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Capítulo 1 - Fim do Mundo

O incêndio havia devastado um pouco da reserva florestal e ela contou que pelo menos 30 árvores de grande porte foram consumidas pelo fogo. Ver o resultado final era de partir o coração da jovem Aurora, enquanto ela andava em meio às cinzas pensava o quanto era desprezível o ser humano e se não era o momento do meteoro vir e acabar com tudo como aconteceu com os dinossauros.

Em meio ao calor que sentia a jovem saído das folhas queimadas pelo fogo viu algo se mexendo, coberto de cinzas e sem penas um pequeno pássaro de olhos cor de ambar, provavelmente sua família havia morrido naquele incêndio — Maldito seja o homem — a moça pensava, cautelosamente ela pega o pequeno pássaro nas mãos — eu vou cuidar de você — ela disse ao indefeso animal que estava em suas mãos com um sorriso no canto dos lábios.

A volta a sua cabana que ficava a poucos minutos do incêndio. Foi um milagre sua cabana não ser atingida, imaginou a agonia de sua mãe que acompanhava com ferocidade os incêndios que tinham no interior do Pará em meio a maior floresta do Brasil.

Em meio aos longos meses que ela tem se hospedado lá já havia conhecido quase toda a reserva. Quando se mudou, a noite era assustadora, o som das árvores. Agora a noite ela embalada por esse barulho que pareciam mais uma canção de ninar.

O fogo durou dois dias quase, ele começou de forma suspeita e parou com muita ajuda da brigada de incêndio do estado. Eles pediram pra ela se retirar, mas ela preferiu esperar. O calor nos dois dias de incêndio foi insuportável. Ela viu as grandes chamas se formando junto com o nascer do sol, ela parecia mais alta que as árvores como uma grande explosão.

A cabeça de Aurora ouvia a conversa que teve com dos voluntários que ajudava a combater as chamas, era um milagre chamas tão altas acabarem tão rápido, ele disse que o fogo poderia estar do lado deles desta vez.

O fogo amigo? Não era o caso, pobre do passarinho sem casa e sua família agora.

Apesar do início ser inexplicável parece que fogo foi como um círculo e pela primeira vez em tempos a jovem não tinha ouvido a floresta gritar quando as chamas atingiram as árvores, o que não era comum em outro incêndio que teve dava pra se ouvir o desespero da floresta os gritos e os pássaros fugindo.

Aurora havia feito um buraco na parte menos quente do chão, ela notou que apesar da terra parecer queimada cinco palmos abaixo do solo ela ainda tinha aquele tom marrom escuro, se plantar árvores em alguns 100 anos as árvores seriam tão grandes como antes. Ela se lembrou do vídeo que viu de um biólogo falando sobre o solo que mais sofre com queimadas constantes e que se leva anos pra recuperar desta vez não seria necessário, pelo menos ela pensava já que solo não era sua especialidade.

A caminhada durou pouco mais de vinte minutos, mas ela estava acostumada com aquele trajeto andando todos os dias, chegando lá deu água para o pequeno pássaro e o deixou ele na mesa da cozinha, o pequeno bichinho parecia exausto, ela se sentou na cadeira e o observava com paciência seus olhos eram amarelos, ela teve impressão de ouvir o pássaro suspirar. Poderia ter suspirado já que ele o pobre passarinho havia perdido sua família.¹

Na sua mente a jovem pensava o quanto sua mãe poderia estar preocupada com o fato de tudo a sua volta ter pegado fogo, ela não foi atingida com sorte, nestes meses de vivência com a floresta nada de ruim havia acontecido na floresta apesar da mãe da moça ter listado todas as tragédias que poderiam ter acontecido. Por algum motivo em meio a ausência de civilização ela se sentia em casa e ela sentia que a floresta era sua amiga.

A moça observou o pássaro a manhã toda, enquanto ela fazia almoço sentia que ele a observava com seus pequenos olhos.

