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Capitulo 2: O pistoleiro e o Xerife

Com a decisão queimando em seu olhar recém-avivado, John se especificou e recolheu seu equipamento espalhado. Decidiu mudar a posição de suas bolsas, ajustando-se estrategicamente para atender suas necessidades imediatas. A bolsa menor, que continha seu kit médico, foi amarrada diagonalmente de seu canto superior esquerdo ao direito, escondendo com astúcia a marca do disparo que havia levado. A bolsa maior, com todo o seu equipamento, foi presa à sua direita, diretamente ao cinto de munição, voltada para trás do coldre.

Ao se preparar, John finalmente colocou seu chapéu com cuidado, garantindo que não atrapalhasse as bandagens em sua cabeça. O gesto era quase ritualístico, marcando sua prontidão para a jornada à frente. Quando abriu a porta que ele mesmo havia bloqueado, o propósito em seus olhos era claro.

"Krane, não pense que você ganhou esse jogo... afinal, isso só vai terminar quando acabar."

A promessa ressoou no deserto pós-apocalíptico como um eco de desafio. John, agora vestido para a batalha, saiu para o sol escaldante, determinado a perseguir a sombra traiçoeira de Krane. O segundo capítulo de sua saga estava prestes a começar, repleto de desafios e reviravoltas no cenário desolado que se estendia à sua frente.

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Jack, um homem de presença imponente, foi moldado pela vida áspera e pelo preconceito que escolheu em sua juventude devido à sua cor e tamanho. No entanto, quando se tornou assistente do xerife, a sua convenção começou a mudar, e passou a ser vista sob uma nova luz. A vida na cidade não era fácil, constantemente ameaçada por bandidos e arruaceiros, mas Jack e o xerife, junto com uma equipe bem armada e treinada, acreditavam que podiam enfrentar qualquer desafio.

Essa confiança foi abalada quando tribos invasoras formaram um bando para saquear a cidade. Foram numerosos demais, e a cidade caiu diante de uma força avassaladora. A fuga se tornou a única opção, e dos 25 que eram, restaram apenas três, encarregados de proteger um grupo de oito pessoas que conseguiram escapar.

A ideia era alcançar a "Comunidade", uma das raras cidades muradas que resistiam nesse mundo pós-apocalíptico. A fuga, no entanto, não foi suficiente para escapar de todos os perigos. Um grupo implacável ainda persegue Jack e seu pequeno grupo. Mesmo diante das adversidades, Jack estava determinado a cumprir a promessa feita a seu mentor e superior, o xerife: proteger as pessoas a qualquer custo. A perseguição dos bandidos não os impedirá, e Jack está disposto a lutar até o fim para garantir a segurança daqueles que ele jurou proteger.

Jack e seus três companheiros, Smith, Mark e Billy, tomaram a decisão de levar as pessoas para a igreja, o local seguro mais próximo. Ao chegarem, os civis foram prolongados para o porão, considerado o local mais seguro da construção. Jack, com seu rifle de ferrolho, escolheu a torre do sino como sua posição estratégica, oferecendo uma visão privilegiada do entorno.

Smith, o companheiro mais experiente, e o jovem Mark posicionaram-se no andar superior, atentos às entradas da igreja, enquanto Billy, ágil e vigilante, guardava a entrada do porão onde os refugiados estavam abrigados. Cada um desempenhava seu papel, ciente da responsabilidade que recai sobre seus ombros.

O silêncio pairava na igreja, interrompido apenas pelo sussurro do vento e pelo murmúrio abafado das pessoas no porão. Jack, no alto da torre do sino, mantinha-se alerta, olhos fixos na mira do seu rifle. A tensão não era palpável, e o grupo se preparava para o debate iminente, sabendo que a promessa de Jack não seria cumprida sem resistência. A igreja, normalmente um local de paz, tornar-se-ia um bastião de defesa contra os perigos que se aproximavam. O destino daqueles que Jack jurou proteger pendia na balança, enquanto os bandidos se aproximavam, inconscientes do desafio que os aguardavam.

