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capítulo 23: Revelações Obscuras: O Confronto Sangrento pela Verdade

Algumas horas atrás, nos recônditos da residência de Issei, encontramos Misheru. Descansava serenamente na cama de hóspedes, entretanto, em sua mente, desdobravam-se os pesadelos de um passado que ele havia enterrado profundamente. Subitamente, seu sonho se obscurece, mergulhando em um negro profundo. Misheru, perplexo, vaga sem direção pelo desconhecido.

No vácuo de sua perplexidade, duas serpentes emergem, uma irradiando luz e a outra envolta em sombras. Misheru, intrigado, indaga: "Quem são vocês?". A serpente luminosa responde solenemente: "Somos irmãs gêmeas, eu represento a luz, e esta é a da sombra. A razão de nossa aparição está atrelada à notável semelhança do seu sangue com o da senhorita Raphtalia". Ao ouvir o nome de sua irmã, Misheru indaga ansiosamente: "Raphtalia, algo aconteceu com ela?". A serpente luminosa responde de maneira tranquilizadora: "Ainda não, por enquanto".

No ápice da tensão, Misheru exclama: "O quê?". A serpente sombria toma a palavra: "Como interrompeu a explicação de minha irmã, assumirei a tarefa. A senhorita Raphtalia está envolvida em uma batalha, e nossa presença ao seu lado é efêmera. Optamos por procurar um membro da família Kajiya nas proximidades, e encontramos você aqui".

Compreendendo a explicação das serpentes, Misheru se resigna: "Tudo bem, mas por que não me permitem ir imediatamente para proteger minha irmã?". A serpente luminosa responde com serenidade: "Você ainda não está pronto. Antes, ensinaremos a você o feitiço ancestral de sua família". Misheru, resignado, concorda: "Está bem, que seja rápido, então".

Num súbito despertar, Misheru percebe uma fina camada de suor em seu corpo. Ele acaricia o rosto, mergulhando nos pensamentos sobre seu passado esquecido e nas palavras enigmáticas das duas cobras alertando sobre o perigo iminente de sua irmã. Ao se erguer apressadamente, Misheru vacila e murmura: "Maldição, levantei-me rápido demais." Com cuidado, ele se põe de pé, ponderando sobre a súbita pressão ao se levantar.

Após dar uns tapinhas no rosto, Misheru lembra-se de seu dever e, ao abrir uma caixa, percebe a ausência do que esperava encontrar. A lembrança do ataque de Rias e a destruição de seu traje atingem Misheru, que desabafa: "Droga, meu traje foi desfeito pelo ataque da Rias. Bem, é melhor voltar às roupas normais." Ele veste uma calça jeans preta e uma camiseta branca, suspirando enquanto sussurra: "Tudo bem, vamos nessa.".

Ao sair do quarto de hospedagem e descer as escadas, Misheru depara-se com os pais de Issei no sofá, expressando profunda preocupação pela ausência do mesmo.

Os pais de Issei viraram-se para o lado ao perceberem Misheru, que despertava. O pai de Issei levantou-se do sofá, aproximando-se de Misheru com uma pergunta: "Então, amigo de Issei, por que está acordando a essa hora da noite?" Misheru encarou o pai de Issei e respondeu: "Acordei porque Issei ainda não chegou, e pensei em procurá-lo." A mãe de Issei, levantando-se, preocupada, disse: "Mas não é perigoso lá fora a esta hora?" Misheru assegurou: "Sim, é, mas eu sei me cuidar."

Após suas palavras, Misheru dirigiu-se à porta, abrindo-a. Ele lançou um olhar tranquilizador aos pais de Issei, declarando: "Vou trazê-lo para casa, não se preocupem." Com isso, fechou a porta atrás de si. Enquanto corria, Misheru refletia: "Desculpem, pais de Issei, mas não estou procurando por seu filho. Estou indo ajudar minha irmã em perigo na igreja." Sua velocidade ultrapassava 1.300 km/h, uma façanha impressionante, mas apenas sua velocidade normal. Quando ativasse seus poderes oculares, ele aumentaria duas vezes a sua velocidade normal.

