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The Berserk Boy Of The Academy

Uma viagem que prometia ser tranquila se transforma em tragédia, alterando irrevogavelmente o destino de Hendriksen, o único filho dos mercadores mais ricos do império. Forçado a enfrentar a solidão e os perigos da maior e mais selvagem floresta do continente, Hendriksen luta para sobreviver em um ambiente hostil e imprevisível. Após passar um bom tempo isolado, em meio ao seu maior desafio na floresta, Hendriksen encontra um misterioso homem que posteriormente se torna seu mentor, educando-o nos caminhos da sobrevivência e da superação. Esta é a história de um jovem destinado a desafiar as adversidades e alcançar o seu lugar em um mundo imerso em uma das maiores e mais sangrentas guerras já existentes.

Nicolas_Lucas · Fantasy
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2 Chs

Volume 1 - Capítulo 2: Exploração (1)

Após balançar a cabeça repetidas vezes, percebendo que não importa quantas vezes eu grite, ninguém aparecerá para me socorrer. Então, com um pouco de determinação e medo, me levantei e comecei a andar ao redor da clareira, pensando em olhar cada arbusto com a esperança de que eu achasse algumas frutas, dessa forma eu poderia saciar pelo menos um pouco minha fome.

Enquanto eu andava ao redor da caverna com medo de que pudesse me perder do único abrigo que poderia me proteger de uma potencial chuva futura, acabei me cortando em alguns espinhos de um arbusto. "Ai, ai", murmurei, tirando alguns dos espinhos em minha mão. Apesar de sentir uma dor e um leve desconforto nos dedos da mão, continuei a minha busca por comida, mas com cuidado para não ter a mesma experiência. Foi quando finalmente encontrei uma espécie de árvore, ela não era alta, se assemelhava com uma figueira, contendo algumas frutas.

Era uma espécie de fruta da qual nunca tinha visto antes, parecia uma maçã com uma cor azulada e um pouco maior. Ignorando esse fato, aproveitei que a árvore não era tão alta, sendo de fácil escalada, e tirei algumas frutas.

Depois de colher cerca de cinco frutas, dirigi-me à caverna com uma expressão satisfeita no rosto. Ao chegar à caverna, sentei-me perto do poço e coloquei as frutas ao lado para lavá-las antes de comê-las.

~Shhhh~Shhhhhh~

Assim que terminei de lavar as frutas, dei uma mordida generosa, mastiguei um pouco e engoli rápido. Ponderei sobre o gosto; era meio metálico e amargo, não tinha um pingo de doçura. Nunca tinha provado nada parecido. Decidi comer rapidamente para saciar minha fome evitando sentir aquele gosto estranho.

~Pontada~ 

Senti um forte desconforto no estômago, como se fosse uma facada, seguido de uma sensação nauseante e vontade de vomitar. Abracei meu estômago enquanto me curvava no chão. A cada segundo que passava, a dor e a vontade de vomitar se intensificavam. Meus dedos, que recentemente foram feridos, começaram a ficar inflamados. Não conseguindo mais conter o vômito, um frio indescritível atingiu meu corpo. Vomitei, mas para o meu pavor, eu estava vomitando sangue. Com uma sensação metálica em minha boca, abracei meu estômago com mais força.

Enquanto vomitava sangue, senti a força do meu corpo esvaindo, como se minha força vital estivesse escapando a cada segundo que passava. Soluços e gemidos ecoavam pela caverna, enquanto eu me curvava de dor e angústia. Incapaz de encontrar alívio, a dor, a sensação de fome e de sede aumentavam exponencialmente, levando-me a jogar meu rosto na água. Antes que pudesse vomitar mais uma vez, bebi aquela água como se estivesse em um deserto, encontrando um oásis, como se eu nunca tivesse bebido água na vida.

Assim que tirei meu rosto do poço, senti um certo alívio nas dores e náuseas, a inflamação dos meus dedos também começou a diminuir, a fadiga foi diminuindo e as forças do meu corpo foram voltando, como se aquele momento nunca tivesse acontecido. Foi quando me deitei de costas, ofegando e me perguntando o que tinha acontecido.

"Arf, arf... urfff, essa água... com certeza me ajudou."

Me inclinei um pouco em direção à água, aquela cor púrpura pálida, com um brilho hipnotizante, me fez perceber que era minha chave de sobrevivência. Depois de observar a poça por um tempo, comecei a lembrar dos meus pais, algumas lágrimas brotaram dos meus olhos, lembrei também de Bryn, um dos mercenários que mais conversou comigo na viagem. Foi quando acabei adormecendo...

******

~Estrondo~forte chuva acompanhada por trovões~

"Aaah, como é que começa a chover, justamente no dia em que estou escalando. Que merda, a previsão do tempo errou? Como assim?", reclamou um jovem adulto que tinha cerca de 25 anos. Seus cabelos negros curtos cobriam um pouco sua testa e estavam agora encharcados, assim como suas roupas e sua bolsa.

O jovem estava no meio de sua habitual aventura. Ele tinha como hobby se aventurar no meio de florestas e escalar montanhas. Por um momento de azar, ele se viu preso em uma montanha, enquanto uma forte tempestade o acompanhava.

"Não parece que vai terminar tão cedo, que azar é esse. Eu também não posso me mover muito, o risco de escorregar e cair seria imenso", pensou, com uma expressão azeda no rosto. Não tendo muitas opções, ele só conseguia se manter ali, preso, enquanto se segurava para não cair.

