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Caçadores Da Lua

"Eu entendo que ainda não tenho experiência. Eu sou apenas um companheiro de equipe incapaz que não conseguiu ir até o fim com meus camaradas. No entanto, a lealdade que foi gravada no meu coração, pelo menos isso eu posso garantir que é genuíno. É a minha verdade depois de tudo..." Em um futuro alternativo do seu: "21/12/2012" a data de um evento que abalou todo o planeta terra. Nesse dia, criaturas mitológicas, que até então só existiam em livros e filmes fictícios desceram de portais mágicos nos céus do nosso 'pacifico' planeta. Contra essas criaturas, várias guerras foram travadas, depois de 10 longos anos, bilhões de humanos foram mortos no processo, restando uma população de um pouco menos de 50 mil vivos. 50 anos se passaram desde aquele evento que hoje chamamos de "A invasão". Nesses anos todos muitos países caíram com as inúmeras guerras, um dos poucos que não se renderam foi o japão, onde vive a nossa protagonista com sangue europeu, ela sonha em fazer parte da maior força existente entre os humanos, "os caçadores da lua", eles são os únicos que podem salvar nosso lar. Seu maior sonho é trazer o fim da guerra dos humanos contra os monstros, para que as crianças possam viver num mundo em que sangue não precise ser derramado para que as coisas sejam resolvidas.

Donoghan · Fantasy
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25 Chs

#9 - O ataque no leste.

"Será que eles estão juntos?…"

Eu me fiz essa mesma pergunta diversas vezes em meus pensamentos, enquanto o ato entre aqueles dois era feito na minha frente.

E, quanto mais eu me fazia essa pergunta, eu ficava cada vez mais triste. Era um sentimento detestável que rodopiava dentro do meu ser.

Ódio.

Ciúmes.

Tristeza.

Queria eu poder ser a pessoa que estaria ao lado daquela pessoa…

Essa emoção estranha seria amor? Ou apenas uma falsa admiração? Eu ainda não sabia disso.

Apesar de já termos namorado, nós nunca nos beijamos. Mas, apenas segurar a sua mão era o suficiente para fazer meu coração acelerar.

Cabelos ruivos...

Aquele maldito cabelo ruivo...

Seu longo e sedoso cabelo e ruivo com cachos; sua pele branca sem marcas; Alta (da mesma altura que o Merlin, que atualmente tem cerca de 1, 74 de altura); tem um olhar sério e uma aparência adulta. E, ainda por cima, é conhecida como um pilar para esse mundo funcionar, a Princesa Do Fogo.

E justo ela é a pessoa que está junto do Merlin. 

Esse sentimento... Tristeza misturado com raiva? Por que estou com raiva? Nós terminamos, eu não deveria me sentir assim...

Estão por quê… …?

May: Huh?

Ela nota a minha presença e para de beija-lo. Seu rosto cora um pouco ao parar o ato. 

May: Eh… Oi?... Quem é essa garota? Uma dos seus alunos?

Merlin: Ah, na verdade, ela é uma amiga de longa data. Tornou-se uma caçadora recentemente.

May: Sim, sim, entendo. Você pode esperar um pouco? Eu e o Merlin temos que…

Merlin: Eu acho que está tudo bem ela ouvir, uma hora todos terão que saber o que ta acontecendo.

May: Ah, mas…? Puff! Tudo bem, Entre.

Emília: Eh- ah, sim!

Então, assim entramos na sala da May e, todos notamos que ela estava cheia de papelada em cima da mesa, livros e mapas espalhados pelo chão. Estava tudo bagunçado, mesmo que antes de abrir a porta ela já estivesse arrumando. 

Para alguém bagunceira como ela namorar alguém que gosta (ou pelo menos gostava) de tudo arrumado como o Merlin, ela é bem desajeitada. O que o Merlin viu nela? Fora a aparência...

May: Bem, bem, bem! 

"Flap, flap, flap…"

Ela bate palmas três e se senta em sua mesa.

May: Alguns caçadores do leste encontraram o que procurávamos em uma caverna. Nela haviam runas antigas daqueles demônios que invadiram o leste no ano passado.

Merlin: Hmm... Ou seja, eles estavam lá o tempo todo.

May: Exatamente.

 

Merlin: E os desaparecidos?

May: Foram encontrados já mortos. Todos os 10. 

Merlin: Droga!

May: Encontrei runas parecidas com as que você encontrou naquela expedição. Nesse momento deve ta em análise no laboratório.

Merlin: Hum… Entendo.

Emília: Err... Posso perguntar o que está acontecendo? 

