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A ordem dos dragões

No ano de 1460 a.C. houve um pequeno atentado ao Reino de Galante, na Província de Moldávia, Hungria. Não era o suficiente para ficar marcado na história, mas foi um ano confuso e cheio de novos desafios para o pequeno príncipe de Galante Park Jimin, que sem opção, foi obrigado a fugir do seu castelo em ruínas. Não sobrando outra opção, senão confiar em Jung Hoseok, seu primo e braço direito do falecido Rei de Galante e Jeon Jungkook, um raro lobo puro que tem uma estranha lealdade jurada ao pequeno príncipe. Quando esses três vão pedir abrigo ao Reino das flores, o Rei Kim Namjoon se intriga, primeiro com o lobo puro, leal ao príncipe e depois ao príncipe, com uma ligação de sangue e jurado para se casar com o Rei dos dragões. O rei mais impiedoso da província. Está nas mãos de Namjoon decidir se irá entregar o príncipe de Galante, um ômega puro, incapaz de ferir um único ser vivo, inocente e prometido para servir e ser leal a Min Yoongi, Rei da ordem dos Dragões. O quanto Kim Namjoon está disposto a sacrificar para salvar o pequeno príncipe, agora aos seus cuidados e o quanto o sanguinário Rei da ordem dos Dragões está disposto a ir para ter o que é dele por direito, desde o dia de seu nascimento? As ligações de alma, de sangue e matrimônio tem uma forte influência na vidas desses jovens garotos, mas como saber onde começa o fado destino e onde terminar as decisões feitas por corações instáveis e instintos confusos?

KamiRocah · Music & Bands
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Reino das Flores

Norte de Valáquia ano de 1460 a.C

Eles estavam próximo ao reino das flores em Moldávia, Hungria. O tecido quente das roupas velhas, cozinhavam suas peles judiadas pelo tempo excessivo, exposto ao sol. Seus corpos exaustos da viagem extensa e com pouco descanso, pareciam prestes a falhar, há semanas não chovia e o cheiro deles não era dos melhores, mas nada disso importava no momento.

- Não sei se ele vai aguentar muito tempo. - Hoseok disse agoniado, vendo o seu primo balbuciar palavras desconexas por causa da febre alta.

Sua camisa larga de dormir estava ensopada, ele parecia maltrapilho, jogado na carroça roubada do condado de Ichia, do estábulo onde se abrigaram durante uma tempestade de granizo três dias atrás.

Os pés do garoto estavam descalços e com algumas manchas de sangue coagulado.

O enorme lobo negro, o dobro do tamanho do amigo, se aproximou de Hoseok, sentando perto da lareira para se esquentar e após ter certeza que eles não estavam sendo seguidos, voltou à sua forma humana, se enrolando num manto velho que o amigo estendeu para que se aquecesse.

- Porque voltou à sua forma humana? Não é a melhor estratégia.

- Ele tem pensamentos cruéis demais, precisava de um tempo. - Jungkook disse mal humorado enquanto rodava na fogueira o coelho espetado que ele havia caçado mais cedo.

Hoseok cobriu melhor o pequeno deitado na carroça enquanto se aproximava da fogueira.

- Você fala como se seu lobo não fosse parte de você e sim um indivíduo à parte. - Hoseok disse rindo um pouco sem jeito para a ideia absurda que aquilo parecia ser.

- É o que parece às vezes. - Jungkook sussurrou tirando o coelho da fogueira para partilhar com seu amigo.

Eles comeram em silêncio, olhando Jimin dormir na carroça suja, os cabelos pálidos suados na testa, as mãos trêmulas agarradas nos braços e a boca rachada pelo tempo extenso no frio cortante que fazia durante a noite e por causa da febre também.

- Por que você acha que o Rei das Flores vai nos abrigar? Não temos nada a oferecer. - Jungkook pegou um pouco da gordura que o animal cozido em suas mãos liberava e foi até Jimin, passando o liquido brilhante nos lábios do pequeno, tentando hidratar a rachadura seca e esbranquiçada de sua boca.

- Eles são pacíficos e acolhedores. É o único reinado da província que não entregaria Jimin para o Príncipe da Ordem do Dragão.

Jungkook estremeceu com as palavras de Hoseok, seus pelos eriçados e os caninos querendo romper a gengiva, na ideia de uma possível ameaça iminente.

A Ordem do Dragão queria Jimin a todo custo e ele não queria ser pessimista e desanimar Hoseok ou o pequeno príncipe para quem ele jurou proteger com sua vida, mas eles não tinham nenhuma chance real, iam todos morrer tentando. A Ordem iria encontrá-los, matar todos ao redor do Princípe e levá-lo de volta para o Rei dos dragões.

