107 A Fuga.

O Bolovaxian parou de brincar, pelo menos o máximo que ele podia sem querer vir até nós com intenção de nos machucar, mesmo assim, sua explosão de velocidade me pegou de surpresa, seu maldito martelo construto de energia verde transparente também me pegou de surpresa, assim como o golpe que veio em seguida atingindo a lateral da minha cabeça, Kilowog, parecia até mesmo um rebatedor num jogo de beisebol pela sua postura, com a minha cabeça sendo a bola atingida.

"BLAWWWW!"

Meu corpo girou se torceu no ar descontrolado voando lateralmente em direção ao céu do belo planeta que era Ungara, só que Kilowog, mirou errado, e acabei atingindo a parte de baixo de uma das naves policiais que vieram ao seu socorro a deixando amassada na frente e na vertical causando assim uma colisão com os que vinham logo atrás.

Quatro das dez naves estavam fumaçando, perdendo altitude rápido, indo na direção do chão, que está lotado de várias raças diferentes. Todo lugar nessa cidade está lotado. Recuperei o controle do meu corpo poucos segundos depois para voar como um foguete na direção das naves que, mesmo castigadas pela colisão, não ficaram em chamas ou explodiram. Toquei na traseira da primeira a envolvendo com uma camada de energia cinza do meu ectoplasma, joguei essa nave então para minhas costas a conectando ao meu corpo e passei para próxima fazendo o mesmo processo até chegar na última, mas não fui rápido o bastante, ela está a cinco metros de atingir o chão e eu estou a quatro metros dela sem poder me teleportar por conta das outras que estou conectado, foi então que a nave foi envolvida pela energia verde do Lanterna, um metro de atingir o chão e um grupo de pessoas que ficou apenas olhando para cima como um bando de tolos.

Vendo a quarta nave segura, girei meu corpo lutando contra força que isso causou contra mim ficando de frente para as três outras, levantei minhas mãos usando minha telecinese no seu máximo, mas acabei caindo de costas contra o asfalto o quebrando, foi um sucesso, conseguir segurar com as três dois metros acima do chão e de mim, as coloquei lentamente ao meu redor no chão assim que levantei.

Posso levantar facilmente todas essas quatro naves uma em cima da outra sem problemas, mas fazer uma a uma separadas é muito mais difícil, a telecinese, não é um dos meus fortes.

"Caramba, parece que fiquei empolgado demais." Comentou Kilowog, colocando a quarta nave no chão junto das outras três.

"Parece?" Perguntei para um pouco bravo, mas me lembrei de que o anel não dá sentidos aumentados para seu usuário, ele não pode ter visto as naves como vi.

Galateia, com os braços transformados em armas, pousou bem na minha esquerda se virando para o Lanterna, ela tem alguns problemas para entender certos comportamentos dos seres vivos, por isso ficou com seu rosto de lado, talvez se perguntando por que não retomamos a batalha assim que salvamos esses quatro.

"Eu sei, eu sei!" Falou Kilowog, com uma mão mexendo atrás da sua nuca parecendo realmente envergonhado.

{Dio, mais um minuto.} Avisou Ravena, pelo comunicador.

Olhei para cima e vi as outras naves policiais paradas flutuando ao nosso redor formando um círculo como se estivessem nos isolando, e as pessoas no chão começaram a se afastar, o trafego também foi cortado, mesmo não querendo, Kilowog nos cercou, e nem quero imaginar que tipo de armamento futurista tem esses carros.

"Então, como vai ser?" Perguntei para o Bolovaxian, que se parecia um humanoide meio porco bombado a décima potência.

"Bem, só de pensar na papelada que vou ter por causa disso, cortou meu clima." Respondeu ele.

Concordo também, o clima para a batalha acabou.

"Dio, eu estou confusa, não vamos mais lutar?" Perguntou Galateia, ainda não entendendo por que isso pararia a luta, já que ninguém se machucou.

Depois explico para ela.

"Vamos fazer assim Puzzles, vocês se rendem, e vamos comer algo após eu resolver essa bagunça." Sugeriu Kilowog, cruzando os braços.

