Ascensão dos Vampiros (1/8).

Robinson Park é um dos poucos lugares verdes dessa maldita cidade, infelizmente, ele está localizado num dos bairros mais pobres da cidade de Gotham, isso quer dizer que ele é frequentado principalmente por viciados, prostitutas e ladroes a essa hora da noite, até mesmo os sem teto sabem que dormir aqui de noite é um convite para a má sorte.

Sem nenhuma câmera a vista, o parque é bem pequeno, com um pequeno lago no centro com águas poluídas e várias arvores espalhadas por todo o lugar, mas sem flores, apenas grama bem aparada tomada de lixo.

Conheço muito bem esse lugar, já que foi nesse parque que comecei minha carreira como ladrão e era aqui também que eu escondia algum dinheiro que consegui a mais nesses furtos.

"Você com certeza sabe escolher um local de encontro, Robin." Digo para meu líder, para depois dar uma mordida no hambúrguer que compramos no caminho até aqui.

"Aquela lanchonete é a única em Gotham que serve algo descente, e vá por mim, isso quer dizer muito nessa cidade." Fala ele, bebendo do seu refrigerante.

Nós dois estamos sentados numa das mesas de piquenique de madeira do parque, um dos lugares mais relativamente limpos com vista para todo o local.

"Isso explica por que eles não se assustaram quando entramos pela porta da frente, você é um cliente frequente."

"Depois de uma longa noite de patrulha, não há nada melhor que hambúrguer, batata frita e refrigerante."

"Não vou negar, o sabor é muito bom."

"Como vai às mãos?" Perguntou ele, enquanto pegava várias batatas e as jogava na sua boca.

Coloco meu hambúrguer na mesa e as levanto olhando para a gaze as cobrindo, dadas por Robin.

"Usar duas maldições seguidas não é o ideal, mas vou ficar bem depois de algum tempo."

Elas estão me incomodando um pouco, por sorte não vou as usar para nenhum serviço delicado.

Robin acenou e depois colocou a sua comida e bebida dele lado e ficou parado olhando para frente, mais sério que nunca.

"O que foi?" Pergunto preocupado, olhando ao redor e usando meus sentidos para ver se algo está errado.

"Tenho que pergunta algo." Começa ele, ainda sem olhar para mim.

"Pode perguntar.

"O que está rolando entre você e Starfire?" Perguntou o menino, em voz baixa.

Foi uma pergunta seria, mas não foi que eu estava esperando escutar num local desses, fez força para não rir do menino do meu lado.

Pensando bem, isso faz sentido, Robin mostrou bastante interesse nela desde que ele a conheceu, mas depois de um tempo, ele começou a se afastar, pensando bem, foi no mesmo tempo que nós dois começamos nossa amizade.

"Somos apenas amigos." Respondo com firmeza.

"Amigos uma *****, eu vi vocês treinando, e Wally disse várias vezes que um homem não pode ser amigo de uma mulher!" Explodiu Dick, finalmente olhando para mim.

"Você realmente está aceitando conselhos românticos do Wally?"

É o que dizem, o amor nós deixa cegos e idiotas.

Dick finalmente pensou sobre o que falou e voltou a olhar para frente, talvez envergonhado com a falta de controle mostrada agora, mas eu fiquei feliz com isso, é preciso ser muito próximo para que uma pessoa treinada pelo Batman demonstre tanta emoção.

"Estou falando sério Robin, somos só amigos, sem qualquer atração física entre nós."

"Isso é besteira!" Grita ele.

"Verdade, vou corrigir, sem nenhuma atração sentimental entre nós, pelo menos não do tipo romântico, eu dou minha palavra."

Minha palavra parece ter algum peso, já que ele relaxou um pouco.

"Então…." Falou ele mais baixo.

"Então o quê?" Pergunto.

"Você tem alguma dica para me dar?"

Uma dica?

A menina é assustadoramente simples, e qualquer dica que eu de muito elaborada vai com certeza ter um efeito contrario, então só me vem na cabeça uma coisa a dizer.

