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DC: The Prince Of The Underworld (PT-BR)

Reborn, without even a family to protect him, being adopted by a criminal. and being forced to steal to survive in the most dangerous city in the world. That's how his story started, but it was only the beginning, soon he was trained by the greatest heroine on Earth, and becoming a hero, and a man worthy of his name and her parents. That is his story. OBS: History in Portuguese of Brazil. Se vocês quiserem e gostaram do trabalho do autor, podem dar uma ajuda, vou colocar o e-mail do meu PIX abaixo. PIX: gabrielhenrique059@hotmail.com Nome: Gabriel Henrique B de F

LordVoid · Anime & Comics
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Paraiso Perdido (2/7).

Na nossa pequena invasão, não encontramos nenhuma armadilha elaborada ou qualquer tipo de tecnologia estranha criada para nos matar, em vez disso, demos de cara com apenas um local de trabalho comum, cheio de pessoas vestindo ternos maumasculinos e femininos, andando de um lado para o outro carregando papéis ou fazendo qualquer outro tipo de trabalho banal realizado num escritório.

Essa paz foi quebrada quando nos dois atravessamos o prédio por cima como se sua construção fosse feita de papel.

Caímos bem no meio do corredor com vários cubículos ao nosso redor, e a reação de todos os presentes não foi outra a não ser se jogar ou cair no chão com medo.

Essa é a primeira vez desde que comecei a atuar como um herói que causei esse tipo de medo, tal ação antes seria quase que inimaginável partir da Diana, mas a amazona não ligou muito para os rosto daqueles com medo, e avançou em alta velocidade para o norte do andar, aonde ficava uma sala particular.

Bem na frente da porta dela, Diana segurou a maçaneta e a arrancou da parede, a jogando a minha esquerda, para depois entrar na sala.

"HAAA!" Júlia, que estava a pouco de costas para nós mexendo na sua mesa, tomou um pequeno susto pela nossa entrada.

Ela se virou e olhou para nos dois, claramente assustada.

Júlia, sempre foi muito organizada com as coisas históricas do seu trabalho, por isso seu local de trabalho não podia ser diferente, com antiguidades gregas dos mais variados tipos presos nas paredes, de armas a roupas, o único ponto da sala que era uma bagunça, é a mesa da Doutora, cheia de mapas antigos e atuais espalhados e até mesmo no chão, não eram originais, e sim copias imprimidas nesse momento, salvas talvez no banco de dados do local.

Fiquei um pouco atrás, tocando meu comunicador avisando ao resto da equipe que era seguro, deixando Diana, tomar a frente da conversa.

"Júlia Kapatelis, o que em nome de Hera, vocês estava pensando?" Gritou Diana dando passos pesados no chão se aproximando da Júlia, que virou seu corpo para a mesa pegando algo rapidamente e se virando de novo para nós, dessa vez, com uma arma apontada para o rosto da minha mentora.

Tal ação pegou Diana de surpresa a fazendo parar seus passos, não de medo, e sim choque, saber que sua amiga a traio e ver isso de frente são duas coisas muito diferentes, a raiva e pesar que estavam no rosto da Diana, foram mudados para dor e sofrimento.

"O que você está fazendo?" Falou ela em voz baixa.

"Não se mova!" Gritou Júlia, puxando a parte de cima da arma com sua outra mão, engatilhando a bala.

Mesmo dessa distância, não há muito que uma bala possa fazer, ela deve saber disso, e posso escutar claramente seu coração batendo rapidamente, Júlia também está suando muito, claros sinais de medo, mas não por ela.

Usei o movimento das sombras para aparecer atrás da mesa, e olhei para baixo, para os mapas.

Júlia, se virou apontando arma para mim.

"BLAW!"

O coice da arma de grande caibre quase arrancou o ombro dela depois do disparo, se eu estivesse mais um metro de distância dela, a bala erraria facilmente, só que não estou, e por isso teve que mover minha cabeça para esquerda, deixando a bala passar por de baixo da minha orelha e atravessar a parede atrás de mim.