"A parte de nós rendermos, é o que me incomoda." Brinquei também.

"Seja inteligente, garoto, vocês não vão para lugar nenhum, sei que nave vocês vieram, os Ungarans, já fecharam o hangar, sua nave já está no sistema, vocês não vão para lugar nenhum." Falou ele confiantemente para nós, erguendo a cabeça.

{Dois Segundos!} Dessa vez foi a voz do Dick.

"É mesmo? Você está falando dessa nave?" Disse para ele com um sorriso apontando para cima.

Um portal negro brilhante com quase trinta metros de largura na espessura de um papel surgiu na horizontal no ar, bem acima do espaço aberto onde as naves policiais estavam flutuando ao redor, dele, o Javelin, apareceu na vertical descendo na velocidade de um foguete.

Antes dele se aproximar muito, agi na velocidade de um pensamento, levantei uma mão colocando-a em cima do ombro da Galateia, e a outra levantei na altura dos olhos do Kilowog.

"Clap!"

Estalei meus dedos, criando disso uma explosão de luz branca com o intuito de o distrair, no mesmo segundo, usei o movimentos das sombras aparecendo dentro do Javelin, no corredor central que leva à cabine do piloto.

Aparecer na vertical não é uma experiência agradável, Galateia, não conseguiu reagir tão rápido, e como tenho mais coisas para fazer e não podia deixar ela cair na direção da cabine do piloto, a teleportei em seguida para a parte de trás do jato, onde ficam as camas e banheiro, já eu, após voar tanto tempo já me acostumei a lutar em posições nada agradáveis como essa, não fiquei enjoado ou desorientando, apenas me prende ao chão usando minha mana.

"Estamos bem, vamos logo!" Gritei em voz alta para Kori, que está pilotando sozinha.

Kori, escutou muito bem e puxou com violência o manche na direção dela fazendo o nariz do Javelin, começar a levantar, aumentando o desconforto de quase todos a bordo, andei então na direção da cabine passando pelo Dick e pela Ravena.

Dick, está completamente enjoado segurando-se na poltrona com força, Ravena, sentada do seu lado no outro conjunto de poltronas está pior que ele, ela deve ter aberto dois portais daquele tamanho, um para escapar do porto levando o Javelin até o Dick e a Kori, e outro logo em seguida até nós, junte isso ao voo nada agradável e posso ver minha amiga quase vomitando e exausta.

Enquanto andava lentamente na direção da cabine, Kori, usou os propulsores menores na parte da frente das asas para conseguir mudar a posição do Javelin, era algo que poderia facilmente partir nosso avião ao meio se acontece qualquer erro, mas ela conseguiu, assim que entrei na cabine do piloto, já estávamos voando na vertical para cima aumentando a velocidade, estamos saindo do planeta.

"O que você precisa!" Falei mais alto do que deveria ao sentar na cadeira de copiloto, passando o cinto rapidamente ao redor do meu tronco.

"Segure o manche, preciso de controle, e fique de olho neles!" Avisou Kori, apontando para a tela acima de nós, era uma câmera traseira do Javelin, mostrando agora quatro naves policiais voando logo atrás de nós.

Segurei o segundo manche, dando estabilidade a Kori, que levou sua mão até o acelerador do nosso lado, o colocando todo para frente, fazendo a força força-g invisível castigar todos a bordo, até mesmo eu, senti um pouco dela, imagino como os outros devem estar se sentindo.

Olhei para a imagem da câmera, agora a quatro naves e um Lanterna, voando atrás de nós. Assim que sairmos do planeta, o Lanterna, vai conseguir chegar até nós, mas por agora, estamos começando a colocar alguma distância entre nós.

"Cuidado!" Gritou Kori.

Fomos para esquerda e direita bruscamente, olhei para a janela, a minha esquerda e vi um rastro de energia quase que incolor passar próximo de nós, era um raio trator, eles querem nos capturar, e só nos salvamos graças às habilidades da Kori.

"Vou ter que ficar próxima deles, se não eles vão ter espaço para nos pegar!" Avisou ela, reduzindo um pouco a velocidade, se colocando abaixo das naves e do Lanterna.