"Apenas seja direto com o que você quer."

"Direto? Só isso?" Perguntou ele confuso, e não acreditando em mim.

"Quando digo direto, quero dizer brutalmente direto, não enrole ou de mensagens um pouco disfarçadas, ela não vai entender elas, até mesmo se você pedir para ela sair com você sozinho, ela provavelmente vai pensar que você está chamando ela para patrulhar ou apenas comer."

"Como você é brutalmente direto? Isso não faz sentido!"

"Ela é literalmente de outro planeta, jogue o sentido fora."

"Fuhhh!" Suspira ele colocando a mão na cabeça.

"Se eu fosse você, apenas a chamaria para treinar e contaria dos seus sentimentos românticos para ela, depois do treino de preferência, é quando ela fica um pouco mais calma, tente durar até isso."

"Por favor, sou o melhor lutador entre nós." Diz ele convencido.

Não, não é.

Mas vou deixar ele descobrir isso mais tarde no treinamento contra ela.

"Falta muito para eles chegarem?" Pergunto, tomando um gole da minha bebida e voltando a comer.

"Três minutos, vamos comer um pouco mais rápido, não quero que Kid roube nossas batatas, odeio quando ele faz isso."

"Maldita super velocidade."

Voltamos a comer em silêncio, até ele dizer.

"Dio, obrigado."

Não foi preciso uma resposta minha.

Comemos em silêncio esperando o resto da equipe, e quando estávamos acabando nossas batatas fritas, o veículo dos Titãs, ainda sem nome, começou a descer lentamente na nossa frente.

"DIOOOOO!"

Um dos membros da equipe, a Koriand'r, não aguentou esperar e pulou para fora do veículo voando como um foguete na minha direção. Sabendo muito bem o que vai acontecer, coloquei minha bebida na mesa bem a tempo do corpo dela me acertar e derrubar na grama.

"Eu senti saudades!" Falou ela me abraçando com força o bastante para acabar com a coluna de um humano normal.

"Também senti saudades." Digo para ela a abraçando.

Tento não corar sobre o olhar do Robin, com a sensação dos seios dela sendo apertados na minha armadura, maldita seja ela e seu traje aberto.

"Vamos, se levante, a comida para você." Uso minha arma secreta.

"Comida!" Perguntou ela se levantando ainda sentada na minha cintura.

Koriand'r levitou e ficou em pé me dando sua mão para me levantar também.

"Vamos comer, enquanto escuto o conto das suas bravas aventuras." Pediu ela, já olhando para um dos três sacos cheios de comida na mesa aonde eu estava sentado a pouco.

A divisão da comida é a seguinte, um saco para Koriand'r, um para Wally e o outro para o resto do grupo, que come como gente normal.

A menina já estava sentada na mesa abrindo seu saco com grande interesse, Robin, também sentou na frente dela de costas para o grupo ficando em silêncio.

"Ola Kaldur, como foi a missão?"

Kaldur acabou de sair do veículo e estendeu a mão para mim, que apertei.

"Um sucesso, todos os envolvidos presos." Contou ele.

"E as mulheres resgatadas, essa é a parte mais importante!" Gritou Wally, já sentado do lado da Koriand'r abrindo seu saco também.

"Vamos comer." Digo para Kaldur, que acena com a cabeça e senta do lado do Robin.

Sinto pequenas mãos tocando a minha, e as levantando, Ravena usando seu sobretudo roxo olhou para as palmas das minha mãos com atenção, senti até mesmo um pouco da energia magica dela as cobrindo.

"Você exagerou." Falou ela.

"A situação as vezes pedi o exagero." Explico.

Ela acena e solta minhas mãos para se sentar com os outros.

Roy também se sentou logo em seguida, se mantendo em silêncio e sem dar um olá para mim como sempre.

"O que você está esperando, vamos, nos conte sua a história de sua aventura épica!" Pediu Koriand'r, foi um pouco difícil de entender o que ela falou, já que ela estava com dois hamburguês em cada mão os comendo juntos.

