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DC: The Prince Of The Underworld (PT-BR)

Reborn, without even a family to protect him, being adopted by a criminal. and being forced to steal to survive in the most dangerous city in the world. That's how his story started, but it was only the beginning, soon he was trained by the greatest heroine on Earth, and becoming a hero, and a man worthy of his name and her parents. That is his story. OBS: History in Portuguese of Brazil. Se vocês quiserem e gostaram do trabalho do autor, podem dar uma ajuda, vou colocar o e-mail do meu PIX abaixo. PIX: gabrielhenrique059@hotmail.com Nome: Gabriel Henrique B de F

LordVoid · Anime & Comics
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A Volta a Gotham (1/3).

Apenas um bilhete não me dá muita informação, mas sei que posso conseguir detalhes indo até o computador da Torre, mas primeiro, tenho que cuidar dos meus ferimentos e depois me atualizar socialmente, e a única pessoa que tenho contato dessa forma, é minha irmã.

Dentro do meu quarto, me sento na minha cama e começo a trata meus ferimentos. Minha situação não está tão ruim quando fugi pela floresta, então só precisei enfaixar a ferida na minha perna que já parou de sangrar com gaze. E deixar minha cura natural trabalhar.

Depois olho ao redor procurando meu celular descartável de uma marca nada confiável que está no mesmo lugar de sempre. O coloco no carregador e o ligo, só para o ver travando por conta das notificações de mensagens e chamadas que foram atualizadas.

As mensagens eram o esperado, demostrando preocupação e um pouco de raiva por não serem respondidas. Então, ligo para ela de uma vez.

{Aonde diabos você estava!} É a primeira frase que Vanessa me dá.

Já tinha avisado para ela que sairia por um tempo, mas não falei o destino, e como o tempo se estendeu por mais uma semana, ela ficou preocupada.

"Não a pôr que mentir agora, então vou dizer tudo."

Contei-lhe uma versão resumida sem muitos detalhes do que aconteceu, e ela sempre gostou de me ouvir falar das minhas missões e ficou calada escutando, mas ainda posso sentir a raiva dela do outro lado do telefone.

{Por que você mentiu para mim e não disse para aonde ia?}

"Não queira a deixar preocupada." Respondo sinceramente.

{Você falhou na sua missão, mas esqueça, vamos conversa sobre isso cara a cara depois.}

Vanessa vem fazer faculdade na cidade, e ela já vai começar daqui a algumas semanas, antes disso, ela tem que estar no dormitório para arrumar suas coisas.

"Então, quais as novidades?" Achei melhor aceitar isso e mudar logo de assunto.

Vanessa pode não ter acesso parcial ao banco de dados da Liga, mas a maioria dos eventos importantes aparecem na TV.

Parece que foram semanas bem calmas, o único evento de importância é o número de desaparecidos anormal nas grandes cidades. O número ainda está sendo avaliado, mas depois da última atualização, mais de cem pessoas desapareceram em duas semanas do nada. A cidade com o maior número de desaparecimentos é Gotham.

"Alguém de Metrópolis sumiu?" Pergunto.

{Não vi ela na lista de cidades, porquê?}

"Por nada."

Se esse evento fosse sobrenatural e sem panejamento, Metrópolis que é guardada pelo Superman deveria também ter sido afetada, mas como não relatos de desaparecimento enal, isso quer dizer que as coisas são mais profundas.

"Alguma novidade em casa?" Pergunto então não esperando nada.

Mas para minha surpresa, Vanessa não reponde imediatamente.

"Van, oque aconteceu?" Pergunto de novo, e ela finalmente fala.

Parece que a Júlia, mãe dela, conseguiu um novo emprego numa grande impressa na capital que a deu total financiamento para a pesquisa dela, e Júlia aceitou, e por conta disso, ela voltou a ter um horário comum de trabalho voltando para casa quase todas as noites, palavra-chave quase, já que tem dias que ela provavelmente dorme no trabalho.

"Qual é o problema com isso?" Pergunto não entendendo o problema, não é a primeira vez que mãe dela fica em casa, e nós dois sabemos que isso não dura muito.