Não vou mentir, nunca pensei que ela teria a coragem de disparar a arma, isso aumentou o choque de todos.

Mesmo assim, depois do primeiro disparo, ela não despertou do que quer que esteja acontecendo com ela, e voltou apontar arma para mim.

Um laço dourado desceu por cima do seu corpo, e com um puxão forte, prendeu seus braços contra seu corpo a fazendo soltar arma no chão.

"Solte-me!" Gritou ela.

Foi nesse momento que um portal de escuridão se abriu na estante a esquerda, e Raven, saio por ele envolvida por sua energia negra. Quase no mesmo momento, outro portal, agora azul, se abriu do outro lado, e Zatanna, se juntou a festa.

"Está tudo bem aqui?" Perguntou ela olhando para Júlia, presa pelo laço da Mulher-Maravilha.

"Ela atirou no rosto dele!" Falou ela em voz baixa, segurando o laço com as duas mãos, como se estivesse contendo um monstro gigante.

Enquanto todos digeriam isso, olhei para baixo, para o que ela tentou desesperadamente evitar que eu veja.

"Não toque nisso!" Voltou a gritar Júlia, vendo eu mover os papéis.

Ela avançou, mas não foi mais que alguns centímetros antes da corda a puxar de volta ao local onde estava.

"Esse é o trabalho da minha vida!"

Ignorei o som dela e olhei com atenção os mapas na mesa, eram cópias de mapas antigos como falei, alguns com milhares de anos escritos em couro.

"O que é?" Perguntou Zatanna.

Não posso ser um especialista em linguagem antigas, mas a maioria dos mapas estão escritas em grego antigo e latim arcaico, e depois de tanto tempo em contato com essas línguas, aprende algumas coisas.

"Ela está tentando encontrar a Ilha Paraíso!" Contei as péssimas notícias para todos.

"Não, ela já encontrou!" Raven, aumentou ainda mais o problema.

"Por que você acha isso?" Diana, perguntou.

"Esse provavelmente é o alvo deles." Respondeu ela.

Raven está certa, se eles não tivessem encontrado a Ilha Paraíso, eles não teriam agido ainda.

"SOLTE ISSO!" Júlia, gritou com todos seus pulmões.

Antes dela gritasse mais, apontei para sua boca disparando um feixe cinza que acertou ela, a fechando com uma gosma pegajosa que se moveu sempre que ela abria a boca, e depois movi a cadeira do lado da sala usando minha mente a colocando atrás dela, dando também um empurrar gentil a fazendo sentar, Diana, agiu logo depois prendendo o corpo da Júlia, a cadeira dando várias voltas no seu corpo com seu laço dourado.

"Mesmo com a localização da Ilha, eles vão precisar de um convite para entrar." Digo em voz alta.

"Um convite que minha mãe, é a única capaz de dar além de mim." Diz Diana.

As proteções da Ilha Paraíso não são brincadeira. Não é como se fosse apenas uma ilusão cercando a ilha a escondendo dos olhos curiosos, na verdade, é melhor dizer que a barreira que cerca a ilha está quase que isolando ela desse mundo, e para entrar, primeiro tem que se saber a sua localização exata, e ter um convite de alguém com alto posto de dentro.

Como Steve, conseguiu entrar nessa ilha caindo de avião nela?

Ninguém sabe, é um dos mistérios do destino, ou alguém superior deu um ajuda nisso, voto na segunda opção.

"Kírix, tire isso da boca dela, está na hora de termos algumas respostas."

Era ela quem está segurando o Laço, e com ele, vamos saber a verdade.

"Espere, ela que sair, eu devo?" Perguntou Raven, me parando.

Devemos deixar minha irmã, sofre ainda mais?

