1 Capítulo 1: A guerra se aproxima

Passos de sapatos batem incessantemente no chão de concreto sujo de uma grande cidade, um homem loiro ligeiramente bonito, com um casaco de pele animal devido a época de inverno do ano, caminha através da enxurrada de pessoas na calçada, seu olhar é indiferente a tudo e sem surpresa ele é igual a todo mundo, todos ocupados com seus assuntos, sejam de escola e trabalho, ou coisas de lazer e assuntos pessoais.

Enquanto o homem caminha a passos despreocupados, ele levanta a mão direita e olha casualmente para seu relógio, o relógio que era de ponteiro e fazia seu pequeno som de clique caracteristico, o horário marcado era 15:25, faltavam 5 minutos para o encontro marcado.

-" Droga, vou chegar atrasado para encontrar Simon nesse ritmo." O homem diz de forma estressada e seu passo acelera em seguida.

Com uma velocidade maior, seus passos ressoam mais com o chão de concreto, mesmo com os sons em tons maiores, ele ainda não chama a atenção de ninguém, como se ele nem estivesse ali ...

Depois de uma caminhada que tirou algumas gotas de suor de seu rosto, ele enfim chega na lanchonete onde encontraria seu velho amigo, Simon Petrikov, um arqueólogo meio infame no país, que tinha se casado com um familiar seu, muitos o chamam de louco por acreditar em magia, porém ele sabia bem que não tinha nada a ver com isso, e sim sobre a vontade inexplicável dele por superstições, então ele não necessariamente acredita em magia.

-" Realmente não te entendo Simon .... suspiro* ... vamos ver o que ele tem para conversar." O homem com um grosso casaco de pele animal entra no estabelecimento estranhamente vazio.

Ele procura Simon primeiramente, contudo logo descobre que ele ainda não havia chegado, com muitas opções ele escolha um assento perto da janela, onde ele olha para a paisagem urbana cheia de arranha-céus, aviões e nuvens que de vez em quando, soltam flocos de neves de tamanhos pequenos, o homem loiro ignora tacitamente qualquer humano andando na rua, ele não queria ver o rosto de ninguém ali naquele momento.

Mesmo buscando paz, o mundo parecia querer atormentar o pobre homem, porque a televisão dentro do estabelecimento estava ligada, e reproduzia nos canais de noticiais, os piores canais naquele presente momento.

-" Agora eu entendo porque o local esta vazio, simplesmente estão deixando essa merda ligada." O homem praguejou em voz baixa.

Como esperado, eram as mesmas noticiais de sempre, os países dos estados Unidos e da Rússia estavam se "elogiando" em assuntos diplomáticos, falando que iam tacar bomba aqui e depois ali, as mesmas besteiras de antes ..... o mundo estava caminhando para rumos estranhos.

-" Deseja algo?" Uma mulher com aparência mais velha disse em claro desânimo.

( Pelo menos finja ter animação.) O homem pensou, mas não externou.

-" Estou esperando um amigo, quando ele chegar, eu peço." Mesmo a atitude do homem sendo fria, a mulher não reclamou, ela voltou para o balcão bem quieta, como se nem ligasse para ele.

E não se devia por menos a situação estava muito feia, toda a população estava tensa e mesmo muitos indo ainda pro trabalho, todos tinham medo de uma guerra nuclear, seja rico ou pobre, bankers protegem na hora do impacto, todavia a comida escassa faria o lado mais feio dos humanos florescer, é nesse momento que o medo toma conta dos humanos, mesmo ele, Terry Grof, tinha um medo muito grande de uma guerra nuclear.

E quem era Terry Grof? Apenas um dos cientistas chefes da HugoCO company, uma das empresas líderes de tecnologia em inteligência artificial geral, atrás apenas da MOco company, graças ao anuncio de um dos robôs mais avançados do mundo, que simplesmente vai detonar o CGO, o intitulado AMO, até mesmo Terry que é um orgulhoso de marca maior, admite uma certa inferioridade em frente ao genial Moseph Mastro Giovanni, tudo graças a essa criação milenar.

Enquanto pensava em um cenário terrível pós-apocalíptico, o som de sino veio da porta, com ela passos de um calçado um tanto familiar, em seguida Terry viu um rosto bem familiar, era um homem de terno preto ao estilo antigo dos anos 60 ou 70 com uma gravata borboleta vermelha meio escura, seu cabelo castanho-claro meio repartido era um toque de sua identidade, ele não era um modelo, só que claramente era acima da média se for ver os padrões do mundo.

