1 Jason no vilarejo rebelde

Uma garota... seus olhos são castanhos, seus cabelos são negros e lisos, sua pele lisa e branca resplandecia quando ela inclina a cabeça e dá um pequeno sorriso. Quem é ela...? Minha amiga. Qual o seu nome...? Maria. Onde ela está...? Eu não sei.

Jason lia uma revista em quadrinhos em seu quarto, deitado na cama ele olhava para janela algumas vezes com intenção de ver algumas crianças brincando, ele tinha 7 anos e se lembra claramente. Uma garota todos os dias entrava em seu quarto sem sequer bater na porta.

"Jason... Jason...! "

" Oque foi, Maria? " Jason diz desviando o olhar de sua revista em direção a Maria.

"Vamos para brincar lá fora"

"Não... Não to afim" Diz ele voltando o olhar para sua revista.

"Ora vamos, você diz isso todo dia. "

"É porque eu nunca estive afim"

"Então eu vou ficar aqui até que você saia" Diz ela sentando no carpete e emburrando a cara.

Era assim todos os dias, ele nunca curtiu isso, mas também nunca odiou. Sempre naquele horário ele pegava sua revista e sentava em sua cama esperando Maria para ele recusar seu convite mais uma vez, e ter uma companhia naquele solitário quarto.

Dias se passaram, coisas aconteceram, e ela parou de ir. Um dia acordou e naquele mesmo horário pegou sua revista com a intenção de seguir sua rotina... naquele dia ela não foi, nem no outro ou no outro.

Depois de muito tempo, desceu a escada e viu uma expressão de surpresa no rosto de sua mãe que estava sentada no sofá assistindo à televisão.

"O que foi meu filho? Você raramente sai de seu quarto. "

"Mãe aquela garota não veio hoje de novo? " Diz Jason num tom baixo

"O que? "

"Sabe aquela garota que sempre vinha aqui? "

"Eu realmente não sei do que está falando, filho. "

"A filha dos Silva, não veio hoje? " Diz Jason em um tom alto

"Primeiro abaixe o tom com sua mãe. "

"Desculpe..." Jason diz abaixando a cabeça

"Segundo, os Silva nunca tiveram um filho sequer. "

"Como assim? "

"Não sei o que está acontecendo, mas eu tenho certeza que os Silva não têm nenhum filho ou filha" Diz sua mãe.

Ele corre em direção porta sem entender o que estava acontecendo, atravessa aquele extenso jardim e logo chega a casa dos Silva que estava ao lado da sua. Ele toca a campainha e em pouco tempo consegue ouvir passos em direção a porta. Ao abrir a porta uma mulher esbanja um sorriso e pergunta.

"Em que posso te ajudar, garoto? "

"Hum... Maria está aí? "

"Quem? "

"Maria, sua filha. "

"Desculpe, mas aqui não tem ninguém com esse nome. Você deve ter se enganado não? ". Diz ela inclinando a cabeça e dando um pequeno sorriso assim como sua filha.

Nesses momentos suas memorias sobre ela começam a parecer extremamente vagas, não lembrava de muitos detalhes somente seu rosto, nome e sorriso. Ele logo pensa consigo mesmo " Deve ter sido um sonho, como eu sou idiota. Esperei uma semana por alguém que não existe. "

9 Anos depois...

Nunca me esqueci daquele sonho, apesar de eu tê-lo sonhado apenas uma vez era digno de ser lembrado. O que eu sinto quando lembro daquele sonho... um calor no peito... uma sensação de bem-estar... eu não conseguia descrever claramente.

"Então Jason, eu tenho dois ingressos para ir no show das FLOWERS, que ir comigo? ". Diz Pedro deixando em destaque os dois ingressos já em sua mão.

"Não sei... tenho que estudar para o teste de Filosofia. "

"Ora, seu Nerd! Não fale de estudar, além de tirar as melhores notas da sala, você ainda tem uma criatividade e raciocínio insanos, você é um maldito gênio que não precisa estudar. "

"Isso foi um elogio? "

"E eu vou te dizer, você não tem escolha a não ser ir... "

"Está bem... " Diz Jason soltando uma pequena risada.