Ela não é uma criança, está envolvida pessoalmente com tudo isso, não tenho o direito de a privar disso.

"Deixe a sair Raven, minha irmã é a que mais tem direito de escutar a verdade." Quando Diana, também concordou, levantei minha mão.

"Clak!"

Estalei os dedos, e o material que estava grudado na boca dela desapareceu se tornando fumaça. Enquanto isso a esquerda, Vanessa, estava saindo de dentro da capa de escuridão da Raven, e assim que ela viu o rosto pessoalmente da sua mãe, ela se encolheu como uma criança do lado dela.

"Filha, o que você está fazendo, você deveria ter ficado presa por mais algumas horas, que decepção!"

Vanessa, se encolheu ainda mais.

"Basta, eu exijo que qualquer controle sobre minha irmã seja quebrado!" Ordenou Diana, mas o laço dourado brilhante, não brilhou mais fortemente, algo que acontece sempre que seus poderes estão em uso.

"Ela não está sendo controlada." Digo em voz alta.

"É lógico que não, estou sempre sobre total controle das minhas ações, com quem você pensa que está falando, Vanessa, me solte logo, pegue minha arma e atire neles!"

Droga.

"Por que você traio todos eles?" Perguntou Zatanna, em seguida.

O laço brilhou imediatamente, e ela respondeu olhando para minha outra mentora sem resistir.

"Para chegar na ilha é claro, Diana estava me enganando por anos sobre sua localização, é claro que assim que uma chance surgiu, resolve abraçar a ideia, tal local não deveria pertencer apenas as amazonas, e sim todos no mundo!"

"Só por isso!? Só para chegar a uma maldita ilha você esfaqueou meu namorado!?" Gritou Vanessa.

"É claro que sim criança tola, tal descoberta seria maior que descobrir as câmaras escondidas na tumba do rei Tut, a maior descoberta arqueológica já feita por um humano, nossos nomes estariam gravados nos anais da história, eternamente!"

Houve então silêncio por alguns segundos, até eu fazer um pedido para Zatanna, fazendo força para não pular no pescoço dela vendo as lágrimas escorrendo do rosto da minha irmã.

"Você pode verificar o estado físico dela?"

O Laço é bom para quebrar quase todos os tipos de feitiços de alteração mental, mas na parte biológica ele é praticamente inútil, a não ser em casos especiais, como o vírus Maru, algo que toca não só o lado cientifico como também o místico.

Zatanna, avança e coloca a palma aberta um pouco próxima da testa da Júlia, que está se movendo de um lado para outro na cadeira tentando se soltar.

"emaxE otelpmoc od oproc!" {Exame completo do corpo!}

Uma forte luz branca brilhou na palma dela banhando o corpo da Júlia, que ficou paralisada no lugar sem poder se mover, tudo isso durou apenas um segundo, depois disso, ela se afastou cambaleando um pouco.

"Está tudo bem?" Perguntei preocupado me movendo em super velocidade para pegar seu braço evitando que ela caia.

"É difícil receber tantas informações de um só vez." Falou ela com mão na cabeça se recuperando.

"Ela está bem?" Perguntou Vanessa, parecendo quase que esperançosa.

"A uma quantidade anormal de algo desconhecido no seu sangue!"

Vanessa, ao saber disso caio no chão sem aguentar mais segurar o choro, agora de alívio.

"Não tem nada de errado comigo!" Voltou a gritar Júlia.

"Antes de levar ela para o hospital, tenho que perguntar, aonde está minha mãe, e quem está ajudando vocês?" Perguntou Diana, segurando a outra ponta do laço, que brilhou mais uma vez.

"Eu não sei onde está a sua mãe, mas ela não vai ser machucada se parar de ser tão egoísta, mantendo o segredo da Ilha Paraíso só para vocês, e eu estou trabalhando com meu chefe, é claro." Respondeu ela rapidamente.

"Diana, temos que levar minha mãe para o hospital, agora!" Gritou minha irmã, se levantando.