Os dois se encaram depois de ouvirem minhas palavras. Merlin concorda com a cabeça e olha pra mim 

Merlin: No ano passado, a base leste foi atacada por demônios de nível avançado. Nesse ataque, 5 pessoas foram mortas e 10 foram sequestradas pelos demônios. E, agora encontramos a localização dos corpos, Infelizmente, quando chegamos lá, todos eles estavam mortos. 

Emilia: Mas os demônios não ficam escondidos em outros países? Japão é quase inabitável por demônios…

Merlin: E você não está errada. Os demônios, em sua maioria, à décadas vivem suas vidas "pacíficas" em vários países da america latina. Mas, depois desse ataque, os caçadores da base leste estão preocupados que algo tenha acontecido para esses demônios migrarem pro nosso país e que, existe um plano esquematizado por trás desse atentado terrorista.

Emília: Entendo, entendo. Mas e quanto a nós caçadores? Como todos nós não sabíamos disso? 

May: Foi a escolha dos caçadores do leste. Eles queriam manter isso em confidencialidade e pediram uma ajuda específica para cuidar desse caso, a minha ajuda. Contei tudo ao Merlin por ser o meu braço direito e ele disse que iria investigar outras bases de caçadores para ver se viram algo estranho recentemente, como demônios vagando aleatoriamente pelo país. 

Merlin: E, recentemente, encontrei uma caverna mais do que suspeita. Nela havia corpos em todo o canto. Mais ao fundo da caverna havia uma espécie de culto, o que tinha de corpo queimado e esquartejado não era pouco. E enquanto eu investigava essa caverna, eu encontrei corpos de elfos mortos a base de tortura e magia. O que nos leva a entender que, de alguma forma, os elfos negros também estão em conflito com demônios, e não apenas com a gente, como suspeitávamos. Enquanto eu descobria tudo isso, a may investigava essa outra caverna, na qual ela encontrou os 10 desaparecidos e algumas runas antigas que, infelizmente, não sabemos o que significa. Por isso trouxemos para a nossa base. Neste momento, como a May disse antes, elas estão em análise no laboratório.

Emilia: Eh… Por que eles querem manter esse caso escondido de todo mundo? Não seria mais fácil dizer a todos que eles foram invadidos? assim mais caçadores iriam poder ajudar na busca de respostas, não acham?

May: Essa garota faz muitas perguntas, Merlin. Tire ela da minha sala.

Emília: Eeeehh?!…

Merlin: Calma, calma… Respondendo as suas perguntas, Emília. Seria sim, mas o povo do leste é muito orgulhoso e não queria chamar atenção, mas, no fim, acabaram cedendo e chamando a May para esse serviço.

May: Pessoas estúpidas!... Mas enfim, acho que é isso. Merlin, depois você poderia vir aqui no meu escritório para conversarmos á sós, ok?... ...

Naquele momento tive uma leve impressão de que ela olhou para mim.

Merlin: Oh, sim! Até logo.

Eles se despedem com um beijo rápido e então saímos da sala da Ockman.

Emilia: Então... Vocês estão juntos?

Merlin: Hum... Acho que da pra dizer que sim, estamos juntos.

Emilia: Erm-- Bom, muito bom… E quando você planejava me contar?

Merlin: E por que deveria?

Emilia: Aah... Você está certo!... Você não tem obrigação nenhuma de me dizer. 

Fiquei até um pouco sem jeito ao ouvir aquela sua resposta que, foi direta no coração.

Emília: Bem, eu vou indo... Preciso encontrar alguns amigos, tchau.

Merlin: Huh... Tchau.

Ainda de frente pra ele, eu dou um passo passo para trás, dou mais dois passos para trás, mais três e mais quatro até bater na parede da escada. Tomo um leve susto, mas me recomponho e começo a descer as escadas.

Sim, a sala da senhorita Ockman era no terceiro andar e último de cima, com um teto redondo e uma pintura de uma serpente dando a volta no planeta terra e mordendo a própria calda, uma pintura que fazia muito você lembrar sobre o mito conhecido como Jörmungandr, a serpente do mundo. 

Segundo os mitos, ela seria filha de Loki (o deus da mentira) e, irmão de Fenrir e Hela. Algumas lendas contam que, depois de ser raptada por Odin, Jörmungandr foi jogada no oceano que circulava Midgard, onde cresceu tanto que seria capaz de morder a própria calda.

Será que a Ockman gosta de histórias da mitologia nórdica. 

Ah… Anos presa dentro de casa fazem isso com a pessoa. 

Descendo as escadas com as mãos entrelaçadas e um leve aperto no peito me veio. Enquanto descia as escadas de olhos fechados e suspirando, acabo esbarrando em alguém. 