"Isso...!!! Não se esqueça. Amanhã nos encontraremos na frente da estação as 19:00hrs "

"Tudo bem. Agora eu preciso ir, depois nos falamos"

Jason encerra a chamada de vídeo desligando seu computador. Deita em sua cama pega um livro que estava jogado em meio ao chão e começa a folheá-lo como se não tivesse a intenção de lê-lo.

"Jason, venha jantar! " Sua mãe grita do primeiro andar.

"Tudo bem! " Ele responde também com um grito.

Jason desce as escadas e se depara com seu pai sentado no sofá, na televisão havia um programa cujo as pessoas usavam trajes antigos, os cenários consistiam em pequenos vilarejos, provavelmente mais uma daquelas novelas clichê que usavam como base o mundo medieval.

"Quando este programa saiu? "

"O que? " Diz seu pai olhando para trás.

"Esse programa. Quando ele estreou? " Jason troca olhares com seu pai.

" Do que está falando? Esse é o jornal das nove. "

O que? " Jason olha novamente para televisão

Na televisão agora podia ser visto uma jovem mulher, segurava em suas mãos alguns papeis que eram provavelmente o roteiro e informava sobre uma operação da polícia que envolvia tráfico humano.

"Ora, será que eu tenho superpoderes? " Jason brinca.

"Como assim? "

"Foi uma piada. "

"Você faz piadas estranhas! "

Jason se vira em direção a porta que levava a um corredor que ligava a sala e a cozinha, mesmo no meio do caminho ele já era capaz de dizer em detalhes o que sua mãe havia feito. Carne, arroz, feijão, vegetais e macarrão.

Ao chegar na cozinha, sua mãe já havia colocado sua comida sobre aquela mesa.

"Obrigado. " Jason se senta.

"Coma tudo, está bem? " Sua mãe sorri.

"Claro. "

Após comer, Jason atravessa novamente aquele longo caminho com passos lentos, e ao chegar em seu quarto ele se joga na cama e começa a pensar " Amanhã é sexta-feira dia 13, o mesmo dia que eu sonhei com aquela garota. Cara eu pareço um idiota por lembrar disso. " Jason adormece.

No dia seguinte ele acorda com o despertador enlouquecendo ao seu lado. Ele o desliga desce as escadas e solta um longo bocejo. Depois de se arrumar ele abre a porta e vai em direção a calçada.

"Jason!!!!!"

"Oque? " Jason olha para o lado.

"Ei... Não esqueceu do nosso compromisso, não é? " Pedro grita se aproximando rapidamente.

"Há, não... não esqueci. "

"Que bom... Estou muito animado para ouvir a nova música da Lily. "

"LIly... Aliás qual o nome verdadeiro dela? "

"Não sei, ela nunca revelou isso. Tudo que sabemos é seu Pseudônimo. "

"Hunf. É bom ela cantar bem, senão te dou uma surra. " Jason brinca.

"Mas é claro, ela tem a melhor voz e as melhores letras. " Pedro afirma com confiança

Os dois chegam à estação e pegam o ônibus que os levaria a um destino equivalente a poucas quadras da escola. Ao entrar no ônibus Jason percebe que todas as pessoas usavam vestes antigas, ele esfrega os olhos e percebe que as pessoas já estavam com roupas atuais (assim dizendo). "Acho que eu estou ficando maluco. " Ele pensa.

Jason se senta em um dos bancos vazios, tira seu celular do bolso e começa a descer as músicas de sua playlist. Ele toca uma das músicas que tinha em sua memória e coloca os fones no ouvido assim como Pedro. Jason ver um enorme vulto passando ao seu lado

"Pedro, você viu isso?! " Diz Jason assustado.

"O que? " Pedro tira um dos fones de seu ouvido.