Eles devem ter milhares de medidas para nos abater no ar, ainda bem que Kilowog, não quer isso, e dessa forma, continuamos por alguns minutos até saímos da atmosfera do planeta, foi aí que ganhamos realmente velocidade, como também demos um pouco de alívio para aqueles não dotados de um físico superior como eu e a Kori, mas pude escutar Dick, vomitar atrás de mim.

"Ele não desiste, não é?" Perguntei olhando para a tela, as naves policiais provavelmente não podem sair da atmosfera, mas o Kilowog, não parou sua perseguição e agora que estamos no espaço, ele começou a se aproximar rapidamente.

{Dio, recomendo armas de pulso.} Falou Galateia, pelo alto-falante.

"Você já está no motor? E sem armas!" Avisei.

"Cuidado!" Avisou Kori, mais uma vez, enquanto movia a nave para esquerda e depois direita, escapando de mais um disparo do raio trato vindo agora da estação espacial e de um disparo verde do Kilowog, na forma de uma mão gigante. Graças aos deuses, que a maioria da tecnologia empregada nesse lugar foi feita para destruir ameaças, e não as conter com vida, dou graças também pelo fato do Kilowog, deixar claro que nos quer vivos.

"Quanto tempo até entrarmos no subespaço?" Perguntei.

"Nessa velocidade, cinco minutos, mas temos que ter um destino."

"Galateia, você escutou, só nos tire daqui, rápido!" Gritei com ela, esperando cálculos rápidos.

Estamos saindo da zona de influência do planeta, mas o Kilowog, está cada vez mais próximo e ele não parece nada feliz.

O Bolovaxian, voando no estilo Superman, com um braço na frente do seu corpo, disparou cinco tentáculos de energia que se separaram e nas suas pontas, mãos foram formadas, mãos gigantes que nos cercaram se aproximando de todos os lados, foi Kori, mais uma vez, que guiou a nave com uma graça brusca, movendo o manche para esquerda e direita sem diminuir a velocidade passando por de baixo ou pelo espaço no meio dos braços de energia.

"BRURNU!"

A nave tremeu, um dos braços passou raspando pelo teto, mas vendo pelos equipamentos, não houve danos sérios.

"Se ele estiver tão próximo, vai conseguir nos seguir pelo hiperespaço!" Avisou Kori, ainda pilotando como uma louca habilidosa.

Soltei meu cinto e me levantei enquanto me prendia ao chão usando mana, move meu braço e fiz minha mão até o pulso ficar intangível, passei pela parte de cima do teto, então esperei o momento.

Segundos depois, ficamos mais uma vez em linha reta com o Lanterna, bem atrás de nós, foi quando agi.

"Επικαλούμαι τον πόνο του ποταμού Φλεγέθωνα!" {Eu invoco o sofrimento do Rio Flegetonte!}

Brasas começaram a surgir da ponta dos meus dedos, como não estávamos numa atmosfera, elas não foram atingidas pelo vento, mas como estamos em movimento, elas se esticaram, deixando um rastro de fogo que não desapareceu facilmente como as brasas normais, mesmo no vácuo.

Foi bonito, um rastro de luz luminescente em quantidade brilhando no vazio do espaço, isso durou até Kilowog, passar por elas, foi quando as explosões começaram como flores desabrochando no vácuo, elas não eram poderosas para ferir ou até mesmo quebrar a defesa do anel, mas foi o bastante para o atrasar só um pouco o distraindo.

"Agora, Galateia!" Gritou Kori.

{Entrando no hiperespaço!}

Um segundo depois, voltamos a ficar no meio do belo túnel de energia, sem nada ao nosso redor a não ser pela beleza de tudo isso, mesmo assim, ainda demorou alguns segundos para Kori e eu, relaxarmos, ela quase não conseguiu largar os controles, o jato agora está agora sobre o comando da Galateia.

"Tudo bem, não vamos fazer isso de novo." Comentei em voz alta, falando com todos no Javelin, Kori, concordou comigo, movendo sua cabeça sem parar encostada na sua poltrona de olhos fechados.