Emília: Ah… Eu sinto muito!…

Olho para trás e tomo um pequeno susto ao ver em quem eu tinha me esbarrado.

Emília: Ugh…

Acabei esbarrando no temido e respeitado Soberano Sul. Mesmo eu tendo esbarrado nele, ele não se importou e continuou subindo as escadas.

Por um breve momento eu fiquei imóvel, pensando no porque, até eu levar em conta o "sul" em soberano sul.

Balanço a cabeça 3 vezes e ele já tinha sumido. Fiquei confusa, mas continuei descendo as escadas. Chego no primeiro andar, então procuro a saída e a acho.

Saio daquele sufocante palácio e, me encosto na parede do lado de fora do lugad, me sento no chão e respiro fundo enquanto olhava pro nada com uma expressão pensativa. 

Emília: Ah… Mas que droga acabou de acontecer?... ...

Coço a cabeça e mordo um pouco o beiço de raiva - é uma velha mania que eu tinha quando criança para poder sentir o mínimo de dor. Me levanto e saio á procura das irmãs Ichida. Até porque, além de serem as únicas pessoas que "conheço" nesse lugar, elas me fazem lembrar dos meus antigos companheiros, que são insubstituíveis, mas, talvez eu me sinta melhor estando com elas nesse momento - elas me fazem rir, afinal... - e, também porque é meio triste estar sozinha nessa imensa base.

Achar aquelas duas não dever ser assim tão difícil. Deixei elas acompanhadas daquele brutamontes que era o Colossus, e aquele cara não é difícil de se encontrar, não deve passar despercebido em lugar algum. Porque, com aquele tamanho você ver ele até do espaço - só pra curiosidade, Colossus deve ter algo em torno de 2 metros e 20 centímetros de altura (ou mais). Daria duas de mim, uma em cima da outra e, ainda assim, não estaria na altura dele. - ou talvez eu esteja simplesmente exagerando, eu não sou a melhor em medir coisas… 

Deixando as piadas desnecessárias de lado, continuei a procura daquelas duas.

Gasto cerca de 10 minutos procurando por elas. Então desisto de procurar e fui a um bar tomar um suco. E adivinhem só! As duas "peças" estavam lá discutindo com vários homens. 

Me aproximo para saber o que estaria acontecendo e, vejo Rika segurando fortemente a Sanae pelas costas que, estava tentando partir para uma briga contra um grupo de caçadores homens. 

Sanae: NÃO ME SEGURE, RIKA!! Esse desgraçado e todas as suas próximas gerações vão pagar pelo crime que ele cometeu!!! 

"Caçador": Hã?! Idiota, eu já disse que me enganei! Me deixe em paz.

Sanae: Não me venha com essa agora, verme maldito!! Eu vou te matar!!!

O dono do bar que, estava pleno atrás do balcão, tenta interferir na briga da maneira mais casual possível. Usando palavras.

"Dono do bar": Senhora, por favor, acalme-se ou terei que pedir para você se retirar do meu bar.

Rika: Você ouviu o homem? VAMOS EMBORA!!!...

Sanae: Eu não estaria assim se ele não tivesse feito o que fez!!

Rika: Sua estúpida, pra quê toda essa birra com um copo de suco?! Idioooota!!!

Sanae: BEIJO INDIRETO! Ele tomou no mesmo copo que eu estava tomando! isso é beijo indireto!! Você é burra, Rika? 

Rika: O que?!! Você por acaso tem 10 anos pra fazer birra com "beijo indireto"? Sua doente!

Sanae: Isso é muito adulto, ok?!

Rika: Idiota, idiota, idiota!!! Você só me faz passar vergonha!

Sanae: Por causa desse merda eu não vou poder mais me casar! Ta satisfeito, seu viado?! Buaaaah!

Rika: Bote nessa sua cabeça de vento que você não vai se casar porque ele te deu um beijo indireto, e sim por que você é FEIA e IRRITANTE!!!

Sanae: Eeeeh?!! Eu sou feia?!

Acabo interrompendo a discussão com meus risos escandalosos. 

Emilia: Hyaahahah!... Ah… Aiai, Só vocês mesmo... 

As duas olham pro lado e notam que eu estava atrás delas, rindo da situação em que as mesmas tinham se metido.

Sanae: Emília, até que enfim! Segura esse maldito e asqueroso homem! Ele abusou de mim! Mesmo que indiretamente... Ainda é assédio!!

Confusa, eu aponto pra mim mesma.

Emília: Heh… Eu?...

Rika: CORRA HOMEM!

Sanae: Não fuja, covarde.

 

O tal homem corre com medo da Sanae, enquanto ela ainda tentava se libertar da Rika que, ainda insistia em impedir ela de correr atrás daquele pobre homem.

