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ADRENALINE POWER PARAPENTE TEMPORADA 1 (ANTES DE RODRIGO)

uma garota sai de casa para morar na cidade porque está decidida a nao aceitar o casamento arrumado por seu pai e entao ela passa a morar na cidade mais proxima e agora tem que fazer de tudo para viver com seu filho e sozinha depois do marido que arrumou ter sido transferido para longe.

Es608121 · Realistic
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25 Chs

o momento parece tenso

O rugido do motor preenchia os ouvidos de Petrônio enquanto sua aeronave sobrevoava Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais. O sol iluminava a cidade abaixo dele, destacando os prédios e as ruas movimentadas.Ao pousar no aeroporto, Petrônio sentiu a familiar sensação de estar em casa, mesmo após tantas viagens. Ele pegou sua mala e, com um sorriso nostálgico, recordou-se da infância em Galiléia, a pequena cidade onde cresceu.

No trajeto de Belo Horizonte para Galiléia, Petrônio se deixou levar pela paisagem exuberante de Minas Gerais. Montanhas verdes se erguiam majestosas, enquanto o rio corria sinuoso ao lado da estrada.A cada curva, as memórias de sua juventude ressurgiam. Recordações das brincadeiras de infância e dos dias passados nos campos da fazenda de sua família inundavam sua mente, trazendo um misto de nostalgia e emoção.

Ao chegar a Galiléia, Petrônio foi recebido com sorrisos calorosos e abraços afetuosos por parentes e amigos que não via há anos. A atmosfera tranquila e acolhedora da cidade pequena o envolveu, trazendo uma sensação de paz.A razão principal de sua volta revelou-se: o batismo de Rodrigo, o filho de um amigo querido. Petrônio sentiu-se honrado por ser convidado a testemunhar aquele momento especial na vida da família.

Na pequena igreja de Galiléia, os fiéis se reuniram para o batismo de Rodrigo. A cerimônia estava repleta de emoção e significado. Petrônio, entre amigos e familiares, observava o padre derramar a água sobre a cabeça do pequeno Rodrigo, simbolizando a bênção e o início de uma jornada espiritual.O ambiente tranquilo da igreja contrastava com a intensidade emocional do momento. Petrônio sentiu uma onda de serenidade e esperança invadir seu coração enquanto testemunhava aquele ato de fé e comprometimento.Após a cerimônia, cumprimentos calorosos e sorrisos iluminavam o rosto dos presentes. Petrônio, grato por ter sido parte daquele momento especial, sentiu-se renovado pela experiência e pela oportunidade de reviver suas raízes em Galiléia.

Ricardo examinava atentamente o convite que havia recebido para um campeonato de seu esporte favorito. O torneio estava marcado para a mesma data do batismo de Rodrigo, o filho de um amigo querido.Com uma expressão de dilema estampada em seu rosto, Ricardo ponderava sobre a decisão que precisava tomar. Por um lado, a competição representava uma oportunidade única de mostrar suas habilidades e potencial no esporte. Por outro, o batismo de Rodrigo era um momento significativo que ele não queria perder.

Ricardo refletia sobre os prós e contras de cada escolha. A competição oferecia prestígio e a chance de ser reconhecido por seus talentos. No entanto, o batismo de Rodrigo era um evento pessoal e especial, marcado pela importância de apoiar seu amigo e testemunhar um momento crucial na vida da família.Ele ponderava sobre o significado mais profundo de cada opção, tentando equilibrar suas ambições pessoais com seus valores e responsabilidades como amigo.

Após muito pensar, Ricardo decidiu encontrar seu amigo e explicar sua escolha. Com um nó na garganta, ele abordou a delicada situação, consciente de que sua decisão poderia decepcionar."Amigo, eu realmente agradeço o convite para o campeonato. Significa muito para mim. Mas no mesmo dia acontece o batismo de Rodrigo, e é algo que não posso perder. É uma ocasião única e especial para você e sua família, e eu quero estar lá para testemunhar e apoiar vocês."

Ricardo e Margarida seguravam Rodrigo nos braços, envoltos na atmosfera serena da pequena capela. O murmúrio suave do padre preenchia o ambiente enquanto a água benta tocava a testa do bebê. As velas iluminavam o sagrado momento, conferindo-lhe uma aura de pureza.Margarida sorria, os olhos brilhando com a emoção do momento. Ricardo olhava para o pequeno Rodrigo com ternura, sentindo um aperto no coração ao testemunhar aquele rito de passagem. O padre, com sua voz calma, proclamou as palavras sagradas, conferindo a bênção do batismo ao recém-chegado à família."Rodrigo, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", disse o padre com serenidade, enquanto traçava o sinal da cruz na testa do bebê. Todos na pequena assembleia na capela mantinham uma reverência silenciosa.Ao sentir a água fresca tocando sua testa, Rodrigo, ainda tão pequeno, parecia reconhecer a importância do momento, observando tudo com seus olhinhos curiosos. Um sentimento de alegria e compromisso envolveu os pais, fortalecendo o vínculo familiar naquele instante sagrado.Ao término da cerimônia, Ricardo e Margarida trocaram um olhar cheio de significado, conscientes do compromisso assumido naquele dia não apenas com a fé, mas com o cuidado e amor que dedicariam a Rodrigo ao longo de sua jornada na vida.