Esse era Simon Petrikov, considerado um gênio louco, dono de varios livros, ritualisticos ou até mesmo sobre viagens arqueológicas, apesar de muitas vezes ser zombado pela mídia de forma descarada, ele ainda não liga para opinião pública, o que ele busca é puro conhecimento, Simon além de usar seu terno padrão, ele portava uma maleta estranha, ela era grossa e parecia pesada, alguns até podiam o confundir com algum politico carregando informações confidenciais ou simplesmente concluir que ele era um terrorista portando uma bomba.

-" Terry, que bom que você veio." Simon mostrou um sorriso, mesmo seus olhos mostrando grandes sinais de preocupação, uma coisa que só alguém intimo de Simon notaria nele.

-" Somos amigos, conte comigo ..... então o que houve? No telefone você parecia bem ..... sério?" Terry falou em tom calmo e pacífico, mostrando que os dois não eram terroristas tentando explodir aquele estabelecimento, coisa que aquela senhora que trabalha como empregada, não parecia acreditar muito pelo seu olhar.

-" Vou ser direto ..... a Betty sumiu ..... não sei para onde ela foi." Simon olhou com olhos marejados em minha direção.

-" ..... O que? A minha irmã fugiu .... de casa? Que .... o que aconteceu?" Fiquei claramente confuso com essa fala, minha irmã não é do tipo instável e muito menos do tipo que abandona sem falar nada.

-" Eu ..... Eu estava fazendo brincadeiras com meu filho, lembra daquela coroa cheia de joias que comprei de um comerciante no norte da Escandinávia? Eu ia colocar essa coroa em minha cabeça ..... como uma piada ..... só que algo disse não ..... fui discutir com a Betty isso e ela caiu na minha cabeça por acidente .... depois acordei em um beco perto de casa sem lembrar de nada, eu não desmaiei pois acordei em pé ... e estranhamente a casa toda estava cheia de neve."

Fiquei abismado com aquele relato, Simon poderia ter enlouquecido e imaginado isso tudo? Não parecia, ele estava meio transtornado, mas nada psicótico ou maníaco ... foi a coroa? Impossível, magia não existe, e a coroa parece ser apenas mais uma relíquia de algum rei que gostava de ostentar com pedras preciosas ...

-" E o Blanche? Ela levou ele ..... ou ele ainda esta contigo?"

-" Essa foi a coisa que eu mais estranhei, meu filho simplesmente estava coberto pela neve, além de ela não o ter levado, ele estava suavemente brincando com a neve a uma temperatura extremamente baixa, como se ele não precisasse conservar o calor em frente... acho que tudo isso foi causado pela coroa que esta aqui, até quando ele ficou doente e começou a ficar pálido." 

Simon bateu com a mão na maleta como se estivesse batendo em algo extremamente precioso, mas na minha visão ele só parecia um louco que usa chapéu de aluminio.

-" A coroa ..... a reliquia que tem o poder de soltar magia ..... você quer mesmo que eu acredite nisso? Simon .... você ligou para a policia? Isso pode ter sido um sequestro."

-" Não .... não foi um sequestro ... a coroa ela ..... mostra segredos sobre a neve e o gelo além de ... mostrar visões da Betty ... eu ..... estou pensando em algum momento ir atrás dela, só não fui ainda porque quero fazer mais alguns experimentos com essa coroa."

( O Simon enlouqueceu ... ele quer mesmo que eu acredite nessa merda? Será que ... ele fez algo com a Betty? ..... Não faz o menor sentido, eu mais que ninguém conheço bem ele ..... ele não tem motivos para ... isso ... mas e se fosse um surto psicótico? Algo momentâneo que o fez perder a memória e fazer algo a Betty? Talvez ..... só talvez ...) Terry pensou isso enquanto tentava parecer que acreditava em toda aquela maluquice.

-" Olha eu sei que você não acredita ..... então vamos em um beco que te mostro isso!" Simon tentou parecer honesto e confiável com essa frase, todavia ele parecia mais um louco que queria assassinar sua vitima em lugar quieto e sem muito movimento.

Nesse momento Terry ficou indeciso, ele estava achando Simon muito estranho, agitado e nervoso, ele poderia realmente ter feito algo com Betty ... mas uma voizinha no interior dele dizia que não, que seu amigo de longa data não estava biruta e que talvez suas palavras foram verdadeiras.

-" Ok ..... mas nem tente qualquer gracinha pra cima de mim, você sabe que sei lutar boxe muito bem."

-" Hahaha como eu ..... poderia esquecer de suas incessantes lutas na universidade? Fica tranquilo e confia em mim!" Simon disse isso com uma energia que constratava bem com sua aparência morna.

