Resgatado

Foram alguns minutos intensos até chegar ao seu barco e ele imediatamente colocou-a em suas costas. Usou uma mão para manter os braços dela ao redor de seu pescoço, mantendo-a estável, enquanto a outra mão segurava o batente do barco, levantando-os ambos até o casco.

Tadeu havia treinado seu corpo por longas horas sob o mar, então naturalmente ele não era fraco. 

Ele já estava em pé no barco quando o Skipper chegou, o que o surpreendeu. 

"Senhor?!" 

O Skipper, apto nome Skipper, ficou muito chocado ao ver o chefe carregando uma mulher de cabelos azuis! Onde foi isso? 

Ele estava no meio do mar, certo? 

E não disseram que seu chefe não lidava muito bem com mulheres? Bem, ele parecia muito gentil agora mesmo! 

Eles até foram direto para o quarto dele! 

Chefe trazendo uma bela mulher nua para um quarto privado naturalmente fez a mente do rapaz divagar em várias tangentes. 

Tadeu não deu atenção aos pensamentos diversos de seu empregado e franziu a testa ao perceber que o barco não estava se movimentando.

"O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AÍ PARADO?" Ele rugiu, fazendo o rapaz estremecer. "VOLTE! AGORA!" 

"S-S-SIM, SENHOR!" 

Tadeu suspirou fundo enquanto entrava no quarto. Imediatamente a colocou na cama. Ele rapidamente tirou seu equipamento, revelando um homem atraente com cabelos escuros e olhos verdes. 

Imediatamente, ele fez a RCP nela assim que pôde, esperando que ela voltasse a respirar. 

Ele abafou o sentimento estranho quando seus lábios se tocaram ou quando ele tocou a suavidade em seu peito, focando na tarefa em mãos. 

"Respire," ele sussurrou, enquanto continuava com as compressões. Ele contou cada uma com precisão, determinado a trazê-la de volta à vida.

Quando ela ofegou um pouco, embora infelizmente ainda inconsciente, ele sentiu como se o peso do mundo tivesse sido levantado. Seu ombro tenso relaxou em alívio, e finalmente permitiu a si um pequeno descanso. 

Ele podia sentir seu coração batendo nervoso e percebeu que seus pés estavam um pouco trêmulos devido à tensão. No fim, decidiu descansar enquanto se sentava ao lado dela, sua cabeça gravitando em direção à figura nua na cama. 

Devido à sua formação, ele nunca foi de gostar de mulheres. Achava estudar criaturas marinhas muito mais fascinante do que a espécie problemática. 

Mas seus olhos não podiam deixar de traçar esta mulher estranha. 

Seu rosto e corpo eram perfeitos, aparentemente esculpidos pelos deuses, e havia simplesmente algo nela que era etereamente encantador. 

Então ele percebeu a extrema inadequação de tudo e corou até o pescoço de vergonha.

Ele se virou e encontrou uma cobertura para ela. Aqueceu um pouco de água caso ela acordasse, e dirigiu de volta para casa, tentando distrair-se desses novos tipos de pensamentos.

Então ele percebeu: Ela ainda estava fria. Gelada. Ele não havia percebido antes porque estava molhado e ela estava respirando tão pacificamente — o que ainda estava, mas a temperatura dela estava definitivamente anormal.

Seu coração batia selvagemente nervoso, pensando que este passeio de barco parecia muito mais longo do que o usual. 

Felizmente, Skipper logo avisou que haviam chegado aos cais privativos. Tadeu assentiu e pegou um casaco para cobri-la, vestindo-se de forma simples, e imediatamente pulou para fora assim que o barco aportou com segurança. 

Ele se esforçou ao máximo para não focar na extrema suavidade que tocava sua pele e apenas ordenou ao motorista que fosse para sua vila — que era conectada à praia — imediatamente. 

"Harold, ligue para uma médica para mim, por favor. Feminina." 

"Mestre??" O homem idoso perguntou, olhos arregalados à vista da figura imóvel em seus braços. "O que—"

"Apenas ligue para ela!"

"A-Ah sim!" o homem mais velho exclamou, correndo para pegar o telefone, mente subitamente se liquefazendo em choque.

O mestre trouxe de volta uma mulher!!!

***

Harold encontrou seu mestre para relatar que havia chamado uma médica. Ele se sentiu surpreso ao ver seu mestre apenas olhando profundamente para a mulher deitada na cama. 

Ele nem mesmo percebeu que ele havia chegado, o que era raro já que o mestre era geralmente muito alerta.

Harold pigarreou. "Mestre." 

O homem virou a cabeça e olhou para ele com uma expressão impassível. O homem idoso engoliu antes de prosseguir com seu relatório. "Eu confirmei que a médica está a caminho." 

"Certo, obrigado. Traga-a para cá assim que ela chegar," o jovem disse, sua cabeça imediatamente virando para olhar para a mulher novamente, ignorando o homem mais velho novamente. Harold entendeu isso como seu sinal para ir embora. No entanto, antes de fechar a porta, ele não pôde deixar de lançar mais um olhar ao mestre e à mulher. 

Seus olhos sábios não puderam deixar de ficar na mulher, coberta de forma precária com qualquer tecido que o mestre pudesse encontrar.

"Se me permite perguntar… onde você…" 

Sem olhar para ele, Tadeu respondeu, seus olhos suaves com a recordação. "Eu a encontrei no meio do mar durante minha excursão noturna."

As sobrancelhas de Harold se juntaram como se em descrença. "Quer dizer que você simplesmente a encontrou, Mestre?" 

No meio do mar? De noite? Viva? 

"Sim," ele disse, seus lábios se curvando um pouco com um sorriso.

Ele apenas a encontrou. 

Era como se fosse destinado pelo destino.