"Quem é a chefe dela?" Zatanna, perguntou.

{Essa seria eu.} Falou uma voz nova vinda da mesa.

Sobre o silêncio de todos, fui até a mesa e joguei metade dos papéis que estavam em cima no chão, revelando o telefone abaixo de tudo aquilo.

"Verônica Cale!" Adivinhei falando em voz alta.

{A própria.} Respondeu à voz da mulher do outro lado da linha.

{Estou um pouco surpresa que foi o aprendiz quem adivinhou isso tão rapidamente.}

"Estou de olho em você desde aquele estágio que você deu para minha irmã."

{Esperto, parece que ainda a esperança para o gênero masculino da nossa espécie.} Riu ela do outro lado do telefone.

Se a Vanessa, tivesse aceitado o estágio proposto por ela, as coisas teriam ficado muito piores, mas estou começando a me sentir culpado por não ter dado mais atenção a ela desde esse evento, só que junto das cofunções que entrei e da falta de movimentos por parte dela depois disso, acabei deixando isso de lado.

Fui estúpido.

"Chega disso, onde está minha mãe, e o que você fez com a Júlia!?" Diana, perguntou gritando com o telefone.

{Piadas a parte, sua mãe está em Areópago, numa subdimensão fechada criada pelo Ares, em Atenas.}

Antes de falar qualquer coisa, mandei uma mensagem usando telepatia para Raven.

[Consegue rastrear ela pela sua voz]

[Não, ela está muito longe, nem mesmo consigo sentir suas emoções.] Respondeu ela.

Sabendo disso, apertei meu comunicador me movendo em alta velocidade e o colocando bem do lado do telefone mais rápido que uma câmera conseguiria filmar.

"Assim, tão fácil?" Perguntou Zatanna.

{Ah, você deve ser a feiticeira, uma das duas variáveis do meu plano, respondendo sua pergunta, não a pôr que esconder, não é? A rainha é mais dura do que aparenta, mesmo após semanas de constante tortura, ela se recusa a nos dar passagem para ilha.}

Um frio passou pelo meu corpo ao saber disso.

"Minha mãe só foi levada a pouco tempo!" Gritou Diana.

"Diana, numa dimensão fechada, o tempo está sobre o controle do seu criador." Expliquei para ela, para seu pavor.

"O que você fez com minha mãe!?" Gritou Vanessa dessa vez.

{Apliquei nela um pequeno coquetel de escopolamina, tiopental e mais uma pouco do ingrediente secreto misturado com uma pequena erva mágica, cortesia do Ares.} Cole, respondeu sem se importar com isso.

Se tem dedo do Ares nisso, não posso arriscar usar meu feitiço de cura, ainda não tenho poder para invocar o aspecto da não morte do Rio em seu poder total, isso quer dizer que o deus da guerra, pode sim ignorar minha cura.

"O que isso quer dizer?" Vanessa, volto a perguntar.

{De certa forma, a deixou mais inclinada aceitar seus pensamentos mais sombrios e verdadeiros, depois disso, só precisei de um de conversa para fazer ela aceitar trair tudo que ela fingia amar, claro que ela trair todos vocês agora não fazia parte do plano inicial, mas tivemos que improvisar uma pouco quando soubemos do casamento.}

"Você soube por ela, estava vigiando cada passo dela." Adivinhei.

{Mais um ponto para o aprendiz, quer dizer, nenhum outro método comum daria conta de espionar a Mulher-Maravilha, o meu parceiro de negócios, mesmo sendo muito competente, tem um leque de habilidades muito restrito, foi um presente dos céus ela ter aceitado tão facilmente trabalhar comigo, e foi mais fácil ainda fazer ela compartilhar tudo que sabia sobre a Mulher-Maravilha.}

"Kírix, ela está com problemas." Raven, que estava calada até agora puxou nossa atenção de volta para Júlia, ainda presa na cadeira, só que agora com a cabeça abaixada.