"Estou curioso também." Pediu Wally, que já tinha acabado com metade do seu saco.

"Também estou bastante curioso meu amigo." Até Kaldur quer ouvir minha história.

"Tudo bem, eu conto." Digo para eles me sentando e pegando o que restou das minhas batatas.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

"Espera, espera, você tem uma irmã que é uma deusa?"

Depois de contar a minha breve aventura, a única pergunta que Wally tem é sobre a personagem familiar presente nela.

"Meia-irmã, Melinoë, deusa dos fantasmas." Respondo com paciência.

"Como ela é?" Pergunta ele em seguida.

"Divina."

"Vou precisar de mais detalhes." Pediu ele de novo.

"Você não vai ter."

"Estou um pouco surpreso com as joias, o lugar é realmente tão rico assim?" Pergunta Robin, acabando com a vez de Wally.

Levanto minha mão e conjuro algo que está no meu ectoplasma, uma pequena esmeralda verde.

"Me diga você." Digo rolando a pedra para ele na mesa.

Robin a pega e a olha de perto a avaliando.

"É verdadeira!" Da ele o veredito.

Fiquei aliviado por não ser um idiota, já que nunca aprendi como saber se uma pedra é verdadeira ou não, seria constrangedor se eu tivesse pegado apenas pedras sem valor do submundo pensando ser valiosas.

"Seu feitiço de conjuração é interessante, me ensine mais tarde." Pede Ravena, a única que ainda está comendo, já que ela também é a única com alguns modos na mesa.

"Deixa eu ver!" Wally pega a esmeralda da mão de Robin e a levanta contra a luz do poste próximo.

"Não parece tão cara." Diz ele.

"Vale cerca de mil dólares."

"Tin!"

Ela solta a joia na mesa.

"Já chega, vamos falar sobre a missão!" Fala Roy pela primeira vez desde que chegou.

"Ele está certo, estamos trabalhando na missão antiga a mais de dois dias seguidos." Concorda Kaldur.

"Qual é o alvo?"

"Não um alvo Speedy, vamos apenas conversar e conseguir algumas informações." Explica Robin com paciência.

"Ela não é um vampiro?" Perguntou ele como se isso já fosse o bastante para enfiar uma flecha no peito de Emily.

"E minha chefe também, não vou permitir nenhuma agressão contra ela!" Avisa Koriand'r.

Seus olhos brilhantes com sua energia foi aviso o bastante para ele.

"Robin e eu conversamos enquanto estávamos esperando, e achamos melhor ir com um pequeno grupo para não dar uma impressão errada." Digo pegando minha esmeralda na mesa e a guardando mais uma vez com minha conjuração.

"Eu concordo, quem vai nesse grupo?" Pergunta Kaldur.

"Kírix e Starfire já a conhecem, então eles vão, o terceiro vai ser Raven, ela pode os tirar de lá com seu teleporte se algo der errado e também vai saber se ela mentir." Decide Robin.

"E o resto de nós? Vamos ficar aqui esperando?"

"Speedy, você, e o resto de nós vamos ficar do lado de fora, observando a situação e escutando pelo comunicador."

Roy não estava feliz com isso, mas obedeceu a seu líder.

Depois de Kid Flash arrumar a bagunça na nossa mesa mais rápido que ele podia, todos nos juntamos em pé com Ravena na nossa frente.

"Prontos?" Pergunta ela.

"Por que não podemo ir de carro?" Pergunta Wally, ele não gosta muito de ser teleportado.

"Por que ele não foi feito para ser discreto, agora fique queto, Raven, por favor." Robin com certeza tem jeito com as palavras.

Ninguém mais fala, então sinto uma energia magica sendo emitida por ela, e uma sombra luminescente negra cobre o chão aonde pisamos, depois, um enorme corvo construído da mesma energia se manifesta atrás dela com suas longas asas abertas que se fecha nos cobrindo.

Muio parecido quando uso meu movimento das sombras, e a sensação do teleporte dela, e quando as asas do corvo se abrem um segundo depois, vejo a vista mudada na minha frente, estamos agora no telhado de um prédio de vários andares de frente para uma rua bastante movimentada.

