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Caçadores Da Lua

"Eu entendo que ainda não tenho experiência. Eu sou apenas um companheiro de equipe incapaz que não conseguiu ir até o fim com meus camaradas. No entanto, a lealdade que foi gravada no meu coração, pelo menos isso eu posso garantir que é genuíno. É a minha verdade depois de tudo..." Em um futuro alternativo do seu: "21/12/2012" a data de um evento que abalou todo o planeta terra. Nesse dia, criaturas mitológicas, que até então só existiam em livros e filmes fictícios desceram de portais mágicos nos céus do nosso 'pacifico' planeta. Contra essas criaturas, várias guerras foram travadas, depois de 10 longos anos, bilhões de humanos foram mortos no processo, restando uma população de um pouco menos de 50 mil vivos. 50 anos se passaram desde aquele evento que hoje chamamos de "A invasão". Nesses anos todos muitos países caíram com as inúmeras guerras, um dos poucos que não se renderam foi o japão, onde vive a nossa protagonista com sangue europeu, ela sonha em fazer parte da maior força existente entre os humanos, "os caçadores da lua", eles são os únicos que podem salvar nosso lar. Seu maior sonho é trazer o fim da guerra dos humanos contra os monstros, para que as crianças possam viver num mundo em que sangue não precise ser derramado para que as coisas sejam resolvidas.

Donoghan · Fantasy
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25 Chs

#18 - Entre nós

Aquelas palavras penetraram meu coração, como se uma estaca de madeira o atravessasse.

[Emilia: O que você disse...?]

[Eleanore: Foi exatamente isso que você acabou de ouvir. Até que tenhamos o devido respeito e, quando o governo deixar de lado seu orgulho, voltaremos a defender a cidade pela segurança do povo do norte.]

[Emilia: Isso... Isso não pode estar acontecendo!… É você, foram vocês que me deram um sonho. Meu sonho é…]

[Eleanore: Eu não ligo para o seu sonho, Emilia. Talvez eu estivesse errada sobre você, você deveria desistir de ser uma caçadora o quanto antes, para o seu próprio bem.]

[Emilia: O quê?!- ei, mas… E as crianças...?! E os indefesos?!Quantos terão que morrer até lá?!]

[Eleanore: Isto não é problema nosso, não mais.]

[Sanae: Oi, oi! Como você pode tratar alguém que a considera uma amiga do coração dessa forma?]

[Eleanore: Ninguém chamou você pra conversa, garota. Mas de uma coisa vocês precisam concordar comigo, desistir seria a melhor escolha para a Emilia, ela sabe muito o porquê.]

[Emilia: Não... Isso não é sobre mim. E sim sobre as pessoas que morrerão enquanto vocês estarão desativados... Isso é... Covardia.]

[Eleanore: Você está nos chamando de covardes? Sério?!]

[Emília: Sim.]

[Eleanore: Você sabe o que tivemos que enfrentar para obter essa base? Você não tem noção da dor que estou sentindo ao ver nossa base ser destruída. Aquele lugar era como uma segunda casa para mim, era como um segundo lar tanto para mim quanto para todos aqui.]

[Emília: Então por que?!]

[Eleanore: Não tínhamos outra escolha! Se não fosse agora, poderia ser a qualquer dia. Saiba que mesmo se não fizéssemos isso, eventualmente ela seria desativada, porque o governo acha que pode resolver tudo com essa novas armas biológicas que eles estão desenvolvendo, mas não podem!]

[Emília: E que diferença faz?! O que custa construir uma mini-base feita para distribuir as missões? Pra que uma enorme base? Não é mais fácil montar um acampamento ou alugar um quarto? Que mal faz eles destruírem a nossa base?]

[Eleanore: Você não entenderia.]

Ela cruzou os braços e desviou o olhar de mim.

[Emília: Ei, não me trate como uma criança! Eu já não sou mais a mesma daquela época, agora sou uma caçadora. Lembra? "Agora você é uma de nós"? Ou esqueceu que disse isso?]

[Eleanore:—]

[Emília: Tanto faz se perdemos a base, o que importa é que fiquemos juntos, mesmo sem a ajuda do governo, o povo precisa estar sobre a nossa proteção. O que poderíamos estar perdendo com a base norte caindo?]