Na calmaria da tarde ensolarada na fazenda, Dona Mirtes, com os olhos carregados de preocupação, reuniu Sebastião e Alexandre no alpendre da casa principal. Seu tom de voz, usualmente suave, agora carregava um peso que ecoava pela varanda."Sebastião, Alexandre, preciso falar com vocês", começou, sua expressão carregada de pesar. "A situação tem se tornado insustentável. Não é por falta de apreço, mas pela necessidade de paz nesta terra... Vocês precisam partir."Sebastião, com olhos baixos e um semblante de tristeza, balançou a cabeça em compreensão, enquanto Alexandre, surpreso e confuso, tentou interromper: "Mas, Dona Mirtes, o que houve? Fizemos algo errado?""Não, não é por causa de vocês", ela explicou, os olhos marejados. "É por conta do que a presença de vocês tem causado entre os outros trabalhadores e as tensões que surgiram. Preciso zelar pela harmonia desta fazenda."Os dois homens assentiram em silêncio, resignados à decisão. A atmosfera antes tranquila estava agora carregada de despedida e uma tristeza palpável. Dona Mirtes, com um misto de dor e determinação, desejou-lhes sorte enquanto viu os dois homens se afastarem, levando consigo não apenas suas poucas posses, mas também uma parte da história daquela terra.

Na penumbra do entardecer, na rústica casa da fazenda, Senhor Herculano empacotava suas poucas pertences. O silêncio pesava no ar enquanto ele dobrava suas camisas com cuidado, um semblante de determinação misturado com tristeza estampado em seu rosto enrugado.Dona Mirtes adentrou o quarto, seus olhos mostravam uma mistura de pesar e resolução. "Herculano, entenda, é para o bem de todos", começou, sua voz trêmula. "Precisamos de ordem aqui, e suas vontades não se alinham mais com o que é necessário para manter a harmonia na fazenda."O Senhor Herculano suspirou profundamente, seus ombros cansados curvando-se um pouco mais. "Entendo, Dona Mirtes. Mas dói saber que minha presença já não é mais desejada aqui, depois de tantos anos dedicados a esta terra."Os olhos de Mirtes se encheram de lágrimas não derramadas, mas sua postura se manteve firme. "Seu legado aqui é inegável, Herculano. Mas, por favor, entenda que precisamos seguir em frente de uma maneira que preserve a paz entre todos."Herculano assentiu, resignado. Com passos lentos, carregando consigo memórias e um coração pesaroso, ele atravessou a soleira da porta, deixando para trás não apenas uma casa, mas um capítulo longo e importante de sua vida naquela fazenda. O ranger da porta ao se fechar ecoou pela vastidão da noite, marcando o fim de uma era e o começo de uma nova jornada solitária para o Senhor Herculano.

Saulo e Francisco observavam a paisagem do alto do penhasco enquanto o sol se punha no horizonte, pintando o céu com tons dourados e vermelhos. Cícero, o jovem aprendiz deles, arrumava suas coisas, pronto para partir."Está na hora, Cícero", disse Saulo, colocando a mão no ombro do rapaz. "Vitória nos espera."Cícero olhou para o horizonte e depois para os dois homens que se tornaram seus mentores e amigos. Com um sorriso determinado, assentiu. "Estou pronto. Vamos."Juntos, começaram a descer a trilha sinuosa que os levaria à cidade de Vitória. A noite começou a cair, envolvendo a paisagem em um manto de escuridão pontilhado pelas estrelas cintilantes.Enquanto caminhavam, Francisco compartilhou histórias sobre as lendas locais, enquanto Saulo oferecia conselhos a Cícero sobre os desafios que encontrariam pela frente.O som dos grilos e o farfalhar das folhas ao vento preenchiam o ar enquanto avançavam, cada passo aproximando-os do seu destino.Horas se passaram até que finalmente avistaram as luzes distantes de Vitória, uma cidade iluminada pela promessa de novas aventuras e desafios. A cada passo, o coração de Cícero batia mais rápido, misturando emoção e ansiedade pelo desconhecido.Chegando aos portões da cidade, Saulo olhou para Cícero. "Este é o começo de uma nova jornada para nós três."Francisco concordou, sorrindo. "Juntos, somos mais fortes. Bem-vindo a Vitória, Cícero. Aqui começa a nossa próxima história."Com determinação nos olhos, os três cruzaram os portões de Vitória, prontos para os desafios e aventuras que aguardavam, unidos pelo vínculo que os tornava uma equipe incomparável.