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Capítulo 19: Turbulências na Fé: Revelações na Igreja

Misheru e Asia chegam à igreja e entram, caminhando pelo corredor até encontrarem Raphtalia. Esta se aproxima, comentando: "Nossa, irmão, faltavam apenas alguns minutos para você voltar, mas parece que chegou mais cedo." Misheru responde: "Sim, vim entregar a Asia, só isso. Vou até o seu quarto pegar minha mala." Raphtalia pergunta antes que Misheru possa responder: "Mas irmão, para onde você vai depois de sair da igreja?" Antes de Misheru responder, Asia intercede: "Misheru-san vai ficar na casa do Issei-san." Raphtalia olha para Asia e pergunta: "Issei? Quem é Issei?" Misheru explica: "É um amigo da escola. Ele me convidou para ficar na casa dele. Não vou ficar por muito tempo, não quero ser um incômodo para os pais do Issei." Raphtalia concorda: "Está bem, irmão. Vai logo pegar suas coisas antes que o padre te veja aqui."

Misheru acena com a cabeça e vai para o quarto de Raphtalia pegar sua mala. Ao chegar, encontra a freira Samantha esperando por alguém. Misheru percebe que ela está esperando por sua irmã. Ele entra no quarto, fecha a porta e Samantha comenta: "Pelo que vi, você já fez as malas em cima da cama." Misheru suspira e responde: "Sim, não foi tão difícil. Desde que cheguei aqui, só deixei minhas roupas na mala." Samantha olha para Misheru e pergunta: "Ei, você é um..." Misheru a interrompe: "Um assassino. Sim, sou eu. Por quê?" Samantha explica: "O padre me contou que você era um assassino, e vim ouvir se isso era verdade." Misheru diz: "Agora já ouviu da minha própria boca que é verdade. Me dê licença que vou embora dessa igreja." Misheru pega sua mala e começa a se dirigir à porta, mas Samantha pede: "Espere." Misheru para e se vira para ela: "O que foi?" Samantha diz: "Estive pensando nesses dias. Se você..." Misheru a interrompe novamente: "Que pausa dramática é essa? Fala logo." Samantha pergunta hesitante: "Se você sairia para um encontro comigo." Misheru olha surpreso para Samantha, processando a proposta inesperada. Coça a cabeça e diz: "Um encontro? Você está falando sério, freira?" Samantha concorda timidamente, corando levemente.

Misheru pensa por um momento e diz: "Bom, eu realmente não planejei nada disso. Estou apenas de passagem aqui e vou ficar na casa de um amigo. Além disso, não acho seguro para um assassino sair em encontros, especialmente com uma freira." Em seus pensamentos, ele reflete: "Bem, por que estou falando isso? Saí com a Asia, que é uma freira, mas era apenas um encontro de amigos, só isso." Samantha suspira, parecendo desapontada, mas compreensiva. Ela diz: "Entendo, Misheru-san. Foi apenas um pensamento impulsivo. Desculpe por incomodar você com isso." Misheru coça a cabeça novamente, sentindo-se um pouco desconfortável, e diz: "Não precisa se desculpar. Apenas acho que não seria a melhor ideia. Enfim, tenho que ir agora. Vou falar para Raphtalia que você está aqui no quarto. Cuide-se, Samantha-san."

Misheru percorria o corredor em direção à saída da porta da igreja, onde avistou Asia e sua irmã, Raphtalia. Ao se aproximar de Raphtalia, ele expressou: "Bem, irmã, foi divertido ficar aqui com você." Então, dirigindo-se a Asia, Misheru continuou: "E com você também, Asia. Foi divertido, mas houve algumas complicações naquele dia e..."

No entanto, Misheru foi interrompido por Asia, que, com um sorriso, disse: "Não tem problema, Misheru-san. Foi divertido mesmo assim." Misheru sorriu em resposta e afirmou: "Bem, não se preocupe, vou visitar vocês duas e, quando conseguir comprar uma casa, irmã, você pode vir morar comigo." Raphtalia respondeu: "Estou esperando por esse dia, irmão."

Misheru virou-se para abrir a porta da igreja, mas antes de sair, dirigiu-se a Raphtalia novamente: "Ei, Raphtalia, a freira Samantha está no seu quarto." Surpresa, Raphtalia perguntou: "Mas o que ela está fazendo no meu quarto?" Misheru respondeu descontraído: "Eu não sei, pergunte a ela." Com essas palavras, ele deixou a igreja em direção à casa de Issei.

Enquanto Okimasu e Akemi retornavam para casa, dirigiram-se à sala e acomodaram-se no sofá. Okimasu pegou o controle remoto da televisão, ligando-a, enquanto Akemi refletia sobre a conversa anterior sobre as mudanças nos olhos do Clã Cobra. Ela decidiu abordar o assunto, virando-se para Okimasu e dizendo: "Ei, Okimasu. Agora que estamos em casa, que tal falarmos sobre as mudanças nos olhos do Clã Cobra?".