- Você está pensando que não temos chances. - Jimin disse com a voz rouca e falha, abrindo os olhos e sorrindo para Jungkook que agora mexia incomodado ao seu lado.

- Por favor, não se esforce majestade. - Jungkook pediu alisando os cabelos úmidos e sujos de Jimin.

Jimin bufou mal humorado, tossindo sangue no final, ele sorriu para o lobo, como se aquilo mal o incomodasse.

Hoseok entregou sua camiseta velha molhada com o restante da água que tinham, para que Jungkook pudesse torcer nos lábios do príncipe, na esperança que ele engolisse pelo menos um pouco.

A roupa do príncipe ainda cheirava a fumaça e morte, seus cabelos estavam cobertos com uma camada grudenta de fuligem e a pele do seu braço esquerdo parecia carne viva, por causa da lambida que o fogo deu ali enquanto fugiam do castelo pegando fogo de onde um dia eles chamaram de lar. Eles mal saíram de lá com vida, se não fosse por Jungkook aparecer do nada e resgatá-los talvez não tivessem saído com vida.

O lobo lembrou de como o príncipe era antes de adoecer. Jimin parecia um anjo inocente, sempre pensando que tudo ia ficar bem, tudo iria melhorar.

- Não sei porque ele ainda não desistiu. - Jungkook disse enquanto arrumavam as coisas para continuarem a viagem, que pelo seus cálculos duraria mais três nasceres do sol.

- E depois você diz que a mente do seu lobo que é a cruel.

- Não disse que não somos a mesma pessoa.

Hoseok suspirou desanimado enquanto jogava areia no restante do fogo que ainda crepitava da fogueira que fizeram com galho secos na noite anterior.

- Porque acha que Jimin deveria desistir? - Hoseok perguntou curioso.

- Ele perdeu toda sua família, é um príncipe sem reino, amaldiçoado desde o nascimento, metade da província teme olhar dentro dos seus olhos. Um solitário fadado a morrer nas mãos de quem era suposto proteger. - Jungkook parou de falar, olhando com pena para o príncipe desacordado. - fadado a morrer sozinho.

- Ele tem a nós. - Hoseok disse enquanto colocava as coisas na carroça. - Você esqueceu dessa parte.

Jungkook concordou distraído, analisando a mudança de vento repentina.

O cavalo parecia alheio a tudo aquilo, ruminando a grama sobre suas patas. Seu pelo brilhante estremecia com o vento gelado do norte.

- Precisamos continuar. - Ele disse sério.

Hoseok analisou o céu, depois o jovem na sua frente.

- Chuva? - Ele perguntou vendo Jungkook concordar.

Hoseok soltou as rédeas do cavalo, amarrado em uma árvore e acariciou a crina negra e brilhosa do equino.

- Se você não acredita que essa fuga foi útil. Por que nos ajudou então? - Hoseok perguntou, lembrando do jovem soldado do Rei, pedindo para acompanhá-los em sua fuga quando o Rei e a Rainha concordaram em entregar seu filho único ao rei dos dragões em troca de poupar seu reinado.

O que o Rei teimava em entender, é que um reinado sem um príncipe prometido, é um reinado fraco de tempo curto. Isso é o que Hoseok, braço direito e sobrinho do Rei, tentava explicar quando estavam na mesa dos acordos, tentando frear os ataques constantes da Ordem dos Dragões contra o seu reino.

E foi exatamente isso que levou à queda do reino, por negarem entregar o príncipe Jimin ao Rei dos Dragões, todo reino virou zona de guerra e foi varrido com fogo, sangue e óleo fervente numa única noite.

- Eu fiz uma promessa. - Jungkook disse simplesmente, voltando à sua forma de lobo logo em seguida.

Hoseok se sentia culpado de certa forma. Se tivessem sacrificado Jimin, talvez o Rei dos dragões tivesse deixado os súditos de Galante vivos.

Eles estavam próximos a província de Ilíadas, basicamente uma ilha que dividia o Reino das Flores do Reino de Galante, de onde os três eram provenientes.

A ilha era perigosa, conhecida por seus saqueadores impiedosos das estradas sem nome.

Jungkook entrou no pequeno riacho, guiando o cavalo que caminhava a contragosto pelas pedras com musgos e contra a correnteza do riacho que desembocava logo abaixo também.

Hoseok pegou sua besta, analisando a mata fechada do outro lado do rio.

Algo parecia errado.