"Um pássaro... Um pássaro bem grande acabou de passar aqui. "

"E o que tem isso? "

"O tamanho daquela coisa não era normal. "

"Essa frase ficou um tanto estranha. " Pedro começa a rir.

"Eu estou falando sério. "

"Ora, você deve ter visto um carro pelo canto do olho e pensou ser um pássaro. "

Jason para pôr um segundo, pensa e diz: "é... pode ser. "

Depois de um tempo o ônibus para, Jason e Pedro e se despedem do motorista, que por motivos fúteis eram bons amigos.

Depois de muito tempo, sua aula acaba e Jason, em frente à escola solta um suspiro. Não era atoa, sempre que acaba uma semana útil do mês ele solta esse suspiro indicando o início de uma longa maratona de series, filmes e estudo de 2 dias e meio.

Ao chegar em sua casa ele se joga no sofá e começa a assistir à televisão, ele pega o controle e começa a passar os canais aleatoriamente, sem qualquer objetivo evidente e depois de um tempo ele adormece. Ele, depois de muito tempo acorda. Ao olhar no relógio que dizia ser 18:45 ele se desespera corre até o banheiro atropelando tudo que via, toma seu banho, se arruma, passa pela porta começa a correr em direção a estação.

Jason correu o mais rápido que pode, afinal o limite de tempo que o ônibus ficava esperando era até as 19:10. Jason corre por aquela rua escura e deserta. "Que estranho 19:00hrs e não tem mais ninguém na rua. " Jason pensa.

Ele continua correndo, até passar por uma arvore, logo passa por outras e aquele cenário vai gradativamente mudando. Quando Jason se dá conta, percebe que aqueles enormes prédios e casas haviam se tornado em gigantescas arvores.

"O que está acontecendo? "

"Que merda de lugar é esse? "

"Haaa... eu realmente espero que isso seja um sonho... por favor seja um sonho. "

*Mexe*

Jason, olha rapidamente para um arbusto, onde ele tem certeza que havia uma lata de lixo... Ele recuava os passos, enquanto olhava atentamente para aquele local, com a intenção de correr se sentisse a presença de algum animal raivoso.

Ele começa a apertar o passo, apreensivo ele começa a olhar ao redor, mas é pego de surpresa quando um pássaro começa a emitir um alto som quando percebe sua presença.

"Cara... que susto. "

Ele já não pensava na possibilidade de aquilo ser um sonho, e tinha como prova a intensa vermelhidão em seu braço causados pelos fortes beliscões que vinha dando desde que se encontrou naquele lugar.

Jason, mesmo sem rumo, continua caminhado buscando encontrar alguma pessoa. Primeiramente ele encontra uma ladeira e mais ladeiras, depois atravessa um raso rio e segue até chegar a uma trilha que levava a um pequeno vilarejo.

Já estava amanhecendo, e ele percebe que algumas pessoas já caminhavam por aquelas pequenas ruas de terra, homens carregavam sacos até carroças puxadas por cavalos, mulheres seguravam sacolas com frutas e vegetais e crianças andavam, aparentemente sem rumo.

Antes de poder se comunicar com alguém ele percebe naquelas pessoas um semblante triste, como se algo de muito ruim estivesse ou vinha acontecendo. Nunca tinha ido ou ouvido falar daquele lugar. Um universo paralelo não parecia uma resposta ruim, mas já ir assumindo isso seria um tanto precipitado.

Sua motivação para falar com as pessoas diminuiu bastante ao perceber que elas o olhavam e comentavam sobre seus modos e vestes, não é como se aquilo fosse algo de outro mundo ele constantemente era zoado por isso. Depois de um tempo caminhando e sendo o centro das atenções, ele logo percebe que as pessoas desviaram seu olhar para outra coisa e mudaram para uma expressão ainda pior.