Ainda em pé, me virei para ver todos na parte de trás da cabine no corredor, andei até a Ravena, que pareci dez vezes pior do que antes, criar portais daquele tamanho um atrás do outro ainda é um desafio para ela, junte isso ao voo de agora, e esse é o resultado.

"Tudo bem?" Perguntei, me abaixando do lado da sua poltrona, não a toquei, ela não gosta disso.

"Preciso dormir um pouco." Falou ela em voz baixa e um pouco fraca.

"Quer ajuda pra ir para cama?" Oferece, mas a Ravena, negou e se levantou sozinha, para depois andar pelo corredor quase que cambaleando. Andei atrás dela, só para garantir que ela não caia no.

Passamos pelo Dick, que estava muito melhor que ela, e chegamos na parte de trás desse andar do Javalin, tive que levantar as camas nada confortáveis e as arrumar, elas não estavam presas ao chão, por isso o lugar estava uma bagunça, mas nenhuma delas se quebrou, o que é foi ótimo julgando pela violência que voamos.

Deixei Ravena, deitada sozinha, e voltei para o Dick, agora bebendo uma garrafa de água em pé no corredor que leva à cabine.

"Você vomitou?" Perguntei surpreso, olhando para o saco de papel em cima da poltrona do lado da qual ele estava sentando.

"Não conte ao Batman, se não ele vai me prender num foguete para me "treinar"!" Comentou ele para logo voltar a beber sua água.

"Quer dizer, já vi você saltar de prédios sem nada para segurar, dando piruetas e mortais e cair em pé sem nenhum desconforto." Comentei enquanto fazia o saco desparecer e conjurava um simples feitiço de limpeza no Javalin inteiro.

"O problema é a força-g, mas vou ficar bem." Falou ele depois de beber toda sua garrafa de água, que também fiz desaparecer, ele logo em seguida caiu de volta na sua poltrona para descansar.

Kori, se levantou e andou até ele, sentando-se do seu lado pegando sua mão.

"Então, isso valeu a pena ou só foi perda de tempo?" Perguntei para os dois.

Como um passe de mágica, o clima ficou pesado e muito ruim.

"Tão ruim assim?" Perguntei.

Dick, foi quem respondeu, já que Kori, colocou sua cabeça no seu ombro, escondendo seu rosto.

"Vamos para Tamaran!"

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Acho que nosso destino foi até mesmo esperado, afinal, quem teria tanto interesse na Kori, que não alguém de Tamaran?

Por que o clima ficou tão ruim depois da pergunta?

Bem, o motivo da Kori, foi claramente emocional, mas Dick, entendeu o problema real fora da emoção. Tamaran, se encontra no sistema estelar Vega, setor número 2828, o covil de tudo que é ruim e daqueles que se escondem da Tropa dos Lanternas Verdes. Por motivos que poucos sabem, o setor inteiro foi dado como proibido pelos Guardiões do Universo, ou seja, esse setor não possui nenhum Lanterna, como também é proibido para qualquer outro membro da Tropa entrar nele, isso é devido a mais um dos erros dos imortais.

Sabendo muito bem disso, o setor inteiro ganhou uma concentração anormal de gente que não presta, ele também é sede de quase todos as grandes organizações criminosas do universo, lá eles são livres de qualquer represália da Tropa, assim podendo se manter funcionando para sempre, já que é muito fácil para eles criarem novas bases se a principal se mantêm.

Não é só criminosos que tem poder nesse setor, a também grandes civilizações malignas superpoderosas e tecnologicamente avançadas, sendo a Cidadela e os Psions, os principais e mais conhecidos, resumindo, o sistema estelar Vega, tem dezenas de planetas habitados, centenas de raças, milhares de culturas e trilhões de seres sencientes, e quase nenhum deles presta, fora também o problema do sistema estar longe, muito longe.

"Quanto tempo para chegarmos em linha reta?" Perguntou Dick.

Todos nós, menos a Galateia, estamos sentados nas camas na parte de trás do primeiro andar num círculo, no centro do chão, algumas bebidas que trouxemos, a minha era uma das garrafas de vinho que comprei antes de vir para cá.