******

"Aaahhhh...mmm...estalo de língua".

Acordei mais uma vez após um sonho estranho com um homem que eu nunca conheci, mas com quem sentia uma certa conexão. "Não o conheço, nem me lembro de ninguém parecido", pensei, soltando um leve suspiro enquanto me levantava. Meu corpo doía, parecia que eu tinha sido atropelado por cavalos. Foi quando me lembrei do alívio que aquela água proporcionava.

Depois de beber alguns goles, saí da caverna enquanto observava mais uma vez a floresta. Eu não tinha ideia de onde estava. Até agora, não tinha visto nenhum sinal de vida, exceto os pássaros que cantavam no topo das árvores. Virei-me lentamente para olhar a caverna, que ficava no meio de uma pequena montanha. Foi quando me lembrei do sonho que tive. "Aquele homem conseguia ver quase tudo lá de cima", pensei, enquanto analisava a pequena montanha. Pensei comigo mesmo que ela nem era tão alta. Ponderei por mais um tempo, quando finalmente decidi escalá-la. Sem pensar em mais nada, comecei a subir.

A montanha realmente não era tão alta e não era muito difícil de subir. Ao chegar no topo, contemplei uma vista de tirar o fôlego, a imensidão da floresta não poderia ser descrita. Em uma das direções que olhei, consegui avistar uma grande cadeia de montanhas muito longe. Virando minha vista, consegui ver um pequeno riacho. Fora essas duas coisas, só havia árvores e mais árvores.

Soltei um leve suspiro quando pensei que poderia comer alguns peixes. Depois do trauma de ter comido aquela fruta, acabei ficando ansioso. Para o meu azar, era a única coisa que eu tinha disponível. Em contrapartida, o poço que tinha na caverna me ajudaria a ingerir qualquer coisa sem grandes problemas.

Ao final de tais pensamentos, fui até a beirada da montanha pensando em descer. Foi nesse momento que meu coração pesou, e o medo da altura despertou. Subir foi fácil, descer é que se mostrou um problema. Sabendo que teria que descer uma hora ou outra, me sentei na beirada e me virei para frente, segurando-me com as duas mãos para não escorregar, enquanto tentava encaixar meus pés de alguma forma. Suor frio escorria da minha testa, meu coração acelerado fazia minha ansiedade aumentar cada vez mais, enquanto tentava apoiar cada um dos pés.

Lentamente, fui descendo, ficando cada vez mais cansado. Meu corpo já não aguentava mais tanto desgaste, à medida que ia descendo, meus movimentos foram ficando cada vez mais imprecisos. Como se já tivesse sido predestinado, escorreguei e caí ao chão.

~Baque~ 

******

"uhmmm, uhm, uhm, uhmm, uhmm"

~Som de fogueira acessa~

Aquele mesmo jovem está agora assando alguns pedaços de carne na fogueira, enquanto cantava uma melodia.

~Mastiga~Mastiga~

O jovem começou a comer um dos espetinhos que estavam prontos, enquanto bebia algo. Do seu lado esquerdo, está uma bolsa grande e do seu lado direito, também no chão, havia uma espécie de livro, aparentemente um diário. Após terminar de comer, o jovem pegou seu diário e começou a escrever.

~Rabisca~Rabisca~

Depois de terminar de escrever, o jovem fechou o livro, colocou na mochila e se espreguiçou. Ele pegou a mochila, colocou nas costas, enquanto chutava a fogueira, apagando o resto da brasa que tinha. Como se já soubesse seu caminho, ele saiu andando com confiança e um sorriso no rosto.

******

Abro os meus olhos, vejo tudo escuro como um breu e sinto uma dor terrível no corpo; havia uma pequena mancha de sangue onde estava apoiado com a cabeça. Preocupado, passo a minha mão direita em volta do meu cabelo e volto a olhar a mão; ainda estava sangrando. Por sorte, parecia que eu não tinha quebrado nada, mas isso era o que dava para ver.

Não caí muito longe da entrada da caverna, então foi fácil me arrastar para dentro. Logo após entrar, mergulhei a minha cabeça na água enquanto bebia. Notei toda a dor do meu corpo ir embora. Passei mais uma vez a minha mão no meu cabelo, vendo que não saía mais sangue. Suspirei e um leve sorriso se formou no meu rosto.

Logo me veio um pensamento oportuno de que eu estava com fome. Agora, ao invés de ter um sorriso no rosto, eu tinha uma expressão preocupada, lembrando que só tinha aquelas frutas horríveis para comer. Felizmente, eu poderia comer enquanto bebia aquela água estranha. Dessa forma, não corria nenhum perigo aparente. Mesmo que o gosto não fosse tão bom, eu iria saciar minha fome.

Peguei uma das 4 frutas que ainda estavam aqui, me aproximei mais uma vez da água e comecei a mastigar enquanto ingeria um pouco da água. Como pensei, enquanto eu tivesse aquela água à minha disposição, eu não teria nenhum problema ingerindo comida estranha.

Esse é o final do capítulo 2, espero que gostem.

Após uma analisei percebi que só conseguirei manter uma média de um capitulo por dia, os tamanho dos capítulos serão praticamente o mesmo, 1500 palavras ou um pouco maior.