Ele, como esperado vira seu pescoço com a intenção de ver o que lhes chamava tanto a atenção. Ao olhar ele ver uma bela mulher de cabelo curto castanho e olhos verdes, ela caminhava pela rua e levava consigo duas sacolas, que pela silhueta que havia ficado na superfície ele não conseguiu distinguir o que ela levava. Ela observa a rua atentamente, e em certo momento, troca olhares com Jason.

Aquela bela mulher começa a se aproximar, Jason desvia o olhar envergonhado, ao se aproximar o bastante ela para e começa a encara-lo.

" O-O que foi? " Jason pergunta um tanto nervoso.

"Você... Você não está com medo? " Ela pergunta inclinando a cabeça sutilmente.

"Porque eu teria? "

"Ora, não sabe que tipo de pessoa eu sou? "

"Não... Que tipo de pessoa é você? Jason pergunta olhando em seus olhos.

"Sou uma bruxa. Quer dizer... isso aos olhos do reino. "

"Bruxa? Reino? "

"Ora. Vai me dizer que você não sabe onde está? " Ela pergunta sussurrando

"Exatamente. "

"Você está nas fronteiras do Reino de Jewlery. "

"Você disse ser uma bruxa..., mas eu não entendi o que quis dizer com isso aos olhos do reino. "

"Eu fui contra a ditadura do rei. Então fui condenada a pena de morte, por isso eu fugir com meus irmãos para um lugar além das fronteiras, e não só eu, mas todos eles forem declarados exilados. Além disso, o rei fez questão de distorcer a história e fazer as demais pessoas me odiarem. Eles disseram que formos exilados por que estávamos amaldiçoados e éramos um perigo para todos eles. Além disso, fui declarada uma bruxa, porque além de ser um dos antigos oficiais do rei, tenho muito conhecimento em magia. E nesse lugar, bruxas são tão perigosas como demônios. "

"Nossa... essa história parece ter vindo de um manga... Espera você disse magia?! " Jason começa a se animar

"Sim... porque você parece surpreso? "

"V –Você sabe usar magia assim como num anime?!"

"Sim... apesar de eu não saber exatamente o que é um anime. "

"Que incrível! "

"Mais uma vez eu pergunto.... Porque a surpresa? "

"Hum... posso perguntar uma coisa? " Diz Jason sussurrando.

"O que é? "

"Se você está foragida. Porque está contando essa história para um completo estranho? Não pensou na possibilidade de eu ser um desses oficiais ou coisa do tipo. "

"Se você fosse eu te mataria. E percebi que isso não tem possibilidade pois, você não tem um pingo sequer de magia. "

"Não pensou na possibilidade de o rei ter mandado especificamente alguém sem magia para te enganar? "

"Nossa... Sequer pensei nisso. "

"Fala sério como sobreviveu até agora? "

"Há sim... Alguém sem magia não conseguiria me superar por isso não preciso me preocupar. "

"Até o mais fraco dos homens pode ganhar com uma boa estratégia. "

"Ninguém aqui liga para a inteligência. Eles ganham guerras com força bruta... quer dizer... ninguém além de Laura. "

"Laura? Quem é?"

"A guerreira mais forte atualmente. Ela surgiu a nove anos e conseguiu elevar a força do mais simples ataque existente. Dizem que ela é a pessoa que detém do maior conhecimento do mundo. "

"Não a conhecia? "

"Não. "

"Você é um cara estranho... Não conhece a Laura que tem seu nome ecoando por todo mundo e além disso se surpreendeu quando ouviu falar de magia. "

"É claro, afinal, de onde eu venho não tem magia. "

"O que?!!!"

"Isso é tão incomum assim? "

"Claro, as pessoas podem ter deficiências para com magia e não saber usa-la, mas a maioria das profissões deste lugar dependem dela. "

Aquela mulher para pôr um segundo colocando a mão em seu queixo e encarando o chão pensativa.

"Você.... De qual reino você vem? " Ela começa a ficar extremamente nervosa.