{Não evitando zonas perigosas ou anomalias espaciais, cerca de um mês e dez dias.} Respondeu Galateia, que voltou a se fundir com o motor do Javalin.

Julgando que vamos ter que atravessar setores espaciais inteiros, não é muito tempo.

"Com a nossa sorte, isso vai ser perigoso, muito perigoso." Falei em voz alta, pegando minha taça cheia de vinho no chão, tomando um gole.

"Caminho seguro?" Perguntou de novo, Dick.

{Adicionaria mais dez dias à viagem.} Respondeu Galateia, imediatamente, como é bom ter um computador vivo a bordo.

"Não é tão ruim, Ravena?" Perguntei para a mais sensata de nós.

"Sabíamos que seria uma viagem longa, vamos pelo caminho seguro." Respondeu ela de cabeça baixa segurando uma xícara de chá com as duas mãos assoprando ela antes de beber, já se passaram duas horas desde nossa fuga, e ela já está quase que totalmente recuperada.

"Por mim, tudo bem, Kori?" Perguntou Dick, para sua namorada, que estava nos preocupando mais do que a recuperação da Ravena, agora.

Kori, balançou a cabeça dizendo que não se importava, e depois se levantou e começou a andar na direção da frente do Javelin, de volta para a cabine do piloto.

"Nunca a vi tão para baixo." Comentou Dick.

"Ela acabou de saber que alguém em casa colocou uma recompensa insanamente alta por ela, não a culpo." Falei para ele.

Kori, sabia agora quem talvez colocou a recompensa, e tendo minhas memórias, também tenho uma ideia quem pode ter sido, o que vai levar a um grande problema de família e talvez até mesmo uma guerra, não a culpo, ela ainda tem memórias ruins do que aconteceu, coisas tão ruins, que até hoje não falou quase nada sobre, acho que está chegando a hora disso agora.

"Vamos dar espaço, não force, esse é meu conselho para você!" Falei apontando para Dick.

"Como assim?" Perguntou ele, parecendo ofendido.

"Você aprendeu alguns maus hábitos com o Batman, como lidar com os traumas, por exemplo."

"Como assim!?"

"Dick, você jogou o Wally, de um penhasco quando ele disse que tinha medo de altura."

"De que outra forma ele conseguiria conquistar seu medo?" Perguntou ele surpreso, achando sua ideia de enfrentar o medo, realmente comum para todos, Batman, é muito hard rock nos seus métodos.

Ravena, se levantou antes de eu poder dizer qualquer coisa, e foi na direção da porta.

"Eu vou ficar com ela, Dick, não se atreva a fazer nada, se não te mando para uma dimensão infernal!" Ameaçou Ravena, saindo pela porta.

Ela pode negar mil vezes, mas todo mundo sabe que essas duas são melhores amigas, e a Ravena, sendo quem é tendo esse peso nas costas, é muito agradecida por essa amiga, a defendendo de forma feroz, mas silenciosa, sempre que pode.

{Quero fazer uma recomendação.} Falou Galateia, chamando nossa atenção.

"Apenas fale, Galateia."

{Seria prudente fazer um pouso para verificar os danos causados pela nossa fuga. De acordo com meus sistemas, estamos bem, mas alguns sensores foram danificados.}

"Concordo, não quero ficar encalhado no meio do espaço, isso é morte certa." Comentou Dick, e ele está certo.

Em noventa e novo por cento de incidentes aonde a nave para de funcionar no espaço, o resultado é morte certa, afinal, a não ser se você der a sorte de estar próximo de um mundo acolhedor com tecnologia avançada o bastante para realizar um resgate, ou estar numa rota conhecida e muito usada, não há nada que se possa fazer para escapar com vida.

"Galateia, me mande uma lista dos planetas dos sistemas próximos para mim, junto do tempo necessário para chegar até eles." Falei enquanto pegava meu telefone.

A lista chegou segundos depois, uma lista mais completa em informações do que pedi, e não demorou para escolher um planeta certo.

 "Que tal esse? Sistema Graxos, setor 2815, mais precisamente o planeta Graxos III." Passei meu celular para o Dick, que não demorou para analisar também.