{A impressa dela também ofereceu uma vaga de estágio para mim, e até mesmo uma bolsa parcial de estudos na faculdade local se eu aceitar.}

"E você está pensando se deve ou não aceitar." Entendo tudo.

Não é uma proposta ruim, já que a vantagem é não sair da sua cidade natal.

{Eu vou trabalhar ajudando a mãe, Dio.} Diz ela por fim.

Pode ter passado muito, muito tempo desde que ela deixou de tentar se conectar com sua mãe e sua postura autodestrutiva, mas mesmo assim, Júlia ainda é a mãe dela, e Vanessa sendo uma boa menina, é claro que ela está considerando muito a chance de se conectar com ela numa língua que ela entende, o trabalho.

"Vanessa, você recebeu uma bolsa integral numa boa faculdade de medicina, fora que o idiota do seu namorado também conseguiu uma vaga numa universidade próxima, então antes de aceitar a proposta do novo emprego, você tem que pensar bem no que você realmente quer, e se isso vale a pena." Esse é o melhor conselho que posso dar a ela.

{Obrigado Dio, eu sei, mas você tem que parar de chamar ele de idiota, já é muito estranho ele ter medo do meu irmão mais novo sendo mais velho que você.} Diz ela com uma pequena risada.

Posso ter sido um pouco intimidador no dia que encontrei com o namorado dela, fora que quando ela foi no banheiro e ficamos sozinhos, posso ou não ter sem querer usado um pequeno e simples feitiço para impor medo, apenas para dar um aviso.

"Qual é a impressa que Júlia está trabalhando agora." Pergunto então por curiosidade.

{Cale Pharmaceuticals, parece que eles estão interessados em algumas ervas antigas gregas que a mãe pode localizar.}

Não ouvi nada após nome da empresa.

Cale Pharmaceuticals, Verônica Cale é a CEO, e também a versão feminina do Lex Luthor da Diana.

Tenho certeza que nesse universo elas nunca tiveram nem um problema ainda, mas essa proposta de emprego para uma das poucas amigas da Diana é indicação clara que ela está tramando algo.

Ela sabe de mim também?

Também é uma possibilidade, já que duvido que a ideia de estágio veio a pedido da mãe.

{Dio, algum problema?} Perguntou ela após eu ficar alguns segundos em silêncio.

"Van, preciso te dizer uma coisa, a atual chefe da sua mãe, não é muito confiável e está sobre investigação da Liga, mas ela é tão boa em guarda seus podres quanto Lex Luthor, então até agora, não encontramos nada." Sem poder dizer a verdade, escolho contar uma meia verdade.

Verônica Cale foi realmente investigada pela Liga, mas nem eles foram muito fundo nisso, já que não encontraram nada para continuar, mas duvido que isso desmotivou o Batman, só que ele não compartilha seus documentos pessoais sem ser necessário.

{Tem certeza?} Perguntou minha irmã com o tom preocupado.

"Tanto que vou ligar para Diana agora para ela tentar fazer sua mãe larga esse emprego."

{Estamos em perigo?}

Vanessa conhece muito bem os perigos dos vilões, já que ela cresceu com Diana.

"Não, Verônica Cale não vai tomar uma ação direta contra vocês, ela não quer criar suspeitas." Tranquilizo ela.

Pessoas como Verônica Cale nunca dão o bote antes da hora, então isso é quase certo.

Estou mais preocupado com o provável plano da Verônica, pelo que me lembro nas hqs, ela tem um interesse incomum em conquistar Themyscira. Só que minhas memórias estão um pouco faltando sobre o motivo.

"Van, tenho que desligar agora, tenho que me atualizar com o time."

{Tudo bem, também tenho que dormir, e amanha mesmo vou rejeitar o estágio.}

"Não, deixe isso em aberto, até o dia de sua viagem para cá."

{Porquê?}

"Apenas precaução."

Não quero que Verônica tenha tempo de tentar nada antes disso.

Depois trocamos mais algumas palavras, e desliguei a ligação. Imediatamente me levantei e fui para o elevador.

O andar do computador ou a caverna pessoal do Robin, como a nomeamos, continua a mesma, um corredor longo com um computador assustador com várias telas espalhadas pela sala.

O computador estava ligado como sempre, após colocar meu login e senha, olho os relatórios das missões.

