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capitulo 5 o começo parte 5

Esse gesto da parte dela o ajudou muito, ele ficou um pouco mais tranquilo e a expressão que antes estava claramente visível havia desaparecido.

Não demorou muito para que os três passassem pela porta giratória. Se na sala de recepção do prédio estava cheio, do lado de fora era igual.

Pessoas conversando em diversos lugares, como se fossem alunos que acabaram de sair da escola.

Quem realmente gostou de sair foi Victor, do lado de fora o mundo parecia um enorme ventilador que mandava uma brisa levemente quente em seu rosto.

Ele suspirou fundo, aliviado por ter saído daquele lugar infernal.

Os três estavam caminhando rumo a faixa de pedestre que ficava quase de frente para o prédio onde trabalhavam.

Sem muita demora rapidamente os três atravessam a rua,

— O lançamento de Legends of the Virtual Realms foi há uma hora atrás. Victor disse com um tom um pouco triste, enquanto caminhava ao lado de Carlos. Sua voz também chegou até Lily, que estava do outro lado.

Como era sábado, todos estavam ansiosos para ir para casa ou até mesmo para comprar o novo jogo.

Havia um engarrafamento, todos os tipos de veículos estavam tocando a buzina ao mesmo tempo e freneticamente.

Alguns passageiros que pegavam transporte público optaram por terminar o trajeto a pé, pois sabiam que aquele engarrafamento jamais se descongestionaria.

Não apenas as pistas estavam cheias, mas também as calçadas, pessoas apressadas com passos largos se esbarravam umas nas outras.

Na esperança de chegar ao seu destino o mais rápido possível.

Sem nenhuma preocupação visível na voz, Carlos respondeu.

— Você tem razão, o lançamento foi há uma hora. Mas não há com que se preocupar, jogaremos primeiro que algumas pessoas.

Com a influência que a família de Lily tinha não só na cidade, mas no mundo inteiro, qualquer pessoa faria de tudo para ter um favor dela.

Com um olhar confiante, ela olhou para o lado, mirando nos seus amigos, sem se preocupar com as pessoas que andavam apressadamente pela calçada.

— Segundo o secretário pessoal da minha mãe, o dono já está esperando por nós no fundo da loja. Só precisamos chegar lá e pegá-los.

— Acho que não teremos problemas com isso. Quero dizer, se ninguém achar suspeito uma mulher e dois homens entrando num beco.

Carlos ouvindo aquilo, sentiu vontade de rir, até soltou uma risada involuntária, mas logo conteve-se e suspirou fundo.

Não podia rir como um louco por motivos óbvios, todos ali o achariam um maluco.

Por outro lado, Victor ficou extremamente constrangido, mas sua imaginação voou longe ao pensar nisso.

Todos os seus pensamentos impuros foram substituídos quando entraram em sua esquina e se depararam com mais um cartaz anunciando "Legends of the Virtual Realms.

Nessa altura do campeonato, todos conheciam o tão famoso LFR. Afinal, havia vários cartazes espalhados por toda a cidade.

O outdoor era diferente de qualquer outro que eles já haviam visto. No lado esquerdo, havia uma madeira azul brilhante. No lado direito, havia uma bandeira vermelha flamejante. No centro, havia um texto em preto, que contrastava com o vermelho brilhante do fundo.

Os três ficaram curiosos para saber o que dizia o texto. Eles se aproximaram do outdoor e leram: "Para comemorar o lançamento oficial de Legends of the Virtual Realms, um evento de caça bandeira será feito dentro de uma semana. Caso estejam interessados e queiram conseguir o prêmio máximo, já sabem o que fazer."

— Caça-bandeira? Perguntou Victor, um pouco curioso em relação ao evento que estava por vir.

Coçando o queixo, um tanto pensativo, Carlos respondeu:

— Temos uma semana para nos preparar. Isso será tempo suficiente se seguirmos o mesmo padrão de subir níveis que fazemos em outros jogos.

— Acho que a caça-bandeira é o melhor jeito para os jogadores avaliarem a força uns dos outros em relação às suas, e também para nos acostumarmos com as subclasses. Isso é apenas um achismo da minha parte, talvez haja outros motivos. Dessa vez, quem respondeu foi Lily, não querendo deixar Victor falando sozinho.

— Uma semana é pouco demais. Não sabemos nada sobre o jogo, todas as informações sobre o mundo em si são ocultas. Vocês têm que ter em mente que nossos padrões de subir níveis rapidamente não podem funcionar nesse jogo. Quem disse isso foi ela.

Os três retomaram a caminhada. Carlos e Victor sabiam que ela não havia terminado sua explicação, pois sua expressão estava um pouco pensativa.

Eles não disseram nada porque todos os padrões de subir níveis rapidamente foram criados por ela.