Os dois então saíram dos assentos, o que deixou a garçonete bem chocada com Terry, que a ignorou de forma bem fria, o mesmo acompanhou Simon que seguiu em frente até parar na entrada de um beco, ele olhou para a esquerda primeiro e em seguida para a direita, como um genuíno homem paranoico, logo ele entrou no beco sujo e fedido, que tinha um rato morto a mordidas perto de uma lata de lixo, também tinha comida que aparentava estar estragada pelo cheiro espalhado pelo chão, além de manchas estranhas que ele suspeitava ser sangue seco.

Em resumo aquilo parecia um cenário de terror, onde Simon seria o assassino que conseguiu enganar a vitima idiota, que no caso era Terry.

-" Estou encantado que fui levado para uma cena perfeita de assassinato, Simon."

O Petrikov apenas bufou em desdém para essas palavras e se agachou no chão, onde colocou a maleta e usou uma combinação estranha para a destrancar, dentro da escura maleta fortificada, tinha um objeto de cor dourada reluzindo para fora, ao retirar ela Simon revelou o que deveria ser a coroa "mágica", nas palavras dele.

Era uma senhora coroa, pois parecia ser realmente ouro que compunha ela, além de possuir rubis de aparência cara e resistente, quem a criou devia ser muito habilidoso.

-" Bom .... estou avisando, essa coroa deixa a pessoa que a usa ..... muito poderosa, acima de meros mortais ... porém ela tem um preço que é a sua sanidade ..... então peço desculpas caso eu te assuste."

-" Apenas prossiga Petrikov, não tenho dia inteiro."

-" Ah .... quase esqueci, caso eu fique louco ... tente tirar a coroa de minha cabeça ... isso vai parar os meus poderes."

-" .... Ok? Anda logo." Terry estava impaciente, ele pensou que não precisaria seguir o conselho de Simon.

Petrikov então deu uns 3 passos para atrás, e com as duas mãos segurando a coroa, ele suspirou uma ultima vez e a colocou pairando em sua cabeça, até enfim tomar coragem e a colocar na parte superior dela, no mesmo instante seu olhar mudou, Terry sentiu a temperatura ao seu redor cair rapidamente, mais neve parecia que caia do céu, como se algum fenomeno estivesse causando isso, quando ele olhou para o Simon, ele apenas viu seus olhos parecendo insanos, também foi percebido que de suas mãos tinham raios azulados como eletricidade saindo delas, ele agora tinha ... poderes estranhos.

( O que?????) Então para completar minha confusão, eu vi ele atirar um raio de gelo da sua mão, que congelou instantaneamente a lata de lixo que estava na frente dele.

Cara .... magia era real ..... isso é magia? Pode ser um artefato cientifico .... seria criado por alienigenas? ... não talvez seja mesmo magia .... existia de fato a magia no mundo ... então os mitos e lendas eram fatos que foram esquecidos com tempo? Isso é um grande achado cientifico ... contudo isso prova que Betty talvez tenha realmente fugido de Simon ..... foi por medo ou teve outro fato? Eu devo descobrir ....

-" Certo, Simon agora vamos retirar a-" Antes de completar minha frase, quase sou atingido por um dos raios azuis de gelo que Simon disparou anteriormente.

-" Hahahaha quieto Gunter, deixa eu congelar tudo aqui." Simon deu uma risada claramente insana e atirou mais raios de gelo para cima.

-" Merda!!!" Eu corri decisivamente para uma caçamba de lixo verde ao meu lado esquerdo, para pegar cobertura dos ataques do louco Simon.

( Pensa .... pensa ... tenho que retirar a coroa dele ..... mas como?)

Terry então olhou no chão por algo que ele poderia jogar na cabeça de Simon, então ele tenta se concentrar em algo mais firme, para fazer peso quando atingir ele, Terry descarta instantaneamente o macarrão estragado, junto ao arroz avermelhado, sua busca demora até ele achar uma bota velha e estragada, que foi extremamentw conveniente de achar ali.

-" Aqui ..... desculpa Simon!" Decisivamente eu joguei isso na cabeça de Simon, que estava rindo e falando princesa Betty em um coro estranho.

A bota bateu na nuca de Simon, que em reflexo abaixa a cabeça com tudo, como a coroa não tem nenhum suporte, ela cai da cabeça dele e rola pelo chão sujo do beco, petrikov naquele momento exala profundamente e então olha confuso ao redor, depois diz:

-" Terry? Você esta ai? Ou você também fugiu?"

-" Simon .... tive que ser um pouco agressivo, fico feliz que-" Terry engoliu suas palavras ao olhar para Simon.