Eles fizeram poucas coisas durante essas semanas, apenas ajudando aqui e ali e prendendo alguns assaltantes, mas a missão atual é que me interessa.

Pelo relatório, parece que liderados por Kaldur'ahm, eles foram investigar a segunda cidade com o maior número de desaparecimentos, a primeira, Gotham, está também sendo investigada pela dupla dinâmica, Batman e Robin. Já que Gotham é o território dele.

Realmente acho essa ideia de território criada por eles meio idiota, mas quem sou eu para julgar a como funciona a mente e a estrutura criada por seres muito mais poderoso e velhos.

Antes de falar com eles, mando mensagens para Diana e Steve, avisando sobre Júlia e falando sobre minhas preocupações de forma mais simples possível.

Depois pego um comunicador que está do lado da mesa e coloco no meu ouvido. Sintonizo ele com o sinal do time na segunda cidade, e escuto por alguns segundos para ter certeza que não estou interrompendo nada.

"Aqui é Kírix, como vocês estão?" Digo bem animado.

A resposta vem quase imediatamente.

{Kírix! É você!? Você voltou!!!!} Grita alto a Starfire, tão alto que retiro o comunicador do meu ouvido por alguns segundos.

"Sim Starfire, eu voltei, e estou muito bem."

{Você tem que me contar sobre sua aventura, como foi? Você lutou contra alguém forte, tinha comidas boas no submundo? Como era o clima?} Ela me bombardeia de perguntas.

{Ele pode responder às perguntas pessoalmente, Starfire.} Diz Kaldur'ahm, com sua voz gentil.

{É verdade, vai ser mais interessante assim.} Concordou minha amiga, para depois ficar calada.

{Bem-vindo de voltar, cara.} Cumprimenta-me Kid Flash.

{Eu estava quase não resistindo a tentação e entrando no seu quarto.} Confessa esse idiota logo em seguida.

"Você pode tentar quando quiser Kid, mas garanto que você vai ter uma surpresa bem desagradável." Brinco com ele.

A apenas feitiços simples de defesa no meu quarto, eles nem mesmo merecem ser considerados feitiços de defesa.

Talvez esteja na hora de colocar uma maldição ou duas para cuidar dos intrusos.

{Hmmm.} Escuto o rosnado do Roy do outro lado da linha, é o máximo que vou receber de boas-vindas dele.

{Bem-vindo de volta meu amigo, espero que você tenha tido uma boa aventura.} Kaldur'ahm, como sempre é quase um monge.

{Obrigado Aqualad, Raven não está com vocês?" Ela não fala muito, mas ela não deixaria de cumprimentar.

{Ela está usando projeção astral para vigiar o algo.} Respondeu ele.

"Vocês encontraram os responsáveis pelos desaparecimentos?"

{Pensamos assim no início, mas acabamos caindo em um caso diferente de venda de mão de obra escrava.} Explicou ele.

"Precisam de ajuda? Posso chegar aí em duas horas voando."

{Se tudo der certo, em duas horas vamos estar voltando para casa.}

"Entendido Aqualad, boa sorte." Digo retirando o comunicador antes que Koriand'r perca a paciência e me ataque com mais perguntas.

Levantei da cadeira e fui na direção do elevador. Fui até o andar aonde fica os banheiros para tomar um bom banho, coisa que não fiz desde que entrei no submundo. No submundo, meu corpo parecia congelado no tempo, por isso banhos não eram necessários, mas não estamos mais no submundo.

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Depois de um longo e bom banho e um jantar melhor ainda, me sentei no sofá com o netebook da Torre, comecei a olhar no arquivo sobre os desaparecimentos em todas as cidades, por curiosidade mesmo, já que vou me permitir descansar um pouco sem fazer nada, não que faltem coisas para fazer, mas após ficar por muito tempo no submundo, acho que mereço alguns dias de folga.

Não sou nem um especialista em investigação, mas todos que leem o arquivo detalhado dos desaparecimentos sabem que algo está muito errado.

Primeiro, todas elas desapareceram em situações diferentes, o que diz que o sequestrador não tem uma forma única para os pegar.

Segundo, todos os sequestros aconteceram a noite.