O teleporte dela pode ser parecido como o meu, mas com certeza é muito superior, já que ela não gasta muita energia e pode levar várias pessoas ao mesmo tempo.

Segundo a descrição dela, o teleporte dela é como um sutil bater de asas que a leva para qualquer lugar, enquanto o meu, é como se eu estivesse correndo de um ponto ao outro enquanto o tempo estivesse parado e esquece-se disso ao chegar no destino.

Ela não está errada, já que foi assim que me sinto após o usar várias vezes.

"É aqui?" Pergunta Kid.

"Bem ali." Responde Starfire, apontando para o edifício na nossa frente de dois andares.

No topo dele, ao letreiro brilhante em vermelho com o nome "LOOKER".

"Já mandei uma mensagem para a chefe, ela está nós esperando."

"Então vamos." Digo flutuando lentamente na direção do último andar da LOOKER.

Raven e Starfire também me seguem.

"Vamos nos separar." Fala Robin atrás de mim, se preparando para qualquer problema.

A janela do último andar estava aberta, e o interior do corredor iluminado, entramos por ela e andamos calmamente pelo tapete cor de sangue de muito mal gosto no chão.

No final do corredor, a uma porta dupla branca.

"Toc-toc!" Bato na porta gentilmente.

"Entrem!" Responde ela na sala.

Impuro a porta e entramos no escritório de Emily, que está sentada de cabeça baixa olhando para sua mesa completamente tomada de papéis e fotos de mulheres espalhados por ela.

O escritório dela é bem simples, com apenas uma mesa com duas cadeiras na frente da dela, um sofá do outro lado da sala com um centro de vidro e vários posters presos nas paredes, cada um com a foto de uma mulher diferente, as modeles da LOOKER.

"Já faz algum tempo, pequeno semideus." Cumprimenta ela, levantando seu rosto.

Emily continuava linda e sexy como me lembrava, com seus longos cabelos vermelhos e pele pálida, hoje usando um vestido branco com um belo decote.

"Já faz algum tempo senhorita Emily, como vai Bogrol?" Pergunto por educação.

"Você sabe como os demônios são, ele vai continuar resmungando que você roubou dele por meses." Respondeu ela com um sorriso.

Viro-me então para Raven do meu lado e digo.

"Starfire você já conhece, e essa é outra companheira do meu time, Raven." Apresento.

Emily olhou para ela e o intersere tomou conta do seu rosto, ela levantou seu rosto e cheirou o ar algumas vezes.

"Você tem o cheiro bem forte, igual do semideus."

"E isso é ruim?" Perguntou ela, olhando para Koriand'r, que se abaixou para cheira sua amiga tentando entender o cheiro que foi dito.

"Vamos dizer que para mim, vocês são como dois banquetes de ação de graça ambulantes."

Isso é uma incrível noticia para quem vai literalmente ter que lidar com vampiros.

"Apresentações feitas, e como já está quase amanhecendo, o que vocês querem me pergunta?" Ela vai direto para o assunto.

"Eu pensei que os vampiros não morressem ao serem expostos ao sol." Pergunta Ravena.

"Não é como nos filmes, não queimamos ou algo parecido, mas o sol nos enfraquece muito, ao ponto que um adulto comum não tem dificuldade em nós matar, e trabalhar enfraquecida é algo que evito muito."

"Queremos falar do aviso que você deu antes, sobre os ataques de vampiros acontecendo." Digo.

"Claro, mas antes disso." Ela joga um caderno preto para Starfire que o pega.

"Querida, você poderia escolher as roupas para seu próximo ensaio, os alfaiates têm que fazer as mudanças para conseguir manter seus ativos sobre controle." Brinca ela olhando para os peitos da Koriand'r.

Koriand'r olha para mim, pedindo permissão já que ainda estamos numa missão.

Aceno para ela, que voa feliz até um sofá na lateral da sala.

