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A Garota Boa do Diabo

``` Um namorado infiel e uma melhor amiga traidora sempre foram o início clichê de uma história. Fil frequentemente pensava que essas coisas só aconteciam em narrativas. Quem diria que essa mesma reviravolta clichê aconteceria com ela? Fil era uma devota cristã que considerava o casamento e a fidelidade marital sagrados. Ela tinha sido uma boa menina da infância à idade adulta. Mas quando pegou seu amor de infância mais conhecido como noivo e sua melhor amiga rolando nos lençóis, Fil quis se rebelar pela primeira vez. O primeiro passo de sua jornada rebelde? Ficar bêbada. Depois de afogar as mágoas com a ajuda do álcool, Fil conheceu o enigmático Jackson. No momento em que seus olhos encontraram aquelas órbitas douradas e tentadoras, palavras escaparam de seus lábios sem qualquer noção do tipo de situação em que ela estava se metendo: "Será que vou pro inferno se perder minha virgindade antes do casamento?" Seus lábios finos e vermelhos se curvaram em um sorriso enquanto um brilho piscava em seus olhos naturalmente afiados, e ele disse, "Quem sabe? Mas eu posso te levar ao céu, se você quiser que eu faça isso." ***** Jackson. Um homem envolto em mistérios e segredos, licencioso ao extremo e sem moralidade, alguém que estava entediado de jogar jogos com a vida. Até que numa noite fatídica, uma mulher de repente apareceu diante dele — uma presa perfeita para uma noite monótona. Ele mal sabia que uma noite com uma rebelde aspirante não seria suficiente para saciar seu impulso biológico. Nem poderia imaginar as cores que ela daria ao seu mundo cinza. Uma boa menina com pensamentos sujos e um homem pecaminoso que tinha pensamentos ainda mais sujos. Um relacionamento que começou por vingança e para satisfazer a necessidade de alguém; havia até espaço para o verdadeiro amor? Como? Quando o homem que a dobrava dizia asquerosamente no ouvido dela, "Você tem sido uma boa menina pra caralho." **** Ao passo que os dois lutam com seus próprios demônios ameaçando separá-los, dúvidas começariam a surgir em seus corações. Essa rebelião valia a pena sacrificar seus princípios? Ela realmente poderia encontrar felicidade nos braços de um homem tão mergulhado na escuridão? E para Jackson, será que era possível a redenção para um demônio como ele? E se sim, seria ela a pessoa a guiá-lo para a luz? Ela aceitaria seus segredos mais sombrios e o inferno de seu mundo? Em um mundo onde a confiança era uma mercadoria rara e o amor era uma chama frágil, Fil e Jackson teriam que navegar pelas águas traiçoeiras do desejo e da redenção. Eles enfrentariam o desconhecido juntos? Ou se soltariam para se salvar da dor iminente de estarem juntos? **** ENTRE NO MEU SERVIDOR DO DISCORD: https://discord.gg/gXCMQwmrGY ```

BAJJ · Fantasy
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167 Chs

Ah, é por isso

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Ver o Vincent se segurando para não vomitar era satisfatório de certa forma. Ele tinha um olfato sensível, e isso não era mentira. Mas ela não tinha mais razão para mimá-lo. Ele sobreviveu, de qualquer forma. Só tinha um nariz sensível, mas isso não o mataria.

"Tsk." Vincent fez um clique com a língua, esfregando a manga com o dorso da mão como se isso fosse livrá-lo do cheiro. "Fil, você não tem sempre um aromatizador de ar em spray por aqui? A casa inteira cheira a peixe."

Fil chupou os lábios enquanto se sentava na cadeira em frente a ele na sala de jantar. "Esqueci de comprar."

"O quê?"

"Estou acostumada com esse cheiro, então não me incomoda," explicou ela, abrindo a tampa do sorvete. "Além disso, você raramente visita minha casa. E quando vem, fica no estacionamento ou só me busca. Então não preciso ter um."

Vincent enrugou o nariz mas não pôde argumentar. O que ela disse era completamente verdade.

"Sorvete?" ela ofereceu, sorrindo feito um anjo.

"Não, obrigado."

"Tudo bem."

Vincent observou ela dar uma grande colherada enquanto cantarolava feliz. Agora há pouco, ela não queria nem olhar para ele. Mas agora, estava sorrindo e cantarolando feliz.

'O humor dela às vezes é uma loucura,' ele pensou, culpando as mudanças de humor dela pelos hormônios. "Está bom?"

"Mhm!" Ela abriu os olhos para ele. "Quer experimentar?"

"Não, obrigado."

"Por quê? É bom."

"Simplesmente não estou com vontade de comer." — especialmente com um fedor desses na casa. Ele nem conseguia engolir a própria saliva. "Come você."

Fil deu de ombros em resposta, saboreando o sorvete porque de fato seu corpo estava dolorido. Era ainda uma surpresa que ela conseguisse dirigir seis horas de ida e volta sem nenhum problema.

