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Capítulo 29 - Nozomus

Quando os céus se fecharem, os raios negros surgirão. Quando a noite chegar, junto a escuridão caminhará. Em meio a estabilidade física dos seres, algo poderá quebrar essa barreira. Assim como o Deus Vulcano, O ceifador negro trará chamas eternas por onde andar.

O equilíbrio dos universos será quebrado perante a presença de um único ser, as paredes não serão nada quando ele decidir as quebrar.

Quando a ordem for decretada, nada poderá fazer, em seu domínio, ele comanda tudo. Modificando seu corpo de acordo com sua vontade, infinitas opções existem em sua mente. Assim como um ferreiro, suas criações são divinas e inexplicáveis. Quando ela desejar, os planetas e estrelas poderão mudar. Brilhante como o sol, ele poderá iluminar toda a galáxia.

Isso é o que dizem sobre aqueles que protegem e mantém a paz e segurança em cada universo. Virou quase uma tradição, proferir a apresentação criada para eles cada vez que alguém perguntar sobre.

— Relatórios sobre as missões, por gentileza — ordenava uma voz suave, mas potente.

— Equipe Raito concluiu com sucesso. Relatório geral é de 72 baixas confirmadas. Número de pessoas salvas, curadas e protegidas passou facilmente dos 3.728 — responde com uma voz suave, fofa e animada em cada palavra.

— Tudo isso de baixas. Vocês três continuam causando muitas mortes em suas missões.

— Nos desculpe mais uma vez. Porém, dessa vez não teve como evitar as baixas — fala outra voz, ligeiramente acelerada e tensa.

— E, por que não?

— Os inimigos. Assassinos e abusadores estavam mantendo as vítimas presas, escondidas e espalhadas por todo o planeta, e onde estávamos, o líder estava com os vermes e mais algumas vítimas cortadas, sem roupa e algumas até mesmo… estavam sendo abusadas em nossa frente — ele para repentinamente ao falar sobre as vítimas sendo abusadas, sua expressão era de alguém que não queria se lembrar da cena e, ao mesmo tempo estava com ódio.

A pessoa que parecia ser o líder deles se mantém calada enquanto observa quem cerrou a explicação e não deu continuação.

— O que vocês fizeram? — indaga, com um tom autoritário e fazendo o corpo de cada um naquela sala tremer.

— Zattai apenas os impediu.

Parando de olhar para aquele que falava, ele observa agora o outro, aquele que acaba de ser mencionado.

— Zattai? Você que fez as 72 baixas?

— Sim! Mestre Rengi! — respondia ele, confiante e com sua postura firme.

— Relatório, por favor.

— Ao observar as vítimas, tanto mulheres adultas como mulheres crianças, eu fiz todo o planeta ser meu domínio e sem pensar duas vezes, não. Sem nem pensar, eu arranquei o coração de cada um.

— Entendo. Bom trabalho, as vítimas, como elas estão?

— Tamaky levou todas as vítimas para hospitais, só voltamos quando tivemos certeza que estavam todas bem.

— Certo, perfeito — encerra o relatório da equipe Raito e gesticula sua mão um sinal indicando para irem.

Os três integrantes da equipe Raito começam a sair, Zettai seguindo na frente, logo atrás dele ia Tamaky, e por último, Itaro.

— Itaro. Venha até minha sala mais tarde — ordenava de forma sútil, mas que conduzia todo o corpo dele vibrar e causar enjoo.

Itaro apenas confirma e continua seguindo seus colegas. Rengi era um bom líder, estava no topo das famílias, entre o topo de poderes também. Porém, como ninguém era perfeito, sua personalidade era arrogante, orgulhoso, frio, sem piedade de pessoas mais fracas e alguém que faria o necessário para obter o que precisasse.

Diferente dos outros membros, onde todos se importavam com os universos e com os habitantes. Rengi parecia não se importar com eles, queria apenas continuar no topo e evoluir suas habilidades até ser forte o bastante para tomar o lugar de algum Deus.

— Glade, a equipe Voldy ainda está na academia?

— Sim! Os 4 alunos ainda permanecem lá.

— Tudo bem, perfeito — faz uma pausa ao se levantar e caminhar até Glade — Realizaremos aquilo amanhã. Fique preparado.

Saindo da sala ele o deixa sozinho, parado bem no centro enquanto olhava fixamente para os tronos. Esperando alguns minutos após Rengi sair, ele se dirige a saída e segue a caminho a seu quarto.

Os Nozomus eram aqueles que seriam os próximos Deuses, pelo menos era para ser dessa forma. Cada um deles está a beira da camada Kami, faltando apenas um gatilho que os faça alcançar a camada dos Deuses e assim assumir o posto dos Deuses e trazerem uma nova geração protetora nos universos.