Quando nossa atenção voltou para Emily, ela colocou às duas mãos na mesa e nos respondeu.

"Não ataques, recrutamento."

"Recrutamentos?"

"Sim, como falei antes, os chefões estão se movendo, mas eu me enganei sobre isso, apenas um dos chefes está se movendo, o outro está em cima do muro."

"E quem são esses chefões, o Drácula?" Pergunto.

"Hahhaha!" Riu ela.

Por favor, não vou mentir dizendo que esse não é o único nome que vem na minha cabeça quando se falar em líder vampiro.

"Não, não é o Drácula. Ele com certeza é o um dos mais poderosos da nossa raça, mas está longe de ser o mais antigo e poderoso."

"Quem é então?"

"Andrew Bennett e sua amante, Mary."

"A Rainha de Sangue?" Pergunta Ravena.

"Ela mesma." Confirma Emily.

Isso confirma muitas coisas para o grupo e algumas minhas. Nas minha memorias da minha vida passada, lembro vagamente de uma saga parecida com essa nos quadrinhos, o problema, é que não lembro nada útil para nós agora, já que quando li esses quadrinhos, eu só passei minha vista pelas falas e apenas foquei minha atenção nas lutas legais de vampiros, idiota.

"Espere, onde estão meus modos, por favor se sentem, gostariam de beber algo?"

"Não obrigado." Nós dois não aceitamos e sentamos nas cadeiras na frente dela.

"Se importam se eu beber?" Pergunta ela.

"Não."

Emily então abre uma gaveta de sua mesa e pega um corpo de vidro e depois um cantil de vidro cheio de líquido vermelho e o coloca na frente da mesa.

Ela tira a tampa de vidro do cantil e o inclinou no copo, o líquido um pouco espesso cai no copo deixando um cheiro metálico no ar, sangue.

"Vocês sabem que uma pequena parte dos vampiros consegui manter sua fome sobre controle se alimentando de bolsas de sangue ou animais como eu não é?" Pergunta ela bebendo do seu copo, deixando o sangue vermelho nos seus lábios a fazendo parecer ainda mais linda e mortal.

"Sim, nos sabemos." Respondo.

O problema dos vampiros não é a sede, já que ela pode ser lidada com sangue animal e de bolsas de sangue, o problema deles e a vontade assustadora de caçar sua presa viva.

"O que vocês não sabem, é que Andrew Bennett foi o primeiro desse tipo, ele até mesmo caça todos os loucos da nossa espécie."

"Não intendo, como um homem assim então está em cima do muro?" Pergunta Ravena.

"Porque é contra a amante dele quem ele vai ter que lutar contra dessa vez." Respondo por Emily.

"Correto." Confirma Emily.

"Mas qual é o objetivo da Rainha?" Pergunto.

"Ela quer sair das sombras, e tomar seu lugar de direito como líder absoluto do planeta."

"Típico plano de supervilão então, dominar o mundo." Brinco.

"Não tão simples, lembre-se que a cada humano transformado, ela ganha um soldado quase imortal totalmente leal a ela."

"Os vampiros recém transformados podem realmente ser tão leais?"

"A uma conexão entre o que foi transformado e aquele que transformou, algo tão forte, que eles vão abraçar imediatamente a ideia e planos dela."

Isso quer dizer que cada transformado se torna imediatamente um servo leal e fanático fazendo tudo que pode para cumprir as ordens de sua líder. Isso e com as habilidades assustadoras dos vampiros, Mary vai ter o exército mais terrível da Terra.

{Kírix, pergunta se ela conhece alguma das habilidades dos dois.} Pede Robin pelo meu comunicador.

"Emily, o quão poderosos são esses dois e porque eles são assim." Pergunto.

"Estamos falando aqui de vampiros com mais de quatrocentos anos, então dizer o quão poderosos eles são eu não sei dizer, apenas sei que mesmo que vinte vampiros comuns o atacassem, eles morreriam para Andrew Bennett, e o por que eles são tão poderosos, a uma lenda urbana, que diz que Andrew foi transformado pelo primeiro de nossa raça, e como Mary foi transformada por ele, ela compartilha de seu poder."

