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ADRENALINE POWER PARAPENTE TEMPORADA 1 (ANTES DE RODRIGO)

uma garota sai de casa para morar na cidade porque está decidida a nao aceitar o casamento arrumado por seu pai e entao ela passa a morar na cidade mais proxima e agora tem que fazer de tudo para viver com seu filho e sozinha depois do marido que arrumou ter sido transferido para longe.

Es608121 · Realistic
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25 Chs

UM PÉ NO FINGER

Dona Mirtes estava sentada na sala, uma expressão preocupada estampada em seu rosto enquanto olhava pela janela para o céu, agora tingido de vermelho pelo pôr do sol. Ela parecia absorta em seus próprios pensamentos, os olhos vagando de maneira inquieta.

Enquanto observava o céu, um som distante de trovão fez com que seu coração disparasse. Seus pensamentos, já tomados pela tensão, se intensificaram. Ela se levantou rapidamente, olhando ao redor da casa com uma expressão preocupada.

Dona Mirtes sentia um nó se formando em seu estômago, uma sensação de apreensão que não conseguia explicar racionalmente. Um arrepio percorreu sua espinha quando ela se lembrou de algumas notícias recentes sobre instabilidades na região.

Ela se aproximou da janela mais uma vez, olhando para o céu, seus olhos fixos em qualquer movimento suspeito. O barulho de um avião passando fez seu coração acelerar ainda mais. Um misto de medo e preocupação a dominou.

O som dos passos de alguém se aproximando fez Dona Mirtes virar-se, encontrando o olhar preocupado de Mauro Augusto, seu marido, que percebeu imediatamente a agitação dela.

"O que está acontecendo, Mirtes? Você parece preocupada", perguntou Mauro, tentando entender a causa da ansiedade dela.

"Não sei explicar direito, Mauro, mas algo me diz que algo terrível está para acontecer. Sinto que uma bomba vai cair em nossa casa", confessou Dona Mirtes, seus olhos expressando um misto de medo e angústia.

Mauro tentou acalmar a esposa, segurando suas mãos e olhando em seus olhos com carinho. "Estamos seguros, Mirtes. Acalme-se, minha querida. É apenas o pôr do sol, não há nada a temer."

Mesmo com as palavras reconfortantes de Mauro, Dona Mirtes permaneceu agitada, sua mente tomada pela preocupação e pela sensação de perigo iminente. Ela tentou controlar seu medo, mas a inquietação persistia, deixando-a tensa e apreensiva com o que poderia vir pela frente.

Sebastião, Alexandre e Thomas Henrique reuniram-se na fazenda, determinados a preparar tudo para a chegada do outro patrão, mostrando o melhor da hospitalidade rural. O sol nascente banhava os campos, dando início a um dia de trabalho.

Sebastião liderava o grupo, com sua experiência e conhecimento dos detalhes da fazenda. Seu rosto estava sério, mas havia uma centelha de entusiasmo em seus olhos, sabendo que a presença do novo patrão traria mudanças e oportunidades para todos.

Alexandre e Thomas Henrique se juntaram a ele, cada um com suas habilidades específicas. Alexandre, habilidoso nas questões administrativas, estava organizando os documentos e preparando os relatórios para a chegada do patrão. Thomas Henrique, com seu jeito prático e mãos habilidosas, supervisionava a manutenção dos equipamentos e preparava os campos para a temporada.

Juntos, trabalhavam em harmonia, cada um contribuindo com suas habilidades para garantir que tudo estivesse impecável. Eles cuidavam dos detalhes, desde a limpeza dos estábulos até a preparação das plantações, passando pela organização dos alojamentos para os funcionários.

Sebastião supervisionava tudo de perto, garantindo que cada tarefa estivesse sendo executada conforme o necessário. Ele conhecia a importância de causar uma boa impressão e transmitir a imagem de uma fazenda bem cuidada e organizada.

O espírito de equipe entre eles era palpável, uma colaboração em prol de um objetivo comum: receber o novo patrão com hospitalidade e mostrar a excelência da fazenda que administravam.

Enquanto o trabalho prosseguia, a energia positiva e a determinação em seus rostos eram um reflexo claro de sua dedicação. Eles estavam ansiosos para a chegada do outro patrão, prontos para mostrar não apenas o que faziam, mas também o orgulho e a paixão que tinham pela fazenda.

Ricardo estava extasiado com a vitória conquistada no XC Ceará. A sensação de superar os desafios do percurso, vencer os competidores e alcançar o pódio o inundava com uma mistura de emoções. Ele se sentia vivo, revigorado pela adrenalina da competição.

Após a celebração da vitória e dos momentos de reconhecimento pela sua conquista, Ricardo decidiu embarcar em uma nova aventura. Sentiu que era hora de explorar novos horizontes, ir além das fronteiras do XC Ceará.

Ele optou por partir para Minas Gerais de parapente, atraído pelas paisagens deslumbrantes e desafiadoras que o estado oferecia para os voos livres. Era uma jornada que representava não apenas a busca por novos desafios, mas também a liberdade de voar e explorar terras desconhecidas.