O primeiro tiro ecoou na torre do sino, saindo da mira precisa de Jack. Conhecendo bem o comportamento e as vestimentas dos criminosos como uma colmeia de vespas a resposta veio quase automaticamente dos invasores. Dezenas de tiros foram disparados em direção à igreja, mas a altitude da torre oferecia a Jack uma certa segurança, tornando os atiradores inimigos mirarem difícil diretamente nele.

Enquanto isso, Sr. Smith e Mark, experientes passatempos, aproveitaram as pequenas janelas da igreja para disparar com seus rifles de alavanca. Mudavam constantemente de posição para evitar serem marcados como alvos, cientes de que não podiam se dar ao luxo de ficarem feridos.

Billy, o ágil guardião da entrada do porão, recarregava sua bomba escopeta em meio aos disparos contínuos dos colegas. O som da guerra ecoava dentro da igreja, um contraste sombrio com o ambiente sagrado que normalmente envolvia o local. Os invasores, por sua vez, enfrentaram uma resistência terrível, e a promessa de Jack de proteger aqueles sob seu cuidado se desdobrava em uma batalha desafiadora e implacável. O destino dos refugiados dependia da habilidade e da tenacidade do grupo, enquanto o tiroteio ecoava pela igreja, marcando o início de uma luta desesperada pela sobrevivência.

O combate na igreja continuava, desafiando ambas as partes. Vários salteadores já foram derrubados sob a precisão dos guardiões da igreja. Diante da resistência, os invasores mudaram de estratégia, dividindo-se em três frentes. Com a parte de trás da igreja inacessível, restava-lhes investir pelas três entradas, uma na frente e dois nos lados.

Sr. Smith, experiente e calmo, mantinha a entrada direita sob controle, enquanto Mark fazia o mesmo na entrada esquerda. Jack, na torre do sino, fez o possível para impedir a investida pela porta da frente, repelindo os salteadores que se escondiam entre os destroços da cidade.

No entanto, a situação tornou-se mais exigente para Mark, pois o número de salteadores do seu lado era maior. Enquanto se esforçava para manter a defesa, a necessidade de recarregar se aproximava. Alguns salteadores percebem a vulnerabilidade e a gasolina chegam até a entrada, arrombando a porta.

Entretanto, Billy, paciente e preparado, aguardaria estrategicamente em uma próxima coluna. Assim que os salteadores caminharam sem pensar duas vezes, correndo em direção ao centro da igreja, o som da escopeta de Billy reverberou. Foi o último que aqueles invasores ouviram em suas vidas. A arma de Billy ecoou como um aviso aos que ousavam ameaçar a segurança dos refugiados. O meio da igreja, agora manchado de destroços e marcas de combate, permanece como um bastião onde os guardiões da igreja resistiam à investida implacável dos salteadores.

A investida dos salteadores, sem sentido e caótica, começou a vacilar à medida que a resistência dos guardiões da igreja se intensificava. A moral dos menos experientes começou a desmoronar, e antes que pudesse apelar ao chefe, um silêncio arrependido pairou sobre a eles. Os salteadores, que momentos atrás estavam prestes a fugir, congelaram repentinamente.

O olhar odioso de seu líder, Arch, estava fixo neles. Era um olhar que dizia mais do que palavras. Os salteadores sabiam que aquele olhar apresentava uma desaprovação profunda e uma ira crescente. Arch não precisou proferir uma palavra para expressar seu desgosto com a fraqueza demonstrada por seus subordinados.

Sem hesitação, Arch executou cruelmente os menos corajosos entre eles. Suas palavras cortantes ecoaram na igreja: 

"Se vocês não conseguem nem obedecer minhas ordens, são menos que lixo para mim."

 O ambiente tenso foi preenchido pelo som brutal da proteção infligida por seu líder, deixando claro que, na posição impiedosa dos salteadores, a fraqueza era inaceitável e a desobediência era punida com brutalidade. O destino dos sobreviventes na igreja estava entrelaçado com o líder implacável que agora os observava com olhos frios e odiosos.

Os salteadores, motivados pelo medo e pelo desespero, lançaram-se em uma onda suicida em direção aos guardiões da igreja. A munição fluía como água, e agora era a vez dos defensores verem sua moral abalada. Seus suprimentos de munição não eram infinitos, e acertar todos os tiros tornava-se uma tarefa praticamente impossível. Em meio ao caos, nenhum deles proferiu uma palavra, pois as ações falam mais alto.

