236 De Volta ao Lar Parte Final

POV: Terceira Pessoa.

Edifício Abandonado, Nova York.

No Mesmo Momento.

2017.

Preso por uma teia nas costas do homem voador, Peter puxa sua teia mudando a direção do voo dele para esquerda o fazendo dar uma volta inteira na sala. Peter então cai bem em cima das costas dele e o homem começa girar no ar tentando o fazer se soltar inutilmente, já que Peter não tem nenhum problema em ficar dias virado de cabeça para baixo.

Vendo que isso não estava dando certo, o homem voador gira seu corpo mais uma vez e voa na direção da saída, Peter pula e dispara outra teia no teto segurando a que está presa a ele o puxando para cima, e ele bate no teto. Nesse momento, ele desacelerou e Peter o soltou, contando com a gravidade, ele ficou de frente para o homem o acertando um chute no rosto arrancando seus óculos noturnos e o jogando para fora da janela.

"Espere aqui!" Grita ele para a adolescente presa na teia a sua esquerda enquanto pulava para o lado de fora.

Ele sabe que seria muito mais fácil lutar num local apertado, mas por conta da adolescente aqui, ele não pode fazer isso e tem que lutar do lado de fora.

Pousando no chão sem sofrer danos, Peter se levanta e olha para o homem voador, flutuando alguns metros do chão, agora sem seu capacete cobrindo seu rosto mostrando um homem mais velho, careca com uma barba bem fina grisalha, e uma grande cicatriz do topo do seu crânio do lado esquerdo até seus lábios.

{Reconhecimento fácil completo, nome: Adrian Toomes, ex-empregado da Bestman Salvage.}

"Espera, você disse Toomes? Como Liz Toomes?" Perguntou ele se lembrando da menina que ele teve uma queda na escola.

{Correto, ela é a única filha dele.} Respondeu sua AI.

"Você conheceu minha filha?" Perguntou Adrian, após escutar o nome dela da boca do menino.

"Eu estudei com ela, e tenho certeza que ela não aprovaria seu pai andando por ai como um psicopata vestido de demônio."

"O nome é Abutre garoto, e minha filha não pode mais ver nada desde que vocês malditos heróis falharam." Respondeu ele com raiva.

"O quê?"

"Minha filha e esposa morreram num acidente de carro no momento do apagão garoto, eu demorei dias para as encontrar."

Isso foi um golpe para Peter, ele não conhecia muito bem Liz, mas gostaria de conhecer, e se não fosse pelo tempo que ele passou em Genosha treinando, essa perda seria muito maior para ele.

"Eu sinto muito, eu realmente sinto muito." Foi só que ele conseguiu dizer ainda tentando processar a morte dela, mas seu treinamento tomou conta dele, o fazendo colocar esses sentimentos de lado por enquanto.

"Não preciso de suas palavras, não de alguém que tem todo meu ódio."

"Nos tentamos impedir a explosão, e falhamos, e garanto que todos que participaram disso sentem a mesma dor."

Com o passar do tempo, a história real do que aconteceu começou a se espalhar, e uma pequena parte da população escolheu culpar os heróis por não conseguir parar o apagão. Ainda bem que esse pequeno grupo é superado por aquele que realmente se arrependem de apoiar o governo em suas ações.

"Não é o bastante!"

Dessa vez Peter foi pego de surpresa pelo ataque e as garras do pé esquerdo do Abutre envolveram seu corpo o empurrando contra a parede do edifício atrás dele.

"Eu vou fazer vocês, todos vocês, sentirem!"

Suas asas se moveram e os dois começaram a ganhar altitude voavam pela cidade.

Peter finalmente agiu, segurando as garras com as mãos e as torcendo se soltando e caindo.

"Tolo!" Gritou Abutre, até ver Peter abrindo os braços e planando no ar.

Ele girou seu corpo acertou em cheio o corpo de Peter no ar o fazendo girar várias vezes até ele conseguir disparar sua teia num edifício próximo o salvando, teia que foi cortada por Abutre logo em seguida.

"BLOMMMM!"

Isso continuou até que o corpo de Peter se chocou contra um dos veículos abandonados no meio da rua deserta.