— Você está com fome? Você como o que? Minhocas? Eu não mastigarei uma minhoca pra você, mas — o passarinho a ouvia atentamente, ele parecia que podia responder ela — não seria doido se você me respondesse? Minha mãe já pensa que vim parar aqui por causa de um surto, se o pássaro me responder até eu vou pensar isso.

O pássaro entortou a cabeça fazendo a moça se assustar com a atitude dele — parece até que você me entende. Talvez eu esteja virando um curupira ou algo assim. É o curupira que fala com os bichos da floresta? — A jovem olhou pro pássaro — não precisa me responder, eu entendo.

Aurora acabou cozinhando alguns ovos que ainda tinha em sua pequena geladeira, ela amassou a gema e deu para o pequeno pássaro, ele apenas olhava — Você não gosta disso? Bom eu também não. Quando eu era criança minha avó tinha muitos pássaros e ela dava algo assim pra eles — O pássaro parecia ter entendido o que a moça disse e comeu alguns pedaços — Vamos nos ajudar, eu cuido de você e você me faz companhia por um tempo — Ela tocou levemente a cabeça do pássaro fazendo um carinho nele, ele fechou seus olhos como se estivesse gostando fazendo a moça rir.

A jovem deixou a louça na pia e levou o pássaro ao seu quarto, ela colocou em cima de um dos travesseiros de sua cama, ele acabou dormindo ali, o pobrezinho deveria estar cansado. O resto do dia ela passou entre as árvores que tinha em seu quintal, algumas ela tinha plantando e outras já estavam lá quando ela chegou. Ela encheu uma bacia grande de cimento de água que ficava longe um pouco longe, pássaros e animais nativos iam até lá beber água algumas vezes.

Aurora dividiu a cama com o pequeno pássaro, ele dormiu o dia todo, deve ter sido cansativo ter ficado em meio a um incêndio por tanto tempo.

Na manhã seguinte Aurora se levantou mas o pequeno piupiu ainda estava dormindo, sim ela deu esse nome pra ele. Por algum motivo a moça teve a impressão de ele havia crescido enquanto dormia, ele tinha até adquirido algumas penugens meio vermelhas. A moça fechou as janelas do quarto, não queria que ele pulasse atrevidamente pela janela e porta também.

Após pegar sua bolsa e chave a moça fechou sua cabana e saiu entrou em seu carro que ficava embaixo de uma grande figueira brava e pegou a pista de terra esburacada e foi até o povoado mais próximo, ele ficava a pouco mais de 2h da reserva florestal. Ela parou no posto que tinha apenas três bombas de combustível e encheu seu tanque.

— O incêndio pegou você? — O frentista que era conhecido dela perguntou

— Não, dei muita sorte. Mas foi um incêndio estranho, parece que o fogo surgiu rápido e sumiu rápido.

— Você deve ser protegida de Nossa Senhora pra nada te acontecer naquele lugar.

O frentista e dono do único posto do povoado pareceu preocupado com o jeito bronco que Benedito tinha, era o jeito dele de ser. Ele tinha vários postos de gasolina espalhados pelo interior mais foi no povoado que ele resolveu ficar depois de passar o negocio para os filhos.

— Concordo — a moça disse encostada no carro — ainda algo ali não faz sentido.

— Pode por na minha conta como sempre? — a moça olhou com um sorriso para o senhor de barba branca e cabelos grisalhos com um sorriso.

— Vou pedir pro meu filho da cidade mandar a conta pra aquele moço e ele manda o dinheiro, como sempre. Pode deixar.

— Obrigada.

A moça agradeceu e subiu em seu grande carro preto que estava coberto de poeira da estrada. Ela parou em frente ao bar da dona Lola, lá era um bar, um mercadinho, uma padaria. Dona Lola era quase a faz tudo, sem contar que era a pessoa que sabia de todos os acontecimentos da região.

— Olá dona Lola — Aurora se sentou em frente ao banco velho de bar e se apoiou no balcão.

— Menina estava preocupada com você naquele casebre perto do incêndio.

— Minha casa não foi atingida, mas o ar estava difícil de respirar.

— Acha que foi o garimpo?