[Eleanore: O nosso reconhecimento, o nosso orgulho, a nossa vontade. Tudo isso o governo quer tirar de nós, e tudo isso está ligado a uma missão que antes era ultra-secreta e essa missão estava relacionada ao governo.]

Ela voltou a me olhar no fundo dos olhos.

[Eleanore: A alguns atrás, um dos nossos recebeu uma missão relacionada ao governo. Infelizmente fomos descobertos, então o governo pediu para cancelar não apenas a missão, mas também a base norte. O governo fez de tudo para que decretassem que fossemos banidos, chegou uma parte até que achávamos que iríamos ganhar na justiça, mas é provável que eles, os políticos, usaram dinheiro para subornar o juri a favor deles.]

Eleanore se agacha, pega uma mochila preta no chão e bota na costa.

[Eleanore: Caso não fizéssemos feito isso, a base seria destruída em um ano, ou até que eles já tiverem preparado uma arma forte o suficiente para substituir nossa associação. Quando eles perceberem que éramos nós que mantínhamos esse país de pé, então voltaremos de bom grado.]

[Emilia: Isso... Não é justo...]

[Eleanore: Nada mais neste mundo é justo. A justiça morreu há muito tempo. Isso aqui é trabalho.]

[Emilia: Eleanore...? Não... Essa não é você!! A Eleanore que conheço é teimosa e tsundere, mas tem um enorme senso de justiça, mas agora você só ta sendo egoísta! Eu não esperava isso de você…]

Uma lágrima escorreu do meu olho e pingou na minha roupa, meus olhos ardiam, indicando que eu não conseguia segurar mais o choro.

Eu me viro para trás e corro sem parar em direção á floresta, corri tanto que nem vi a hora passar e o dia escurecer.

Mais tarde naquele dia:

Eu estava no meio da floresta, sentada num chão úmido ao lado de uma árvore oca, com a luz de vagalumes batendo em mim por cima.

Depois que corri da Eleanore e entrei na floresta, eu só chorei. Chorei tanto que nem lágrimas mais saiam, o que me fez ficar imóvel, agachada, ao lado daquela árvore por algumas línguas horas, apenas observando o vento fazer as folhas caírem de suas respectivas árvores.

"Riip! Riip! Reec!"

Ouço sons de passos que partiam as folhas no chão a se aproximar, como não senti nenhum cheiro diferente, como de monstros, então resolvi nem me mexer, pois já sabia de quem se tratava.

O som de passos vinha da minha direita, sabendo disso, eu inclinei o olhar pro lado, para ter visão da pessoa que se aproximava aos poucos.

[???: Então você tá aqui… Cara, foi realmente difícil de te achar. E então… Você tá bem?]

[Emília: Rika? Hum… Sim... Acho que tô bem sim…]

[Rika: Ei, não fica assim, ela é sua amiga, não é? Tenho certeza de que ela também deve está se sentindo péssima com tudo isso...]

[Emília: Aquela não era ela… A Eleanore que eu conhecia não diria aquilo. Ela teria dito que proteção do nosso povo vinha em primeiro lugar, sempre. E não aquilo… Ela está indo contra tudo que ela pregou pra mim nesses últimos 3 anos. Porque?

[Rika: Olha, eu acredito em você. Mas... Você tem certeza que ela é a pessoa errada nessa história?]

[Emília: Você está do lado dela? Sério?]

[Rika: Não exatamente... Olha, um pouco depois que você saiu correndo, um homem de terno preto, gravata vermelha e cabelo lambido, aparentemente um homem do governo, foi até a Eleanore. Ele propôs que parasse a destruição da base e até ofereceu uma alta quantia em dinheiro. Eu também cheguei a sugerir a Eleanore que eles devessem permanecer ativos até o próximo ano, e, como era de se esperar, ela negou. Ela parecia mesmo convicta da sua resposta. Aquele homem disse que a base norte poderia até acabar, mas as outras bases de outras regiões permaneceriam ativas, e ela poderia transferir ela mesma e todo o seu esquadrão para essas outras bases, mesmo assim, ela negou dizendo que o norte é o verdadeiro lar dela.]

[Emilia: Ok... E?]

[Rika: Não tá na cara? É óbvio que essas pessoas estão escondendo algo... Algo grande, algo grande o suficiente para conseguir tirar os caçadores da jogada. Não acha isso realmente estranho?]