Nas profundezas do subsolo da igreja, uma batalha intensa desenrolava-se entre três demônios e uma freira, que enfrentava um jovem chamado Akamochi. A maestria de Akamochi destacava-se, desafiando os quatro oponentes. Issei precipitou-se na direção de Akamochi, mas este, com habilidade, segurou o soco, desdenhando: "Soco fraco, deveria treinar mais." Em breves instantes, Akamochi desferiu uma sucessão de golpes no estômago de Issei, provocando o vômito de sangue.

Rias, testemunhando impotente o espancamento de Issei, irrompeu em chamas vermelhas, exclamando: "Maldito, você terá o que merece." As mãos de Rias ardiam enquanto Akamochi, encarando a cena, sorria desafiador: "Pode vir, se quiser tentar." Akamochi lançou Issei em direção a Rias, que o segurou momentaneamente. Contudo, descuidada, foi surpreendida pela velocidade impressionante de Akamochi, que desferiu um poderoso chute no estômago de Issei, projetando ambos contra a parede.

Akamochi percebeu a freira Samantha se aproximando e lançando um golpe vertical, mas habilmente desviou do ataque. Samantha recuou, apontando a katana em direção a Akamochi. Ele comentou, provocando: "Parece que você está progredindo, freira. A katana demoníaca está te consumindo aos poucos. Olhe pelo lado bom, você está prestes a alcançar o último estágio." Ignorando as palavras de Akamochi, Samantha avançou com determinação, desferindo um golpe diagonal que rasgou o colete de Akamochi.

Ao observar o estrago em sua roupa, Akamochi lamentou: "Ah, droga, eu gostava muito dessa roupa." Seus olhos se fixaram novamente em Samantha, que executava mais movimentos com a katana. Akamochi conseguiu se esquivar, afastando-se dela. Enquanto avaliava a situação, pensou consigo mesmo: "Ela está progredindo. Consegue enfrentar minha forma normal. Isso é emocionante. Ok, é hora de usar esse feitiço." Em voz alta, Akamochi proclamou: "Kurai no Kaname."

Kurai no kaname é um feitiço ancestral que vincula as katanas a um usuário específico, permitindo que elas se manifestem instantaneamente quando convocados pelo portador. Este feitiço é tecido com energias místicas, conectado-se à intenção do usuário.

Akamochi, percebendo a necessidade de uma arma específica, viu uma névoa sombria formar-se ao seu redor, dando origem a uma espada. Firmemente empunhando a lâmina recém-materializada, ele ouviu um som atrás de si. Ao se virar, deparou-se com Akeno lançando um ataque de raios. Akamochi prontamente posicionou a espada, absorvendo os raios e fazendo Akeno perceber a futilidade de seu ataque.

Em um movimento ágil, Akamochi usou a espada para criar um vento poderoso, lançando Akeno para longe. Voltando-se rapidamente, bloqueou o golpe da katana de Samantha com maestria, demonstrando uma destreza surpreendente no calor da batalha.

No lado de fora da igreja, Misheru apareceu na frente da porta principal, sentindo um mal pressentimento em relação aos eventos que estavam prestes a acontecer. Com determinação, ele entrou na igreja e observou sinais de uma batalha ocorrida algumas horas antes. O chão começou a tremer, e Misheru pensou: "O que foi isso? Deve ter vindo de baixo. Vou ter que verificar."

Misheru olhou ao redor da igreja, notando uma sala com uma porta secreta aberta. Sem hesitar, ele entrou na sala, descendo as escadas em direção ao subsolo.

Ao chegar no subsolo da igreja, Misheru depara-se com Akamochi e vê Akeno e Issei caídos no chão, machucados pela batalha. Rias estava de pé, determinada a vencer Akamochi a qualquer custo. Ao olhar para o altar, Misheru fica surpreso ao ver alguém preso na cruz e sussurra: "Ásia?". A luta para quando uma pessoa sai voando da parede quebrada, caindo aos pés de Misheru, e ao reconhecê-la, ele exclama: "Raphtalia".