— Sempre são eles, como vamos denunciar? Eles nunca fazem nada. Eu encontrei um passarinho tadinho, parece que a família sumiu.

— Pobre deste bicho.

— Posso usar seu telefone? — A pediu gentilmente — Você anota na minha conta.

— Claro.

Dona Lola colocou o telefone de disco em cima do balcão com a cor escura do e os telefone e os números já estavam meio apagados. A jovem pegou o celular que estava apenas com uma barra sinal, ligou para o telefone celular de sua mãe.

— Graça ao bom Deus, minha filha, como você está? Se machucou — sua mãe atendeu assim que tocou a primeira vez em desespero, sua voz era afobada parecia que ia tirar o pai da forca.

— Mãe, estou bem, fique calma — A moça disse com a voz gentil e um sorriso no rosto

— Eu vi o incêndio, chegou perto de você?

— Sim, mas não me pegou. Meu santo é bem forte.

— Volte pra casa, você já viveu muito tempo no mato.

— Não deveria falar desta forma. Eu volto, prometo.

— Te mandei tantas mensagens.

— Eu estou vendo, aqui tem pouco sinal mas dá alguma coisa — A moça olhava as sequência de mensagens em seu celular — mamãe eu preciso ir. Beijos

A jovem desligou o telefone antes que sua mãe começasse pela décima vez a chorar e pedir pra ela ir embora. Dona Lola já havia deixado coisas em seu balcão, a moça deixou o dinheiro em cima do balcão e saiu novamente apenas abanando a mão para moça que estava falando com uma senhora.

Com o som ligado a jovem pegou a estrada de volta até sua casa. Ela foi mexer em sua horta, ver suas plantas e observar o pôr do sol como fazia sempre. Já estava escuro quando ela voltou pra dentro.

O pássaro ainda estava dormindo por algum motivo a jovem teve a impressão que ele estava maior, o quarto estava abafado e por isso ela abriu a janela para dormir, ela notava a barriga do pássaro subir e descer pra ter certeza que ele estava vivo já que estava dormindo a mais de um dia.

Assim que o sol levantou a moça acordou com ele, ela saiu da cama e foi até o banheiro, lavou seu rosto e foi para a cozinha. Passar um café quente enquanto observava a dança das árvores se tornou seu passatempo favorito. Enquanto ela olhava para a dança das árvores ela se lembrou de seu tempo na cidade, a sua briga com o filho de sua madrasta depois de descobrir o que eles estavam fazendo com apoio de políticos corruptos. Ela se sentia orgulhosa por ter vendido as ações da empresa do seu pai e encontrado alguém para lhe passar a propriedade da reserva florestal.

O valor absurdo que ela havia pagado não fazia diferença agora aquilo era dela e ela ia cuidar, mesmo que tudo pegasse fogo aquela parte seria sempre protegida e utilizada de forma sustentável, ela sorriu com seu próprio pensamento, seu tio comprou as ações dela da empresa e estava cuidando de todos os papeis, se a sua mãe soubesse ela realmente iria a matar.

Em meio a estar perdida em seus pensamentos uma voz grossa veio da porta de seu quarto a assustando

— Olá — O homem de cabelos vermelhos disse.

— Quem é você? — Ela disse pegando a faca que estava em cima da pia

Com um sorriso quase sarcástico ele olhou pra ela, um arrepio percorreu seu corpo como um calafrio que ela nunca havia sentido, por alguns segundos ela o observou, seus cabelos vermelhos bagunçados e olhos tom de mel, ele estava enrolado no lençol da sua cama o que fez ela dar um passo pra trás indo de encontra a pia.

— Onde estamos? — O moço foi até a porta do casebre assustado

— Quem é você? — A moça segurava a faca e pensava que talvez devesse ter comprado uma arma — O que faz com o lençol da minha cama enrolado em seu corpo.

O rapaz nada disse, ele apenas saiu de dentro da cabana e olhou para o céu, ele esbravejava — que merda sua bruxa maluca, onde me jogou desta vez?