"Mãe!"

Vanessa, correu até ela se abaixando e levantado sua cabeça gentilmente, mostrando que ela está agora desacordada.

"Zatanna, abra um portal para o hospital mais próximo." Ordenou a Mulher-Maravilha, retirando seu Laço ao redor do corpo dela a soltando.

Antes da Zatanna, dizer as palavras, ela foi parada.

{Eles não vão poder ajudar muito nisso.}

"O que você quer dizer, tem algo haver com as drogas?" Perguntei.

{Bem, inicialmente a drogamos em pequenas quantidades por semanas, uma manipulação lenta por assim dizer, mas para ela romper todos seus medos e para termos certeza que ela sequestraria sua própria filha, tivemos que garantir dando a ela uma pequena dose cavalar um pouco antes do casamento começar.}

Foquei minha atenção na mãe da minha irmã, seu coração estava batendo mais devagar, sua respiração mais fraca, mas foi a pequena quantidade de espuma na lateral da sua boca que matou a charada.

"Ela está tendo uma overdose!" Gritei avisando todos.

Sendo Nova York, a casa dos Titãs e a cidade que mais patrulho, não é a primeira vez que dou de cara com alguém tendo uma overdose, triste, mas verdade.

{Provocada por uma dose cavalar das drogas faladas antes, foi o coise final, por assim dizer, vocês podem a levar para o médico, eles vão salvar sua vida, mas não completamente.}

"latroP arap o atipsohl siam omixórp!" {Portal para o hospital mais próximo!}

"TRUM!"

Não foi um portal nada sutil, dessa vez ele se abriu numa pequena explosão bem do lado da cadeira que a Júlia, esta sentada.

{Se não for muito incomodo, gostaria de pedir que vocês enviassem os dados médicos dela para mim depois, estou curiosa para saber se eles são iguais as minhas projeções.}

Raven, usando telecinese negra, levantou o corpo da Júlia, a mantendo reta no ar e a guiou lentamente na direção do portal com minha irmã completamente perdida do lado dela.

{Vou ficar esperando a sua decisão Mulher-Maravilha, ajudar sua mãe tentando atacar um deus, ou simplesmente nos dar o que queremos, se você escolher a segunda opção, vou dar também de brinde a droga antagonista para salvar a vida da mãe, mas de qualquer forma, vamos conseguir nosso objetivo.}

Sem ligar mais para o telefone, peguei meu comunicador do lado do telefone vendo minha irmã e a mãe dela atravessarem o portal juntas, para logo depois a Raven, e assim cada um de nos atravessou, deixando o telefone para trás.

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"Como ela está?" Vanessa, sentada do meu lado agarrada ao meu braço perguntou para o doutor na nossa frente.

Para evitar chamar muita atenção, lembrei de jogar uma pequena ilusão em todos nos antes de atravessar o portal, dessa forma pareceu que carregamos a Júlia, a pé até aqui.

"Vocês dois são da família?" Perguntou o médico usando uma roupa toda azul, mascara e touca de cabelo.

"Sim, somos irmãos, como ela está!?" Ela perguntou mais uma vez, mais desesperada.

"Demos as drogas padrões para ligar com uma overdose, e isso salvou a vida dela, infelizmente ainda temos que esperar o resultado do exame de sangue, depois disso vamos poder tratar a mãe de vocês de forma mais direta." Responde ele em sua voz profissional.

Duvido muito. Eles ainda não sabem, mas assim que o exame de sangue voltar, eles não vão conseguir saber como a tratar, a mistura de drogas mais a erva que Ares deu, criaram algo fora do comum, só a responsável por isso vai saber tratar a Júlia.

"Ela está acordada?" Perguntei.

"Não, ela entrou em coma."

Vanessa, colocou seu rosto contra meu ombro e começou a chorar de novo.

