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Norte

[Pov 3° pessoa]

Kaio, de 11 anos, estava no parquinho da cidade brincando com Anise.

Era uma garota de cabelos castanhos e olhos verdes, bonita demais, mesmo para sua idade.

Bom, não era só com ela. Bruno e Luan também estavam lá, mas eram seus amigos tradicionais. Queria mesmo era passar um tempo com a bela garota que não parecia se encaixar com as meninas, suas brincadeiras eram de moleque e suas piadas eram engraçadas, diferentemente das outras.

Ela era perfeita em sua opinião.

Sempre morou ao seu lado. Suas famílias não eram tão boas financeiramente, o pai da garota tinha ido embora quando ela era criança e a família dele ajudava sua mãe por causa disso, mesmo que fossem pouco melhor.

Acabou que sempre se visitavam, ou melhor, ele ia na casa dela.

Não queria admitir, mas achava que estava apaixonado.

Por isso não gostou que ela estivesse dizendo sobre o garoto estranho que passou por aí mais cedo. Não parecia que ela tinha alguma particular opinião boa sobre, mas ficar falando de outro menino em sua frente era simplesmente chato.

Seria bom se ela o elogiasse em vez disso.

De repente, ele usou os dedos para cutucá-la nas costelas, fazendo cócegas na garota que parou de falar e começou a rir.

"Deixe ele, talvez estivesse querendo chamar atenção." Disse para ela.

"Para, Kaio!" A menina gritou com divertimento, o empurrando.

Ele parou e olhou para os seus amigos, que sorriram e deram um joinha de aprovação para ele.

"Vamos brincar de algo." Luan sugeriu se aproximando.

"Sim, sim, os outros moleques não vieram hoje." Bruno disse ao seu lado.

"Pega-pega, então!" Kaio tomou a frente.

Quando disse isso, Bruno já estava a seu lado correndo e o tocando no ombro.

"Pois está com você!" Ele gritou se afastando.

"Ahh, beleza então, sabichão!"

Kaio, em sua maior esperteza, já mirou diretamente em Anise.

A garota percebendo, imediatamente soltou um gritinho e saiu correndo na direção oposta.

A frente do parque, um carro estava estacionado no meio fio.

Ela foi até ele e começou a rodeá-lo, se agachando e não deixando que o garoto visse onde passava.

"Volte aqui!" Kaio disse tentando a alcançar.

"Não quero! E você é muito ruim nisso." A garota riu e continuou correndo ao redor do carro, parando quando percebia que o garoto tinha invertido a direção e voltando para trás.

Kaio conseguiu correr rápido o suficiente para quase alcançá-la e se atirou para a agarrar.

A menina desviou e voltou para dentro da área do parque, avançando enquanto olhava para o garoto atrás dela.

'Anise...' Kaio não evitou pensar consigo mesmo, sua felicidade era grande agora, sentindo como se borboletas dançassem em seu estômago, era estranho.

Porém.

De repente, uma sombra surgiu no alto.

Kaio parou e desviou o olhar para cima, mas, sem nem mesmo ter tempo de reagir ao que via, do céu, um grande carro amassado caiu sobre o parque.

À sua frente, Anise nem percebeu quando teve seu corpo esmagado, suas vísceras voando no rosto do garoto.

Ele parou, completamente estático, a cena ilógica se desenrolando.

Logo a dor o tomou. Olhando para baixo no que antes era seu braço, o sangue jorrava loucamente. Completamente decepado por um pedaço do para-choque que voou.

Sua boca abriu, mal deixando escapar um grito rouco confuso.

As pessoas que passavam imediatamente começando a correr em sua direção.

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No alto do céu, já distante da cidade, um garoto ruivo voava olhando para a bússola presente em sua mão.

[POV 1° pessoa: Nauac]

Norte.

Era para onde eu deveria ir se quisesse chegar a floresta amazônica.

O GPS era de difícil acesso nessa época, então eu só poderia contar com isso.

Eu só espero que não seja tão difícil de identificar o local, estava marcado para começar hoje anoite, afinal.

Não sei em que hora exata, embora.

Não seria grande problema mesmo que eu me atrasasse, porém estou curioso para a seleção de casas. Me pergunto como elas devem ser, e qual eu entraria?

Se existirem, é claro. Creio que em Hogwarts só há 4 casas por serem o modelo escolhido pelos fundadores, que eram 4.

Mas qualquer coisa estava bem, desde que ensinassem o mesmo para todos.

Sem relação a isso, o mais curioso sobre esse mundo é a existência de emoções.

Você pode me perguntar o porquê.

É porque, vamos lá, estou no universo de Harry Potter. Como uma pessoa que leu os livros e gostava da franquia, particularmente da série dos 7 livros principais, eu via todos como meros personagens dentro de um livro.

Até o momento só encontrei pessoas 'não-canônicas' por modo de dizer, mas eu poderia encontrar os personagens que aparecem nos livros e conversar com eles? Eles terão sentimentos? Raciocínio?

Penso em testar um dia.

Atualmente era 1994, o ano dos acontecimentos de "Prisioneiro de Azkaban" e o início de "Cálice de Fogo". Impressionante que eu me lembrasse na verdade, essa coisa toda da raça diferente me ajuda demais.

Mas não era isso que me importava.

Esse era o ano em que inevitavelmente eu teria que ir até os Estados Unidos.

Para ver uma das melhores coisas que pode ocorrer a um país, o sentimento mais nacionalista que une todos os seres humanos.

O ano em que o Brasil levaria a taça da copa do mundo para casa.

Se Castelobruxo seguisse o calendário normal de aula, julho seria férias, a data da final. Creio que todos os alunos que puderem irão ir para assistir também, mesmo não sabendo o que lhes espera depois de 20 anos sem vencer.

Me lancei para baixo das nuvens, sentido a umidade atravessando minha pele e vi de longe uma grande vegetação, abundante de fato.

Os animais em rápida vistoria se distinguiam grandemente, cada um que você pensasse tinham variadas espécies espalhadas por todo canto.

A flora contrastava constantemente uma com a outra em grande variação.

Os rios corriam ricos e límpidos, de diferentes formatos e cheios de água doce.

Eu estava na frente da Amazônia.

Senti que tentar escrever sobre criança é difícil

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