Essa Beleza Congelada é tão Fria

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Ela não esperava que ele aceitasse seu desafio, então ficou surpresa.

Quando alguém completava dezesseis anos, poderia receber seu relógio AI da federação, que servia como uma licença para entrar na terra dos asura.

Talia também recebeu seu relógio AI no seu décimo sexto aniversário, mas ela teve o apoio da Família Mailon que a ajudou a atravessar o estágio amarelo mais rápido que os outros.

A família Mailon usou seus contatos para fazer os superiores do abrigo amarelo de Talia ajudá-la a lutar contra as bestas do estágio amarelo e aumentar seus pontos de estatísticas amarelas o que a ajudou a entrar no estágio roxo.

Comparado a Rio, que recebeu seu relógio AI no mês passado, Talia já o tinha há cinco meses.

Ela não demorou muito para responder, pois estava confiante na sua força e achava que ninguém da mesma idade era páreo para ela.

"O perdedor pedirá desculpas." Ela falou com um sorriso orgulhoso.

"Se eu ganhar, você terá que pedir desculpas para a Nyla." Ele disse com um sorriso frio.

"Você acha que pode vencer??? Haha… Eu gosto do seu senso de humor…" Ela zombou dele com uma voz divertida.

Alguns dos outros alunos que estavam em volta também começaram a rir junto com ela.

"Parece que alguém está com medo." Ele disse enquanto seus olhos brilhavam e os lábios se curvavam para cima formando um sorriso provocativo em seu rosto.

"Você…" Ela o encarou com intenção assassina. Lembrando-se do passado dele, ela escondeu o ímpeto assassino enquanto cerrava o punho e disse, "Ok. Eu pedirei desculpas a ela se você vencer."

"E se você não cumprir sua palavra?" Ele montou sua rede e a convidou a cair em seu plano com seu sorriso provocativo. Seu velho hábito de atrair pessoas para sua armadilha era algo que ninguém conhecia.

"Eu não seria uma Mailon se não cumprisse minha palavra." Ela se irritou ao falar isso.

Rio virou-se e começou a andar em direção ao Jardim Grande Orvalho enquanto acenava com as mãos no ar sem olhar para trás "Te vejo na segunda. Vou lutar com você na arena de batalha depois da nossa aula."

A confusão causou uma grande aglomeração. Os alunos reunidos observaram a dupla cedo e começaram a conversar entre si após a saída de Rio.

"Ele nem consegue lutar contra uma fera de estágio amarelo. Como ele vai lutar contra alguém no estágio roxo?"

"Ele é um tolo."

"Não se esqueça que ele é da família Havenglow. Não seria difícil para ele alcançar o estágio roxo se eles o apoiassem."

"Então por que ele não lutou contra as bestas do estágio amarelo e aceitou o desafio do Brian?"

"Talvez ele as ache fáceis demais para desperdiçar seu tempo? Não viram que ele não mostrou interesse no desafio do Brian ou nos seus comentários ásperos?"

"Não podemos dizer isso agora. Vamos esperar a segunda, aí saberemos a verdade."

Uma aluna do segundo ano comentou, olhando para ele enquanto partia, "Ele é tão legal. Ele defendeu a nossa colega de classe, Nyla."

"O que você quer dizer com defendeu?"

Alunos do primeiro e segundo ano começaram a discutir o incidente que aconteceu mais cedo.

A notícia se espalhou como fogo e muitos na escola ficaram sabendo como Talia veio zombar da irmã e Rio tomou uma posição por ela. 

Os alunos não ouviram Talia insultar a própria mãe, pois ela estava usando um tom de voz baixo, mas todos viram Nyla saindo com lágrimas e Rio reagindo contra a irmã mais nova.

A maioria não gostava de Rio, mas havia alguns que o apoiavam por ter tomado uma posição pela Nyla. A maioria das vozes de apoio era de alunas, que torceram por Rio enquanto ele defendia uma menina.

Havia até rumores que diziam coisas como, "Rio e Nyla são amores de infância. A família Mailon está intimidando a filha mais velha e separando os dois pombinhos."

Os rumores eram apenas fofocas para entretenimento. 

Nosso Rio, que desconhecia tudo isso, estava parado em frente ao segundo andar do seu apartamento.

Ele hesitava se deveria tocar a campainha ou não.

Depois de reunir coragem, ele apertou o interruptor para a campainha.

*Ding-Dong!*

Ele esperou, mas nenhuma resposta veio. Ele tocou a campainha algumas vezes e a porta se abriu lentamente.

Uma menina, cujos olhos estavam vermelhos de tanto chorar, apareceu. Seu cabelo estava úmido, indicando que ela havia lavado o rosto antes de abrir a porta.

"O que você quer?" Ela disse com um rosto inexpressivo.

"Eu pensei que você poderia estar triste, então vim para ver se você está bem." Ele disse com um sorriso agridoce.

"Obrigado pela preocupação, mas eu estou bem." Ela falou com um rosto impassível e uma voz fria.

'Essa beleza congelante é tão fria'

"Quer almoçar comigo?" Ele perguntou com um sorriso constrangido, pois não estava acostumado com esse lado da Nyla.

"Não, obrigada por perguntar. Você deveria manter distância de uma garota como eu cuja mãe era uma va*ia e que causou a própria morte da mãe." Ela disse com uma voz irritada.

Continuou falando como se não quisesse dar a Rio a chance de falar, "Eu vou para a terra dos asura. Então tchau."

Dizendo isso, ela fechou a porta na cara dele e foi para o quarto.

Ela se sentou na cama, abraçando os joelhos e começou a chorar silenciosamente.

Rio era órfão, mas ele não tinha uma madrasta ou meia-irmã que o lembrassem que ele matou seus pais. Ele não tinha pai que o evitava como se pensasse que ele é a razão da morte da mãe.

O passado da Nyla também não era feliz. Ela tinha uma família, mas uma que a fez odiar sua própria existência.

"Por que eu não morri no seu lugar, mãe? Por quanto tempo tenho que suportar? Eu queria nunca ter nascido." Ela chorou como uma criança e deitou-se na cama abraçando seu urso de pelúcia.

Ela sentia como se devesse se matar. Ela estava se odiando.

Qualquer um que visse essa garota alegre chorando tão adoravelmente desejaria lhe dar um abraço caloroso e secar essas lágrimas como pérolas. Mas não havia ninguém aqui, ela estava chorando sozinha.

Ela não sabia das coisas que aconteceram depois que ela saiu, então ela interpretou mal o Rio.

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