Terceiro, idade, gênero ou raça não importavam para quem está por trás disso.

Oque quero dizer, é que tudo parece muito aleatório, sem nem uma preparação ou proposito, já que aqueles que sequestram pessoas para as vender sempre miram num certo tipo de pessoa. Isso está cheirando a sobrenatural, só seres sobrenaturais deixam um rastro tão estranho depois dos seus feitos, e já que todos os humanos comuns sempre tentam pensar na forma mais racional ignorando a magia como fator, é muito difícil eles conseguirem solucionar esses mistérios. Até mesmo o Batman, tem que pedir conselhos a terceiros quando o assunto é sobrenatural.

"Tin,Tin,Tin."

Estou sentado no grande e longo sofá que temos na sala, e a TV de tela proporcional ao número de pessoas nesse lugar começa apitar mostrando um pássaro vermelho com as assas abertas na tela, a logo do Robin.

Pego o controle e aperto um botão, logo a imagem muda mostrando Robin, sentado numa cadeira usando sua máscara, pela escuridão atrás dele, ele deve estar na caverna.

"Como você está, Robin?" Pergunto para meu amigo.

{Kírix, você voltou.} Responde-me ele sem emoção.

Robin sempre foi um menino muito sério, mas quando ele está sozinho conosco, ele sempre relaxa um pouco. E quando ele está com seu professor/pai, ele tenta com todas suas formas o imitar.

"Acabei de voltar, estava me atualizando." Digo levantando o notebook para ele ver e depois o coloco do meu lado no sofá.

"Como posso te ajudar?" Robin não ligaria da Batcaverna se não tivesse algum problema.

{Uma hora atrás, durante a investigação de um local, Batman e a Mulher-Gato foram capturados, até agora não tenho notícias ou pistas deles.}

"Isso tem algo haver com os desaparecimentos?"

{Desconhecido, mas muito provável.}

Batman não é o ser mais comunicativo, então ele sempre mantêm os detalhes de sua investigação até ela acabar.

{Normalmente, eu e nossos associados lidaríamos com a situações, mas com o fator magia no jogo, estou pedindo ajuda.} Continuou ele.

"Então vocês dois descobriram que pode ser magia."

{Correto, Batman enviou uma mensagem para Zatanna, mas ela pareceu estar incomunicável no momento.}

"Batman desaparecendo não é uma surpresa, mas porque a Mulher-Gato também?"

Não tenho informações sobre se ela e o Batman estão tendo algum tipo de relacionamento nesse universo, os relatos sobre eles na internet não revelam muito, só que os dois estão jogando um jogo de gato e rato desde o surgimento dela, mas ela nunca foi capturada, e sua identidade ainda é um segredo.

{A Mulher-Gato estava no local tentando roubar algo, lugar errado, hora errada.}

Em Gotham, todo lugar é um local errado.

"Estou indo, chego em quinze minutos." Digo me levantando.

{Precisa que eu prepare algo?}

"Um mapa de Gotham, e alguma coisa que o Batman use, quanto mais pessoal melhor." Respondo andando até a janela do andar.

Feitiços de rastreamento são muito úteis, já que apenas magos e feiticeiros têm defesas contra eles.

{Entendido, me encontre no Batsinal.}

Pulo da janela e voo em alta velocidade na direção de Gotham. Ela não está muito distante na minha velocidade máxima.

Faz anos que não vou para Gotham, a última vez, eu só entrei na periferia da cidade, onde está a casa de Zatanna. Isso foi há muito tempo, e pode parecer loucura, mas eu realmente senti falta da cidade.

Robin não sabe disso, mas salvar a Mulher-Gato também está nos meus planos.

Tenho um principio que sempre se deve pagar bondade com bondade, ela fez isso para mim uma vez, e está na hora de pagar o favor.

Com esse pensamento, quebro a barreira do som enquanto minha roupa e substituída por minha armadura no ar.

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Gotham, como senti falta desse clima escuro e negro, como se o sol nunca tivesse tocado essa cidade.

Nuvens negras iluminadas por holofotes disparados para o alto de vários pontos da cidade, dirigíveis voando lentamente sobre ela. Mesmo sendo noite, e com a cidade tomada de neve, a muitas pessoas ainda andando pelas ruas cuidado de suas vidas, a maioria delas procurando roubar algum alvo fácil, ou conseguir um cliente para ganhar algum dinheiro.