Com o equipamento de parapente pronto e o coração cheio de entusiasmo, Ricardo se preparou para decolar. Ele sentiu a ansiedade se misturar à excitação, enquanto as correntes de ar acariciavam seu rosto.

O voo começou suavemente, as asas se estendendo e capturando as correntes ascendentes que o impulsionaram para o céu. Ricardo olhou para baixo, contemplando a beleza das paisagens de Minas Gerais se desdobrando diante dele.

A sensação de liberdade era indescritível, a cada movimento, a cada leve inclinação do parapente, ele sentia uma conexão com o vento e a natureza ao seu redor. Era uma dança harmoniosa no ar, onde o vento guiava seu voo.

Enquanto sobrevoava as montanhas e vales de Minas Gerais, Ricardo sentiu uma mistura de calma e euforia. Era como se estivesse tocando o céu, explorando os limites da liberdade e da aventura.

O voo de parapente representava não apenas uma jornada física, mas também uma jornada interior de superação e descoberta. Enquanto se aventurava pelos céus de Minas Gerais, Ricardo sentiu-se vivo, impulsionado pelo desejo de explorar o desconhecido e mergulhar em novas experiências.

O momento que Margarida tanto aguardava finalmente chegara. Ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando, de repente, percebeu que algo estava diferente. Uma umidade inesperada, suave e constante, começou a se fazer presente. Era a bolsa d'água se rompendo, um sinal claro de que o bebê Rodrigo estava prestes a chegar ao mundo.

Margarida, inicialmente surpresa, logo reconheceu os sinais do trabalho de parto se aproximando. Uma mistura de emoções invadiu seu coração, desde a excitação até uma pequena pontada de ansiedade. Ela sabia que a hora de dar à luz estava cada vez mais próxima.

Com calma e determinação, Margarida chamou por ajuda, consciente de que a hora de receber Rodrigo em seus braços estava próxima. A movimentação pela casa se intensificou, todos se preparando para acompanhar Margarida nesse momento especial.

A chegada iminente de Rodrigo trouxe consigo uma onda de emoções avassaladoras. Margarida sentiu a tensão e a emoção crescerem enquanto se preparava para receber o pequeno milagre que estava prestes a nascer.

Mesmo com a ansiedade, havia uma calma serena em Margarida. Ela se concentrou na respiração, tentando controlar as emoções e se preparar para o momento que mudaria suas vidas para sempre: o nascimento de Rodrigo.

Enquanto as contrações começavam a se intensificar, Margarida sentiu uma determinação renovada e uma força interior que a impulsionava. Ela sabia que logo estaria segurando o pequeno Rodrigo em seus braços, pronta para iniciar uma nova jornada de amor, dedicação e felicidade.

O clima na fazenda estava repleto de expectativa e antecipação para a chegada de Petronio e seus acompanhantes. Sebastião, Alexandre e Thomas Henrique, após terem feito todos os preparativos para receber os visitantes, decidiram sair para fazer as compras finais.

Com a lista em mãos e uma energia contagiante, os três amigos partiram em direção à cidade vizinha, prontos para garantir tudo o que fosse necessário para receber Petronio e seus convidados da melhor maneira possível.

O trajeto até a cidade era uma mistura de conversas animadas sobre o que precisavam comprar e o entusiasmo pela chegada iminente de Petronio. Enquanto dirigiam, aproveitavam para apreciar a paisagem rural, com campos verdes estendendo-se até onde a vista alcançava.

Chegando ao centro da cidade, adentraram as lojas e mercados, cada um com uma tarefa específica. Sebastião focou nas compras relacionadas à culinária, escolhendo os melhores ingredientes para preparar os pratos tradicionais da região. Alexandre cuidava dos suprimentos e das necessidades básicas da casa, enquanto Thomas Henrique estava encarregado de selecionar flores e pequenos detalhes decorativos para tornar a recepção mais acolhedora.

Enquanto percorriam as lojas, a atmosfera entre eles era de empolgação e cooperação. Eles trocavam ideias, faziam piadas e compartilhavam histórias enquanto procuravam pelos itens da lista.

O entardecer se aproximava quando terminaram as compras. Com os carros carregados, eles se preparavam para retornar à fazenda, ansiosos para completar os últimos preparativos e receber Petronio e seus convidados com a hospitalidade característica da região.

O caminho de volta foi marcado pela sensação de dever cumprido e a expectativa pela chegada iminente. A fazenda, agora repleta de suprimentos e detalhes cuidadosamente selecionados, estava pronta para acolher seus novos visitantes com todo o carinho e conforto que mereciam.

A notícia sobre a volta de Paulo para Galileia espalhou-se rapidamente pela cidade como um vento inesperado. Sussurros e comentários se espalhavam pelas ruas, gerando uma sensação de surpresa e curiosidade entre os moradores.

