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Lealdade

Por dois meses, Tsunoda foi exposto a práticas de luta, uso de armas e direção. Além disso, ele passava por aulas de etiqueta. Em seu tempo de folga ele ficava com Takeshi que o levava a reuniões com pessoas importantes, ou apenas no clube aproveitando as putas ali. A vida não era ruim e seu jeito estava mudando, Tsunoda, já não via seu eu anterior do mesmo jeito, dois meses convivendo com seu primo e associados o deu uma nova perspectiva, aqueles homens eram leais a seu primo. Pois, seu primo era leal a eles.

Em toda a sua vida, ele não havia tido ou recebido a lealdade de ninguém. Seu amigo Kurokami, só o seguia por sua força ser maior, já Kawamoto era uma típica adolescente que estava com ele pelo perigo que ele representava, excitando-se com os sentimentos de perigo.

Agora, dirigindo pelas ruas da periferia de Tokonosu, ele via como havia sido estupido a alguns meses, ele estava aqui para cumprir um comando de seu primo. Um idiota estava vendendo drogas para crianças, não, era algo que seu primo aprovava. E se seu primo, não, aprovava algo, eles davam um jeito. "Parando a Mercedes preta em frente a uma casa de aparência descuidada, Tsunoda e outros três homens de terno desceram.

A seu lado estava Hayato, que havia sido seu professor e dois dos homens de confiança de Takeshi. "Essa missão é sua Tsunoda-kun, apenas interferimos se algo der errado." Disse Hayato com sua voz baixa e calma característica.

Acenando com a cabeça, Tsunoda, pegou a Katana com seu cabo na cor branca, Tsuba oval e sua lamina totalmente negra. Caminhando até a porta, ele a chutou com força abrindo-a. "Kyaaah!" Veio um grito feminino, olhando para dentro ele reconheceu Miku Yuuki, a garota havia iniciado no colégio Fujimi no ano anterior e Shido os havia instruído a sabotar as amizades dela além de espalhar rumores falsos sobre a garota, seu objetivo era a quebrar lentamente para eles poderem se aproveitar de seu delicioso corpo no futuro.

Pensando em como havia sido baixo participar de algo assim, ele se sentiu um lixo. Embora seu primo administrasse um bordel, ao contrário da maioria dos outros lugares suas garotas eram livres, não escravas sexuais, mas garotas que recebiam e davam uma porcentagem a seu primo.

Sua filosofia era que, garotas livres e ganhavam bem, lhe eram leais e essa filosofia o havia rendido bons resultados, já que seus lucros erram altos e as informações coletadas de primeiro nível.

"Olá Miku-san, estou procurando por Kobayashi Yudi, você poderia me dizer onde ele está por favor?" Perguntou Tsunoda a garota tremula enquanto olhava ao redor do lugar. Ao contrário do exterior o interior era limpo e bem organizado, olhando para a garota com uma vassoura na mão ele percebeu que ela deveria cuidar de todo o trabalho duro por aqui.

"Lá em cima, morto de bebado... Simplesmente desmaiou." Disse ela com a voz tremula.

"Oque você é de Kobayashi e você tem outros parentes Miku-san?" Perguntou Tsunoda enquanto Hayato observava sem interferir. "Ele é namorado de minha mãe. Ela está no trabalho agora." Respondeu à garota ainda tremula.

Caminhando até Miku, ele estendeu sua mão, acariciando levemente seus cabelos laranja curtos. "Não tenha medo, eu não vou te machucar..., além disso, por favor me perdoe por tudo que falei durante o ano, foi estupido de minha parte e compensarei você. Por favor, me perdoe." Disse ele se curvando.

A seu lado, Hayato deu um aceno de aprovação. Assumir seus erros e pedir perdão, era algo que deveria ser feito com orgulho. Subindo as escadas com os outros três homens o seguindo, Tsunoda notou como todo o interior da casa era bem-arrumado e organizado. Logo eles se viram diante de uma porta aberta, onde um homem careca e gordo podia ser visto em uma cueca samba-canção.

Sem perder tempo ele caminhou até o homem antes de lhe acertar na testa com o cabo de sua espada o fazendo grunhir de dor enquanto acordava. Kobayashi arregalou os olhos, a sua frente um de seus medos havia se tornado realidade.

Em um movimento desesperado ele tentou saltar da cama, seu alto teor alcoólico e corpo obeso porem não permitiram, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão. Caminhando até ele Tsunoda deu um forte tapa em sua cara usando a bainha de sua katana. "Comporte-se e siga-nos, queremos conversar. Como você se comporta decide o futuro." Disse Tsunoda com a voz sem emoção, Hayato ouviu o que foi dito. Ele sabia quais eram as ordens de Tsunoda, e o futuro do homem a sua frente já estava decidido. Ele porem não iria interferir até ver o resultado.

Tendo ouvido as palavras de Tsunoda, o homem pensou em uma solução apropriada, esses homens provavelmente só estavam aqui por dinheiro, ele tinha dinheiro. "No guarda-roupas, caixa de isopor, o dinheiro está ali." Disse ele com esperança. "Fiquem com tudo, só não me matem por favor." Implorou o gordo chorando.