- Não sei você lobo, mas o cheiro de armadilha chega a irritar minhas narinas.

Hoseok mal completou a frase e uma flecha atingiu o cavalo, fazendo o animal guinchar enquanto caía na água se estrebuchando sobre as pedra e galhos enquanto sangrava da ferida causada pela flecha em seu peito. O cavalo ia morrer afogado, em desespero e dor. Ele atingiu uma flecha no olho do Cavalo, o animal parou de sofrer, morrendo quase que instantaneamente.

Não tinha como salvá-lo.

Hoseok mirou em meio as árvores de onde tinha vindo a flecha, vendo um homem cair do galho até a água.

Mais flechas tentaram acertar Hoseok, que agora se escondia atrás da carroça, balançando assustadoramente, por causa do peso morto do cavalo amarrado nela contra a correnteza que seguia seu fluxo com certa violência.

Jungkook tinha entrado na floresta há um tempo e os gritos humanos que vinham de lá foi explicação o suficiente para as flechadas pararem, já que o lobo oferecia maior ameaça no momento.

Hoseok não tinha opções a não ser pegar a mochila com alguns documentos importantes, amarrar no corpo mole de Jimin e carregá-lo nas costas, saindo do riacho o mais rápido possível.

Ele colocou Jimin no canto de uma árvore e voltou a atirar, acertando os homens bem menos treinados que ele, pendurados nas árvores.

Hoseok era membro da realeza, foi treinado com fúria e nenhum pouco de piedade ou compaixão por seu pai, desde os seus seis anos de vida. Tudo que ele via em cima das árvores, eram crianças dispensáveis, carregando flechas tortas feitas provavelmente por suas mães, escravas do lorde, dono daquelas terras.

Ele atirou em mais um, esperou o garoto cair para arrancar a flecha fincada em seu peito e recarregou sua besta para repetir o mesmo processo com seu próximo alvo, as árvores era um ótimo escudo. Aquela armadilha foi mal planejada, com milhões de opções de fuga para o inimigo. O que por uma feliz coincidência, eram eles.

Jungkook voltou, rosnando forte, o ar quente saindo por suas enormes narinas, sangue escorria por seus dentes amostra, o resto dos sobreviventes fugiram.

- Precisamos ir. Eles foram chamar reforços. - Hoseok colocou Jimin nas costas do lobo que tinha se agachado para que o mais velho não tivesse muita dificuldade. Ele amarrou forte o príncipe, com pedaços de lã e couro de seu casaco e voltaram a correr, tentando sair da margem do rio, que é onde casas e casebres de pescas costumam ser construídos.

Suas roupas foram a muito tempo deixadas para trás, eles não podiam chamar atenção com o brasão de Galante bordado no tecido. Então a roupa que Hoseok vestia era roubada e apertavam suas coxas, aquilo o irritava cada vez mais, mas não tinha muito o que fazer.

Eles saíram das Ilíadas sem mais incidentes, porém o príncipe parecia ainda pior, a febre aumentou e ele não voltava a consciência em mais nenhuma parte do dia. Não precisava ser um gênio para saber que o tempo dele estava contado.

O lobo se espreguiçou pela milésima vez ao lado do rio. Hoseok tinha tido a ideia de mergulhar Jimin num lago de água gelada no qual se depararam, para tentar diminuir a febre do príncipe. O que foi exatamente o que ele fez, porque Jungkook tinha ingerido muita carne de suas vítimas durante a emboscada e não poderia voltar a sua forma humana em mais algumas horas, seu corpo humano não digeria bem carne crua, muito menos humana, que tinha açúcar em excesso no sangue, o que pode levar um humano ao delírio, alucinação e às vezes até a morte.

Ele terminou de vestir o Príncipe com as roupas velhas, fedidas e cheirando a queimado, o que era uma pena, mas a febre parece ter cedido um pouco.

A estrada estava lamacenta agora e o sol se punha ao norte quando avistaram pela primeira vez o reino das flores.

- Uau. - Hoseok olhou admirado o castelo no alto da montanha, flores de todos os tipos o rodeavam, principalmente rosas e lírios. Era incrível e o nome fazia mais sentido agora. Era incrível que aquelas flores nascessem em um terreno tão seco e arenoso. Praticamente nada crescia em Galante.

Jungkook já podia voltar a sua forma humana, mas ele não queria mostrar aos guardas daquele reino estranho, que estavam totalmente desprotegidos.

