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ADRENALINE POWER PARAPENTE TEMPORADA 1 (ANTES DE RODRIGO)

uma garota sai de casa para morar na cidade porque está decidida a nao aceitar o casamento arrumado por seu pai e entao ela passa a morar na cidade mais proxima e agora tem que fazer de tudo para viver com seu filho e sozinha depois do marido que arrumou ter sido transferido para longe.

Es608121 · Realistic
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25 Chs

O TREM PELO VALE

Com o trem seguindo seu caminho pelos trilhos, Petronio se recostou na poltrona, deixando-se envolver pela viagem. O movimento suave do vagão embalava seus pensamentos, enquanto a paisagem fora da janela se transformava lentamente.

A cada estação que passava, ele sentia como se estivesse avançando não apenas geograficamente, mas também emocionalmente. Era como se cada quilômetro percorrido representasse um passo em direção a uma nova era em sua vida.

Os campos se estendiam além da janela do trem, pintando um quadro de cores vivas e deslumbrantes. O sol se punha no horizonte, tingindo o céu de tons dourados e laranjas. Era um espetáculo que o lembrava da beleza do mundo ao seu redor.

Enquanto a viagem continuava, uma sensação de expectativa crescia dentro dele. Ele se preparava para uma nova fase, consciente das mudanças que estavam por vir, dos desafios e das oportunidades que aguardavam.

O trem seguia seu curso, levando-o para casa, mas também o conduzindo para um novo capítulo de sua vida. Petronio sentia-se como se estivesse deixando para trás uma versão anterior de si mesmo, prontamente abraçando o que estava por vir com otimismo e determinação.

A nova era se anunciava na linha do horizonte, e ele estava disposto a abraçá-la com todo o seu potencial e energia. A viagem de volta para casa se tornou mais do que uma simples jornada de trem; era uma metáfora de renovação, de recomeço, onde cada batida dos trilhos marcava o ritmo de uma nova fase que se desenrolava diante de seus olhos.

Dona Mirtes, inquieta e preocupada, sentiu uma agitação estranha pairando no ar. Seu instinto a alertava de que algo estava prestes a acontecer, embora não conseguisse identificar exatamente o que era.

Os sinais sutis ao seu redor, a forma como as pessoas se comportavam, até mesmo a atmosfera parecia carregada de tensão. Ela tentou desesperadamente ignorar esse sentimento de apreensão, mas ele persistia, incomodando-a cada vez mais.

Sua mente se encheu de perguntas, sua pulsação acelerou e um frio percorreu sua espinha. Dona Mirtes tentou afastar esses pensamentos, mas eles persistiam, como sombras inquietantes na periferia de sua consciência.

Ela se viu vasculhando a mente em busca de qualquer indício, qualquer motivo para essa inquietação. Talvez fosse apenas um pressentimento infundado, ou talvez fosse algo real e iminente.

Com um suspiro nervoso, ela decidiu confiar em sua intuição. Dona Mirtes sentou-se, tentando acalmar seu coração acelerado, mas uma sensação de urgência continuava a crescer dentro dela. Era como se estivesse à beira de algo significativo, algo que mudaria o curso das coisas.

O Senhor Herculano, sentindo a tensão no ar e compreendendo a importância da chegada de Petronio na fazenda, decidiu reunir Sebastião e Alexandre para uma conversa séria.

"Sebastião, Alexandre, precisamos estar prontos para a chegada de Petronio", disse ele, com seriedade na voz. "É crucial que o recebamos da melhor forma possível. Ele está voltando para um ambiente que pode ser um pouco diferente do que deixou."

Sebastião e Alexandre ouviam atentamente, cientes da importância desse aviso. Eles sabiam que a chegada de Petronio poderia significar mudanças na dinâmica da fazenda e estavam dispostos a agir conforme as orientações do Senhor Herculano.

"Vamos garantir que tudo esteja organizado e que a recepção seja calorosa. Petronio pode estar passando por um momento delicado, e nossa atitude fará diferença", continuou o Senhor Herculano. "Quero que estejamos prontos para apoiá-lo no que for necessário."

Sebastião e Alexandre assentiram, entendendo a responsabilidade que recaía sobre eles. Eles se comprometeram a garantir que tudo estivesse preparado para a chegada de Petronio, desde a organização das tarefas até a atmosfera acolhedora que permeava a fazenda.

Com o aviso do Senhor Herculano, eles se sentiram revigorados, conscientes do papel importante que teriam na recepção de Petronio. Eles estavam determinados a fazer com que sua chegada fosse o mais suave e reconfortante possível.

Sergio e Franklin, cientes da importância da expedição para trazer Petronio de volta para casa naquele dia, organizaram meticulosamente todos os detalhes. Eles sabiam que a recepção de Petronio seria crucial para seu bem-estar após a viagem.