"Eu não posso entender sua dor, mas suas ações agora, estão apenas manchando a memória de sua filha e mulher." Contou ele, se levantando do carro torcido pelo impacto sem ferimentos, vai precisar mais do que uma pequena queda para isso acontecer.

"NÃO OUSE FALAR NA MEMÓRIA DA MINHA FAMÍLIA!"

"BLOMMM!"

Peter foi acertado na lateral mais uma vez pelo voo rasante do Abutre destruindo mais um carro abandonado.

Peter não estava desviando por não querer, ele está tentando acordar o pai de sua amiga.

"BLOMMMM!"

Mais tudo que ele conseguiu com suas palavras foi ser acertado várias vezes.

{Aviso, os golpes do inimigo não representam nenhum perigo para o traje, mas se a dificuldade da batalha foi muito superior a suas habilidades, posso acionar o protocolo piloto automático, e acabar com ele eu mesmo.}

"Não, não faça nada, eu mesmo vou acabar com isso." Entendendo que é impossível acordar o pai de sua amiga, pelo menos por agora.

Suas palavras não estavam sendo ouvidas pelo Abutre, então ele decidiu o levar para a prisão e lá, tentar de novo quantas vezes forem necessário.

O Abutre deu mais um rasante na direção dele a alguns centímetros dos veículos próximos de Peter, ele colocou seu corpo na vertical deixando suas longas asas raspando e tirando faíscas do asfalto.

Peter não se deixou ser acertado dessa vez, e quando o ataque chegou, ele pulou dobrando seu corpo no ar passando pela esquerda do Abutre e disparando uma bola de teia que acertou uma das turbinas da asa superior a fazendo explodir, o Abutre perdeu o controle de seu traje batendo num dos veículos.

"Acabou." Falou Peter andando até ele.

Abutre se levantou, com apenas uma de suas asas ainda levantada e a outra tocando o chão destruída, o peso de um de suas asas e tanto, que ele mal pode se mover agora.

"E agora herói, o que vai acontecer, você vai me prender por toda a minha vida? Isso não é nada!" Gritou ele.

"Eu vou te prender, e também vou te ajudar, dou minha palavra."

Peter foi treinado por Baldur, Freyja e outros de Genosha, então ele ganhou alguns traços da cultura deles, assim colocando um alto valor em sua palavra e promessas.

"Sua palavra não significa nada para mim!" Gritou ele girando seu corpo tentando cortar Peter ou meio com sua última asa.

Peter se abaixo desviando da asa e correu na direção do Abutre dando um chute alto no meio do peito dele que está protegido por uma placa de aço o fazendo bater de costas no carro em que ele já tinha caído antes.

Antes do Abutre poder se levantar, Peter foi até a sua única asa boa e a segurando com as duas mãos, a puxou destruindo os sistemas dela parando a última turbina e desarmando seu oponente.

Ou foi isso que Peter pensou sendo surpreendido em ver uma arma prateada apontada para seu corpo que foi disparada logo em seguida.

"TRUMMMM!"

A arma era algo feito usando tecnologia da Terra e extraterrestres, e o efeito dela foi muito maior que as armas comuns dos chitauri fazendo Peter dar varias cambalhotas no ar sem qualquer controle do seu corpo para finalmente cair no asfalto de cara.

"Isso doeu!" Gritou ele pela primeira vez se levantando.

{Não houve nenhum dano ao traje ou a você Peter, mas os amortecedores não podem compensar o poder do disparo inimigo, sugiro prudência.}

"O quê?"

{Sugiro que você pare de ficar na frente das armas dos seus inimigos.}

Outro flash de luz foi disparo pelo Abutre, e Peter não conseguiu responder sua nova AI engraçadinha tendo que desviar.

"Vamos garoto, mas alguns tiros e tudo acaba." Diz Abutre, após deixar para trás suas asas.

Mas ele subestimou muito Peter, que pulou por cima de um carro acertando um chute na cabeça dele o fazendo finalmente cair no chão desacordado.

Peter então o pegou colocando ele em cima do seu ombro e caminhou na direção do edifício, de frente para a entrada do prédio, ele da sinal.