Novamente suas intuições estavam certas, pois logo após alguns segundos de reflexão, Lily continuou.

— Estou sem ideias. Não consigo pensar em nada. Não tenho informações suficientes para formar um plano, terminou ela, com a voz um pouco triste.

— Se ao menos tivesse alguma informação vazada, seria fácil pensar em algo. Murmurou ela, por sorte ninguém conseguiu ouvir.

— Você sem ideias? É a mesma coisa que comer pizza gelada, Disse Victor, com um tom de curiosidade.

Não só ele, mas também seu outro amigo estava do mesmo jeito, era impensável imaginar a fanática por Jogos sem ideias ou estratégias.

Era como se ela fosse a líder que dava as ordens e eles eram os seguidores que obedeciam sem errar um único comando.

Victor era o pior de todos, pois assim que começou a entrar no mundo dos games, não entendia nem mesmo os comandos básicos.

Por isso, teve que seguir as ordens da sua amiga à risca, sem vacilar por um minuto.

— Espero que isso mude nas primeiras horas de jogo. Não podemos ficar para tr…. Lily ergueu a mão direita, interrompendo Carlos antes que ele pudesse falar.

— Eu sei, eu sei. Só preciso entender como a mecânica do jogo funciona. Não é tão fácil quanto parece. Todos os jogos que jogamos anteriormente tinham um trecho com combate contra monstros ou 1v1.

— Mas esse jogo não. Vocês viram que só tem a imperatriz glacial no trailer. Sei que sou foda, mas não tanto assim, né gente? Ela se justificou, tentando sair por cima.

A quantidade de pessoas nas calçadas diminuía cada vez mais à medida que os pedestres saíam do centro da cidade.

Porém, ainda não era o suficiente para que eles andassem com tranquilidade. O engarrafamento também havia diminuído, mas não porque os carros haviam começado a andar, e sim porque eles haviam se deslocado para outro local.

Enquanto ouvia a justificativa da sua amiga por não ter uma estratégia pronta, Victor sentiu seu celular vibrar no bolso da sua calça.

— O dia foi tão chato que eu esqueci completamente de pegar meu celular, murmurou ele, já sabendo o motivo do celular estar vibrando.

Num piscar de olhos, ele tirou o celular do bolso, apagando da mente a existência dos seus dois amigos que disputavam quem seria o melhor para liderar o grupo.

— Sabe, Carlos, esticou os cinco dedos da mão esquerda, contando com a mão direita.

— As melhores estatística foram minhas

— Eu tenho a maior taxa de dano por Boss, sou eu quem quebra a defesa inimiga para você e Vic fazerem alguma coisa, ou melhor, para vocês tentarem fazer alguma coisa.

Ele tinha um olhar confiante no rosto como se estivesse falado, eu ganhei.

— Não posso discordar disso. Você realmente fez tudo isso, mas sem minha ajuda você é como uma pizza congelada: não presta para nada. Lily retrucou com um olhar de quem acaba de ganhar a Copa do Mundo.

Victor abriu o WhatsApp e viu que sua mãe havia lhe enviado várias mensagens iguais às do dia anterior. As mensagens falavam sobre o tempo, a temperatura, etc. Ele ouviu o último áudio de dez segundos que ela havia enviado há duas horas.

Então, ele percebeu que ainda não havia almoçado.

Victor respondeu sua mãe e, então, colocou o celular de lado. Ele voltou sua atenção para o mundo real e percebeu o que estava acontecendo.

— O Vic não se importa de ser líder do grupo. Se fosse por ele, nem estaria jogando, respondeu Carlos.

Lily havia sugerido que Victor se tornasse o líder, mas isso estava muito longe de acontecer.

Então, a disputa era entre os dois para se tornar o novo chefe do grupo.

Em jogos anteriores, Carlo nunca quis ser o líder porque sabia que jogaria pouco ou acabaria não jogando.

Por isso sempre deixava que ela fosse a líder, não porque ela era boa em estratégias ou coisas do tipo.

Isso também era um ponto a favor se eles fossem imitá-lo e começar a contabilizar os pontos positivos dela.

Percebendo uma rivalidade crescente entre os dois, Victor só pôde suspirar fundo e assistir tudo se desenrolar.

— Como é que ele não se importa? Se ele quer ser o líder agora, eu apoio que ele seja o novo líder do grupo, Respondeu ela, envolvendo seu outro amigo na conversa.

Em uma coisa Carlos estava certo, ele jamais estaria jogando se não fosse por eles.

Era quase duas da tarde em pleno sábado e ele estava a caminho de pegar um jogo que uma das mulheres mais ricas do país havia adquirido de um funcionário de uma loja de jogos qualquer.

Se não fosse por aquele jogo, Victor provavelmente estaria indo para a casa de sua mãe.

Auxiliando-a em suas plantações ou outros afazeres que sempre realizava todas as vezes que a visitava.