Uma bela cidade negra que tem como trilha sonora o som das sirenes dos carros da polícia.

Com a escuridão dessa cidade chega a ser dez vezes maior que em qualquer outra, no céu, voando, ninguém pode me ver, nem mesmo estou usando minha camuflagem, não há porquê.

O Departamento de Polícia de Gotham City fica no Lado leste inferior da cidade, quase no centro da cidade. Quando vim aqui pela primeira vez usei as escadas para chegar até o telhado, hoje, simplesmente pouso nele.

O telhado não mudou, ainda é um lugar bem amplo com apenas a entrada para ele e o grande projetor com o logo do morcego mirando para cima. Ele não estava ligado.

"Você chegou na hora certa." Robin simplesmente aparece saindo da sombra da esquerda como sempre estivesse lá.

A tecnologia furtiva do Batman está ficando cada vez melhor, só consegui ver o ele por que ele não é seu professor, mas não vai demorar muito para também não conseguir o ver.

Robin ainda estava com o mesmo estilo de traje de sempre, uma roupa laranja, com um cinto amarelo e calças verdes, uma capa curta preta e com seus cabelos penteados para cima com sua máscara preta com os olhos brancos.

"Como o prometido."

"Aqui!" Ele jogou para mim uma folha de papel dobrada, que pego no ar e a abro.

Um mapa de Gotham, com uma escova de dentes dentro dele.

"Uma escova de dentes? Sério?" Pergunto para ele levantando a escova.

"Você disso quanto mais próximo dele melhor, estava em dúvida sobre isso ou uma roupa usada."

Não sei se ele estava brincando ou não, mas conhecendo ele, com certeza não estava.

"Tudo bem, vamos acabar com isso." Ajoelho-me no chão sujo do telhado e abro o mapa nele.

Seguro a escova com às duas mãos e conjuro o feitiço.

"Στο όνομα όλων των θεών, δείξε μου τι ψάχνω!" (Em nome de todos os deuses, mostre-me o que procuro!)

A escova entre minhas mãos se incendia desaparecendo, e o mapa, também pega fogo num ponto específico, e o fogo se apaga deixando apenas um ponto negro nele.

Robin se aproxima de mim e olha para o ponto.

"Deve ter ocorrido alguma coisa errada, talvez outro feiticeiro me atrapalhando." Digo nada feliz, já que o ponto negro no mapa estava bem em cima do Rio Gotham, que no inverno deve estar congelado, por isso, não as embarcações nele.

"Não, não está." Diz meu líder.

"Quer compartilhar?"

"Você já ouviu falar da Cidade das Maravilhas?" Perguntou ele.

"Apenas lendas, uma cidade abaixo da cidade."

"Bem, ela existe, a tuneis por toda a cidade que levam até ela, e um deles, passa por de baixo do Rio Gotham." Explicou ele.

"Se você estiver certo, quer dizer que ele está em movimento, aonde fica a entrada mais próxima para essa cidade?" Pergunto.

"Aqui." Ele responde apontando para o norte da cidade.

"Hmmm, isso claramente é uma armadilha, você pode me dizer que pista vocês estavam seguindo?"

"Havia uma movimentação estranha no local, Batman pensou que o edifício fosse uma parada, antes daqueles que foram sequestrados fossem movidos." Explicou ele.

"Então isso começou com uma armadilha para o Batman, algum vilão conhecido escapou do asilo ultimamente?"

"Não, mas vários deles não foram recapturados desde a última fuga."

Outro assunto que eu gostaria de ter posição para criticar. Como em nome de todos os deuses, o Batman, um dos homens mais ricos do mundo tanto em dinheiro como em contatos, nunca pensou em melhorar o Asilo Arkham?

Imagine quantos conseguiriam fugir se ele pedi-se um pouco de ajuda da Zatanna, para encantar o local.

"Oque aconteceu com suas mãos!?" Perguntou ele chocado.

Olho para minhas palmas, e vejo as feridas em carne viva esculpidas na minha pele.

Tinha esquecido delas.