"Obrigado Doutor, podemos a ver?" Perguntei enquanto tocava gentilmente os cabelos dela.

"Claro, a transferimos para o seu quarto." Falou ele para depois sair.

"Vamos Vanessa, podemos pelo menos ficar junto dela."

Precisei levantar ela, e depois arrastar até o elevador escolhendo o último andar.

Caímos logo num hospital pago, um dos melhores da cidade, e logo após conjurar o meu cartão de crédito e "comprar" o melhor atendimento, tivemos direito de um quarto só para ela com enfermeiras e médicos exclusivos.

Enquanto subíamos, toquei meu comunicador.

"Estamos indo pro quarto." Avisei para os outros.

{Kírix, você pode falar?}Robin, perguntou.

"Por favor, seja breve." Pedi em voz baixa.

{Consegui rastrear a ligação, mas não vai ser de muita ajuda, a ligação foi feita no mar, precisamos que ela ligue de novo para sabermos exatamente onde ela está, mas já enviei esses dados para o Steve Trevor, ele pode tentar encontrar ela do jeito antigo, também avisei para ele ficar preparado, foi muito fácil rastrear aquela ligação, isso é claramente uma armadilha.}

Já estava esperando por isso.

"Obrigado Robin, mais alguma coisa?"

{Nada, você tem certeza que não quer a equipe toda com você?} Essa é a terceira vez que ele pergunta.

"Não, a próxima parte vai ser mais mistica, por assim dizer." Neguei ajuda dele.

Diana, ainda não contou seu próximo movimento para todos, mas não precisa ser um gênio para saber o que ela vai fazer agora, invadir a casa de um deus. E a única coisa que podemos usar para nos dar alguma chance é magia, junto de uma tonelada de sorte.

Zatanna, Raven e eu juntos, podemos ter alguma chance de ficarmos vivos e proteger a Diana recuando sua mãe.

Não estou exagerando aqui.

Estamos invadindo o Local de Poder do Ares, onde seu poder vai estar muito acima do seu nível atual.

{Entendido, mas estarei do outro lado da linha se algo mudar.}

"DING!"

A ligação foi cortada assim que as portas se abriram para um belo e bem iluminado corredor vazio, teve que lentamente levar minha irmã por ele, um passo de cada vez, bem lentamente, até chegarmos no último quarto de portas duplas fechado, com minha mão livre, abri a porta revelando a sala quase que vazia com duas gigantescas janelas fechadas, e na parede ao lado, estava a paciente.

Deitada na cama hospitalar está a Júlia, com um coberto por cima do seu corpo, cabelos despenteados e um tubo plástico enfiado na sua garganta, do lado esquerdo da cama, aparelhos bombeando ar e medindo seus sinais apitando num ritmo bem conhecido.

Entrando e fechando o quarto, vejo a Zatanna e Diana, encostadas na parede olhando para a mulher deitada na cama, do lado de fora, próximo da janela, posso ver o manto roxo da Raven, tremulando ao vento.

Levei então minha irmã até ela, a colocando sentada num pequeno banco à esquerda da cama e a deixei olhando para sua mãe segurando sua mão.

"Quando vamos?" Perguntei me virando para Diana.

"Vocês não vão!" Respondeu ela.

"Mulher-Maravilha, sei eu você é um doce, mas essa confusão é maior que isso, você não pode nos tirar dela querendo preservar nossas vidas." Contou Zatanna.

"Zatanna, isso é muito perigoso, vamos estar indo contra um deus, e não qualquer um, e sim um deus que está acostumado a lutar, um que viveu uma pequena eternidade lutando."

"Diana, não temos tempo para uma conversa como essa, a única forma de você nos impedir, é nos deixando amarrados com seu laço." Disse para ela olhando diretamente nos seus olhos.

Ela sabia que estamos sérios sobre isso, mesmo assim, continuou olhando para meus olhos até subitamente olhar para cima.

