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Gakuen, meu desespero

Shin, por ter nascido sem talento algum, sofreu por toda sua vida, sempre seguindo em frente apoado num pequeno fio de esperença deixado por sua irmã a muito tempo, uma promessa: — Me encontre na academia de magia Gakuen. Infelizmente, o destino não foi tão gentil, um vazio, desespero, tudo que resta dentro dele, mas antes de morrer, decide pelo menos fazer seu ultimo ato, para bagunçar as estruturas do mundo que foi sempre tão frio com ele, me uma jornada violenta, autodestrutiva, mas muitas vezes sensual.

Sashari · Action
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Antes do começo, o inferno (parte 1)

— Suspira! Inspira. — A respiração estava pesada, Shin sentia como se seu coração fosse explodir, um suor frio escorria por sua nuca.

40 alunos estavam dentro daquela grande sala, o ambiente não era dos mais agradáveis, afinal aquele cômodo estava entre os mais velhos da Gakuen (escola mágica e militar de elite). As paredes estavam gastas, mas ainda era imponente graças às vendas do tempo de guerra, assim como a decoração do lugar, que era simples, paredes acinzentadas, cor de pedra, além de algumas poucas estátuas assustadoras da mesma cor. O ambiente não era de forma alguma amigável, a sala era antiga, com uma enorme história, ela representava o tamanho dessa instituição chamada Gakuen, não a pressão ao entrar lá era inimaginável.

— Isso… — Jon, professor novato, se surpreende com o resultado que aparece na sua frente. — Shin, seu resultado foi: tipo(controlador), habilidade única(transformação das mãos), aparentemente se você treinar talvez possa usar marionetes também.

— Sim, meu tipo é controlador. — Shin diz conformado e olhando para baixo.

— Entendo, agora saia logo, temos ainda mais 12 alunos para testar, não fique no caminho— Jon age friamente, olhando para Shin como um lixo.

— Hahahaha!

Logo as risadas começaram,

— Manipulador, sério?

— Qual é a chance de tirar essa classe, eu nem sabia que era possível, haha!

— Ele não deveria ser expulso, não precisamos de um aluno tão inútil.

Sem nunca terem trocado uma palavra, sem nunca terem sequer se visto direito, toda a sua sala já o odiava, Shin naturalmente se sentia frustrado por isso. O 1° dia de aula, na frente de toda a sua sala, o professor levaria os alunos até a sala de avaliação, então exporia para todos os poderes de cada um, antes mesmo que eles trocassem uma palavra, simplesmente o seu talento definiria seu status social.

— Ouch!

— Haha! Ele caiu como um idiota.

Shin acabou derrubando seu diploma quando foi derrubado, era um papel sem dúvidas importantes, por isso ele esticou a mão para tentar o pegar, porém…

— Por que está tentando pegar isso? Um lixo como você não merece estar nessa escola.

Um chute forte atinge seu braço, o professor não dá a mínima para isso, não tinha ninguém que pudesse o ajudar. Raiva! Uma emoção começa a explodir dentro do seu ser, mesmo assim não há nada que pudesse ser feito, ele apenas pode dizer:

— Pode me deixar pegar isso, por favor?

Se curvar e implorar é o único caminho para os fracos, essa escola tinha como objetivo montar militares em outro nível, alguém como ele não era necessário, apenas lhe restava…

— Implore, então quem sabe eu te devolvo.

Um garoto loiro, com forte porte físico, um rosto que deixaria qualquer mulher encantada, olhos vermelhos e mais importante, com um enorme poder. Era Dino, quem humilhava Shin, príncipe da potência militar chamada: Confederações Unidas, além de até o momento aquele com as melhores capacidades da sala, por outro lado Shin era apenas…

— Por que eu deveria fazer isso? — levemente irritado Shin pergunta.

— Porque você é apenas um lixo, aprenda seu lugar.

Mais um chute, a violência de Dino era enorme, mas ninguém iria ao socorro de Shin, quem arriscaria ficar de mal com o dino, apenas para ajudar esse garoto inútil.

— Implore, implore, implore!

— Haha!

— Qual é a dele querendo parecer forte.

Socos, chutes, zombarias viriam sem parar, tudo que Shin podia fazer era aguentar e aguentar, ele não tinha o poder para revidar. Sua visão ficou vermelha, seu corpo inteiro doía. Quando finalmente deixado em paz, Shin apenas pegou o papel do chão, foi até a sala da diretora para acabar os procedimentos de matrícula, então se arrastando conseguiu de uma forma ou de outra voltar para casa.

— O que eu vou fazer? — Shin murmura para si mesmo.

Antes de passar na diretora, tinha tentado ir à enfermaria da escola, mas se recusaram a cuidar dos ferimentos dele, Shin também não tinha qualquer dinheiro, não tinha nada que pudesse fazer.

Ele se deitou em sua cama, então dormiu, em sua casa, que consistia de apenas um pequeno e apertado quarto, mas no fim isso era tudo que a escola lhe daria como condições de vida, eles não podiam o expulsar agora, mas nem por isso fariam qualquer esforço pelo bem dele

Uma singela lágrima escorreu pelo seu rosto, mesmo que ele tivesse jurado para si mesmo que seria forte, Shin nunca esperou que sua vida na academia fosse ser fácil, ele sempre esteve longe do que pode ser chamado de gênio, mesmo assim conseguir a pior entre as piores avaliações, isso era frustrante.