"Eu não venho de um reino especifico, venho de um lugar onde não tem reis, e você que escolhe quem te governa. "

"Hunf. Pare de brincar, se esse lugar existisse eu teria me mudado faz muito tempo. "

"Ele existe. Eu posso te garantir. "

"Mas se bem que as pessoas de lá não sabe escolher a melhor pessoa para as governar. "

"Qual o nome deste lugar? "

"Brasil. "

"Brasil... Que nome estranho. "

"Falou a mulher que mora em um lugar que tem apenas como nome, joia em inglês. "

"Você tem certeza que este lugar não tem magia? "

"Bem... algumas pessoas faziam rituais para invocar demônios ou coisas do tipo, mas mesmo sendo fã de ocultismo eu nunca acreditei verdadeiramente nessas coisas.

"Espera... Será que...? "

"O que? "

"Será que fizeram uma invocação reversa com você? "

"Como assim? "

"Aqui invocações são muito normais... meio que podemos invocar e controlar criaturas de outro mundo, mas existem casos de pessoas que podem mandar pessoas ou objetos deste para outro mundo. E diferentemente da invocação normal... na invocação reversa você não pode controlar o que invoca. "

"Se o que diz é verdade, então eu preciso apenas encontrar essa pessoa e desfazer a invocação? "

"Não é assim tão fácil... Você pode apenas encontrar essa pessoa se ele estiver aqui e por você ser invocado não pode voltar para seu mundo a vontade. "

"Em suma... Eu estou preso aqui. " Jason diz abaixando a cabeça.

"Exatamente. "

"Você não tem onde ficar, não é? "

"Sim... "

"Que tal trabalhar para mim. "

"Não acho que seja uma boa ideia, afinal, eu não sei fazer muitas coisas. "

"Ora vamos. Eu te ensino como usar magia. E você me diz sobre esse seu mundo... eu fiquei muito interessada nele. "

"Ei, ei, ei... O que está esperando? Vamos logo. Há é mesmo, qual o seu nome? "

" Mirth... Mirth Kloves e o seu? "

"Jason Patrique. "

"Que nome estranho. "

" O seu também. "

Meu nome é Jason, tenho 16 anos e recentemente realizei o sonho de qualquer otaku ou nerd que fica o dia todo jogando ou vendo animes shounen e ecchi. Mas por algum motivo eu não me sinto bem.... Não é só pelo fato de estar deixando meu mundo original talvez para sempre. Eu sei que tem algo a mais, algo neste lugar que me deixa inquieto.

Eu e Mirth depois de andarmos vários quilômetros por trilhas e estradas de terra, finalmente chegamos a um outro vilarejo, este era enorme, nele víamos pessoas felizes, alegres, e ao contrário do outro, neste Mirth era extremamente amada. Podemos dizer que a cada 5 pessoas daquele lugar, 5 gostavam de Mirth.

Eles andam mais um pouco até chegar em uma casa relativamente grande, pelo menos se comparada as demais... era uma casa feita de pedras, sem janelas na parte frontal, e uma grande porta de madeira. Ao olhar acima eras possível ver no topo uma bandeira com um símbolo estranho, ao olhar melhor percebo todas as casas acharam um jeito de representar aquele símbolo. Alguns o pintaram em suas portas outras pintaram totalmente suas casas, outras colocavam dezenas de bandeiras sobre as casas e, na curiosidade ele pergunta:

"Esse símbolo... O que ele representa? "

"A aliança rebelde. " Ele fala isso ao mesmo tempo que ela. Provavelmente seu sensor anti clichê gritou mais alto.

"Se já sabia porque perguntou? "

"Eu sei lá. "

"Aff... Não importa. "

"Mas olhando por um lado, você exibirem este símbolo... Não é o mesmo que gritar, olha, nós somos da aliança rebelde, para qualquer um que venha aqui? "

"Por favor, pare de jogar nossos erros em nossa cara. "

"Você deve ser, alguém bem importante aqui, não é? "

"Eu sou... "

"A líder desse lugar. " Disse Jason esbanjando excitação.