Ao ouvir o tópico, Okimasu colocou o controle na mesa à sua frente e olhou para Akemi, respondendo: "Bem, em relação aos olhos do Clã Cobra, há várias famílias, mas as que se destacam são a Família Kajiya, Son e Uzumaki.".

Curiosa, Akemi perguntou: "E o que isso tem a ver com a mudança nas cores dos olhos?". Okimasu explicou: "Quando alteramos as cores de nossos olhos, aumentamos nossas habilidades. Por exemplo, se você tem a força normal de um humano e ativa os olhos, sua força se multiplica duas vezes.".

Akemi, demonstrando compreensão, dirigiu-se a Okimasu com uma pergunta intrigante sobre a cor de seus olhos. Ele apontou diretamente para seus olhos e indagou, "Você está vendo esses olhos azuis?". Akemi, intrigada, prosseguiu, "Isso significa que você mantém constantemente seus poderes oculares ativados?"

Okimasu confirmou: "Sim, quando ativamos nossas habilidades, a cor muda, específica para cada família. No meu caso, é a cor azul.". Akemi, incrédula, perguntou por que Okimasu havia mantido sua habilidade ativada. Ele confessou: "Bem, as cores azuis combinam com meu cabelo branco, mas admito que estou tentando prolongar o uso dessa habilidade."

Akemi, ainda surpresa, questionou a razão, e Okimasu explicou: "Quando usamos essa habilidade, muitas vezes não percebemos que ela consome toda a nossa energia. Estou tentando evitar sentir isso."

Akemi compreendeu e fez mais perguntas sobre as famílias do Clã Cobra. Okimasu, ao abrir os olhos azuis, explicou que as famílias Kajiya, Son e Uzumaki se destacaram devido a uma guerra no passado, na qual muitos membros do clã morreram. Ele revelou que, embora os membros do clã fossem imortais, durante a guerra, muitos parceiros ligados através de um símbolo no peito morreram devido a ataques de demônios e anjos caídos. Isso levou os líderes do clã a impor uma lei proibindo relações com outras espécies, sob pena de morte.

Akemi expressou incredulidade ao ouvir sobre a pena de morte, questionando Okimasu com um intrigante "Pena de morte, mas como assim?" Okimasu, então, compartilhou sua compreensão, mencionando uma daga peculiar projetada para quebrar a imortalidade. Ele explicou que, embora os corpos fossem considerados imortais, a alma não era puramente imortal, conforme declarado pelos líderes.

Diante da revelação, Akemi, surpresa, indagou: "E isso deu certo por acaso?" Okimasu assegurou, afirmando que, de fato, funcionou muito bem. Ele compartilhou uma lembrança de sua infância, quando os líderes convocaram um representante de cada clã, preferencialmente os mais jovens. Akemi, chocada, especulou sobre a possibilidade de testarem em crianças, mas Okimasu esclareceu que era apenas uma experiência, motivada pelo caso de um membro da família Kajiya com uma nekomata.

Akemi, brincando, mencionou "lidando com um furry", deixando Okimasu confuso sobre o significado da palavra. Ela logo dissipou o mal-entendido, dizendo que era apenas uma piada. Okimasu prosseguiu com a narrativa, detalhando como todos foram testados para a missão, e Akamochi Uzumaki se destacou. Os líderes confiaram-lhe a daga e encarregaram-no de eliminar o membro da família Kajiya.

Curiosa, Akemi perguntou: "E depois disso, o que aconteceu?" Okimasu continuou, explicando que Akamochi voltou dias depois com a cabeça do membro da família Kajiya, provando assim que a daga mística era eficaz contra seres imortais.

Num outro local, no mesmo horário da tarde, avistamos Misheru diante de uma residência, examinando o papel que Issei lhe entregou. Misheru decifra o endereço e fixa os olhos novamente na casa, ponderando: "Será que esta é a casa de Issei?". Observa detalhes da moradia, um terraço de dois andares com exterior azul claro, varanda no segundo andar e telhado marrom. Misheru murmura: "Vamos bater à porta para ter certeza".

Abrindo a portinha do muro, Misheru se encaminha à porta, bate, e logo percebe alguém se aproximando. A porta se abre, revelando uma mulher de meia idade, cabelos castanhos escuros presos num rabo de cavalo e olhos castanhos. A mulher observa Misheru e a mala ao seu lado, indagando: "O que foi, garoto?". Misheru olha para ela e pergunta: "Esta é a casa do Issei?". A mulher responde: "Ah, então você é o amigo do meu filho que vai ficar aqui por um tempo". Misheru confirma: "Sim, Issei me convidou para ficar aqui". A mulher o convida: "Ok, entre".