[Emília: Err… Sim, talvez… Isso nem sequer tinha passado pela minha cabeça, eu não estava muito bem.]

[Rika: O que você acha de nós mesmas nos infiltrar no palácio dos políticos para saber o que há lá dentro?]

[Emilia: Hum... Nossa missão era escoltar Eleanore, mas precisamos saber o que o governo está escondendo para causar o fim da base norte.]

[Rika: Então você está dentro?]

[Emilia: É claro! Vamos.]

Rika estendeu sua mão para mim, eu seguro sua mão e me boto de pé, olhamos uma para a outra com um olhar confiante, então partimos em.direção ao palácio dos políticos, em busca de resposta para a queda da base norte.

Enquanto descíamos a montanha da floresta—

[Rika: Posso fazer uma pergunta?]

[Emília: Ah, sim!]

[Rika: Que doença é essa que impede você de lutar com maestria?]

[Emília: Ah! Então você se lembra disso…]

[Rika: Não teria como esquecer esse detalhe, nem se eu quisesse, afinal, o meu dever como capitã desse grupo é estar a par dos prós e contras dos meus companheiros, para montar uma forma para que todos sejam beneficiados na batalha.]

[Emília: Você tem razão…]

[Rika: Agora vai, me conta. Que doença seria essa?]

[Emília: Se me lembro bem, o nome era Osteogenesis Inperfecta, a doença dos ossos frágeis e delicados, como vidro. Ainda hoje essa doença ainda me atrapalha, eu mesma só parei para descansar naquela árvore porque eu senti uma forte dor no peito. Tudo o que eu preciso para me revigorar é parar pra descansar, mas o treinamento para caçador ajudou bastante a fortificar meus ossos.]

[Rika: Hum... Isso explica o por que de você dormir tanto tempo depois de uma briga. Também é bastante curioso o fato de como você matou aquele demônio e aquele bruxo das trevas de uma vez.]

[Emilia: Foi exatamente por isso o do porquê de eu ter vindo pra cá, Eleanore já me viu com a mesma aparência de quando enfrentava Belor, só ela tem a resposta para todas as minhas perguntas.]

[Rika: Isso fica cada vez mais interessante, mas você já tinha me contado isso no trem. Mal vejo a hora de saber o que realmente acontece com você. Ehehe…

[Emilia: Escute, agora que eu parei pra perceber, mas onde tá a Sanae? Ela não deveria estar com você? Porque ela não veio conosco?]

[Rika: Eu até que cheguei a pensar em trazer a Sanae, mas se eu a trouxesse, ela iria querer proteger você a qualquer custo e não ia se concentrar na missão.]

[Emilia: Eh..? Não acredito que sanae seja tão protetora, ela também é uma profissional como a gente…]

[Rika: Ha! Ha! Ha! Não seja ridícula, Emília! Estamos mesmo falando da mesma Sanae? Ha! Ha! Ha!]

Depois de caminhar um pouco rumo ao palácio, nós enfim tínhamos chegado ao nosso objetivo, estávamos cerca de 300 metros de distância do palácio, há seguranças em frente ao grande portão, o que aumenta a dificuldade de infiltração, então a única maneira restante de entrar seria—

[Rika: Vamos nos infiltrar com um disfarce!]

[Emília: E como nós vamos arranjar um disfarce adequado o suficiente para entrar lá?]

[Rika: Tá tudo bem, ta tudo bem! Eu tenho um plano. Quando chegar a hora certa eu te conto.

Estávamos observando o palácio de longe. O clima de aventura mudou de repente só de olhar para aquele lugar um tanto sombrio.

- O que eles estão escondendo? Uma arma biológica? Um exército? Veículos? Tantas coisas em mente… Seriam eles corruptos?!

[Rika: Emília...? Volte à vida, garota. Olhe para lá!]

A voz de Rika demonstrava que a mesma parecia surpresa e assustada com alguma coisa. Me concentro e volto a prestar atenção.

[Emília: Mas… O quê?]

Desvio a atenção dos meus devaneios e olhei em direção ao portão do palácio, consequentemente tive a visão de algo que eu definitivamente desejaria querer desver caso eu pudesse.

O que eu vi foi a minha parceira, companheira e sensei, entrar no palácio com um olhar despreocupado. Era a minha querida sensei Eleanore.

[Emilia: Eleanore…?]

Contínua…