Enquanto a munição de Billy estava prestes a se esgotar, sua escopeta emitiu um som diferente. Ele sabia o que havia acontecido: um painel na caixa impedia que o cartucho fosse ejetado. Com um salteador a poucos metros dele, Billy agiu instintivamente e optou a escopeta em direção ao invasor. O golpe improvisado atingiu o cheio, mas o verdadeiro objetivo de Billy era ganhar tempo. Enquanto o salteador estava atordoado, Billy sacou seu revólver, preparando-se para pôr um fim a esse embate impiedoso. O som do tiro ecoaria na igreja, marcando o desfecho dessa batalha tensa entre o guardião e o salteador.

Arch, frustrado com a resistência fútil dos guardiões da igreja, decidiu assumir o controle da situação. Sua presença física robusta e aparência bestial inspirava medo, e ele carregava consigo uma imponente construção. O carregador dessa arma poderosa contém centenas de cartuchos, anunciando uma chuva de balas iminente.

Com um olhar furioso, Arch mirou em direção à torre do sino, onde Jack estava causando mais problemas para os salteadores. Quando o gatilho foi pressionado, parecia que uma chuva dourada de projetos caía em direção à torre. Jack, percebendo o brilho do disparo da arma de Arch, agiu rapidamente para se esconder antes que uma tempestade de balas alcançasse sua posição elevada.

Uma chuva de balas transformou a área ao redor da torre em um campo de fogo, criando uma barreira letal entre Jack e os salteadores. O debate se intensificou, com Arch liderando o ataque frontal e os guardiões da igreja, agora enfrentando uma ameaça mais devastadora, lutando para manter sua posição. O destino dos refugiados continuou incerto, enquanto a batalha atingiu um novo patamar de intensidade e perigo.

"Caramba", disse Jack, incrédulo, enquanto se escondia o máximo possível da chuva implacável dos projetos que vinham em sua direção. Enquanto Jack tentava evitar os tiros, Arch parecia estar se divertindo com a situação.

"O que foi, passarinho? O ninho não é tão seguro agora, não é mesmo?" As palavras de Arch eram tão altas quanto o som de suas vítimas, ecoando pela área e causando preocupação em todos, inclusive nos refugiados. A intensidade do ataque de Arch elevava a tensão, transformando a batalha em um confronto ainda mais perigoso.

A situação dentro da igreja é de mal a pior. Smith estava ficando sem munição para seu rifle, enquanto Mark e Billy já haviam descartado suas armas primárias, restando apenas seus revólveres para resistir ao ataque implacável. Arch, por outro lado, continuava disparando sem limites, lambendo os lábios enquanto avançava na igreja.

Enquanto Arch estava imerso em seus pensamentos, ele se lembrou de uma conversa anterior com seu líder. "Tome cuidado nessa missão", foi o aviso que recebeu. Incrédulo, Arch questionou o motivo, e a resposta foi direta: "Ela disse que viu meus subordinados morrerem se fôssemos atrás dela." Arch voltou ao presente, murmurando raivosamente que era uma besteira. No entanto, ele não descobriu que agora era o único homem de pé na entrada frontal da igreja.

Um pequeno impacto indolor atingiu sua cabeça, deixando-o momentaneamente sem ação, fazendo com que sua arma caísse. Arch, lentamente, levou uma de suas mãos ao centro da testa, sentindo um furo que o fez experimentar medo pela primeira vez em sua vida. Nas suas últimas palavras, ele murmurou: "Não sinto nada". Uma figura colossal caiu impotente ao chão.

Nesse momento crítico, uma figura misteriosa emergiu das sombras, derrubando seis homens em questão de segundos e neutralizando o colosso que era Arch. Jackson, observando tudo do esconderijo, sentiu um sentimento esquecido brotar em seu coração. "Nós podemos vencer, nós vamos vencer", pensou Jackson, renovando pela esperança de que a maré da batalha poderia virar a favor dos defensores da igreja e dos refugiados