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capítulo 25: Ecos de Sangue: O Amanhecer de um Novo Dia

Na manhã seguinte, Misheru está sentado em uma cadeira, observando sua irmã Raphtalia dormindo tranquilamente. Ele suspira profundamente e murmura: "Me desculpe, irmã, eu não deveria ter te deixado lá naquela igreja". Logo, batidas suaves soam na porta do quarto. Misheru dá permissão para entrar e, ao abrir a porta, vê Asia.

Asia, com uma expressão preocupada, pergunta: "Raphtalia está bem, não está?". Misheru olha para Asia e responde calmamente: "Sim, ela está. Ela só precisa descansar, só isso". Levantando-se da cadeira, Misheru suspira e comenta: "Ontem foi meio cansativo. E chegar aqui na casa de Issei, todo coberto de sangue, deixou os pais de Issei bastante preocupados".

A cena muda para a noite anterior, à meia-noite, na casa de Issei. Misheru, carregando Raphtalia nas costas, olha para Issei e Asia e anuncia: "Pessoal, eu vou entrar pela janela". Issei, confuso, pergunta: "Mas por quê, cara?". Misheru responde, apontando para suas roupas manchadas de sangue: "Olha para mim, Issei. Eu não posso entrar pela porta nesse estado, né?". Issei concorda, percebendo a gravidade da situação, e diz para Asia: "Vamos entrar, Asia". Asia segue Issei até a porta e eles entram.

Misheru, por sua vez, vai para a parte de trás da casa. Ele olha para a janela do segundo andar e, sem hesitar, pula e aterrissa no telhado. Em seguida, ele abre a janela e entra. No quarto, Misheru coloca sua irmã na cama. Ele ouve passos no corredor e, quando a porta se abre, são os pais de Issei que entram, surpresos ao ver Misheru coberto de sangue. Issei e Asia chegam logo depois.

De volta ao presente, Misheru olha para Asia e pergunta: "E então, como está a Samantha?". Asia responde: "Ela já acordou, está lá embaixo tomando café". Misheru comenta: "É, para você foi fácil, só teve que dizer que a Samantha era uma freira ferida. Mas para mim foi difícil explicar por que eu estava coberto de sangue".

Misheru logo percebe que Asia está usando um uniforme escolar da Academia Kuoh e elogia: "Você fica bem com essa roupa, Asia". Ao ouvir isso, Asia fica um pouco envergonhada e pergunta: "É, você acha?". Misheru acena afirmativamente e diz: "Hoje é o seu primeiro dia em uma escola, né?". Asia acena e confirma: "Sim, desde que eu era criança eu fui educada na igreja, nunca entrei em uma escola".

Misheru coloca a mão no queixo e pergunta: "Entendi, então já tomou o café? Já que nós vamos já já para a escola". Asia responde: "Não, eu ainda não tomei café, eu vim aqui só para ver se a Raphtalia estava bem". Misheru se vira para a porta e diz: "É, ela está bem, vamos, vamos logo tomar o café e ir para a escola". Misheru e Asia saem do quarto.

No entanto, Raphtalia abre os olhos e se levanta, olhando para a porta. Com um sorriso no rosto, ela diz: "Que preocupação, hein, irmão...". Raphtalia segura seu abdômen e murmura: "Okimasu, seu maldito, quando nos encontrarmos, eu vou devolver aquele golpe que você me deu".

Enquanto isso, Misheru e Asia chegam à cozinha, onde encontram Issei, seus pais e Samantha. Asia cumprimenta a todos com um alegre "Bom dia, pessoal", ao qual todos respondem da mesma forma. Misheru, no entanto, permanece em silêncio, sentando-se em uma cadeira. Asia faz o mesmo e ambos começam a comer. O assunto da noite anterior paira no ar, mas ninguém ousa mencioná-lo. Issei parece prestes a falar algo, mas desiste antes de pronunciar qualquer palavra.

Após alguns minutos de silêncio desconfortável, Issei, Asia e Misheru se levantam e saem da casa dos pais de Issei, rumo à Academia Kuoh.

