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O começo do fim

O mundo começa a ruir, tudo em sua volta tem uma cor púrpura, o céu se despedaça como vidro. O dia vira noite e estrelas e cristais caem sobre a terra, pessoas gritam e correm, mas o seu fim é iminente.

Uma jovem garota com longos cabelos azuis cianos, cor que lembrava o mar, estava olhando para o céu enquanto um enorme rachão surge.

Seus olhos são de tristeza, de amargura e solidão, ela não tem mais nada a não ser uma paixão e obsessão doentia por um ser perverso e cruel.

Cada lágrima que se forma em seus olhos caem como cristais brilhantes no chão.

Para alguém que perdeu tudo, ela ainda era forte. Forte demais para tentar continuar, sua mente e seu cansaço a fizeram subir em uma montanha que era ponto turístico famoso, mas interditado devido a grandes relatos de suicídio.

Quando você está sozinha, com frio, sem mais nenhum amigo, sua mente prega peças em você.

Ela só queria descansar, mas aquele céu roxo e a destruição que ela viu sempre iriam a perseguir.

Passando as mãos em seus olhos cheios de lágrimas, ela subiu em cima da proteção da montanha e se sentou lá enquanto balançava seus pés ansiosamente.

*****

"Eu me apaixonei por uma bruxa, não sei quanto tempo faz que descobri que ela era uma bruxa. Os seus olhos consumiram a minha alma. Desde então eu nunca mais a esqueci, até agora, com tudo desaparecendo, eu ainda a amo ou talvez eu esteja louca? Vai saber, mas eu me lembro como tudo começou antes desse fim."

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— Rannala, desça aqui agora.

— Ah, já vai mãe. 

— Por que a demora?! Preciso ir para o trabalho cedo hoje, se você demorar muito, não poderei te levar.

— Se você tiver muita pressa, eu posso pegar um carro por aplicativo. 

— Hm, tudo bem, mas lembre-se de me avisar quando chegar e cuidado com esses motoristas.

— Ok….

Um barulho de porta fechando é escutado por toda a casa, logo após um som de carro.

 "Droga, essa roupa deve ter encolhido depois da última lavagem, minha mãe já deve ter ido. E eu deveria fazer o mesmo"

Rannala desce as escadas e vai até a cozinha onde já estava seu café da manhã pronto, feito por sua mãe.

— A comida dela é tão deliciosa, como a amo…

A cozinha era simples, a casa em si era bem simples, uma pequena casa com um pequeno quintal no meio de várias outras casas com aparência mais nobre.

O smartphone rosa tocava e vibrava na mesa, enquanto a garota comia. O chaveiro de gatinhos a deixava orgulhosa, era de uma animação que ele sempre via quando criança, mas o que ela mais amou foi pela sua raridade. Na verdade, os seres humanos gostam de coisas exclusivas e Rannala não era diferente.

"Até que fim eu estou cheia."

Rannala então pegou seu celular e olhou para a tela. Ela ficou então surpresa como a hora tinha passado rápido.

"Aff, O professor vai brigar de novo… se chegar tarde..."

A garota de cabelo ciano pega a sua mochila e as suas chaves, anda até a sala e depois abre a porta para fora da casa. Antes de sair, ela fecha a porta e dá umas leves batidinhas. Guarde as chaves em seu bolso e chama um carro por aplicativo que não demora muito. Ela então anda até a calçada e respira fundo, olha para as árvores na calçada e as folhas no chão, ela então nota seu smartphone vibrar. O motorista estava perto, ela então guarda seu smartphone e espera o carro preto, que não demora muito para chegar.

Rannala vê o carro, sem demora ele estaciona e ela entra nele e se senta no banco de passageiros. O rádio e o ar-condicionado estavam ligados, o clima fora do carro estava bem quente para aquele ano.

Rannala pegou o seu smartphone e começou a mexer nas suas redes sociais, mas logo o rádio que estava ligado passando uma reportagem chamou sua atenção. 

— Repito, um novo buraco negro foi identificado por cientistas perto da nossa atmosfera, mas estranhamente ele não absorveu nada ainda, é como se ele estivesse ocioso, algumas pessoas dizem que é o fim dos seres vivos. Também é notícia, jovem foi morto por padrasto de sua namorada, antes disso, o mesmo louco matou sua enteada.

Rannala engole em seco, a última notícia a chocou tanto, já a primeira notícia, por sua vez, parece mais uma típica histeria coletiva. 

Mas Rennala começou a pensar no buraco 5negro devorando tudo e isso a incomodou.

Ela não conseguia pensar que algo assim poderia acontecer, mas mesmo assim ela sentiu medo. Ela então mordeu seus lábios e estalou a língua, ela estava ansiosa, se o fim do mundo acontecer, ela não poderia ver o show da sua banda favorita. Pensando em tudo, ela começou a discutir mentalmente. 

"Droga, não acredito que isso esteja acontecendo e logo hoje, o dia em que vou finalmente poder ir para o show da minha banda favorita, o dia começou tão mal, primeiro foram as roupas, agora isso. Tá! Bom, eu engordei um pouco esses dias, mas mesmo assim as roupas eram maiores que o meu corpo, agora mal cabem."

Sem perceber, E perdida em seus pensamentos, O motorista já tinha chegado e chama sua atenção. Ela então olha para a janela e vê que já tinha chegado.

— Ah! Sim, obrigada… Perdão por demorar a perceber que tínhamos chegado. Enfim, tenham um bom dia.

— Não, tudo bem, deve ser difícil estar na época de provas, a minha filha, que eu diga, não tem tempo mais para nada.

Rennala, fica surpresa porque ela esqueceu a prova. Como ela poderia ter esquecido algo tão importante? Ela se indagou mentalmente enquanto saía do carro e falava com o motorista.

— Sim, estamos em prova, enfim, obrigada e tenha um bom dia.

Rennala sai do carro e bate à porta, o pagamento tinha sido feito pelo cartão de sua mãe, vinculado ao aplicativo de corrida que estava em seu smartphone. Ela suspirou fundo, mas sua expressão de preocupação não diminuía.

 "Não creio, eu esqueci a prova, aquele professor vai me matar."

Ela então abaixa a cabeça, estava se sentindo derrotada, sua expressão era de tristeza até que ela escuta uma voz doce direcionada para ela.

— Olá, por favor, eu queria saber se essa é a escola estadual Luucio?!

Rannala olha para a jovem garota de cabelos dourados ondulados, olhos azuis penetrantes e uma aparência angelical. Ela sente seu coração bater forte enquanto balança a cabeça positivamente. 

— Isso mesmo... Aqui é a escola estadual de Luxcurios, O nome é bem esquisito, mas você está no local certo. Esse nome era de um antigo mago e meio que virou o nome da escola.

— Oh, obrigada...

A jovem então sorri para Rannala que sente seu coração e alma serem absolvidos por tamanha perfeição. Ela então percebe que começou a se apaixonar.