— Você apoia su…, quando estava prestes a dizer a coisa que poderia destruir toda a sua vida, não só dele, mas de toda a sua geração.

Carlos não se calou porque pensou nas repercussões, só parou seu deboche após um olhar mortal pairar sobre ele.

Percebendo a repentina interrupção do seu amigo, Victor disse com um claro tom de interesse na voz.

— Vi o jeito que Lily olhou para você, Carlos. Acho que você ia falar algo que eu não sei.

— Pelo jeito, ela também sabe. Então, fala de uma vez, não me venha com outros assuntos.

Para Lily ouvir aquilo, era como se um fim do mundo estivesse a caminho.

Carlos, por sua vez, não se preocupava muito com isso, pois Victor era um homem adulto que não dava atenção a nada, nem mesmo se uma nota de 100 reais estivesse a um palmo de seu rosto.

Porém, era óbvio que ele não poderia se intrometer em assuntos alheios, por isso respondeu de qualquer forma.

— Se eu não responder, o que você vai fazer? Disse calos em seu rosto havia uma pequena expressão de deboche.

— Se eu tivesse o dobro da força e do tamanho que tenho agora, certamente acabaria com você, respondeu Victor confiante de que realmente poderia apanhar seu amigo.

Mesmo que passassem dois milênios, ele não seria capaz de derrotar aquele homem musculoso que parecia um tanque de guerra.

Os três estavam a poucos instantes de chegar ao local onde pegariam o jogo, o lugar era relativamente distante, mas não havia outra opção.

Era pegar o transporte público e ficar imóveis dentro do veículo até o congestionamento terminar ou caminhar por quase duas horas.

Houve uma breve discussão sobre isso e quem falou primeiro foi Victor.

Ele propôs ir a outro ponto de ônibus que ficava cerca de trinta minutos de distância.

Achando essa ideia insanamente estúpida, Carlos contra-argumentou com argumentos até que razoáveis.

Primeiro, falou sobre a distância de onde eles estavam até o ponto de ônibus que seu amigo havia mencionado.

Usando Victor como exemplo, ele explicou que era a mesma coisa que ir a pé até o segundo ponto de ônibus.

Além disso, perderiam alguns minutos a mais esperando o ônibus, que, mesmo nos melhores dias, poderia se atrasar.

Se isso acontecesse, todos os três teriam que voltar a pé e andar por horas, perdendo muito tempo.

Lily apoiou a ideia dele e os três foram a pé.

∆∆∆∆

Parando em uma esquina que poderia ser mais uma que as outras, os três chegaram num lugar muito diferente.

As ruas estavam tomadas por pessoas vestidas iguais aos personagens que apareceram no trailer do jogo Legends of the Virtual Realms. Havia Imperatriz Glaciais de todos os tamanhos e formas, desde crianças pequenas até adultos de meia-idade.

Também havia muitas empregadas, óbvio que mesmo sendo dentro do jogo o tecido era diversas vezes melhor.

O ar estava repleto de música e conversa. As pessoas conversavam animadamente, compartilhando suas expectativas em relação ao jogo.

No outro lado da rua, havia seis recipientes de lixo alinhados. Cada um era de uma cor diferente: azul, vermelho, verde, amarelo, marrom e cinza. O lixo estava separado corretamente, mostrando que as pessoas daquele lugar se preocupavam com o meio ambiente.

Eles não entraram por dois motivos óbvios, para os três que iam naquele lugar sempre já eram uma visão completamente normal, mas uma pessoa que nunca pisou ali ficaria encantada.

Haviam lojas que vendiam jogos e periféricos para todos os tipos de console, lojas de lanches e até mesmo uma que vendia roupas e acessórios importados em Legends of the Virtual Realms.

Até onde puderam tudo estava impecavelmente limpo e organizado. As ruas eram largas e bem iluminadas. As pessoas pareciam felizes e ansiosas.

Mas, ali tinha uma coisa que sempre chamava a atenção de todos as pessoas independente se eram clientes regulares ou não

Havia duas barras de metal que ficavam em lados opostos nas calçadas e tinham cerca de dez metros de altura. Elas eram feitas de um metal brilhante e polido, que refletia a luz do sol como um espelho. Na parte da cima de ambos havia uma corrente que segurava firmemente um grande coração.

O coração era feito de um material transparente, como o vidro ou o cristal. Ele tinha cerca de dois metros de diâmetro e era dividido em duas metades, uma vermelha e outra branca. A metade vermelha ficava na parte inferior do coração, e a metade branca ficava na parte superior.

O coração era iluminado por dentro por uma fonte de luz desconhecida. A luz emanava dele em todas as direções, criando um efeito deslumbrante. A lanterna na ponta do coração era vermelha e emitia uma luz quente e aconchegante.