Durante o caminho para a escola, uma conversa séria se desenrola entre Misheru, Issei e Asia. Misheru revela a Issei que não poderá mais ficar em sua casa, deixando Issei confuso e perguntando o porquê. Misheru explica que os pais de Issei o viram coberto de sangue no dia anterior e podem pensar que ele é um assassino. Ele até admite para si mesmo que, tecnicamente, ele é um assassino em série.

Issei, no entanto, rejeita essa ideia, insistindo que Misheru não é um assassino. Asia, que estava ouvindo a conversa, concorda com Issei, lembrando a Misheru que ele não matou Issei naquele dia. Misheru olha para o céu azul acima e concorda em voz alta que ele não é um assassino. No entanto, em sua mente, ele admite que fez coisas no passado que nem ele mesmo poderia perdoar.

Ao chegar na imponente Academia Kuoh, Misheru, com um olhar curioso, volta-se para Asia e questiona: "Sabe, Asia, algo que não consigo entender é como a Rias conseguiu matricular você aqui tão rapidamente". Asia, surpresa com a pergunta, olha para Misheru e responde com uma expressão confusa: "Você não queria que eu viesse para a escola, Misheru-san?".

Misheru, percebendo o mal-entendido, rapidamente esclarece: "Não é nada disso, Asia. Eu estou feliz que você esteja aqui. É só que sua matrícula foi concluída muito rapidamente. Eu sempre pensei que matricular-se em uma escola seria um processo mais trabalhoso e demorado".

Issei, ouvindo a conversa, decide intervir: "Cara, nós voltamos às aulas há 2 ou 3 semanas, pelo que eu me lembro. Talvez ainda houvesse vagas disponíveis para ela". Misheru, ainda cético, questiona: "Você realmente acredita nisso, Issei? Mesmo considerando que a Rias não tem os documentos da Asia?".

Misheru, então, tem um lampejo de compreensão e murmura para si mesmo: "A menos que ela tenha tido uma pequena ajuda ou tenha usado magia para acelerar o processo". E Issei, tentando encerrar a conversa, conclui: "Bom, isso realmente não importa, cara. O importante é que a Asia está aqui conosco e está protegida pela Rias".

Após alguns minutos de caminhada, eles finalmente chegam à sala. Misheru lança um olhar para Asia e questiona: "Asia, você não está esquecendo de algo, está?". Asia, um pouco confusa, responde: "Não, por que?". Misheru, tentando disfarçar, diz: "Ah, nada não. Eu só vou ali e já volto". Ele entrega sua bolsa para Issei e se afasta, deixando Issei e Asia sozinhos. Issei, intrigado, comenta: "Caramba, por que ele está agindo assim?". Asia não responde, apenas observa a direção para onde Misheru se dirigiu. Issei e Asia então entram na sala.

Misheru logo chega ao clube do conselho estudantil. Ele bate na porta e é recebido por Tsubaki Shinra, que o cumprimenta: "Misheru-san, quanto tempo que você não aparece por aqui". Misheru responde: "É, mas eu não vim aqui para isso, vim conversar com a Sona". Tsubaki permite que Misheru entre.

A sala do clube do Conselho Estudantil na Academia Kuoh é um espaço amplo e bem iluminado. As grandes janelas permitem a entrada de luz natural, criando um ambiente acolhedor. As paredes são adornadas com quadros de avisos repletos de anúncios de eventos futuros e atualizações importantes para os estudantes.

No centro da sala, há uma grande mesa de madeira onde os membros do conselho se reúnem. Cada lugar na mesa tem uma placa com o nome, indicando a posição de cada membro no conselho. Há uma cadeira maior e mais ornamentada na cabeceira da mesa, reservada para o presidente do conselho.

Ao lado da mesa, há uma estante repleta de pastas e documentos importantes relacionados à administração da escola. Há também um pequeno espaço de descanso com um sofá confortável e uma mesa de café, onde os membros podem relaxar durante os intervalos.

Misheru lança um olhar para o canto da sala, onde Sona está sentada à sua mesa, que está repleta de papéis. Ele se aproxima da mesa e Sona, percebendo sua presença, olha para ele e diz: "Diga logo, eu mal tenho tempo aqui". Misheru responde: "Bem, eu só vim aqui para pegar os horários da Asia, só isso".