"BLOMMMMMMMMMM!" "BLOMMMMMMMMMM!"

Dois andares então explodem.

Foi uma explosão controlada, não afetando a instrutura ou qualquer pessoa dentro dele.

{Parabéns, missão foi finalmente completa, vou informar o Rei.}

"Traga o jato, temos que levar uma menina para casa antes de o levar." Diz ele apenas olhando para as chamas.

POV:Baldur.

Ilha Treinamento, Território de Genosha.

Duas Horas Depois.

2017.

O jato vermelho de Peter pousa lentamente na minha frente, poucos segundos depois, o menino sai dele com seu rosto a mostra, e com um grande sorriso de orgulho, o motivo desse orgulho deve ser por conta do homem no seu ombro desacordado, o Abutre.

Escolhi essa missão a dedo, e cumpri minha promessa a Tia May, fiquei de olho nesse menino a missão inteira, mas ele não sabe disso e não a motivo para dizer.

"Tire esse sorriso da cara, e por que você não levou essa cara para a prisão e escolheu o trazer aqui?" Pergunto curioso.

"Isso, é bem…."

"Você esqueceu, não foi?" Pergunto suspirando.

Ele acena com a cabeça confirmando envergonhado.

"O coloque no jato, sua AI pode o pilotar e o deixar na prisão sozinha."

Depois de fazer exatamente isso, Peter volta, sem o sorriso.

"Muito bem, relatório." Já sei de tudo que aconteceu, mas quero saber se ele vai mentir ou esconder algum erro cometido.

"Começou quando…"

Após contar sua história, fico feliz em saber que ele não escondeu nada, mas poucos segundos depois, percebo que esse idiota não intendeu o que fez de errado.

"Vamos começar sua avaliação." Digo sério, convocando uma cadeira dourada e me sentando na frente de Peter, que está de pé olhando para mim com medo.

"Primeiro erro, você deixou uma civil inocente no mesmo lugar que vários criminosos desacordados, o que aconteceria se um deles acorda-se?"

Ele abre a boca, entendendo seu erro.

"Segundo erro, por que você não finalizou seu inimigo mais rapidamente, com sua força, você poderia facilmente destruir as asas e o colocar para dormir em segundos, em vez disso, você se deixou ser arrastado para a dança dele."

Isso não foi tecnicamente um erro, e sim uma ação errada, de qualquer forma, vale a pena a dizer.

"Terceiro erro, e o mais grave, você realmente explodiu dois andares com várias pessoas assim como um inocente no andar abaixo?"

O perigo erra bem improvável por conta dos cálculos e sensores da AI do Peter o guiando para preparar a explosão, mas imprevistos sempre devem ser esperados.

"Eu sinto muito senhor Baldur…" Falou o menino quase chorando.

"Sua avaliação final, te dou um sete de dez, parabéns, você passou."

Não adianta mais o manter na ilha, já está na hora de o soltar no mundo, só assim para ele realmente evoluir.

"Serio, mas porquê?" Perguntou ele surpreso.

"Erros sempre são cometidos, o importante é aprender com eles."

"Então, eu finalmente vou poder ser um herói?" Perguntou ele, com muita esperança.

"Sim, você vai."

"ISSOO!"

"Acalme-se, ainda temos que falar sobre o local aonde você vai morar e "trabalhar"."

"Eu não vou ficar em Genosha?" Perguntou ele confuso.

"Se você quiser, sim você pode, mas estou colocando Nova York sobre sua proteção, você vai trabalhar em conjunto com a Jéssica, ela vai ser sua líder por assim dizer."

O mundo é muito grande, então para criar um certo controle nele, cada herói tem sua própria zona, e cada zona fica em uma grande cidade no mundo ou uma área muito violenta.

"Se você escolher ir embora para facilitar sua locomoção, você pode viver na Torre dos Vingadores, ela, com certeza, é o local mais seguro da cidade para sua Tia ficar, já que duvido que ela o deixe ir só."

"Eu, preciso pensar sobre isso."

"Intendo, apenas me avise quando decidir, Homem-Aranha!"

Depois de dizer isso, me viro e o deixo, apenas sentindo a total alegria nada silenciosa dele.

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