Assim como os Deuses, os Nozomus também tinham um local para viverem. Não era como o grande palácio dos Deuses, mas pelo menos eles tinham algo próprio.

Situado no planeta Varx do universo 8, em uma floresta densa, com árvores verdes escuras, território de bestas e animais selvagens. Era um local que nenhum humano comum se atreveria a entrar. A base ficava escondida dentro de uma montanha com uma linda e enorme cachoeira, junto a um pequeno lago de água verde-esmeralda, combinando e se destacando entre as belas árvores escuras que circulavam o terreno.

A montanha tinha 5 pontos diferentes onde a água caia, 3 deles eram pequenas quedas de água e os outros dois pontos eram grandes e a água caia mais constante e forte. Esses dois pontos de queda, formavam uma espécie de "parede" de água, assim como cachoeiras grande e fortes, não era possível observar o que tinha atrás da água que caia.

E bem na queda da direita ficava a passagem que apenas os Nozomus e os líderes imperiais conheciam. Era noite e a maioria estava dormindo, apenas Glade, Rengi e Itaro estavam acordados, por motivos que Rengi havia pedido para Itaro ir até sua sala.

Itaro bate na porta espessa de madeira escura com entalhes que ele não reconhecia. Rengi apenas ordena que ele entre, e em seguida, após entrar, a porta fecha sozinha.

— Pois não, o que queria falar comigo? — pergunta desviando o contato visual, Itaro tinha medo de Rengi.

— Itaro, Itaro. Temos uma missão bem diferente — Rengi respondia de forma espontânea e com o mesmo olhar de sempre, como se estivesse analisando a pessoa.

— Que tipo de missão?

— Nosso superiores nos mandaram ir até a masmorra de Var-Yray resgatar um artefato que foi perdido a 283 anos, eu acho.

Itaro piscava inúmeras vezes sem parar, e o mesmo franzia suas sobrancelhas também.

— Masmorra Var-Yray? — perguntava para ter certeza do que havia ouvido antes.

— Sim. Algum problema? — Rengi respondia ele enquanto se aproximava, com seus olhos semi cerrados e com suas mãos no bolso de sua calça.

— N-Não, problema nenhum!

Itaro ajeita sua postura e tenta não parecer nervoso ou que estava nitidamente com medo, não era apenas o fato de ter que ir até à masmorra que o deixava assim, e sim pelo fato de estar cara a cara com Rengi, que constantemente emitia uma sensação de morte, junto a uma vontade de matar.

— Então ótimo, já pode sair — dizia enquanto se virava de costas para ele e fazia sinal para ele sair — Amanhã as 06:00 horas, esteja pronto. Glade também irá conosco.

Confirmando com a cabeça ele se retira da sala e segue em direção ao seu quarto. Glade e Rengi continuam conversando na sala, planejando algo além da missão.

— Por que a masmorra Var-Yray? — pergunta Glade, enquanto olha atentamente para uma janela criada por um dos líderes imperiais, que mostrava a bela vista do lago a noite, com reflexo do céu iluminado e das estrelas brilhantes sobre a água.

— Glade. Você sabe que essa masmorra é considerada impossível de ser limpada né? Não apenas todos no nosso planeta afirmam isso, mas também todos os universos, ninguém se atreve a tentar limpar ela.

— Sim, eu sei. Todos sabem de sua história, é por conta das incontáveis besta existentes lá, besta que podem até mesmo estar na camada lorde.

— Claro. Mas, você sabe a história de seu nome? Ou o porquê todos a consideram impossível?

Glade se vira para olhar Rengi, que estava se apoiando em sua mesa e olhando para o chão.

— Não.

— Var-Yray. "Var" vem do nome de nosso planeta, "Yray" dizem que era o nome do demônio responsável pela ira.

— Ira? Tipo os 7 pecados?

— Isso. Yray era um demônio que se alimentava de pessoas que carregavam ou criavam um imenso ódio dentro delas. Uma vontade surreal de matar ou destruir qualquer coisa que fosse de sua vontade.

— Nossa, eu não sabia disso.

— Atualmente existem 25 universos dentro da nossa galáxia. Mas você sabia que a cerca de 3 milhões de anos atrás existiam 59? Yray uma vez conseguiu assumir uma forma física e teve pela primeira um corpo que pudesse andar junto dos humanos e das outras raças. Seu poder era tão grande, que se tornou a ser imensurável, sozinho ele destruiu 34 universos. As vítimas são um número impossível de se calcular, mas facilmente sabemos que se passou de 500 bilhões, sendo vítimas humanas e as outras raças também.