"É um planeta atrasado, mas próximo de um mais avançado caso precisarmos de peças de reposição, eles têm um Lanterna, mas duvido que ele foque sua atenção num mundo ainda na idade da pedra, e só vamos levar oito horas para chegar de onde estamos, por mim, tudo bem." Confirmou Dick, devolvendo o meu celular.

"Galateia, você ouviu, faça os cálculos, daqui à meia hora, vamos mudar de curso, deixe as meninas sozinhas por algum tempo, vai ser bom para elas."

{Entendido.}

"Enquanto isso, vou dar uma olhada nas câmaras de estase." Falou Dick, se levantando e indo até a saída.

As câmaras de estase estavam presas ao chão, e não se moveram durante nosso voo, mas uma das cargas de suprimentos ao redor acabou se soltado e atingindo uma delas, não houve nenhum dano visível, mas é melhor ter certeza com essas coisas, qualquer peça fora do lugar, e você fica dormindo para sempre congelado.

Então fiquei sozinho sem nada o que fazer por enquanto, algo comum na nossa vida no Javalin, agora me arrependo de não ter conseguido um pouco de tempo em Ungara, para ir até minha Casa, e conseguir alguns livros e talvez até mesmo um kit alquímico, mas tenho que fazer agora, essa foi a primeira vez que lutei contra um ser usando a energia do espectro emocional, e não fui muito bem contra ela, mesmo ele pegando bastante leve comigo.

Afinal, o anel não é a arma mais poderosa do universo por nada.

Não tem uma solução mágica fácil para ganhar deles, na verdade, talvez tenha, mas é bem baixo fazer isso com um aliado durante uma pequena briga como essa, mas a Tropa, não são os únicos usuários do espectro emocional, vou precisar fazer muita pesquisa sobre isso, Ravena, também vai ser de grande ajuda, vou começar sozinho, e depois trazer ela para isso, a menina ama tudo envolvendo magia e o desenvolvimento de feitiços, sempre ajuda com prazer, e essa pesquisa vai ser uma boa distração.

Oh, na verdade, se der certo, isso pode ser mais útil para ela do que para mim.

Me deitei na cama nada confortável e fechei os olhos. Infelizmente, não tenho papel nem uma mesa para trabalhar, escrevendo como um louco, é dessa forma que crio meus feitiços, mas ainda bem que tenho uma boa memória. Vou começar mentalmente o processo usando os livros que tenho.

Só tenho algumas horas até chegar em Graxos III, não é muito tempo, mas dá para um início.

Graxos III.

Vou rezar para todos os deuses de todas as religiões para que nossa estada nesse planeta seja mais calma que o primeiro mundo que visitamos.

A quem quero enganar, vai ser outra confusão, tenho certeza disso.

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"O poderoso Kilowog, falhou em capturar um grupo de criancinhas!"

Sentados na mesa de reuniões da Sala da Justiça, quatro dos heróis mais conhecidos do mundo estão olhando para o centro da mesa redonda, aonde um holograma está sendo transmitido diretamente do anel do Lanterna Verde John Stewart, ao seu redor estavam Superman, Batman e a Mulher-Maravilha, todos eles vestidos com seus trajes parecendo bem relaxados e se divertindo com a conversa, todos menos o Batman, é claro.

Kilowog, é o principal instrutor dos recrutas na Tropa, e todos eles sofreram durante seu treinamento, é claro que John, não perderia essa chance de o provocar.

{É bom ficar calado Puzzle, senão eu vou voar até esse maldito pedaço de rocha que você chama de planeta, e te dar uma lição na frente dos seus amiguinhos!} Kilowog, do tamanho de um boneco de ação com os braços cruzados, falou olhando para John, quase tocando fogo nele com um olhar.

"As crianças se mostraram mais uma vez capazes de se cuidar." Comentou Diana, olhando para o Batman, que está muito preocupado em os trazer para casa.

"No seu primeiro planeta eles arrumaram uma luta contra um Lanterna Verde, garanto que os problemas só aumentaram daqui para frente." Respondeu o Cavaleiro das Trevas.