"Bem o líder daqui é um amigo querido. Eu sou apenas uma das principais forças de ataque deste lugar. "

"Haa... " Foi possível perceber o decepciona mento no rosto de Jason a quilômetros de distância.

"Ora porque esta cara? "

"Nada. "

Mirth tira de seu bolso um chaveiro e começa a procurar por uma determinada chave, após alguns segundos procurando ela finalmente para e começa a analisar uma daquelas chaves atentamente.

"É essa. " Ela pensa alto.

Ao girar aquela chave na fechadura e empurrar aquela enorme porta lentamente, um lugar sujo e medonho vai adentrando o campo de visão de Jason, Mirth continuou empurrando a porta até o fim, adentrando a casa no processo. Mirth para em um dos cantos da porta e diz olhando nos olhos de Jason:

"Seu primeiro trabalho! Deixe este lugar brilhando. "

"Haaa... eu já imaginava " Jason suspira já entrando naquele lugar com a intenção de cumprir sua tarefa. "

"Deixe brilhando. Quando terminar eu te ensino a tão rara magia. "

O corpo de Jason ferveu em excitação, afinal, magia só existia nas series que assistia e nos seus sonhos, por isso só uma pequena possibilidade de a aprender, já deixaria ele ou qualquer outro eufórico.

Mirth adentra a casa e começa a subir escadas que haviam depois de um corredor, Jason ignora e começa a vasculhar a casa. Ele olha ao redor e suspira novamente, aquela tarefa parecia fácil, mas em meio a tanta sujeira ele nem sabia por onde começar.

Ele começa a colocar algumas caixas e moveis em um canto e começa a varrer aquele lugar com uma vassoura velha que havia encontrado. Ele vasculha as caixas e limpa os objetos que haviam ali. Ele pega outra, era uma caixa mais robusta que as demais, ele força a tampa, e com a força do impulso que colocou para abri-la é jogado para trás e ao mesmo tempo sobe uma grande poeira que vinha daquela caixa.

"Mas o que is--- Haa que merda. " A poeira começou a irritar o nariz e os olhos de Jason.

Ele balança as mãos com a intenção de dispersar a poeira, e então ergue seu pescoço com a intenção de ver o que havia ali. Era uma pedra negra com formato estranho ao seu lado havia uma escrita da qual ele não conseguia traduzir.

Mirth surge naquela sala e diz:

"O que está fazendo? "

"Vasculhando a casa, procurando sujeira. "

"Não vá mexer no que não deve. Haa... essa caixa. "

"O que tem ela? "

"Não sei... ela é do meu pai, ou melhor era... ele não incluiu isso na herança, como acharam ser só mais um daqueles objetos inúteis que ele colecionava todos se recusaram a tomar posse dele, e eu apenas acabei cuidando dele. "

"Será que não é algum objeto magico superpoderoso? "

"Talvez... Quem sabe. "

"Nossa..."

"Você quer? Pegue para você. "

"Não isso é do seu pai... eu não posso. "

"Ora. Eu nem me dou bem com meu pai, e se for mesmo um objeto magico superpoderoso eu não vou conseguir usar. Talvez eu tenha cuidado disso esse tempo todo só para dá-lo a você hoje. "

"Porque? "

"Porque essa pedra não parece apresentar sinais de magia dos elementos que domino, sinceramente ela não parece ter magia nenhuma. "

"Nesse caso... então obrigado. "

"De nada. "

Ao dizer isso ele colocou a tampa novamente sobre aquela caixa e a separou longe das demais, ele estava animado com o presente, tinha confiança que seria algo muito... legal, assim dizendo.

Depois de muito tempo vasculhando e limpando, ele finalmente termina. Ele vira-se para Mirth que cochilava em cima de alguns panos jogados em meio ao chão e diz:

"Mirth! Senhora Mirth! "

"Garoto me chame de senhora de novo e vai experimentar magia da pior forma possível. "

" Desculpe Se-Senhorita. "

"Ora, ora. Parece que você fez um bom trabalho, não? Muito bem... como prometido vamos começar. "

Mirth pega uma das caixas que ele havia guardado, a coloca sobre o chão e tira de dentro dela cubo transparente. Ela o ergueu e disse:

"Muito bem, vamos checar sua compatibilidade. "

"Compatibilidade? "

"Vamos ver quais os elementos que mais se encaixam com sua mana. "

"Mas eu não tenho magia, esqueceu?