"Foi o preço que paguei para realizar um feitiço, não se importe com isso, vai sumir depois de algumas semanas." Tranquilizo ele.

Feridas como essa, que são pagamentos para fazer algum ritual, demoram bastante para serem curadas. A alguns anos atrás, quando usei uma maldição para aterrorizar três adolescentes estupradores, a ferida só foi desaparecer depois de um mês.

Não estou bravo por isso, já que se eu fosse um humano normal, elas nunca desapareceriam.

"Vamos?" Pergunto me levantando, e deixando o mapa no chão.

Robin não entende muito de magia, mas minhas palavras o tranquilizaram, e ele não pergunta mais sobre isso.

"Posso te carregar se você quiser." Pergunto sorrindo.

Ser carregado não é uma coisa boa para alguém com o orgulho dele.

Robin bravo, se vira e anda até o parapeito, ele tira seu gancho do seu cinto e o dispara para o alto de um prédio.

"Siga-me." Falou ele, antes de pular do telhado e se balançar como um pêndulo no ar.

Posso voar e ficar do lado dele, mas como a velocidade do Robin é muito lenta comparada a minha voando, escolho apenas pular de um telhado para o outro o seguindo de perto.

"Como é a Cidade das Maravilhas?" Pergunto enquanto nos aproximamos do local.

"Não a muitas informações sobre ela ou oque aconteceu com ela a não ser as lendas, muitos dos registros foram apagados ou perdidos, tudo que sei é que ela tem o tamanho de uma pequena cidade."

Antes de fazer minha segunda pergunta, olho para minha esquerda escutando algo.

"Vai na frente Robin, vou ter que lidar com uma coisa antes." Sem esperar uma resposta, pulo na abertura de dois prédios.

Quando caio no meio do beco entre os prédios, corro em alta velocidade serpenteando entre os becos escuros.

Num beco não muito longe, atrás de uma grande caçamba de lixo de metal, um homem estava empurrando uma mulher contra a parede.

"Não, por favor, pare!" Gritava a mulher, enquanto tentava afastar o homem.

"Cala a boca, vadia!" Gritou o homem em resposta, ele então se afastou um pouco dela e a acertou com uma tapa no rosto.

"Não!" Voltou a mulher a gritar.

Ele tentou levantar a mão mais uma vez para a bater, mas segurei seu pulso o parando.

"Quem **** é você, garoto?" Perguntou ele.

Agora o segurando, olho melhor para o homem negro, careca e magro, usando uma farda azul da policial de Gotham.

"Pelo visto, a polícia de Gotham continua podre por dentro." Digo para ele, nada feliz.

"Não sei quem é você, mas me solte agora!" Gritou ele, tentando puxar seu braço do meu aperto, mas ele não consegue nem mesmo mover meu braço.

"Sai daqui." Digo da forma mais calma que posso para a mulher, que sentou no chão com a roupa toda desarrumada e rasgada.

As lagrimas dela mancharam sua maquiagem, e seu rosto não estava nada bonito, mas pelas suas roupas, ela pode ser uma prostituta que teve a má sorte de cruzar com um policial como esse.

"Obrigado!" Gritou ela se levantando e correndo pelo beco com apenas um salto.

"Volte aqui!" Gritou o policial corrupto sacando sua arma com a mão livre e a apontando para as costas da mulher.

Essa prostituta representa uma ameaça muito maior para o policial do que eu, já que se ela escapar e prestar queixa logo em seguida, ele pode ter alguns problemas, mas duvido que isso seja muito, já que a corregedoria de polícia de Gotham não é muito eficiente, e a palavra de um prostituta infelizmente não vão ajudar o caso.

Antes dele tentar armar a pistola, torso o pulso dele o fazendo se encolher de dor e soltar a arma no chão.

Puxo ele para esquerda, o deixando de frente para o mesmo lugar em que a mulher estava.

"Você sabe o que está fazendo garoto, agredindo um oficial da lei?" Ameaçou ele, mas posso sentir o medo dele.

"Um idiota como você se juga ser a lei, essa cidade com certeza está condenada." Solto ele.

O policial tenta pegar seu cassetete na sua cintura, mas não estou com vontade de alongar mais isso, então acerto o centro do seu tórax com minha palma aberta.