Nesse momento, Simon estava com a pele em um leve tom azulado, com pequenos fiapos de pelo branco nascendo em seu rosto, Simon não tem barba e por isso foi estranho esses pequenos fiapos em seu rosto, tudo piorou porque eles ainda eram brancos.

-" S-seu rosto-"

-" Ah ..... estou com uma pele meio azulada e com fiapos de barba brancos, certo? Eu tinha feito uns experimentos antes ... parece como uma progressão de doença .... quanto mais eu uso, pior fico ..... só que quando a deixo de usar fico melhor, então relaxa."

Como se quissesse confirmar a fala de Petrikov, seu corpo gradualmente voltou ao normal, junto com seu rosto de cansaço, agora ele estava com um meio sorriso desajeitado, que logo ficou presunçoso com sua seguinte fala:

-" Você viu né ..... a coroa é realmente um objeto mágico ..... isso é magnifico, como também assustador ..... como eu disse antes ela me mostra visões e ..... se eu continuar usando ela, logo mais vou ver a Betty ... sensacional, não?"

Terry fez uma expressão estranha, ele tinha uma sensação muito ..... exotica, como se fosse uma isca sendo jogada para sua presa, a insanidade mostrada em Simon é literalmente muito "insana", ao ponto de ele não identificar as pessoas ao seu redor, sendo ele chamado de Gunter por seu amigo, que ele conhece desde muito novo.

-" Cara .... você é meu amigo e sou sempre honesto contigo ... não acho que vale a pena continuar com isso ..... você sem ela agora ... na minha frente esta bem estranho, talvez ela já esteja te afetando .... não vá atras da Betty, vamos relatar a policia e eles que resolvam isso .... lembre-se você tem um filho e eu um sobrinho ..... não quero que ele sofra por uma má decisão sua ou de minha irmã."

Terry nessa hora estava extremamente sério, vendo seu amigo e cunhado agindo bizarramente, ele se sentiu na obrigação de intervir a favor de seu sobrinho, uma criança de 7 meses que já não tem mais a mãe por perto, imagina se algo acontece com seu pai? Ele não ia desejar um fim tão miseravel para essa pobre criança.

Simon houve essas palavras com um semblante sério, ele até tenta refutar, mas logo percebe que seu amigo de anos, estava certo, era melhor a policia intervir sobre esse caso do que ele, um simples antiquario e historiador, que possui uma coroa com poderes de verdade.

-" Você ... esta certo, é melhor a policia ficar com esse caso ....."

-" É isso mesmo .... agora vamos embora, aqui esta muito frio." Terry disse enquanto se abraçava para tentar se esquentar.

-" Haha .... vamos mesmo." Simon falava enquanto se agachava e colocava novamente a coroa na maleta que ele trouxe.

Terry estava logo atrás de Simon, ele ia seguir ele novamente para a saída, até ele perceber um grafite na parede, era um rosto de alguma entidade estranha, era um rosto redondo, com os olhos puxados e uma boca retorcida, com um simbolo de infinito na testa, de inicio ele apenas achou cativante, era um grafite bem bonito e feito delicadamente.

Todavia, quanto mais ele olhava ... mais real ia ficando, como uma pintura que do nada ia ficando mais e mais viva, ficou real ao ponto do mundo envolta de Terry escurecer, os sons de buzinas de carros sumiram, de pessoas conversando a distancia também, até Simon não era visto em lugar algum .... só o silencio restou.

( Onde estou?)

Foi uma pergunta instintiva de Terry, ele não esperava nenhum resposta, já que até seu amigo Simon, tinha sumido.

[ Onde uma oportunida surge, humano.]

Uma voz grossa e exasperada vibrou pelo ambiente escuro e silencioso, tudo ecoava como se Terry agora estivesse em uma caverna, uma caverna antiga e assustadora.

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Notas do autor: Não costumo fazer isso, mas bora, essa "fanfic" ( não gosto dessa palavra ), foi algo que me inspirei no desenho, porém peguei inspiração em outra fanfic também, uma que não esperava nada e entregou muita coisa boa, ela é do @Dagon_vcg, não digo que é uma obra prima, mas vale a pena vocês darem uma olhada.

Dito isso, apesar de ser em um mundo muito igual da novel dele, muitas coisas vão ser diferentes, como o fato de Blanche ser mais fraco, não ser um "reencarnado" e nada semelhante a Haki, Blanche nesta novel vai ser alguém que vai adicionar e não substituir feitos de alguns personagens.

Caso @Dagon_vcg esteja vendo isto, agradeço por sua "fanfic" e espero que goste desta minha "fanfic", e claro não ligue pros haters, eu escrevo por diversão e não vou mudar isso por opinião de ninguém, abraços e esperem novidades ainda maiores.

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