"É aí que você se engana. Desde o momento em que pisou os pés nesse mundo você já está consumindo magia, mas ela só fica evidente e perceptível quando você tem um certo controle sobre ela. "

"Legal...!!"

"Geralmente isso é feito com crianças de 3 anos, e cada uma tem em média um ou dois elementos, vamos ver como é com alguém de mais ou menos 15 ou 16 anos. Primeiro, feche os olhos, e toque na superfície deste cubo. "

"Ele vai brilhar conforme o meu poder? "

"Não, ele vai vir diretamente a sua mente, por questões sigilosas. "

"Vermelho, branco e Preto.... Mas não é um preto comum é um preto que se distigui da imagem escura que representa o vazio em minha mente. "

"Ho, ho... três elementos.... Parabéns você conseguiu se igualar a Laura. É realmente bem raro uma pessoa com 3 elementos. "

"Quantos existem? "

"Infinitos. Vão surgindo um atrás do outro. Uns são extremamente poderosos, mas na maioria dos que surgem diariamente são muito inúteis. Por isso não se anime muito. "

"Tudo bem, agora pense na cor vermelha e se concentre em uma parte de seu corpo. "

"Tudo bem. "

Jason, respira fundo ergue sua mão ao alto e se concentra o máximo que pode na cor vermelha. "Vermelho... vermelho... vermelho...". Ao abrir seus olhos e ele ver uma chama envolvendo todo seu braço e ao olhar para o lado ele observa Mirth olhando atentamente.

Ele perde a concentração e todo aquele fogo posteriormente se apaga.

"É tão fácil assim? Achei que iria levar anos. "

"Você acha que magia é só uma chama envolvendo seu braço? Você ainda não sabe de extremamente nada sobre magia. Posso dizer que você está no nível de um recém-nascido " Ela diz com uma expressão séria.

"Bem vamos continuar... Agora pense o máximo que puder na cor branca e se concentre em alguma parte de seu corpo. "

Ele novamente ergue sua mão, agora pensando na cor branca, ele se concentra ao máximo e pôde logo sentir uma brisa percorrendo seu corpo.

"Agora, pense na cor pre..."

*Ouve-se uma explosão*

"O que está acontecendo?! " Pergunta Jason nervoso.

"Eu não sei. " Mirth diz

Mirth vai rapidamente para fora, dando praticamente um salto pela porta, ele olha ao longe e ver hordas de cavaleiros destruindo, matando e roubando as pessoas que ama. Ela fica sem expressão, mas, pouco tempo depois, ela sente seu sangue ferver e um enorme ódio toma conta de si.

Ela avança contra um dos cavaleiros e Jason presencia sua mão se tornando em laminas de vento, o cavaleiro tenta se esquivar do ataque, mas é atingido em cheio pela fúria daquela mulher, matando-o instantaneamente.

Ao avança mais um pouco ela avança sobre uma cavaleira que usava uma armadura diferente das demais, ao ataca-la, uma enorme parede de terra se forma em sua frente, assim protegendo a cavaleira do impacto.

Ele para, e começa a encarar aquela mulher que usava em sua cabeça um capacete que protegia seus olhos e tinha uma abertura para o nariz e a boca. Ao analisar a pessoa em sua frente, aquela cavaleira, guia seu cavalo para alguns metrôs longe de Mirth, pega pela cabeça um dos corpos jogados ao chão e diz:

"Amanhã os jornais vão estar eufóricos.... A queda de uma das maiores organizações rebeldes... essa é uma boa manchete, não? "

FIM DO 1º CAPITULO

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