"Vamos garantir que tudo esteja perfeito para a chegada do Petronio", disse Sergio, enquanto ajustava os preparativos. "Precisamos assegurar que ele se sinta acolhido e confortável quando chegar."

Franklin assentiu, totalmente comprometido com a missão. Eles revisaram cada detalhe da expedição, desde a rota até a logística envolvida na recepção.

Enquanto isso, Thomas Henrique se preparava para um papel especial na recepção. Conhecendo o gosto de Petronio, ele decidiu levar o cavalo favorito do amigo, garantindo que estivesse pronto e bem-cuidado para a viagem de volta.

"Este é o cavalo que o Petronio mais gosta", disse Thomas Henrique, enquanto ajustava a sela. "Tenho certeza de que ele ficará feliz em revê-lo e voltar para casa montado nele."

Ele se dedicou a cada detalhe do preparo do cavalo, certificando-se de que estivesse em perfeitas condições para a viagem.

Com Sergio, Franklin e Thomas Henrique trabalhando em equipe, a expedição para receber Petronio estava sendo planejada com precisão. Todos estavam determinados a garantir que a volta de Petronio para casa fosse acolhedora e marcada por um cuidado especial.

Ricardo, imerso nos treinamentos para o próximo campeonato de voo livre, aproveitava cada oportunidade para aprimorar suas habilidades. Ele voava sobre a fazenda de um amigo de Senhor Herculano, explorando os ventos e buscando aprimorar suas técnicas.

Ao longo dos treinos intensivos, Ricardo se surpreendeu ao bater seu próprio recorde naquela região. Era um momento emocionante, uma prova do progresso que alcançara em seu aperfeiçoamento no esporte.

"Se os parapentes melhorarem, espero que meu filho seja tão apaixonado por voar quanto eu", murmurou Ricardo consigo mesmo, enquanto analisava os resultados de seus treinos.

Ele refletia sobre como o voo livre não era apenas uma paixão, mas uma parte essencial de quem ele era. Imaginar que seu futuro filho pudesse herdar essa paixão e talento era uma ideia reconfortante e cheia de esperança.

Ricardo se via não apenas buscando a vitória no próximo campeonato, mas também nutrindo a possibilidade de compartilhar sua paixão com a próxima geração. Ele ansiava pelo dia em que poderia levar seu filho para os céus, ensinando-o a voar com a mesma admiração e amor que ele próprio sentia pelos céus abertos e pelas asas que lhe traziam liberdade.

Margarida, atenta e dedicada, cuidava amorosamente do filho recém-nascido enquanto apoiava o marido, Ricardo, em seus treinos para o campeonato de voo livre. Ela se desdobrava para equilibrar as necessidades do bebê com o apoio que Ricardo precisava para se preparar adequadamente.

Enquanto embalava o bebê nos braços, Margarida assistia aos treinos de Ricardo, encorajando-o com sorrisos e palavras de incentivo sempre que ele pairava nos céus. Ela se sentia orgulhosa do esforço e dedicação que ele colocava em seu esporte, enquanto simultaneamente garantia que o bebê estivesse confortável e seguro ao seu lado.

Nos intervalos entre os cuidados com o filho, Margarida estava lá para ajudar Ricardo, seja com equipamentos, fornecendo suporte moral ou simplesmente estando presente para apoiá-lo em seus esforços. Ela entendia a importância do campeonato para ele e estava determinada a ser um pilar de apoio em todas as fases da jornada.

Com um sorriso no rosto, Margarida equilibrava suas responsabilidades maternas com seu papel de apoio ao marido, encontrando força no cuidado com o filho e na alegria de ver Ricardo perseguindo sua paixão. Ela era o suporte amoroso que ele precisava, garantindo que, mesmo em meio aos desafios da vida familiar, ambos pudessem seguir em frente rumo aos objetivos que almejavam.

A dona do bar, após uma descoberta devastadora, percebeu que seu novo marido estava traindo-a. A revelação deixou-a inundada por uma mistura de emoções, uma tempestade de raiva e tristeza. As lágrimas escaparam dos olhos, traçando trilhas em suas bochechas, enquanto ela se debatia com a dor da traição.

Seu coração se encheu de rancor e ódio diante da traição e do engano. Ela sentia como se seu mundo tivesse desabado, questionando a sinceridade e lealdade daquele que ela confiava.

Sua irmã, vendo-a mergulhada em dor, aproximou-se com compaixão. "Mãe, se você não fosse tão gananciosa, talvez as coisas fossem melhores para você", disse a irmã, com uma voz carregada de preocupação e compreensão.

As palavras de sua irmã ecoaram em sua mente, como um eco da verdade que ela relutava em aceitar. A dor da traição se misturou com um sentimento de desilusão consigo mesma, fazendo-a questionar suas próprias decisões e ações.