Quanto mais velho um vampiro, mas poderoso ele é, e isso pode aumentar muito dependendo de quem o transforma, ser transformado pelo o primeiro da vantagens enormes comparados aos outros vampiros comuns.

"Eles compartilham as mesmas fraquezas?" Pergunto.

"O sol funciona, mas mesmo que você enfie algo no coração deles, isso não vai os matar, a única forma que posso pensar é arrancando sua cabeça."

"Obrigado pelas informações, senhorita Emily, a algo mais que a você pode compartilhar?" Pergunto.

"A mais uma coisa, alguns anos atrás, A Rainha de Sangue fazia parte de uma organização de vampiros muito poderosos, eles se chamavam de Culto da Lua Vermelha de Sangue, eles têm apenas uma missão, matar os caçadores de vampiros."

"E agora que estamos literalmente indo contra eles, Mary vai os colocar contra nós também." Adivinho.

"Correto."

Acho que é muito para nós lidarmos sozinhos, ainda bem que a Liga vai se envolver, por que ninguém do meu time tem experiencia em lutar contra vampiros, e estamos indo contra alguns deles com seculos de experiência.

"Obrigado." Agradeço as informações que ela nos da e depois de algumas palavras educadas, nos três saímos pela janela que entramos.

"Então?" Pergunto sentado no telhado junto de todos os membros.

"Já enviei toda a conversa para o Batman, ele está fazendo o possível para rastrear os vampiros, mas é difícil fazer isso com eles não aparecendo em câmeras e podendo se transforma em animais ou em névoa." Relata Robin.

"Temos que dormir, isso sim." Sugere Speedy, e concordo com ele.

"Está amanhecendo, não há nada mais a se fazer agora." Concorda Kaldur com ele.

"De volta a Torre?" Pergunta Wally.

"Não, estamos sobre o comando direto do Batman, então vamos ficar próximos, já arrumei uma casa segura para nós aqui em Gotham."

Todos aceitam as ordens de Robin, e depois dele dizer a localização para Ravena, ela nos teleporta para um apartamento bem espaçoso na zona nobre da cidade.

"Banheiros estão lá atrás, e a quartos para todos, vamos descansar." Robin nós mostrou a casa, e todos fizeram o possível para se ficar confortáveis.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Depois de um bom banho, me deitei num dos quartos e fiquei olhando para o teto, devido ao cansaço mental, não demorou muito para cair no sono.

Uma sensação de puxão na minha mente me acorda, um aviso.

Antes de dormir, coloquei algumas proteções magicas básicas no apartamento, como Ravena não é muito adepta a esse tipo de magia, sou o responsável por isso mesmo não sendo tão bom.

Levanto-me e pego minha espada do lado da minha cama. Sei que deveria gritar avisando todos no apartamento, mas ainda não tenho certeza se isso é mesmo um invasão ou algum erro com meu feitiço, já que o sinal de invasão não veio das portas ou janelas, e sim de um parede, e como não houve explosão, tenho que averiguar melhor. Também a uma chance de afugentar o invasor se eu gritar, infelizmente ninguém do time dorme com seus comunicadores nos ouvidos.

Assim que saio do meu quarto vejo Ravena também saindo do dela, ela dormia no quarto da frente do meu.

"O que você sentiu?" Pergunto, agora sabendo que isso é mesmo uma invasão.

"Fome!" Respondeu ela.

Como ela pode sentir os sentimentos de todos, ela sabe muito bem que alguém entrou no nosso apartamento.

"Chame todos, vou dar uma olhada."

"Não, vai ser tarde demais!" Ela gritou e correu na direção da sala pelo corredor.

Como sou mais rápido, posso por ela e chego primeiro na ampla sala com apenas um sofá gigante e uma televisão. Então lembro que Roy escolheu o sofá para dormir.

Droga, Roy!