"Caminhe na minha frente, Hayato traga a caixa que ele falou por favor." Tsunoda disse enquanto empurrava o gordo a sua frente em direção as escadas. Chegando na sala ele encontrou Miku que observava tudo em silêncio, enquanto lançava olhares de ódio ao gordo. "Miku, por favor diga-lhes eu..." O homem tentou falar com a garota, Tsunoda porem não permitiu que continuasse, acertando as pernas gordas dele com a bainha de sua katana ele o derrubou enquanto um grande vergão vermelho aparecia ali.

Naquele momento, Hayato apareceu com uma caixa de Isopor, olhando o interior estava lotado de dinheiro. Suficiente para que uma família de classe media vivesse confortavelmente, por dois talvez três anos. Ao que parece o homem não apenas os estava desobedecendo, ele também estava roubando.

Caminhando até Miku, ele entregou a caixa a garota que se assustou vendo tanto dinheiro. "Fique com isso, ele não irá mais te incomodar ou criar problemas... jogue as roupas dele fora, ou queime, para onde ele vai isso não é mais necessário." Disse ele de forma prática e sem emoção, enquanto os dois homens de terno que o seguiam arrastavam o gordo para o carro.

"Te vejo outra hora Miku-san, por favor me perdoe, e lembre-se que se alguém perguntar pelo gordo ele foi jogar com alguns amigos." Dizendo suas últimas palavras ele deixou a casa e uma garota atordoada para trás.

"Foi uma boa ideia dar-lhe o dinheiro." Disse Hayato a seu lado. "Não é nada para nós, mas pelo exterior da casa da para ver ser muito para ela."

"Eu sei, fui idiota e um canalha com aquela garota." Disse Tsunoda ligando o Mercedes e acelerando para a região portuária. 'Irei lhe compensar e espero que ela me perdoe." Seus pensamentos na bela jovem enquanto o carro acelerava pela auto-pista.

Vinte minutos depois, eles entraram em um armazém onde outros vinte sedãs pretos estavam estacionados em um círculo. Parando o carro, eles desceram antes de arrastar o gordo para fora do porta-malas e para o centro do lugar. Seu primo Takeshi, desceu de um dos carros enquanto de todos os outros, homens em ternos pretos e óculos escuros desciam, nenhuma palavra foi trocada enquanto os dois homens arrastavam Kobayashi a frente de Takeshi o colocando de joelhos.

Tsunoda caminhou até a frente de Takeshi antes de se curvar em respeito. "Takeshi-sama, trouxe-o como ordenado." Takeshi observou o primo por um segundo, o futuro de Tsunoda dependeria do que ele fizesse aqui e agora. "Mate-o." Disse ele em voz baixa, mas firme.

Tsunoda olhou para o primo antes de dar um aceno de cabeça, sacando sua espada ele se posicionou sobre o homem antes de desferir um golpe limpo em seu pescoço separando a cabeça do resto do corpo, enquanto ele era seguro no lugar pelos homens de seu primo.

Em nenhum momento, Tsunoda removeu seu olhar do homem que morria. Ele havia matado pela primeira vez, era uma sensação estranha. Como se algo dentro dele tivesse quebrado, ainda assim, o olhar de orgulho no rosto de seu primo o havia recompensado. "Bem-vindo a família Tsunoda.

Naquela noite, o clube não abriu. Todas as garotas e funcionários apenas atenderam aos membros da Yakuza que comemoravam pela adesão de um novo membro. Tsunoda não apenas havia entrado, ele agora tinha o direito de passar pelo ritual sagrado, a marca de sua família seria tatuada nele, um longo dragão oriental vermelho e preto, com nove garras de cinco dedos ao longo de seu corpo sendo colocada em suas costas e terminando em seu peito. Além dela, um círculo perfeito foi feito em seu braço.

Tsunoda, passou o resto de suas férias trabalhando em seu treinamento constante e missões que lhe eram atribuídas por seu primo. Seu circulo já não mais solitario, sendo acompanhado por outros vinte. Além disso, ele desenvolveu um gosto especial pelas tatuagens, fazendo a próxima sempre que a anterior cicatrizasse. Ele também havia visitado Miku varias vezes durante o mês, a garota havia se assustado na primeira vez. Na segunda porem, ela sorriu e se divertiu, quando ele a levou a um karaoke. Logo, eles saiam quase diariamente, seu relacionamento se desenvolvendo gradualmente.

As férias haviam acabado e agora ele estava voltando para a escola. Esse ano porem diferiria, ele não era mais o delinquente que praticava bulling. Ele pediria perdão a Hirano Kouta, o jovem gordo que ele intimidara no ano anterior.

Além disso, ele garantiria que Shido agisse corretamente ou ele mesmo cuidaria do idiota, já que seu primo havia lhe dado carta-branca, caso necessário. Dirigindo para a casa de Yuuki, já em seu uniforme. Era de um tecido barato e irritava sua pele, que agora se acostumara aos ternos caros fornecidos por seu primo. Pelo menos ele ainda podia usar suas calças e sapatos.

Parando ao lado de Miku, ele admirou as mudanças que aconteceram na vida da jovem, sua mãe havia usado o dinheiro para reformar a casa delas, transformando o térreo em uma confeitaria. Um sorriso sempre estaria presente no rosto de Miku ao olhar para aquilo. Entrando no carro, ela deu um leve beijo em Tsunoda antes que o carro acelerasse em direção a escola. Um novo ano escolar, com um Tsunoda completamente novo, estava começando.