Misheru entra, e a mulher fecha a porta. Ela conduz Misheru até a sala, sugerindo: "Sente-se e descanse um pouco. Vou chamar Issei em seu quarto e dizer que seu amigo chegou". Misheru acena, e a mulher de cabelos castanhos deixa-o sozinho na sala. Enquanto aguarda, Misheru pensa: "Tomara que nada aconteça na igreja. Mas por que me preocupar se minha irmã está lá para proteger a Ásia? Isso me tranquiliza". Seus pensamentos são interrompidos quando Issei entra na sala, cumprimentando: "E aí, Misheru, hehe. Você demorou um pouco para chegar". Misheru se levanta do sofá e responde: "Sim, eu demorei. Sua casa é um pouco distante da igreja, por isso a demora". Issei comenta: "Eu sei disso, hehe. Bem, vou mostrar seu quarto. Me siga". Misheru acena e, em seguida, pega sua mala, seguindo Issei para o quarto de hóspedes.

Dentro do quarto de hóspedes, Issei aponta para a cama e diz: "Aqui está o seu lugar. Sinta-se à vontade para se acomodar. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar." Misheru agradece e começa a desfazer sua mala, organizando suas coisas no quarto.

Misheru termina de organizar suas coisas e se senta na cama. Ele olha ao redor do quarto e pergunta: "Então, Issei, o que costuma fazer por aqui? Alguma atividade legal na região?" Issei pensa por um momento e sugere: "Bem, temos alguns lugares legais para sair, como o shopping, cinema, parques. Também temos alguns restaurantes bacanas. Se quiser, posso te mostrar por aí nos próximos dias."

Misheru concorda com um aceno de cabeça e diz: "Seria legal conhecer a região. Afinal, vou ficar aqui por um tempo." Issei fica animado e responde: "Ótimo! Vamos aproveitar. Ah, e se precisar de algo no meio da noite ou qualquer coisa assim, pode me chamar. Minha mãe disse que ela ou eu podemos ajudar." Misheru agradece novamente e diz: "Isso é bom saber. Agradeço pela hospitalidade, Issei."

Enquanto conversam, a mãe de Issei aparece na porta do quarto e diz: "Issei, o jantar está pronto. E seu amigo está convidado também, é claro." Issei sorri e responde: "Vamos lá, Misheru. Minha mãe cozinha muito bem." Misheru se levanta e segue Issei para a sala de jantar, ansioso para compartilhar uma refeição com a nova família temporária.

Enquanto isso, na igreja, observamos o padre percorrendo os corredores em direção ao quarto de Raphtalia. Ao chegar, ele bate na porta e, após alguns segundos, a porta se abre, revelando Raphtalia. Surpresa, ela pergunta: "Padre? O que o senhor está fazendo aqui?". O padre responde à pergunta de Raphtalia: "Olha, Raphtalia, estou procurando pela Asia. Você sabe onde ela está?". Raphtalia questiona: "E por que o senhor quer saber onde ela está, padre?". Nesse momento, ela recorda as palavras de seu irmão sobre possíveis problemas na igreja, mas sem especificar quando.

O padre responde prontamente: "Olha, Raphtalia, eu só quero conversar com ela, nada mais. Quero saber como está sendo a experiência dela em nossa igreja." Raphtalia olha para o padre e retruca: "Está bem, e eu não posso participar dessa conversa?". O padre explica: "Bem, se você fosse membro da igreja, até deixaria você participar, mas você...". Raphtalia o interrompe: "Ok, ok. Eu só posso participar dessas reuniões se me tornar uma membro". Suspirando, ela chama Asia de dentro do quarto.

Asia sai do quarto e Raphtalia informa: "Olha, Asia, o padre quer conversar contigo sobre um assunto relacionado à igreja". Asia olha para o padre e depois para Raphtalia, perguntando: "Mas qual é esse assunto?". O padre responde: "Quando chegarmos ao meu escritório, você ficará sabendo do assunto". O padre pega na mão de Asia e a conduz. Raphtalia espera alguns segundos e segue o padre. Enquanto os três caminham, Raphtalia pensa: "O padre tem agido de forma muito estranha ultimamente, e é por isso que não consigo confiar nele".

Enquanto isso, o padre guia Asia até um armário que, ao ser acionado por um botão camuflado, revela uma passagem subterrânea com escadas. Asia, confusa, pergunta: "Padre, este não é o seu escritório?". O padre não responde, e Raphtalia, escondida na parede, observa a cena. Antes que ela possa intervir, uma voz surge atrás dela. Surpresa, Raphtalia se vira e vê Akamochi. Antes que consiga pronunciar o nome, Akamochi desfere um soco poderoso em seu estômago, fazendo-a perder a consciência.