Enquanto as lágrimas continuavam a cair, ela refletia sobre o que sua irmã havia dito. Era uma verdade incômoda, mas profundamente reveladora sobre sua própria vida e escolhas.

A dor da traição misturada com o peso das palavras de sua irmã a levou a um momento de autorreflexão profunda. Ela sabia que precisava confrontar suas próprias atitudes e reavaliar suas prioridades para seguir em frente, buscando um caminho que não fosse marcado pela ganância, mas sim por um verdadeiro senso de felicidade e realização.

A atmosfera na casa de Margarida estava carregada de emoções quando Sonia e Marta se reuniram para uma visita. A curiosidade de Sonia a respeito do que havia acontecido nos últimos meses com Marta era evidente, enquanto Marta parecia relutante em compartilhar detalhes.

Conversando na sala de estar, Sonia demonstrava interesse em saber por que Marta havia estado afastada nos últimos meses, mas Marta parecia hesitante em abrir-se sobre o assunto.

Sonia insistiu com gentileza: "Marta, o que aconteceu durante todo esse tempo que você ficou longe? Você parece tão abatida."

Marta, visivelmente perturbada, olhou para Sonia e, com uma expressão carregada de angústia, sussurrou: "Por favor, não diga uma palavra."

Enquanto tentava conter a emoção, Marta pareceu deixar escapar algo sobre Marciel. Sonia captou apenas uma parte da frase: "Marciel... foi embora da cidade... com Paulo?"

Um silêncio tenso pairou sobre a sala, interrompendo a conversa. O clima ficou carregado de incerteza e intriga, enquanto Marta olhava fixamente para Sonia, esperando que ela respeitasse seu pedido de silêncio.

Sonia, atônita com a revelação parcial de Marta, percebeu que tocara em um assunto delicado e decidiu respeitar o desejo dela. Ela se limitou a oferecer apoio silencioso, sem pressionar por mais informações, consciente da fragilidade do momento.

A revelação incompleta sobre Marciel e Paulo deixou uma série de perguntas no ar, criando um mistério que pairava entre elas naquela tarde na casa de Margarida.

Francisco e Saulo desembarcaram do ônibus, vindos de Vitória, ansiosos para celebrar as festas de fim de ano na cidade. Com entusiasmo, caminharam em direção à casa de Margarida, próxima ao rio Doce, carregando consigo a energia vibrante das festividades que se aproximavam.

O sol brilhava no céu, e o clima festivo já estava no ar, com pessoas preparando-se para as celebrações de final de ano. Francisco e Saulo se encaminharam pela rua familiar em direção à casa de Margarida, relembrando memórias felizes de anos anteriores passados naquela mesma vizinhança.

Ao se aproximarem da casa, o som distante da música das festividades já ecoava pelas ruas. Era uma mistura de vozes, risadas e alegria que preenchia o ambiente.

Ao chegarem à porta da casa de Margarida, bateram com entusiasmo, ansiosos para se juntar à comemoração. Eles sabiam que ali encontrariam alegria, calor humano e um espírito festivo acolhedor, como sempre acontecia nas festas de fim de ano.

Margarida os recebeu com sorrisos calorosos, abraçando-os com alegria. Ela estava feliz em vê-los ali, pronta para compartilhar momentos especiais durante as celebrações.

Francisco e Saulo sentiam-se em casa, prontos para mergulhar na atmosfera festiva e criar novas lembranças ao lado de Margarida e de todos os amigos reunidos naquela celebração de final de ano, próximo às águas tranquilas do rio Doce.

Petronio se aproximava de Ipatinga, ansioso para chegar em casa após sua jornada. À medida que o trem se aproximava da estação, as pessoas começaram a se preparar para desembarcar, algumas já prontas para seguir em direção à cidade.

No entanto, enquanto Petronio se preparava para sair, percebeu que seu amigo ainda estava a bordo, parecendo distraído ou talvez perdido em pensamentos. Sem hesitar, Petronio decidiu permanecer com ele e seguir para Governador Valadares.

"Amigo, ainda estamos no trem. Vamos juntos para Governador Valadares", disse Petronio, colocando uma mão em seu ombro para chamar sua atenção.

Seu amigo pareceu despertar de seus pensamentos e, ao olhar para Petronio, sorriu, agradecido pela companhia inesperada.

Eles permaneceram no trem, enquanto as paisagens se desdobravam além da janela, revelando um cenário familiar e aconchegante que os aproximava cada vez mais de seu destino. Petronio, ao lado de seu amigo, sentiu-se reconfortado pela companhia e pela sensação de que, mesmo em situações inesperadas, havia algo reconfortante na jornada compartilhada com um amigo próximo.