"São eles?" Perguntei.

"Sim."

Assim que chegamos no hospital, mandamos uma mensagem para Steve, e a poucos minutos atrás escutei um jato bem silencioso se aproximando do hospital, ele acabou de pousar no telhado.

Estamos dois andares abaixo do telhado, então dois minutos depois, as portas do quarto foram abertas mais uma vez.

"Vann!" Gritou Mal, o namorado da minha irmã entrando no quarto.

Rapidamente, ele cruzou a distância entre os dois antes mesmo dela conseguir se levantar do banco, dando um abraço de urso nela, que enterrou seu rosto no peito dele.

"Anjo, desculpe o atraso." Steve, foi o segundo a entrar no quarto.

Ele tirou o terno que estava usando antes, e agora está vestindo camisa branca simples e uma calça camuflada, a única coisa única nele, é a arma prateada grossa descansando nas suas costas, um dos brinquedinhos da A.R.G.U.S, com certeza.

"Minha chefe, em sua infinita sabedoria junto dos meus superiores, decidiram que usar os recursos da A.R.G.U.S, para lidar com uma questão das Amazonas é um desperdício."

Após cumprimentar todo mundo e dar uma grande abraço na sua mulher, Steve nos da essa bela notícia.

Acho que essa ordem veio de muito acima da Amanda Waller, ela é o tipo de mulher que usaria essa confusão para obter alguma coisa, os superiores dela que deram essa ordem, com certeza, ela não pediu tal coisa.

"As indústrias Cale, tem várias contratos com o governo, chegando a alguns bilhões de dólares, lembro disso das investigações que fizemos deles." Contou Diana.

"Isso explica muita coisa." Comentou Zatanna.

De qualquer forma, no nível que as coisas estão agora, a A.R.G.U.S, só poderia nos ajudar a encontrar a Cale, nem mesmo o governo dos Estados Unidos tem poder para lidar com um deus, já que o lado mistico, sempre vai ser seu ponto fraco para eles.

"Antes de sair eu consegui um jato, e a Etta, está na base colhendo informações e mandando para mim, já sabemos aonde está a Verônica Cale, graças ao Robin, só falta ir até ela, tenho algumas perguntas para ela." Disse Steve, levando sua mão até a arma nas suas costas.

"Duas equipes então, uma de resgate e outra de recuperação." Falei lembrando meu conhecimento de jargões militares.

"Não Dio, eu e os Oddfellows, podemos cuidar disso, vocês precisam de toda ajuda possível para o que vem a seguir, posso ir muito bem sozinho."

"Steve, eles estão se preparando para isso há muito tempo, ela não vai se deixar completamente vulnerável, leve pelo menos a Starfire com você, o voo dela está chegando daqui alguns minutos, o resto de nós vai para Grécia." Dou minha opinião.

"Tudo bem, acho que ter uma alienígena que dispara fogo pelas mãos como reforço é algo que não posso dizer não." Aceitou ele.

"O fato dela ser linda e ter um corpo explosivo não conta também?" Perguntou Diana, fazendo o corpo do Steve, ficar paralisado.

"HaHaHa!" "HaHaHa!" "HaHaHa!"

Zatanna, Diana e eu rimos em voz baixa, um pouco de humor antes das coisas ficarem complicadas demais sempre é apreciado.

"Não temos tempo a perde, temos que ir."Disse Diana, ainda em voz baixa.

"Vocês podem me dar um minuto sozinho?" Pedi olhando para minha irmã.

Os outros acenaram com a cabeça e começaram a sair do quarto.

"Estamos esperando no telhado." Falou Diana, antes de fechar a porta.

Com apenas os quatro na sala, fui até a lateral da cama, aonde minha irmã está sentada nos braços do seu namorado.

"Ela dormiu." Falei em voz baixa.

"Não, ela chorou até não aguentar mais e caio no sono." Falou Mal, também em voz baixa enquanto fazia carinho nos cabelos dela lentamente.