A moça pensou que ele não seria uma pessoa em seu juízo perfeito, será que a história do Tarzan era real, com quem ele falou? Quem era essa bruxa? O homem sussurrou algo sozinho e saiu andando para dentro da mata enrolado no lençol.

— Ei — A moça saiu correndo atrás dele, pensou que ele poderia ter sido vítima do incêndio.

O homem seguiu para dentro do mato, ele chegou a clareira que o fogo tinha feito, e caminho até o centro. Chegando lá ele começou a levantar fuligens para todos os lados, estava quente mas ele não era afetado por aquele calor.

— O que você está fazendo? — Ela chegou perto dele

— Procurando algo — O homem se abaixou e pegou uma esfera, parecia a luz do sol dentro de uma bola — Achei.

— Você é um deles?

— Eles quem?

— Garimpeiros, você começou o incêndio? — a moça perguntou pra ele.

— Não sou isso.

— Eu não mereço isso — A jovem bufou a pensar que tinha se preocupado com um deles, um daqueles que cooperavam para destruição do mundo.

Aurora puxou o lençol do moço de cabelos de fogo, ela o encarou momentaneamente e viu que não havia roupa embaixo do lençol, ela jogou o lençol dele e virou de costas, havia comemorado cedo demais, além de lunático ele era um pervertido.

— Obrigado pelo o lençol, eu estou um pouco desprevenido

— Perdeu suas roupas no incêndio? — ela disse ainda de costas

— Pode ser.

— Qual seu nome? Lembra seu nome? — a moça virou o observou o homem, ele não parecia um maluco, ela deveria ser a maluca de dar atenção ao peladão.

— Acho que seria difícil você pronunciar, todos me chamam de Ravi — o moço sorriu, em sua cabeça ele pensava pobre humana e neste momento ela seria a única que poderia o ajudar. — Você tem um celular pra me emprestar?

— Sim, na minha casa.

— Podemos? — Ravi fez um gesto com o braço

O homem sai andando na frente como se conhecesse o lugar muito bem e anda de volta até a casa de Aurora, ele entra e se senta na mesa humilde que tinha.

— Chama isso de casa? — Ravi olhou em volta. Por algum motivo o cheiro daquele lugar era familiar, quanto tempo ele teria passado ali? Será que mais de uma semana?

— Sim. — A moça pegou o celular que estava em seu quarto, olhou para onde havia deixado a pequena ave e ela tinha sumido — Não, não, não — Aurora olhou embaixo da cama, por todos os cômodos, ela foi seguir o lunático o pobre pássaro sumiu. A jovem correu por todos os cômodos.

— O que foi? — O homem olhou pra ela

— Meu pássaro — Ela disse indo pro quintal, ela procurou no alto das árvores o pobre bichinho nem tinha penas, onde ele estava. — Droga.

— Vai me emprestar o celular? — o rapaz disse encostado na porta sem se importar com o desespero da moça que buscava o pássaro.

— Se você não viu estou com problema maior que isso.

— O que houve? — ele perguntou sem interesse, seu único interesse no momento era o celular que estava na mão da moça.

— Perdi o piu piu, acho que ele pulou da janela — a moça mexia nas flores que estavam perto da varanda de madeira procurando a ave.

— Quem é piupiu? — O homem enrolado no lençol riu.

— Meu pássaro — ela afastou os galhos de lavanda olhando na terra — Piu Piu é meu pássaro.

— Seu pássaro chama piu piu? — Ravi mordeu seu lábio da inútil tentativa de rir do nome do pássaro. Existia um nome mais clichê do que esse?

— Sim — Ela olhou perto do poço de água pensando que talvez ele tivesse caído lá — Eu peguei ele no meio das cinzas, parecia tão indefeso.

Ravi foi tomado pela visão da moça, ela estava com a cabeça apoiada em mesada e sorrindo para ele, a voz dela dizia "Você não gosta disso? Bom eu também não. Quando eu era criança minha avó tinha muitos pássaros e ela dava algo assim pra eles" após ver isso uma tontura o atingiu, ele fechou os olhos e se apoiou na soleira da porta. Levou alguns segundos para Ravi pudesse se recuperar e tudo parece de girar

— Entendo. Ele não era seu, sabe disso? — Ele encarou a moça que ainda parecia desesperada

— Era sim, eu prometi que ia cuidar dele. Ele deve ter perdido sua família e estar sozinho é horrível, pode estar com medo.