Dona Mirtes, ouvindo sobre o retorno de Paulo, sentiu uma mistura de emoções. Decidiu ir ao barraco de Margarida para conversar e descobrir mais detalhes sobre a situação. Havia uma sensação de preocupação e cautela em seu coração, mas também uma vontade genuína de entender o que havia levado Paulo a retornar.

Enquanto isso, o Senhor Herculano decidiu levar seus filhos para Governador Valadares para um momento de diversão e aventura. Ele queria proporcionar a eles uma experiência única, e voar era algo que sempre os fascinava.

Os olhares curiosos se voltavam para o céu enquanto os filhos de Herculano se preparavam para a aventura de voar. A emoção brilhava em seus rostos enquanto se equipavam para essa jornada, prontos para sentir a liberdade nos céus.

Enquanto isso, Dona Mirtes, com um semblante sério e determinado, dirigiu-se ao barraco de Margarida. Ela sabia que teria uma conversa importante pela frente, uma conversa que poderia trazer revelações e desafios, mas também a oportunidade de entender melhor o retorno de Paulo e o impacto disso na comunidade de Galileia.

Mauro Augusto estava no campo quando avistou um parapente se aproximando no horizonte. Ele observou com curiosidade enquanto o equipamento colorido pairava no céu azul. Franklin, seu irmão, notou o interesse de Mauro e comentou com um sorriso:

"Você sabe, Mauro, esses pilotos de parapente devem realmente amar alguém por aqui para voar do Ceará até nossa região. Não é uma jornada curta."

Mauro ergueu uma sobrancelha, divertido com o comentário de Franklin. Eles observaram o parapente deslizar suavemente no céu, traçando um caminho distante até pousar suavemente não muito longe dali.

Franklin continuou, "Sério, é uma longa viagem. Aposto que ele ou ela deve ter um bom motivo para vir tão longe."

Mauro olhou para o céu novamente, ponderando sobre as palavras do irmão. "Pode ser, Franklin. Talvez seja um amor pela aventura ou talvez, como você disse, alguém especial aqui na região. Quem sabe?"

Os dois irmãos observaram enquanto o piloto do parapente pousava com habilidade e graça. Mesmo a distância, a cena trouxe uma sensação de admiração pelo espírito aventureiro e pela habilidade do piloto, enquanto a conversa sobre os possíveis motivos por trás de uma jornada tão longa continuava a intrigá-los.

Ricardo voava pelo céu, seu parapente deslizando com graciosidade sobre a majestosa Serra da Ibituruna. O vento acariciava seu rosto enquanto ele sobrevoava a imponente montanha, sentindo uma mistura de emoções diante da grandiosidade da paisagem.

Enquanto Ricardo avançava em direção a Galileia, Mauro Augusto, embaixo, observava o céu e, de repente, avistou o parapente de Ricardo passando sobre a Serra da Ibituruna. A lembrança de Margarida, sua amiga querida, encheu seu coração de alegria e nostalgia.

Mauro não pôde conter um sorriso ao ver o parapente de Ricardo se dirigindo em direção à Galileia. Ele lembrava-se vividamente dos tempos em que Margarida mencionava seu amigo piloto e suas incríveis aventuras nos céus. A conexão entre eles sempre foi especial, e a lembrança de Ricardo trazia uma sensação de conforto e alegria.

Enquanto observava o parapente desaparecer no horizonte em direção a Galileia, Mauro sentiu uma gratidão profunda pela amizade entre Ricardo e Margarida. Era reconfortante saber que um amigo tão querido estava a caminho, trazendo consigo a promessa de novas histórias e memórias que poderiam ser compartilhadas na pequena cidade de Galileia.

Petronio sentiu uma alegria indescritível ao decolar com o avião de São Paulo em direção a Confins. Seu sorriso irradiava confiança e entusiasmo, refletindo sua paixão pela aviação e a empolgação por estar nos céus novamente. Ele era um homem de feições marcantes, com um sorriso cativante que revelava sua energia contagiante. Sua postura tranquila, porém determinada, transmitia confiança, um reflexo de sua vasta experiência como piloto.

O co-piloto ao lado de Petronio tinha um ar de serenidade e competência. Era um homem alto, de cabelos grisalhos e olhos penetrantes, que transmitiam uma mistura de calma e firmeza. Sua expressão era serena, mas havia uma chama de determinação em seu olhar, evidenciando sua habilidade e conhecimento na cabine de comando. Ele mantinha a serenidade mesmo diante dos desafios, o tipo de pessoa em quem se podia confiar nos momentos mais críticos.

Enquanto isso, Dona Mirtes sentia uma tensão crescente que parecia anunciar uma situação iminente. Era como se ela pudesse pressentir que algo perturbador estava prestes a acontecer. Sua intuição lhe enviava sinais de alerta, provocando uma inquietação em seu coração.

A sensação de que algo ruim estava prestes a acontecer era opressora, pairando sobre ela como uma sombra indesejada. Dona Mirtes tentava ignorar esses pressentimentos, mas a sensação persistente a deixava inquieta, ciente de que algo preocupante estava à espreita e poderia desabar sobre sua vida a qualquer momento.