"Obrigado por isso Mal, sei que a maioria das pessoas agiriam de uma forma bem diferente ao saber de tantas coisas e do que você experimentou nas últimas horas." Agradece a ele por estar aqui.

"Você quer dizer sobre descobrir que a maioria da família da minha namorada serem super-heróis e deu ter levado uma facada da minha futura sogra no mesmo dia?" Ele brincou me dando um pequeno sorriso.

"Não vamos nos adiantar aqui, sogra é um pouco mais a frente, mas sim, obrigado por isso."

"Eu amo ela, é claro que não vou deixar ela sozinha, mesmo estando completamente apavorado." Falou ele com um rosto tomado de certeza.

É, parece que juguei um pouco errado esse adolescente, e minha irmã realmente tem um bom gosto e sorte por encontrar ele.

Levantei minha mão e a coloquei bem do lado do rosto dela, passando gentilmente meus dedos nele, que enviaram um certo brilho incolor para dentro da sua cabeça, o que fez o corpo tenso dela relaxar nos braços do Mal.

"O que foi isso?" Perguntou ele.

"Um pouco de magia para dar bons sonhos." Contei para ele.

"Ah, é verdade, vocês também podem fazer magia."

Levanto meu corpo e me afasto dando alguns passos para trás.

"Obrigado por isso Mal, e por favor, quando minha irmã acordar, diga ela que vou voltar!"

Após acabar a frase, uso o movimento das sombras para desaparecer da sala e ressurgir no telhado.

Mais a minha frente, estava o jato do Steve, já decolando, um pouco atrás dele, todos os outros menos a Raven, que apareceu saindo das sombras do chão do meu lado.

"Isso vai ser perigoso." Falou ela.

"Quando não é."

"Mais perigoso que o normal, e você sabe muito bem disso." Lembrou ela.

"Tá tentando me fazer desistir de ir com ela?"

Por um segundo ela fico calada, sei muito bem que isso tudo é por preocupação, por isso mesmo não me ofende.

"Não, não vou tentar o impossível." Respondeu ela então de cabeça baixa.

"Ainda bem então que vou ter você do meu lado para me salvar quando tudo explodir na nossa cara." Falei ela dando tapinhas nas suas costas.

Normalmente, evito contado físico com ela por alguns motivos, mas considerando que vamos invadir a morada de um deus em poucos minutos, valeu a pena arriscar, e como ela não me jogou para fora do prédio, parece que acertei o momento, mas não fui corajoso o bastante para ficar próximo dela depois dele, fui esperto o bastante para me aproximar dos outros, os colocando na linha de fogo também.

"Todos prontos?" Perguntou Zatanna.

Todos ficamos juntos no meio do telhado, o jato do Steve, já decolou alguns segundos atrás.

"Espere Zatanna, você não pode nos teleportar para uma distância tão longa." A parei antes dela abrir um portal.

"Já abri portais para outras realidades e dimensões Kírix, vou ficar bem."

"Não estou falando da sua capacidade de fazer, e sim das suas energias, quero que você esteja cem por cento para isso." A lembrei.

"Então com vamos chegar lá, voando?" Perguntou ela cruzando os braços.

Só dois aqui podem voar tão rápido, mas não podemos fazer isso carregando os outros.

"Abra um portal para uma rua próxima ou parque com bastante espaço, vamos usar minha Casa, ela se move mais silenciosamente que um portal."

Um pouco constrangida por mostrar aquela postura a pouco, Zatanna não diz nada, e apenas abri um portal azul na nossa frente o atravessando primeiro.

"Eu adoro quando ela fica envergonhada assim, acho bem fofo." Diana brincou, atravessando logo depois.

Raven foi a terceira, mas ela não atravessou sem antes olhar nos meus olhos.

Humor antes de uma batalha mortal, realmente, é algo muito importante.