{Não posso falar pelos outros, mas aquele menino com a espada sabia se cuidar, o outro que fez a confusão no bar dos caçadores de recompensa também não é nada mal para um humano.} Relatou Kilowog.

"Agora que sei mais ou menos onde eles estão, posso ir até eles, não vai demorar mais do que algumas horas para procurar num setor inteiro." Sugeriu, Superman.

"Não, eles não estão mais nesse setor, procurar dessa forma é um desperdício de recursos." Negou Batman, que olhou para Jonh.

"Kilowog, obrigado pela ajuda." Agradeceu o Lanterna Verde, se preparando para desligar a ligação.

{Entro em contado se algum outro Lanterna, cruzar com os Puzzles, mas lembre-se humano, nenhuma palavra!} Gritou o bolovaxian, desligando o holograma logo em seguida.

"Não vejo ele tão irritado assim faz muito tempo." Riu John, abaixando seu braço que até agora estava apontado para o centro da mesa exibindo o holograma.

"Deveríamos ter cancelado a busca dos Lanternas, nossos pupilos não são escória, para serem caçados dessa forma!" Diana, falou seu ponto mais uma vez para o Batman.

"Só estou de olho, porque sei que algo vai acontecer, além disso, o crime subiu na sua cidade, os criminosos já perceberam a falta de muito dos seus heróis."

Mesmo com muitos membros dos Titãs, ainda protegendo a cidade, eles não podem cobrir tudo como cobriam antes.

"Você está de olho porque seu pupilo se rebelou contra suas ideias, e isso o deixou com raiva se sentindo traído!" Essa observação fez todos os outros, menos o Batman, se sentirem um pouco deslocados, todos os membros da Liga, sabiam da confusão entre o Batman, e o seu pupilo.

Sobre o olhar mortal do Batman, a Mulher-Maravilha, nem mesmo tremeu, e ficou olhando diretamente para ele sem piscar.

"Vamos mudar de assunto um pouco, a outros pontos na lista de hoje, alguma novidade sobre as crianças desaparecidas?" Superman, agiu rápido mudando de assunto perguntando para o Batman.

O Cavaleiro das Trevas, ainda olhando para a Mulher-Maravilha, se levantou colocando um pequeno disco no centro da mesa que criou outro holograma mostrando mais de dez fotos, todas elas de pessoas abaixo dos quatorze anos de diferentes etnias que desapareceram em diferentes regiões sem deixar nenhuma pista.

"Dez crianças em duas semanas, todas elas moravam em zonas menos favorecidas e não a nenhuma prova do momento do seu rapto, tudo que tenho certeza até agora é que o culto conhecido como Igreja do Sangue, está por trás disso." Batman, contou a todos o resultado da sua investigação.

"A Igreja do Sangue, é um culto bastante poderoso, seria fácil para eles acobertarem sequestros e esconderem provas." Disse John.

"Isso é correto, seus membros estão em quase todos os lugares, da polícia a política, mas dessa vez é diferente, nenhum deles fez ações tão bruscas para acobertar algo dessa magnitude, tenho quase cem por cento de certeza que eles estão agindo em conjunto com o governo americano, alguém de grande patente e poder." Continuou, Batman.

"O importante são as criança, temos que as encontrar." Lembrou Diana.

"Estou armando um ataque para contra todos os locais conhecidos e escondidos que temos sobre eles, minha investigação sobre seu funcionamento é quase perfeita, venho fazendo isso desde que a Raven, se juntou aos Titãs, mas temos que atacar em conjunto."

"Não temos poder policial para fazer algo assim Batman, você sabe que não saímos por aí invadindo ou atacando." Falou o Superman.

"Isso é diferente de usar sua visão de raio-x?"

"Concordo com o Batman."

Antes do Superman, conseguir dizer qualquer coisa sobre esse comentário, Mulher-Maravilha, se colocou em prol desse ataque, afinal, as vidas das crianças estava em risco, mas o Lanterna Verde, também foi contra, assim levantando várias questões da própria Liga, no final, eles não atacaram em conjunto imediatamente, mas isso se revelou um grave erro que foi exposto depois.

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