'Será que ele vive naquela área,' ela se perguntou, pensando onde tinha deixado o Jackson. 'Aquela é uma rua bem cara. Nem mesmo o Vincent conseguiria morar lá com o preço alto do financiamento. Além disso, quem quer morar no coração da cidade? Só de viver perto já é sufocante —'

"Fil?"

Fil olhou para o Vincent, franzindo a testa. "Hã?"

"Você está distraída?" ele perguntou.

"Você estava falando comigo?"

"Sim!" ele exclamou. "Estava te contando sobre a festa de aniversário do vovô daqui a duas semanas."

"Ah…"

Vincent soprou levemente, olhando para ela com decepção. "Não me diga que você esqueceu. No que você estava pensando agora que nem me ouviu?"

"Não é nada." Ela sorriu. "É só alguém que conheci."

"Alguém que você conheceu?"

"Mhm."

"Quando?"

"Ontem à noite."

"Ontem à noite?"

O sorriso dela se alargou, divertida com a curiosidade que brilhava nos olhos dele. "Pois é, eu não te disse que deixei meu caminhão na sua casa? Peguei um transporte pra voltar, e conheci alguém no caminho de casa. Conversamos e nos demos bem."

"Fil, o que eu te disse sobre estranhos?" Vincent suspirou. "Eu sei que você é gentil e acha difícil dizer não para as pessoas que precisam. Mas tem que ter cuidado."

"O que te faz pensar que a outra pessoa é a que precisava de ajuda?" ela retrucou, inclinando a cabeça pro lado. "Para ser justa, eu que precisava de ajuda. Essa pessoa foi gentil o suficiente para me ajudar. Se não fosse por ele, eu teria morrido, sabia?"

"O que?"

"Por isso, não fale assim do meu novo amigo." Ela fez beicinho. "A pessoa é gentil… e ele é realmente bom."

"É mesmo?" Vincent assentiu compreensivamente, sem captar as indiretas que Fil estava jogando de um lado para o outro. "Enfim, como eu estava dizendo, o aniversário do vovô é uma ocasião importante."

"Os aniversários dele são sempre importantes." Ela assentiu, ciente da importância daquela ocasião. "Você está encarregado este ano?"

"Bem, sim."

"Entendi. Boa sorte!" ela aplaudiu. "Tenho certeza de que será um sucesso."

Vincent franziu a testa enquanto Fil continuava comendo. "Você está convidada," ele disse, observando-a pausar e olhar de volta para ele. "Você é minha noiva, Fil. Já que estou encarregado, você deve vir."

Fil piscou várias vezes, sem palavras diante dessa notícia. "Eu? Por quê?"

"Acabei de te dizer," ele adicionou. "Além disso, o vovô quer que você esteja lá este ano."

"Ah… então é por isso." Ela assentiu em compreensão.

Todo ano, a família Hale dava a maior festa para o presidente da Construções Hale. E todo ano, Fil nunca era convidada. Não era como se ela não quisesse ir, mas nunca foi convidada. Vincent tinha dito que o motivo era a lista de convidados limitada.

Ela acreditou nele feito uma tola antes. Não tinha como o Vincent mentir pra ela, certo? Ela estava cega demais para enxergar aquela mentira simples. Mas não mais. Mesmo assim, por que o presidente queria vê-la?

"Vou estar ocupado, mas vou arranjar tempo para procurar um vestido para você," ele disse. "Se eu não puder, já pedi para a Marianne te ajudar."

"A Marianne?"

"Mhm." Ele assentiu inocentemente. "Marianne tem um ótimo senso de moda. Além disso, vocês são amigas. Pensei que você ficaria mais à vontade ouvindo o conselho dela."

Conselho de alguém que estava dormindo com o seu noivo? Claro que o Vincent estava cheio de merda.

"Não precisa disso, não," Fil riu, voltando a comer. "Como você faz planos sem me contar? Você nem sabe se eu viria ou não."

"Fil, isso é o aniversário do vovô, e ele pediu especificamente por você."

"Você se encrencaria se eu não for?"

"Não, mas —"

"Então vou pensar no caso," ela disse antes que ele pudesse argumentar. "Você não é o único ocupado, Vin. Eu também trabalho. Nunca fui convidada no passado, então nunca fiz planos com antecedência. Irei se puder, mas se não, só peço desculpas ao seu avô. Tenho certeza de que ele não vai se importar." — assim como ela nunca se importou de não ser convidada todos os anos.

A boca de Vincent se abriu, mas o resto das palavras engasgou na garganta. Por um momento, tudo o que ele poderia fazer era olhar para Fil em descrença.

'Algo mudou...' ele pensou. '... ou será só minha imaginação?'

Sua expectativa de que Fil ficaria toda animada com o convite se desfez. Fil continuou a saborear seu sorvete, lhe oferecendo um sorriso de vez em quando, e até falando sobre alguma bobagem como se a festa não tivesse importância alguma para ela.

'Ela não sabe que ser convidada significa publicizar nosso noivado?' ele se perguntava. 'Não é isso que ela sempre quis?'