Sona, surpresa, comenta: "E eu que pensei que você viria aqui para conversar". Misheru diz: "Talvez eu venha aqui de vez em quando para conversar com você, Sona". Sona dá um pequeno sorriso e admite: "É, eu realmente preciso de uma distração de vez em quando".

Sona então se levanta de sua cadeira e caminha até uma estante. Misheru a segue com o olhar enquanto ela pega uma pasta e comenta: "Eu guardei esse horário em algum lugar". Nesse momento, Tsubaki chega e diz: "Não é esse o horário que você está procurando, presidente".

Sona e Misheru se voltam para Tsubaki, que tem o horário de Asia em suas mãos. Misheru pega o horário e volta para Sona, dizendo: "É, Sona, você realmente precisa de um descanso". Com isso, Misheru caminha até a porta do clube do conselho estudantil e sai.

Após alguns minutos, Misheru chega à sala, mas logo percebe que nem Issei nem Asia estão presentes. Seu olhar é atraído para um canto da sala, onde um grupo de meninas está conversando animadamente. Misheru se aproxima do grupo, procurando pela líder da sala. As garotas lançam olhares de desdém para Misheru, mas ele não se importa e diz: "Então, você é a Emi, certo?".

Emi é uma jovem de estatura média, com uma postura elegante que reflete sua confiança. Seus cabelos castanhos ondulados caem até a metade das costas, dando-lhe um ar de graça. Seus olhos são de um marrom claro e brilhante, sempre cheios de curiosidade e maravilha. Ela veste o uniforme feminino da Academia Kuoh, que consiste em uma camisa branca de manga longa com um laço preto na gola e uma saia xadrez vermelha e preta. A camisa é bem ajustada, destacando sua figura esbelta, e a saia chega até um pouco acima dos joelhos, dando-lhe uma aparência jovem e energética.

Ela também usa meias longas brancas que chegam até a metade da coxa e sapatos pretos de couro. O uniforme é complementado por um casaco preto que ela usa sobre os ombros nos dias mais frios. Emi, com sua presença marcante, certamente se destaca na multidão.

Emi, com um olhar inquisitivo, se volta para Misheru e pergunta: "Sim, por que a pergunta?". Misheru, sem hesitar, responde: "Eu estava querendo saber se você viu para onde Issei e Asia foram". Emi, com uma expressão de surpresa, responde: "Você está se referindo àquele pervertido e à garota de cabelos loiros?". Misheru acena afirmativamente e Emi continua: "Bem, eu não tenho certeza. Mas um dos membros do Clube de Pesquisas Ocultas veio até eles e os levou".

Misheru, entendendo a situação, agradece: "Bom, obrigado pela informação". Ele então se afasta do grupo e sai da sala. Uma das meninas comenta: "Ele é até bonito, mas está sempre ao lado daquele pervertido, então não podemos baixar a guarda para ele". As outras meninas concordam enquanto Emi observa a porta por onde Misheru saiu.

Misheru, que estava no corredor, parou por um momento, pensando: "Eu já vi aquela garota em algum lugar, mas não consigo me lembrar de onde". No entanto, ele logo deixou esse pensamento de lado e continuou seu caminho. Ele saiu da escola e caminhou por alguns minutos até chegar a um clube. O prédio era uma construção de três andares, com o terceiro andar servindo como uma torre de relógio. O prédio era pintado de branco, com um telhado preto e vinhas subindo até o segundo andar.

Ao entrar no clube, Misheru se deparou com uma sala com painéis de madeira, mobiliada com sofás e cadeiras de estilo vitoriano ao longo das paredes. Uma parte da sala estava configurada para ser usada como um banho. Um grande círculo mágico da Família Gremory também estava presente, permitindo o teletransporte de e para os clientes.

Ele viu Issei conversando com Rias sobre como funcionam as peças demoníacas do xadrez.

Rias log percebe a presença de Misheru ela olha para a direção da porta e ver o mesmo e ela fala: "Bom dia Misheru-san".