Hoseok ouviu falar que o lobo era capaz de matar mais de cinquenta homens sozinho e ele não duvidava, também se sentia mais seguro ao lado do monstro gigante ao seu lado. Ele pensava às vezes no que o lobo faria se Jimin morresse. O príncipe parecia ser sua única jornada. Não que ele tivesse medo de ficar sozinho, mas no momento precisava dele.

- Nossa Hyung, é lindo. - Jimin disse trêmulo enquanto respirava pesado na tentativa de levantar a cabeça para enxergar mais.

Suas mãozinhas puxava os pelos do lobo, para que sua cabeça se mantivesse em pé, mas o animal não parecia se incomodar com isso, apesar da óbvia preocupação em seus olhos pelo pequeno estar se esforçando atoa.

- Não se esforce Jimin. - Hoseok pediu distraído, pois se aproximavam dos portões do castelo.

Um sino de alerta tocou. O que na opinião de Hoseok parecia um grande exagero, mas Jungkook era provavelmente o motivo de todo aquele alarde.

O lobo era gigante e sua raça era muito rara, tem pelo menos umas duas gerações que as pessoas os consideram só mais uma lenda. O guarda de vigília deve ter entrado em pânico ao ver tamanho animal se aproximando lentamente em sua direção.

Eles entraram pelos portões que se abriam com sua aproximação, parando numa pequena praça onde pessoas assistiam os recém forasteiros, escondidos de suas janelas ou pilhas de fenos nas carroças próximas.

Jungkook agachou em sinal de rendição e deitou o focinho em sua pata com os olhos negros atentos a qualquer movimento brusco.

As pessoas pareciam aterrorizados, mas não fizeram menção de sair do lugar também, estavam curiosas demais para tanto.

- Identifiquem-se. - Um guarda ordenou apontando a lança para Hoseok.

Outros vinte guardas os rodearam, já que um imenso lobo era um dos recém chegados.

- Jung Hoseok, do Reino de Galante. Este ao meu lado é Jeon Jungkook, um lobo puro sem Reino e em cima dele Park Jimin, que precisa de um curandeiro urgente ou vai morrer.

Hoseok precisou esperar um tempo a conversa entre eles diminuir, devido ao anúncio de que o lobo era um lobo puro, o que na opinião dele era bem óbvio, já que não existia nenhuma besta daquele tamanho que não fosse algo sobrenatural.

Lobos puros eram imortais ou viviam muito, ninguém sabia muito sobre. Eles viviam isolados dos humanos, a não ser quando juravam fidelidade a alguém. O lobos puros não aceitavam as leis humanas ou de híbridos. Eles tinham suas própria leis. O que significava perigo para muitas Nações e por isso eram praticamente extintos ou isolados da sociedade.

Medo era um gatilho assustador para o desespero, principalmente por aquelas bandas. E Hoseok sentia o medo exalando pelos poros de cada uma daquelas pessoas desde o primeiro instante em que entraram ali.

O que parecia ser o responsável pela guarda real, deu uma ordem sussurrada para um dos guardas de baixa patente, antes de nos encarar novamente.

- O que querem aqui?

- Refúgio. Como já devem saber, nosso reino foi dizimado algumas noites atrás.

O homem sorriu com aquela informação, parecendo adorar a notícia, talvez eles não soubessem ainda.

Droga! Hoseok.

- Por que isso seria da nossa conta forasteiro sem reino? - O capitão perguntou irritado.

Hoseok suspirou desanimado olhando Jimin que encarava a tudo com um maldito sorriso no rosto.

- Gostaríamos de passar a noite, receber cuidados para meu amigo e vamos embora.

Os homens riram debochado.

- Claro. Mais alguma coisa? - Ele perguntou malicioso.

- Roupa limpa seria bom. - Jimin disse baixinho e esperançoso.

Todos encararam o garoto como se ele fosse louco ou algo assim.

- Cala boca Jimin. - Hoseok sussurrou vendo o garoto concordar alegre.

- Desculpa, mas não temos muito tempo, o garoto não está muito bem.

- Ele parece bem pra mim. - O capitão disse ameaçando se aproximar mais.

Jungkook rosnou, levantando a cabeça, o que causou um enorme rebuliço entre os soldados que pareciam prestes a nos atacar.

Hoseok entrou em posição de luta, olhando preocupado com o quão exposto Jimin estaria num confronto apertado como aquele.

Talvez, se ele pedisse para o lobo fugir, ele conseguiria atrasá-los, pelo menos um pouco.

- Abaixem suas armas. - Uma voz grave e imponente disse detrás dos guardas assustados.

Hoseok voltou à sua posição normal e o lobo parou de rosnar, como se até eles fossem seguidores fiéis daquela voz.