Na sala, a um homem loiro de terno begue de costas para mim, ele está segurando Roy com a mão na sua boca para ele não gritar e o mantendo contra a parede com sua outra mão prendendo o seu pulso, que está segurando uma flecha.

Como se sentir-se minha presença, o homem de terno gira seu corpo e joga Roy para o outro lado da sala.

"BLAMM!"

Roy acerta a TV que cai sobre o corpo dele no chão.

Agora de frente para mim, vejo melhor o homem de terno begue com cabelos loiros curtos, orelhas pontudas, olhos vermelhos e presas superiores saindo da sua boca de tão grandes.

Um vampiro.

"Azarath metrion, Zinthos!" Ravena atrás de mim grita.

E sua energia negra brilhante envolve o sofá que flutua no ar disparando contra o vampiro. Quando o sofá estava prestes a acertar seu corpo, o vampiro explode se transformando em névoa que se reestrutura na minha frente.

"Trinnn!"

Suas longas unhas tentam cortar meus olhos, mas consegui levantar minha espada me defendendo e estava prestes a chutar ele para longe.

Foi então que vi ele, Roy saio de baixo da TV e pulou com sua flecha levantada mirando no vampiro de costas para ele.

O vampiro sentiu o cheiro dele e se transformou em névoa de novo me fazendo acertar o ar. A nevoa branca sem forma passou pelo corpo de Roy que parou na minha frente e tomou a forma de novo atrás dele.

O que aconteceu a seguir foi rápido.

"Azarth…."

Ravena começou se feitiço, eu levantei minha espada.

Roy então percebeu que o inimigo está atrás dele, e tentou se virar.

O vampiro agarrou o cabelo no topo da cabeça dele e o puxou para o lado, deixando sua cabeça inclinada criando um bom ângulo para morde seu pescoço.

"Metrion..!"

Ravena continua seu encantamento, dessa vez sinto grande poder vindo dela, o próximo ataque vai ser mais poderoso, mas ele não vai chegar a tempo.

A boca do vampiro com seus longos calinos já está aberta se aproximando do pescoço do Roy.

Não.

Então deixo de pensar e ajo.

Uso o movimento das sombras aparecendo atrás do vampiro enfiando minha espada na parte de trás da sua coxa a perfurando completamente.

"HAAAAA!"

Ele grita de dor e cai de joelhos para depois vira nevoa mais uma vez.

Olho para meus companheiros procurando aonde o vampiro foi, é quando vejo Robin aparecendo no final da entrada da sala no corredor, ele está sem sua roupa, vestindo um pijama simples olhando para tudo tentando entender a situação.

Antes de conseguir o avisar, vejo os olhos brilhantes do vampiro atrás dele.

Robin também sentiu o ataque e rolou para frente tentando escapar, mas ele foi lento, e as garras do vampiro cortaram suas costas o fazendo gritar de dor e espalhando gotas de sangue pela parede.

Vi o vampiro se inclinando para frente, pronto para atacar as costas desprotegidas do Robin, que ainda não se recuperou da sua dor.

"CHEGA!"

Foi quando minha ira tomou conta de mim pela primeira vez desde que comecei a ser um herói, e com uma arrancada com toda minha velocidade, meu inimigo nem mesmo me viu chegando.

"Shif!"

Só percebi o que fiz depois de já estar feito.

Após feito, me vi com um dos joelhos no chão de costas para o vampiro olhando para o resto dos meus companheiros que saíram dos quartos e estava vindo até nós.

Por que eles estão olhando assim para mim?

"Tum!"

Escuto o som de algo caindo no chão do meu lado, olho para ver o que é.

Primeiro vejo minha espada com minha mão estirada, a um pouco de sangue nela, e também uma energia azul a envolvendo e sendo sugada para dentro da lâmina negra.

Mas isso é o de menos para prestar atenção agora, já que vejo o que caio no chão abaixo da minha lâmina.

Era uma cabeça de cabelos loiros.

Cabeça que se transforma em poeira logo em seguida.

Sentindo a poeira atrás de mim por conta do vento, agora sei muito bem o que aconteceu.

O que eu fiz.