— Pássaros foram feitos para voando, mocinha — Ravi disse friamente.

— Acho que ele não sabia voar.

— Vai por mim, ele sabe fazer várias coisas que você nem imagina — O homem se aproximou e tirou o celular dela — Licença

— Grosso.

A moça estava procurando ainda pelo pequeno pássaro mas ele devia ter fugido, ela se sentou na varanda de madeira e suspirou.

— Não tem sinal aqui? — o homem disse aos gritos a moça — Onde estamos?

— Estamos em uma reserva floresta, no meio do Pará

— Brasil? — Ravi não sabia que ele estava no Brasil, quando ele chegou já estava inconsciente.

Na verdade ele nunca saiba pra onde ia quando estava prestes a morrer, o ritual era complicado, Maya acabava por possuir o corpo de sua familiar e transportar ele pra um lugar que considera seguro.

Ravi é proibido de usar magia, tentaram queimar ele uma centena de vezes por feitiçaria e com a tecnologia atual qualquer movimento errado ele poderia ser queimado pelos caçadores de bruxas era a pior coisa a única magia que ele podia usar era a do dinheiro e apesar de interessante ela era limitada. Ravi era mandando pra queimar sempre era longe de pessoas e celulares e qualquer coisa que pudesse mostrar sua identidade.

— Sim — a moça olhou pra Ravi, parece que ele perdeu a memória.

— Que merda, aquela pirralha me jogou aqui — Ele olhou pro céu — eu vou matar ela.

— O que? — a moça buscou entender o rompante de fúria de Ravi. Ele parecia falar com vozes de sua cabeça, talvez fosse um pouco esquizofrênico.

— Nada — ele olhou para o chão, estava frustrado — onde tem um telefone?

— Duas horas daqui tem um povoado

— Vamos até lá?

— Não vou daqui até o pássaro voltar.

A jovem se sentou na varanda de madeira e cruzou os braços brava ela parecia uma menina chata e mimada. A culpa era do desconhecido Ravi, ela o fuzilou com seu olhar, ela saiu correndo e o bichinho fugiu.

Ravi olhou pro céu, ele não acreditava em todos os lugares do mundo ele teria sido jogado, no meio do mato com uma selvagem.

Que ódio daquela bruxa, ele encarou a moça que parecia chateada pelo pássaro, qual o problema dela? Quem ligaria pra um bicho aleatório desta forma e ficaria dando um ataque deste? Depois de tantos séculos de existência, Ravi tinha dificuldade ainda de entender os humanos, eles eram criaturas fascinantes de longe mais de perto eles era apenas confusos e cheios de emoções

— Me dê a chave que eu vou — ele estendeu a mão.

— Quer levar meu carro? Você só pode estar doido — a moça riu de Ravi

— Facilita minha vida.

O homem sorriu, seus olhos brilharam levemente em um tom de laranja, mas parecia não ter efeito sobre a moça. Ravi tentou a seduzir com seus poderes isso era um habito muito fácil e era algo que não era pego com facilidade. Ele sentiu a frustração quando apenas viu um escuridão como se não tivesse consigo nada, ela tinha alguma espécie de proteção, ele suspirou.

Aurora o encarou como se ele fosse algum tipo de idiota funcional, não era possível isso. O olhar dele era engraçado como uma criança com um carrinho tentando entender como ele funciona, a simpatia acabou de instaurando naquele momento.

— Vou te emprestar uma roupa, vou sair apenas amanhã, poderei dormir aqui na sala se quiser.

A moça entrou, foi até o guarda roupa, pegou uma calça de moletom preta e uma blusa branca a maior peça de seu guarda roupa e entregou para o forasteiro. Ela passou o dia sentada na varanda e o homem resmungando.