O policial sai do chão alguns centímetros e bate com o corpo contra a parede, para depois apenas cair lentamente escorregando por ela.

"Que confusão." Digo então.

Essa não é uma situação fácil.

"Concordo." Diz Robin, em cima do telhado do prédio em que o policial está.

Se ele fosse apenas um estuprador, as coisas seriam mais fácies, mas esse cara é um policial com recursos os bastante para encontrar a prostituta, que tenho certeza que não vai dizer nada para a polícia.

"Você não deveria ir na frente?" Pergunto.

"Minha cidade." Respondeu ele simplesmente.

"Alguma sugestão?" Pergunto olhando para ele.

"Já gravei tudo e enviei para um amigo na polícia, não se preocupe."

"Obrigado, Robin." Agradeço.

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Não encontramos mais nem um incidente sério pelo caminho, apenas pequenos delitos que comparados com nosso problema atual, não eram muito graves. Então finalmente, chegamos a entrada da cidade que Robin conhece.

Ela ficava bem abaixo de um antigo edifício abandonado que agora só tem como residentes usuários de drogas e sem tetos, que o usam para se proteger do frio, algo que mata muito em Gotham, por conta do alto índice de sem tetos que não tem lugar para se proteger do frio.

Entramos e os residentes do lugar nem mesmo se importaram com nossa presença. Fomos até a sala, aonde Robin levantou um tapete velho sujo revelando uma tampa de esgoto de ferro, o chão foi cavado em volta da tampa, assim permitindo a entrada.

"Durante o Longo dia Das Bruxas, Duas Caras e os outros vilões se escondiam por túneis assim." Explicou Robin abrindo a tampa.

Ele não desceu pelas escadas e pulou direto, fiz o mesmo logo depois.

O esgoto, era como todos que já vi antes, escuro, sujo e fedorento. Só que esse é muito mais largo. Também não havia o corego no meio dele, aonde a aguá corria, o túnel estava seco.

"A entrada fica a alguns metros." Diz Robin, pegando uma pequena lanterna do seu cinto e a ligando.

"Sabe, eu posso ver no escuro."

"E dai?" Pergunta ele.

"Eu poderia andar na frente." Sugiro.

"Minha cidade." Foi a resposta dele de novo.

"Eu cresci aqui também." Meu argumento não teve muito efeito.

Fomos para esquerda e ficamos de frente para um longo portão duplo ferro enferrujado e fechado .

"A entrada." indicou Robin.

Fomos até ela, e quando Robin colocou a lanterna na boca para pegar o cadeado com às duas mãos, escuto um pequeno som de movimento acima de nós. Não penso muito, agarro a parte de trás do pescoço da roupa do Robin e pulo para trás o levando comigo.

Bem a tempo de ver quatro shurikens ninjas descerem do teto e ficaram presas no chão de tijolo de barro.

Então dois homens, usando roupas justas vermelhas cobrindo todo seu corpo deixando apenas seus olhos expostos descem do teto. Os dois tinham treinamento pela forma que desceram do teto e sacaram duas katanas, que estavam antes embainhada nas costas deles.

"A Liga das Sombras!" Diz meu parceiro, com um pouco de temor na voz.

Ninjas, dessa vez estou lutando contra ninjas.

E não é qualquer ninja, e sim os mais mortais do mundo.

"Oque vocês estão fazendo aqui?" Pergunta Robin.

"É claro que eles vieram pelo Batman." Respondo por meus inimigos.

"Temos que ir mais rápido, é mais serio do que pensei."

Aceno para ele, e depois me movo em super velocidade para cuidar rapidamente dos dois ninjas. Acerto um soco com força no rosto do primeiro o fazendo bater suas costas no portão de ferro. O outro tentou acertar meu pescoço com a katana, dou um passo para trás e ela passa raspando por meu pescoço.

Robin jogou dois batarang, um deles acerta o pulso e o outro a lateral da cabeça do ninja, que solta sua arma no chão e segura sua cabeça com dor, apenas para ser acertado pelos dois pés do Robin no seu rosto.

Menos dois ninjas.

O problema é que muito outros estão à frente, e talvez até mesmo o mestre deles.