No presente, Misheru olha para sua irmã, cheia de ferimentos. Desesperado, ele a levanta nos braços. Raphtalia, ao olhar para o irmão, sorri e diz: "Irmão, finalmente você veio... pensei que não viria mais". Misheru, preocupado, se desculpa, mas Raphtalia desmaia. Furioso, Misheru pergunta a Rias sobre o que está acontecendo. Rias, sem tirar os olhos de Akamochi, explica que estão tentando impedir os planos da anjo caída próxima a Asia.

Um brilho verde ilumina a área, indicando que os poderes de Asia estão sendo usados pela anjo caída. Misheru percebe que se esses poderes forem retirados dela, Asia morrerá. Com emoções à flor da pele, Misheru grita, questionando por que estão fazendo isso e chamando-os de desgraçados. Uma gargalhada ecoa no subsolo, revelando que é Akamochi quem está por trás disso.

Akamochi se aproxima de Misheru e se agacha, admitindo que manipulou os eventos. Misheru, surpreso, pergunta como Akamochi sabe seu nome. Akamochi revela sua identidade e confessa ter sido o responsável pela morte dos pais de Misheru. Lembranças antes seladas na mente de Misheru ressurgem, mostrando a sombra de Akamochi na infância do protagonista, revelando sua verdadeira natureza. Misheru, indignado, acusa Akamochi: "Então... foi você que fez isso, você destruiu a minha família!".

Akamochi exibiu um sutil sorriso e proclamou: "Sabe, gostei de tê-los eliminado." A fúria de Misheru fervia; ele rangia os dentes com raiva, colocando Raphtalia no chão e erguendo-se. Seus olhos encontraram Ásia crucificada ao lado, desaparecendo da vista de Akamochi e dos outros presentes. Raynare, a anjo caída, encarou Misheru ao notá-lo. Misheru, com determinação, libertou Ásia da cruz, ignorando as tentativas de Raynare de impedi-lo.

Num momento impactante, Misheru desferiu um soco poderoso no rosto de Raynare, resultando numa explosão e sangue jorrando. Ao presenciar tal cena, Akamochi experimentou uma emoção avassaladora, pensando: "Que sentimento é esse... raiva?" Repentinamente, Misheru materializou-se ao lado de Akamochi, resgatando Raphtalia. Em seguida, dirigiu-se a Rias, segurando a jovem em seus braços e proferindo: "Peguem-nas e saiam daqui. Eu resolvo tudo. E, aliás, leve isso."

Misheru entregou os anéis que cintilavam em verde a Rias, que assentiu em compreensão. Rias ordenou a Issei que resgatasse Ásia, enquanto ela própria segurava Raphtalia. Ao lado de Akeno, eles emergiram do subsolo, ascendendo pelas escadas, deixando para trás um rastro de eventos intensos.

Misheru se volta para Akamochi, mas é interrompido quando alguém toca em seu ombro. Virando-se rapidamente, depara-se com a freira Samantha, deixando-o um tanto surpreso. Ele indaga, surpreso: "Samantha, o que você está fazendo aqui?" Um sorriso adorna o rosto de Samantha enquanto ela responde: "Eu vim te ajudar. Além disso, eu estava aqui antes de você chegar e estava me saindo muito bem." Akamochi comenta, provocando: "Bem até eu te acertar em cheio e você bater numa parede, ficando inconsciente." Samantha não segura a indignação: "Cala a boca, idiota!", grita.

Misheru, observando a katana nas mãos de Samantha, questiona-se sobre sua origem, mas decide ignorar por enquanto. Ele a aconselha: "Samantha, é melhor você sair daqui antes que algo aconteça com você." A freira, determinada, responde: "Isso não será possível. Eu quero lutar ao seu lado, e matar esse desgraçado é uma das coisas que mais quero." A mudança de personalidade de Samantha surpreende Misheru; ela não era assim desde que se conheceram. Uma dúvida sobre aquela katana paira na mente de Misheru.