Depois de tanta briga desnecessária, o dono do bar nos expulsou para sempre do estabelecimento. Pra completar, fui incluída nisso e também fui expulsa do bar para sempre. Porque, segundo o que o dono do bar teve que me falar pessoalmente, eu fazia parte do "tipo" delas.

Rika: Aaah!... E então, Emilia, você estava assistindo as lutas dos novatos?

Emilia: Na verdade, fui falar com o Merlin - voces ouviram... - mas, não quero falar sobre isso agora... Mas e vocês, você brigou a tarde toda ou fez outra coisa?

Olho para sanae e ela estava tentando passar batom vermelho na boca, mas estava ficando torto.

É por isso que não uso maquiagem. Sou desastrada... E também porque não preciso.

Rika: Estávamos assistindo as lutas dos novatos, mas a sanae ficou com sede e deu no que você viu à pouco.

Emilia: Entendo...

Ainda olhando fixamente para o rosto de sanae, então deixo soltar uma breve risada de deboche.

Emília: Hihihi… Eh… Como não temos muito o que fazer aqui, por que não vamos ver os novatos lutando?

Rika: Seria divertido. Por que você não participa também?

Emilia: É melhor não, tenho certas limitações, então não quero me desgastar por motivos tão triviais e sem mérito como luta de novatos.

Rika: hum... Compreendo. Você não vai ganhar mérito algum se lutar lá mesmo. Quase nada... Nada além de que você pode ser vista com bons olhos por caçadores de alto escalão. fora isso, nada. 

Emília: Ei, ei! Isso soou como uma provocação.

Rika: Ehehe! Bem, vamos lá. Outra luta vai começar muito em breve.

Corremos até as arquibancadas da arena, a mesma arena a qualquer passei pela frente mais cedo. Procuramos lugares vagos, mas não achamos vagas para três. Porém, tanto procuramos, que achamos. Três lugares, ao lado desses três lugares vazios estava ele, Colossus, quieto e atento as lutas.

Algo me diz que ele estava guardando aqueles três lugares...

Desconfiamos que ele estivesse guardando aqueles lugares para amigos, esperamos alguns segundos, então nos aproximamos com calma das cadeiras. Então nos sentamos, mas ele não disse nada sobre estarmos tomando esses lugares. 

Então não há problema...?

Ainda esperando a próxima luta começar, Colossus vagamente olhou para o lado e nos vê alí ao seu lado. Seus olhos deslizam até Sanae, então ele não consegue segurar as palavras e diz:

Colossus: Quem em sã consciência deixou esse demônio invadir a base?

Sanae: Heh- Ele falou comigo? Parece que você estava falando comigo. Falou comigo? Senti de verdade que ele tava mesmo falando comigo...

Emília: Esqueça isso. 

Emília: Ei, Colossus. Por que tantas pessoas se reúnem para assistir simples novatos lutando?

Colossus: Whuuaa! Ok. Duas únicas e simples razões. 1 - para os mais experientes verem a próxima geração e decidirem quem irão querer treinar. 2 - para ver o show dos dois mais fortes.

Emilia: O que você quer dizer com "o show dos dois mais fortes"? Você vai fazer um campeonato, Colossus?

Colossus: Pra você é: Senhor Colossus. E não, anã de jardim… Mas, não seria uma má ideia fazer um campeonato.

Sanae: Oooah! Acho que já ouvi falar sobre isso. Mas ninguém não chegou sequer me dar nenhum detalhe muito específico.

Ele inspira com cansaço.

Colossus: É uma luta especial, feita para comemorar a chegada dos novatos. Os dois caçadores mais fortes do sul se enfrentarão nesta arena, para mostrar aos novatos o que é uma luta de verdade. 

Naquele momento, meu mundo entrou em estado de colapso.

Emilia: Espere! Você disse "os dois melhores"? Isso significa que--

Senti um breve formigamento na região da orelha esquerda enquanto tentava falar com Colossus. Olho para a arena e tomo um tremendo susto e um breve choque na mente.

Colossus: Sim, mocinha. Uma grande batalha acontecerá aqui e agora. Em nome do entretenimento, nossos pilares e chamariz da base sul irão se enfrentar numa batalha sangrenta. Merlin contra May. Prepare-se, mocinha, para o maior show de sua vida.

Minhas mãos tremiam enquanto eu apertava a barra de ferro a qual eu estava me apoiando para me manter de pé. 

A arena tinha duas entradas, vejo Merlin e May entrando na arena, cada um vindo de entradas opostas uma do outro.

Os dois se enfrentarão aqui e agora. Algo grande está por vir e isso deixa o meu pobre coração apertado e temente ao pior.

 

Continua...