— QUEE?? Mais de 500 bilhões... como algo assim é possível?? O que aconteceu depois disso?

— Ninguém sabe, a história foi passada de geração em geração, todos sempre dizem que quando ele chegou ao universo 25, ele apenas desapareceu, e veio parar nesse planeta. Alguns Deuses antigos conseguiram o aprisionar em uma masmorra, por ele está muito fraco e cansado, ninguém sabe bem o que aconteceu com ele, todos acreditavam que seria o fim da nossa galáxia e de todos, mas de repente ele ficou fraco e foi aprisionado e selado.

Glade não fala nada, apenas olha atentamente para Rengi, que se levantava e caminhava sutilmente até ele.

— Boatos recentes se espalharam por Varx. Um grito ecoando por todo o planeta e chegando até mesmo nos outros planetas do universo 8. Por isso que, escolhi ela para ser o local de nossa missão — falava estando ao lado de Glade, olhando para a janela enquanto sorria e deixava seus olhos semi abertos.

Passando-se alguns minutos, Rengi e Glade notam movimento no lago e as aves que lá habitavam voaram para longe espantadas. Um rastro começa se formar na água, como se alguém ou algo estivesse nadando por baixo mas próximo à superfície ainda.

Após alguns segundos, a água começa a ser puxada para o meio do lago e uma forma humanoide gigante feita de água começa a se erguer e ficando cada vez maior, enquanto toda a água era puxada para ele.

— Teremos problema? — Glade pergunta enquanto ele e Rengi observam o que estava acontecendo.

— Não. Genshin acaba de chegar de uma forma diferente.

A forma humanoide atingia facilmente 6 metros de altura e seu "corpo" era bem robusto, grande e largo. Rengi e Glade olhavam atentamente para a criatura e ela olhava exatamente para a parede onde ficava a sala de Rengi, que era escondia pela outra queda de água-forte.

Como se os três estivessem se encarando sem quebrar o contato visual, logo a criatura abre sua boca e começa a falar.

— Vai abrir a passagem ou vai me deixar aqui fora, Rengi? — perguntava a criatura, com uma voz completamente igual a de um humano e aparentemente sorrindo, o que era estranhamente bizarro.

Rengi sorri e ordena que Glade abra a passagem atrás da queda dágua para que Genshin pudesse entrar. Vendo a passagem se abrindo, ele desfaz toda a forma humanoide e faz com que toda a água volte a preencher o pequeno lago. Emergindo agora, Genshin se revela com seu corpo original e começa a ir até à entrada.

Entrando no esconderijo todo molhado, ele segue direto para seu quarto e fala bem alto no corredor enquanto anda.

— Espero que ninguém me acorde amanhã, estou cansado e só quero descansar!!

Glade solta uma pequena risada ao ouvir ele falando alto, talvez fosse possível que a voz dele ecoasse por todo o local. Enquanto a maioria do grupo estivesse dormindo, sem contar Glade e Rengi. Itaro estava deitado em sua cama, mas acordado, olhando para o teto pensando na sua missão no dia seguinte.

— Por que tinha que ser logo a masmorra Var-Yray? — perguntava para si mesmo, enquanto se virava ficando deitado de lado.

Apesar de Rengi ter contado a origem da masmorra, nem todos sabiam sobre sua história. Sua verdadeira história era conhecida apenas pelas mais altas famílias existentes na galáxia, que era um total de 6. Isso já incluindo os líderes imperiais, que faziam parte da família Imperial.

A noite se passava bem rápido, e logo séria manhã. Uma aventura e riscos inconcebíveis estava esperando por Itaro e os outros dois.

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Três dias após a invasão.

"você tem certeza de que não está perdido?"

— Tenho! Eu conheço… — faz uma pequena pausa para conseguir terminar — Conheço o local.

A voz dele e sua situação não estava nas melhores condições. Ele estava cansado e desgastado, sua voz saia com dificuldade e constantemente tossia forte e sangue saia de sua boca.

Já fazia 3 dias que andava sem parar, sem descansar. Andando viajando pelos universos até chegar no décimo terceiro. No momento ele estava dentro de uma floresta densa com árvores enormes.

Finalmente chegando no fim da floresta ele vê a luz do pôr do sol, algo que não via enquanto estava dentro da floresta, a luz do sol não entrava. Avistando uma casa mais longe, um lago enorme e um portal feito de pedra, ele começa a andar na direção da casa, porém, suas pernas param de se mover e logo ele cai no chão.

— Droga… — falava cansado, enquanto caia lentamente.

"ótimo, agora terei que ficar aqui sem fazer nada. seu fraco!"