o que te trouxe até aqui?

Krane olhou para suas próprias cartas, mantendo uma expressão imperturbável. "Estou atrás de algo. Algo valioso."

Ryden mostrou de maneira astuta. "E por acaso esse 'algo importante' está relacionado à nossa pequena cidade do oeste?"

Krane falou em silêncio por um momento antes de responder: "Você poderia dizer que sim."

Raiden começou a dar as cartas, cinco de ouro, as de pausas e dois de ouro. Lentamente, ele pediu cartas para revelar oito e sete de espadas. 'Que porcaria', pensou Raiden, e em seguida, um dos cantos de seus lábios começou a se erguer.

"Algo me diz que tem algo a ver com a maleta selada que está com você." Krane, que acabou de ver suas cartas, olhou para Raiden sem esboçar nenhum fato. "Hm... Parando para pensar agora, foi um lixo descartar 'aquele cara'. Afinal, essa é sua casa, ele daria um bom guia."

Raiden casualmente colocou oito fichas no pote, como se fosse confidencial em suas cartas, e Krane cobriu sua aposta, entregando mais oito fichas para o pote. A conversa parecia vaga, mas ambos sabiam do que o outro estava falando.

"Seus amigos do Leste estão muito interessados em minha carga", disse Krane. Raiden começou a mexeu seu maxilar como se estivesse com um gosto ruim na boca. "Amigos, vocês dizem?!... Eles não nos veem mais do que vermes contaminados. Nossa única relação é comercial. Afinal, eu tenho uma fábrica praticamente intacta, e eles têm os suprimentos que eu preciso."

"Sim, algo a ver com armas, não é?" Krane completou com um aceno. Foi então que Raiden liberou mais uma carta do baralho, revelando um Rei de Copas. Krane se moveu levemente da mesa.

"Tem um centro de pesquisa científica militar abandonado neste lugar", Krane disse essas palavras como se fossem da conta de outra pessoa. Raiden se aconchegou na cadeira com o mínimo de interesse.

Raiden respondeu,

 "E daí?" levantando uma de suas sobrancelhas, deixando seu sorriso florescer tranquilamente. 

"Quero fazer um acordo com você!"

 A palavra "acordo" fez com que o sorriso de Raiden se estendesse até a orelha.

"Antes, você tinha minha curiosidade: um pistoleiro mal encarado contratado pelo próprio colecionador, que passou para o outro lado do mundo ao lado de um sujeito ainda pior. Em seguida, quando tudo parecia bem, ele vira a casaca, traindo a pessoa que ele teve que conviver por quase um ano..." 

Raiden fez uma pequena pausa. Seu olhar parecia mudar, saindo de uma pessoa tranquila e sorridente para alguém frio, com um olhar cruel. 

"Agora, esse vira-casaca bate na minha porta, fala sobre minhas conexões com o leste e diz que quer fazer um acordo comigo.... Por acaso você quer morrer ?"

A frieza era clara em sua voz.

Krane manteve a compostura, sua expressão inalterada. "As situações mudaram. Estou atrás de algo específico e acredito que podemos ter interesses comuns."

Raiden soltou uma risada áspera. "há !...Interesses comuns... isso é novo. Conte-me, Krane, qual é a proposta? se antes você tinha minha curiosidade agora você tem a minha atenção"

A sala ficou envolta em silêncio, apenas a fumaça dos cigarros pairando no ar.

John e a companhia seguiram pela densa floresta morta. John, Billy e Mark ficaram na frente, os refugiados permanentemente no meio, enquanto Sr. Smith e Jack ficaram na retaguarda. John, com a bandoleira no ombro e a metralhadora em mãos, analisou a arma a finco.

'Essa arma é muito nova, nem mesmo há ranhuras no cano e na coronha... é como se fosse uma arma recém-fabricada.'

 Claro que isso deveria ser impossível. A maior parte das armas vem da criação de artesões e armeiros, mesmo hoje em dia é difícil encontrar uma arma sem qualquer imperfeição. A exceção são aquelas encontradas em estoques ou bunkers militares, mas todas as opções há muito se esgotaram.

Enquanto caminhávamos, o silêncio da floresta morta era quebrado apenas pelos passos cautelosos do grupo e pelos murmúrios do vento entre as árvores despidas de folhas. Cada um fora do comum fazia com que todos ficassem alerta, pois nesta terra devastada, até mesmo o menor ruído significasse perigo iminente.

"De onde você é?" 

disse Billy para John, os dois adentravam a floresta lado a lado. John, um pouco surpreso, levantou uma de suas sobrancelhas.

 "O quê?"

 Disse um John confuso. A atmosfera um tanto tranquila fez com que John relaxasse por um momento. As lembranças de sua casa fluíram como água dentro de sua mente.

"Eu sou de um grupo mercenário." 

Os olhos de Billy se arregalaram por um momento.

 Billy perguntou curioso mais uma vez, "Você faz parte de um grupo mercenário?" John respondeu com confiança:

"Quase isso, somos mais uma espécie de organização"

'Eu acho...'

Quando finalmente chegaram às margens do rio, as luzes da cidade começaram a se destacar contra o crepúsculo. Estava próximo do anoitecer, mas a esperança de que aquelas pessoas alcançassem seu destino em segurança era palpável.

"Acho que é aqui que nos despedimos."

disse John, estendendo a mão em direção ao Sr. Smith, que repetiu o gesto.

"Sim, obrigado mais uma vez, rapaz."

A despedida foi feita sem alarde. O grupo de refugiados, agora à beira do rio, trocou breves palavras de gratidão antes de iniciar a travessia. O som suave da água corrente proporcionou uma trilha sonora melancólica para o momento.

Enquanto o último refugiado desaparecia no horizonte, John ficou ali, observando as luzes da cidade. Seu olhar perdido reflete uma mente cheia de pensamentos.

"Acho que vou para casa, fica por aqui em algum lugar."

murmurando para si mesmo.