Os guardas abriram caminho, saudando o Rei que aproximava deles com uma pequena caravana de guardas reais e funcionários atrás deles. O homem alto e imponente dos cabelos cor de mel era acompanhado de uma mulher extremamente bonita, que segurava no seu braço com um aparente orgulho e prepotência.

- Sou Rei das flores, mas pode me chamar de Kim Namjoon.

O Homem era lindo, tinham um olhar cativante e exalava dominância e respeito.

Hoseok fez uma reverência.

- Majestade.

- Me disseram que era um lobo puro, mas mesmo frente à frente com um, eu ainda não consigo acreditar.

Jungkook soltou o ar pelas narinas, como se risse do Rei. O que normalmente é um enorme sinal de desrespeito, mas o Rei só riu alto em resposta.

- Olá. - Jimin disse, erguendo sua mãozinha para cumprimentar o rei.

Namjoon enrugou a testa, achando aquele comportamento extremamente incomum. Normalmente pessoas tinham medo da elite de poder, principalmente de Reis, mas o garoto parecia achar tudo muito simples de ser resolvido.

O pequeno mesmo machucado, não o temia, o que só podia significar que era de sangue real.

Porém os recém chegados estavam se sentindo encurralados e em posição de defesa, mentiriam caso ele perguntasse. Então Namjoon só sorriu amistosamente.

Suas dúvidas podiam esperar.

- Eu posso curar seu amigo, alimentar e vestir vocês. - O Rei disse, assim que deu um oi confuso para Jimin, mas preciso que seu lobo volte a forma humana.

Jungkook bufou, mostrando os dentes ao ouvir " seu lobo" da boca do Rei, mas se inclinou para Hoseok pegar Jimin no colo.

As pessoa se afastaram ainda mais, soltando gritos e suspiros pelo rosnado grave e vibrante do lobo, mas se acalmaram a medida que ele.chacoalhava seus pelos negros e brilhantes na intenção de se transformar

Ele voltou à sua forma humana, sem se importar em ficar nu na frente de todas aquelas pessoas. Namjoon deu a ordem e um servo atrás dele entregou um manto a ele.

Jungkook vestiu a enorme veste feita de tecidos caros e fios de ouro, pensando se não devia cobrir Jimin ao invés.

- Obrigado. - Jungkook disse baixo e sem nenhum ânimo.

O Rei concordou com a cabeça, voltando sua atenção para os jovens ao lado do menino lobo.

- Meu curandeiro vai levar o seu garoto para o quarto, se me confiar a ele.

Por que esse Rei acha que tudo pertence a mim?

- Eu gostaria de acompanhá-lo. - Jungkook disse baixo não gostando nada de se afastar do pequeno.

- E Eu gostaria de conversar com vocês em privacidade, depois você pode ver como o garoto está.

Jungkook olhou para Jimin em alerta, não gostando nem um pouco de ter que se separar do pequeno e frágil príncipe, mas apesar do Rei parecer amistoso e pacífico, ele parecia irredutível em seus termos.

A mãozinha de Jimin agarrou infanto de Jungkook o obrigando a se virar para ouvir o que o pequeno queria.

- Tudo be… - Jimin tentou dizer com um sorriso no rosto, mas desmaiou logo em seguida, sendo amparado por Hoseok antes que caísse no chão.

Eles não tinham mais escolhas agora.

- Kim Seokjin. - O Rei chamou.

Um garoto jovem demais para ser curandeiro, mas com as vestes de um, saiu detrás do Rei, junto com dois guardas e foram até Jimin.

- Eu posso ajudar. - Seokjin disse tocando no ombro de Hoseok.

Hoseok olhou para Jimin em seus braços, concordando com o coração apertado e então Jimin já estava longe deles, deixando ambos incomodados.

Apesar de Jungkook só detectar preocupação e sinceridade no cheiro, misturado ao doce suave do ômega Seokjin.

Ele balançou o rosto, tentando tirar o cheiro do curandeiro da mente. Era bem apelativo, mas parecia se misturar com o cheiro de folha de outono do Rei também, o que era estranho porque eles não pareciam ser parceiros. Nenhum alfa teria reparado naquela diferença de cheiros, mas Jungkook tinha olfato muito apurado e era detalhista e confiava em tudo que dizia respeito aos seus sentidos.

- Venham. Ah! E bem vindo ao Reino das Flores. - Namjoon disse com um sorriso amistoso que formavam covinhas em suas bochechas.

Jungkook não confiava nele. Não confiava em ninguém que parecia gentil e inocente. Jimin era sua única exceção.