...

O 2° dia de aula começou, Shin ainda não tinha comido nada desde ontem, ele mora e vive sozinho, por ter sido expulso da família aos 10, ele não tinha dinheiro, por isso precisava se virar por si mesmo, porém, seria muito difícil fazer isso, quando seu corpo está inteiro cheio de hematomas, ele mal tinha forças.

— Aquele cara…

— Que nojento, como ele pode vir para a escola assim, ainda tem um pouco de sangue pingando.

— Espero que ele não se sinta perto de mim.

— Sim, sim.

Que culpa eu tenho dele ter me espancado! Shin gostaria de gritar isso, mas ele sabia que isso apenas aumentaria seus problemas, ele pretendia engolir seu orgulho e guardar sua raiva, não importa o quão difícil fosse, era necessário fazer isso.

Não perca a calma, não perca a calma, seja forte, aguente, aguente, aguente tudo sozinho, afinal você não merece ser feliz, Shin pensava coisas como essas dia após dia, a todo momento, apenas aguente, aguente…

— Ouch!

— Ei! Você derrubou meu almoço! — Dino diz, depois de trocar de propósito com Shin, derrubando o almoço dele.

— Desculpa.

— Hahaha! — Dino apenas ri, mas não se preocupa muito com isso, apenas vai comprar outra coisa na cantina.

Shin não tinha um único centavo, sem contar com o almoço grátis, só lhe restava torcer para poder comer alguma coisa no dia seguinte, seu corpo parecia ficar cada vez mais frio, mais fraco. Aguente, aguente, você é só um lixo que não merece ser feliz, por isso aguente, mais uma vez se culpando por sua própria situação, Shin pensava internamente.

— Existe qualquer motivo para que eu continue existindo? — Shin se perguntava para si mesmo, enquanto sentava no chão, encostado em um canto escuro, sozinho, sentindo todas as suas forças se esvair aos poucos. Ele tentava se agarrar ao broche em seu peito, um presente de muito tempo atrás, ele lembrava das palavras: "aguente, aguente mesmo que seja difícil, pois, algum dia você poderá ser feliz, se continuar a sobreviver sua chance virá". Ele tentava manter alguma fé em sua mente, mesmo assim, mesmo assim...

— Você está bem? — uma voz gentil pergunta.

— Não. — Shin quase chorando, acreditando estar sofrendo de uma alucinação responde.

— Isso é muito cruel. — A garota ao olhar para Shin, parece chorar um pouco de pena. — Levante, você não quer dividir o almoço comigo?

Shin não sabia como reagir, ele apenas olhos por um tempo para a bela garota, cujo nome é Nozomi. Ela era linda, com cabelos prateados curtos na altura do ombro, olhos azuis que pareciam brilhar um pouco, além de uma figura sorridente encantadora.

Na escola não era obrigado o uso de qualquer uniforme, no caso da Nozomi ela vestia uma espécie de vestido branco e azul, com um grande decote na região do peito e com uma.

Ela também usava um cinto na cintura, onde guardava algumas armas de arremesso, que ela gostava de usar. Tinha uma espada na cintura, além de usar proteção na canela, algo como uma caneleira, mas um pouco maior e feita de metal, assim a Nozomi poderia usar chutes e coisas do tipo.

No final das contas essa era uma escola militar, por isso não seria estranho encontrar pessoas que usam armaduras, andam com armas ou coisas do tipo por aí, apesar de ser considerado um pouco unico para ela fazer isso desde o primeiro dia, andas com essas armaduras era um pouco pesado, por isso a maioria considera muito cansativo, usando apenas em dias onde isso é mais necessário.

— Vamos, eu te ajudarei a levantar. — Nozomi diz sorrindo.

— Obrigado. — Shin responde timidamente.

Shin não conseguia entender, mas no fim a garota passou o dia com ele, ajuda a tratar as feridas, então a aula acabou, por coincidência o dormitório deles ficava mais ou menos na mesma direção, Shin quis aproveitar esse tempinho dos dois a sós andando para falar um pouco sobre como se sente.

— Obrigado, se não fosse por você…

— Não precisa me agradecer, eu fiz o que qualquer humano decente faria, bem, na verdade acho que um demônio ou um elfo decente também fariam isso, eu não sou a favor do preconceito entre raças, haha! — Nozomi diz animadamente.

— Mesmo assim, eu queria agradecer, graças a você eu vi que talvez seja possível ser feliz. — Shin diz.

— … — Nozomi apenas sorri, eles andam mais um pouco, então ela diz — Meu caminho é por aqui, até amanhã.

— Sim.

Nozomi seguiu seu caminho, viram num beco, então um homem e uma mulher surgem das sombras.

— E depois dizem que eu sou cruel, porque não conhecem minha namorada. — Dino diz.

— Haha! Bem aquele idiota é simplemente…

— Pode me contar sobre isso primeiro, mas antes vamos foder, deixe aquele inútil para depois.

Dino diz beijando a garota de cabelos prateados, a bela garota loira atrás dele então abraça os braços dele, seus peitos são prensados contra seu corpo, ele logo guia as duas para sua casa, então…

— Ahh!!!

— Ahn!

Gemidos altos podiam ser ouvidos, enquanto Dino metia na buceta das suas duas namoradas.